Asa Branca
Luiz Gonzaga
Quando olhei a terra ardendo
Qual a fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Qual a fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Que braseiro, que fornalha
Nem um pé de prantação
Por falta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Nem um pé de prantação
Por falta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Morreu de sede meu alazão
Inté mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Então eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Bateu asas do sertão
Então eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Então eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Guarda contigo meu coração
Hoje longe, muitas léguas
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão
Pra mim voltar pro meu sertão
Quando o verde dos teus olhos
Se espalhar na prantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração
Se espalhar na prantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração
Que eu voltarei, viu
Meu coração
Olha Pro Céu
Luiz Gonzaga
Olha pro céu, meu amor
Vê como ele está lindo
Olha praquele balão multicor
Como no céu vai sumindo
Vê como ele está lindo
Olha praquele balão multicor
Como no céu vai sumindo
Olha pro céu, meu amor
Vê como ele está lindo
Olha praquele balão multicor
Como no céu vai sumindo
Vê como ele está lindo
Olha praquele balão multicor
Como no céu vai sumindo
Foi numa noite igual a esta
Que tu me deste o coração
O céu estava assim em festa
Pois era noite de São João
Que tu me deste o coração
O céu estava assim em festa
Pois era noite de São João
Havia balões no ar
Xote, baião no salão
E no terreiro o teu olhar
Que incendiou meu coração
Xote, baião no salão
E no terreiro o teu olhar
Que incendiou meu coração
Olha pro céu, meu amor
Vê como ele está lindo
Olha praquele balão multicor
Como no céu vai sumindo
Vê como ele está lindo
Olha praquele balão multicor
Como no céu vai sumindo
Olha pro céu, meu amor
Vê como ele está lindo
Olha praquele balão multicor
Como no céu vai sumindo
Vê como ele está lindo
Olha praquele balão multicor
Como no céu vai sumindo
A Vida do Viajante
Luiz Gonzaga
Minha vida é andar por esse país
Pra ver se um dia descanso feliz
Guardando as recordações
Das terras por onde passei
Andando pelos sertões
E dos amigos que lá deixei
Pra ver se um dia descanso feliz
Guardando as recordações
Das terras por onde passei
Andando pelos sertões
E dos amigos que lá deixei
Chuva e sol
Poeira e carvão
Longe de casa
Sigo o roteiro
Mais uma estação
E a alegria no coração
Poeira e carvão
Longe de casa
Sigo o roteiro
Mais uma estação
E a alegria no coração
Minha vida é andar por esse país
Pra ver se um dia descanso feliz
Guardando as recordações
Das terras por onde passei
Andando pelos sertões
E dos amigos que lá deixei
Pra ver se um dia descanso feliz
Guardando as recordações
Das terras por onde passei
Andando pelos sertões
E dos amigos que lá deixei
Mar e terra
Inverno e verão
Mostre o sorriso
Mostre a alegria
Mas eu mesmo não
E a saudade no coração
Inverno e verão
Mostre o sorriso
Mostre a alegria
Mas eu mesmo não
E a saudade no coração
São João na Roça
Luiz Gonzaga
A fogueira ta queimando
Em homenagem a São João
O forró já começou
Vamos gente, rapa-pé nesse salão
Em homenagem a São João
O forró já começou
Vamos gente, rapa-pé nesse salão
Dança Joaquim com Zabé
Luiz com Yaiá
Dança Janjão com Raque
E eu com Sinhá
Traz a cachaça Mane!
Que eu quero ver
Quero ver paia avuar
Luiz com Yaiá
Dança Janjão com Raque
E eu com Sinhá
Traz a cachaça Mane!
Que eu quero ver
Quero ver paia avuar
Vou pra Roça
Luiz Gonzaga
Eu vou pra roça com muié e fio
Vivê pertinho do paió de mío
Riscá a viola junto do paio
A gente brinca até o nasce do sol
Já vou
Vivê pertinho do paió de mío
Riscá a viola junto do paio
A gente brinca até o nasce do sol
Já vou
Cá na cidade é um ta de berreiro
E não si vévi sem tê dinheiro
Mas lá na roça é tudo mai mio
Até as muié gosta de um só
E não si vévi sem tê dinheiro
Mas lá na roça é tudo mai mio
Até as muié gosta de um só
Cabra da Peste
Luiz Gonzaga
Eita! Sertão do Nordeste
Terra de cabra da peste
Só sertanejo arrizéste
Ano de seca e verão
Toda dureza do chão
Faz também duro
O homem que vive no sertão
Tem cangaceiro
Mas tem romeiro
Gente ruim, gente boa
Cabra bom, cabra à toa
Valentão, sem controle
Só não dá cabra mole
Terra de cabra da peste
Só sertanejo arrizéste
Ano de seca e verão
Toda dureza do chão
Faz também duro
O homem que vive no sertão
Tem cangaceiro
Mas tem romeiro
Gente ruim, gente boa
Cabra bom, cabra à toa
Valentão, sem controle
Só não dá cabra mole
Tem cangaceiro
Mas tem romeiro
Lá o caboclo mais fraco, é vaqueiro
Eita! Sertão!Eita! Nordeste!
Eita Sertão!
Ei, rê, rê, rê, rê, tá!
Cabra da peste
Mas tem romeiro
Lá o caboclo mais fraco, é vaqueiro
Eita! Sertão!Eita! Nordeste!
Eita Sertão!
Ei, rê, rê, rê, rê, tá!
Cabra da peste
Frutos da Terra
Luiz Gonzaga
Esta terra dá de tudo
Que se possa imaginar
Eu e ela, ela e eu
Mão de Deus abeçoando
Eu e ela, ela e eu
Que se possa imaginar
Eu e ela, ela e eu
Mão de Deus abeçoando
Eu e ela, ela e eu
Sapoti, jaboticaba
Mangaba, maracujá
Cajá, manga, murici
Cana caiana, juá
Graviola, umbu, pitomba
Araticum, araçá
Mangaba, maracujá
Cajá, manga, murici
Cana caiana, juá
Graviola, umbu, pitomba
Araticum, araçá
Engenho Velho ô, carnaval
Favo de mel no meu quintal (bis)
Favo de mel no meu quintal (bis)
O fruto bom dá no tempo
No pé pra gente tirar
Quem colhe fora do tempo
Não sabe o que o tempo dá
Beber a água na fonte
Ver o dia clarear
Jogar o corpo na areia
Ouvir as ondas do mar
No pé pra gente tirar
Quem colhe fora do tempo
Não sabe o que o tempo dá
Beber a água na fonte
Ver o dia clarear
Jogar o corpo na areia
Ouvir as ondas do mar
Engenho Velho ô, carnaval
Favo de mel, no meu quintal (bis)
Favo de mel, no meu quintal (bis)
Meu dedo mindinho
Luiz Gonzaga
Ai, a,i ai, ai, amor
Eu acho que vou morrer
Meu coração tá com um bichinho
Danadinho, danadinho pra roer (bis)
Eu acho que vou morrer
Meu coração tá com um bichinho
Danadinho, danadinho pra roer (bis)
Meu dedo mindinho tá me dizendo
Que você com outro amor tá me enganando
Não sabe quanto mal tá me fazendo
Aos tiquim, aos pouquim tô me acabando
Que você com outro amor tá me enganando
Não sabe quanto mal tá me fazendo
Aos tiquim, aos pouquim tô me acabando
Ai, ai, ai, ai, amor
Eu acho que vou morrer
Meu coração tá com um bichinho
Danadinho danadinho pra roer
Eu acho que vou morrer
Meu coração tá com um bichinho
Danadinho danadinho pra roer
Dezessete Légua e Meia
Luiz Gonzaga
Eu já andei sem parar dezessete légua e meia
Pra ir num forró dançar,ai, ai, ai, ai, eu fui num
Forró dançar
Valeu a pena eu andar dezessete légua e meia
Pois rosinha tava lá, ai, ai, ai, ai, a rosinha tava
Lá
Pra ir num forró dançar,ai, ai, ai, ai, eu fui num
Forró dançar
Valeu a pena eu andar dezessete légua e meia
Pois rosinha tava lá, ai, ai, ai, ai, a rosinha tava
Lá
Cheguei no forró moído, em carne encalacreda
Mas logo fui socorrido tomando três canabrava
E quando zé sanfoneiro tocou no fole um baião
Dancei com rosa ao terreiro, roçando em meu coração
Dancei com rosa ao terreiro, roçando em meu coração
Ai, ai, ai que tentação
Mas logo fui socorrido tomando três canabrava
E quando zé sanfoneiro tocou no fole um baião
Dancei com rosa ao terreiro, roçando em meu coração
Dancei com rosa ao terreiro, roçando em meu coração
Ai, ai, ai que tentação
Cabeça Inchada
Luiz Gonzaga
Eu tou doente, morena
Doente eu tou, morena } bis
Cabeça inchada, morena
Ôi, ôi, ôi
Doente eu tou, morena } bis
Cabeça inchada, morena
Ôi, ôi, ôi
Ai morena
Moreninha, meus amô
Você diz que me namora, morena
Mentira, morena
Agora morena, namora não
Moreninha, meus amô
Você diz que me namora, morena
Mentira, morena
Agora morena, namora não
Ai morena
Moreninha, meus amo
Você diz que por mim chora, morena
Mentira, morena, não chora não
Agora, morena, não chora não
Não chora não, não chora não
Não chora não, não chora não (bis)
Moreninha, meus amo
Você diz que por mim chora, morena
Mentira, morena, não chora não
Agora, morena, não chora não
Não chora não, não chora não
Não chora não, não chora não (bis)
Pássaro Carão
Luiz Gonzaga
Pássaro Carão cantou
Anum chorou também
A chuva vem cair
No meu sertão
Vi um sinar, meu bem
Que me animou também
Ainda ontem vi
Póvora no chão } bis
Anum chorou também
A chuva vem cair
No meu sertão
Vi um sinar, meu bem
Que me animou também
Ainda ontem vi
Póvora no chão } bis
É bom inverno que vem
É chuva cedo que tem
O nosso plano de além
É de casa
É chuva cedo que tem
O nosso plano de além
É de casa
Se Deus quiser
Agora faço um ranchinho
Prá nóis juntinho,meu bem
Nele morar
Agora faço um ranchinho
Prá nóis juntinho,meu bem
Nele morar
Boca de Forno
Luiz Gonzaga
Boca de forno, forno
Tirando bolo, bolo
Jacarandá dá
Onde eu mandar, vou
E se não for?
E se não for? Apanha
Tirando bolo, bolo
Jacarandá dá
Onde eu mandar, vou
E se não for?
E se não for? Apanha
Remão, remão
Quem me trouxer primeiro
A chinela de Rosinha
Remão, remão
Quem me trouxer primeiro
Um cordão e uma folhinha
Remão, remão
Quem me trouxer primeiro
Uma pedra bem branquinha
Quem me trouxer primeiro
A chinela de Rosinha
Remão, remão
Quem me trouxer primeiro
Um cordão e uma folhinha
Remão, remão
Quem me trouxer primeiro
Uma pedra bem branquinha
Boca de forno, forno
Tirando bolo, bolo
Jacarandá, dá
Onde eu mandar, vou
E se não for?
E se não for? Apanha
Tirando bolo, bolo
Jacarandá, dá
Onde eu mandar, vou
E se não for?
E se não for? Apanha
Remão, remão
Quem me trouxer primeiro
Alguma estrela do céu
Uma rosa bem vermelha
E um anel
Um cajá
Do tamanho de um melão
Um telefone
Que caiba em minha mão
Tamarindo
Doce como mel
Rapadura amarga
Como fel
Uma coruja
Que seja bem bonita
Um bastão de marmelo
E uma fita
Quem me trouxer primeiro
Alguma estrela do céu
Uma rosa bem vermelha
E um anel
Um cajá
Do tamanho de um melão
Um telefone
Que caiba em minha mão
Tamarindo
Doce como mel
Rapadura amarga
Como fel
Uma coruja
Que seja bem bonita
Um bastão de marmelo
E uma fita
Boca de forno, forno...
E a criançada sonhando
Vai o mundo avessando
Vai crescendo descobrindo
Vai perdendo um sonho lindo
Remão, remão
Quem me trouxer felicidade
Quem me trouxer alegria de verdade
E a gente não trás e fica na mão
Remão, remão
Vida tem manha
Quem não trouxer, apanha
Vai o mundo avessando
Vai crescendo descobrindo
Vai perdendo um sonho lindo
Remão, remão
Quem me trouxer felicidade
Quem me trouxer alegria de verdade
E a gente não trás e fica na mão
Remão, remão
Vida tem manha
Quem não trouxer, apanha
Nenhum comentário:
Postar um comentário