terça-feira, 2 de dezembro de 2014

E HOJE DAELHE FORRO

E HOJE E EM NOSSA HOMENAGEM A HISTORIA DO FORRO ,EU HOJE FAÇO HOMENAGEM  DE CORAÇÃO A NOSSA CULTURA SOU NORDESTINA DA ROÇA COM ORGULHO FALO DO FORRO NOSSA MUSICA CARRO CHEFE  ALEGRIA  E MOVIMENTOS SENSUAIS A História do forró
Introdução
O forró, assim como o samba, possuem as mesmas raízes, ou seja, ambos se originaram da mistura de influências africanas e européias. "Na música nordestina, um toque indígena, uma pitada européia, um tempero africano; é só degustar..." já citava um dos especialistas no assunto.
O batuque - dança de roda com que os africanos mostravam a sua cultura - foi o tronco principal no que diz respeito à formação da música popular no Brasil. Dele surgiram diversas variações que se espalharam tanto em áreas urbanas quanto rurais sob vários nomes e estilos próprios conforme a região do país.
Origem da Palavra
A origem do forró é controversa. É certo que o ritmo nasceu no Nordeste e foi apresentado ao Sul do país por Luiz Gonzaga nos anos 40. Mas quando, onde e como ele apareceu lá no sertão ainda é, de certo modo, um mistério que vem dividindo muitos estudiosos e músicos. Há a versão mais popular de sua origem, até transformada em canção por Geraldo Azevedo em 82, (e relançada agora em sua coletânea Frutos e Raízes), For All Para Todos: a de que o nome viria dos dizeres "For All" (em inglês "para todos"). A frase vinha escrita nas portas dos bailes promovidos pelos ingleses em Pernambuco, no início do século, quando eles vieram para cá construir ferrovias. Se a placa estivesse lá era sinal de que todos podiam entrar na festa, regada a ritmos dançantes que prenunciavam o forró de hoje, essa era a versão defendida por Luiz gonzaga. Nestes bailes tocavam todos os tipos de música e também o ritmo precursor do forró atual. A segunda versão é dada pelo historiador e pesquisador da cultura popular Luís da Câmara Cascudo, que diz que a origem é o termo africano "forrobodó", que significaria festa, bagunça. Em alguns povoados pequenos do país (como na Ilha Grande- RJ ou na Ilha do Mel- PR) forró significa bailão popular ou arrasta pé, onde se dança de tudo.
"Escrevi a música For All Para Todos, que foi título de um disco meu, quando ouvi uma entrevista de Luiz Gonzaga e Sivuca na TV, na qual eles contavam essa história da origem do forró", conta Geraldo Azevedo, nascido num distrito de Petrolina, no sertão pernambucano, e com muitos forrós compostos em seus 25 anos de carreira fonográfica. Porém, logo uma corrente contrária se manifestou: "Na época, houve protesto de muitas pessoas", diz Geraldo. "O pesquisador Câmara Cascudo me escreveu uma carta dizendo que a história de Gonzagão não tinha fundamento, pois a palavra forró vinha de forrobodó, expressão que em dialeto africano significa fresta, bagunça".
Gonzagão, o pioneiro
Controvérsias à parte, quase todo mundo concorda que sem Luiz Gonzaga, o forró não estaria hoje aí nos bailes de todo o Brasil como a última moda musical. O Velho Lua nasceu em Exu, sertão pernambucano, em dezembro de 1912. Filho do sanfoneiro Januário, que animava os bailes da cidade nos finais de semana, desde pequeno ele tomou familiaridade com o instrumento. E, em todos os lugares aonde ia, Gonzaga procurava experimentar o acordeon ou a zabumba e estava sempre junto aos músicos. Depois de uma briga com a mão, aos 18 anos, ele resolveu ganhar o mundo. Foi para o Ceará, onde entrou para o Exército e virou cabo corneteiro. Dali andou mais um pouco, chegou em São Paulo e, finalmente, fixou-se no Rio de Janeiro, disposto a tentar carreira de músico no rádio. Antes de se inscrever no programa de Ary Barroso, em 1941, com a canção Vira e Mexe, com a qual tiraria o primeiro prêmio e seria contratado pela Rádio Nacional, ele tocou em prostíbulos e bares de pouca categoria. :p>
A música nordestina de Luiz Gonzaga sofreu preconceito no início. O diretor artístico da rádio nacional não o deixava sequer usar o chapéu de couro e a roupa de cangaceiro que fariam parte de seu visual durante toda a carreira no futuro. Porém, mais ou menos como vem acontecendo hoje em São Paulo e em outros centros, o forró foi conquistando o grande público, deixando de ser só uma música para saudoso migrantes nordestinos ou pessoas de4 classe social inferior. E o modo poético como Gonzagão cantava sua vivência dura de sertanejo, as tristezas e — por que não? — as doçuras da vida nordestina tão esquecida pelo resto do Brasil, foi entrando devagarzinho no coração de todo o país que, na época, encantava-se mais com os musicais vindos de Hollywood. Quase sessenta anos depois, com a nova onda do forró, nada mais justo que ver a música do Velho Lua, morto há nove anos, ser presença obrigatória nas casas noturnas de todo o país. E admirada por tantos adolescentes.
Algumas Ramificações do Forró
a) como dança e música: baião, xote, xaxado, coco, vanerão, quadrilhas juninas ...
b) como música: forró malícia (principal representante é Genival Lacerda), lambaforró, oxentemusic
A primeira Música
Consta como sendo "Baião"- (1946) de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, porém podem haver gravações anteriores.
Como Surgiram os Rítmos que Compõem o Forró
O baião: sua origem remonta ao século XIX, no nordeste do país, mas faltam informações precisas para esse início. Segundo alguns, a palavra vem de " baiano". O baião veio do lundu e era dançado em roda; um dos presentes intimava os outros a dançar por meio de umbigadas e toques de castanholas. A popularização do ritmo se deu mesmo a partir da década de 40, com Luiz Gonzaga, pernambucano que veio para o Rio de Janeiro e gravou inúmeras músicas, que falavam do cotidiano nordestino. Esse tipo de baião cantado sofreu influências de outros ritmos, como o samba e a conga. Nos anos 70, Gil e Caetano com o tropicalismo e o interesse em resgatar os ritmos genuinamente brasileiros, deram nova força ao baião.
O baião apresenta diferenças regionais e de época. Existe o baião de Pernambuco, que é o tradicional, tocado com sanfona, triângulo e zabumba, cujos maiores representantes são Luiz Gonzaga e Dominguinhos. Já o baião de Fortaleza (grupo Mastruz com Leite) incorporou instrumentos mais modernos, como guitarra e bateria.
O xote: ritmo de origem européia que surgiu dos salões aristocráticos da época da Regência - final do séc XIX. Conhecido originalmente com o nome schottisch, dominou no período do Segundo Reinado incorporando-se depois às funções populares urbanas, passando a ficar conhecido como chótis e finalmente xote. Saiu dos salões urbanos para incorporar-se às regiões rurais, onde muitas vezes aparece com outras denominações.
O xaxado: o nome provém do som que os sapatos faziam no chão ao se dançar; é uma dança do agreste e sertão pernambucano, bailada somente por homens, que remonta da década de 20. O acompanhamento era puramente vocal, melodia simples, ritmo ligeiro, e letra agressiva e satírica. Tornou-se popular pelos cangaceiros do grupo de Lampião.
O coco: dança de roda do norte e nordeste do Brasil, fusão da musicalidade negra e cabocla. Acredita-se que tenha nascido nas praias, daí a sua designação. O ritmo sofreu várias alterações com o aparecimento do baião nas caatingas e agreste. Como compositor que popularizou o ritmo podemos citar Jackson do Pandeiro.
O vanerão: é o forró dançado no sul do país. Caracteriza-se por ser uma dança em que os pares giram pelo salão com imensa mobilidade e rapidez.
As quadrilhas juninas: são de natureza rural, da tradição européia, do culto ao fogo, anteriores ao cristianismo. A Igreja Cristã adaptou a festa de São João para absorver os cultos agrários pagãos. No Brasil a festa é acompanhada de muita música e dança: a quadrilha (dança das Cortes européias), o baião, o xote entre outros.
Atualmente o forró está sofrendo alterações em relação ao seu perfil original com o surgimento de novos grupos musicais e o sucesso que está fazendo entre os jovens. "A maioria destes grupos se formou após a febre da lambada, e a música que eles fazem é chamada de lambaforró ou oxentemusic. A dança também se modificou, assimilando passos da lambada (principalmente os giros)" afirma Dominguinhos. Diz, ainda, "que da mesma forma que o pagode ressuscitou sambistas antigos, como Martinho da Vila e Paulinho da Viola, os novos grupos de forró estão ajudando a divulgar o ritmo e suscitar interesse nos velhos mestres, como ele e Gonzagão". Podemos concluir, portanto, que o forró é um caldeirão de culturas de várias épocas e regiões que vai se modificando e se adaptando a cada geração.
A mistura do forró
Ao lado de Luiz Gonzaga não podem faltar compositores consagrados no forró como Dominguinhos, um dos herdeiros de sua sanfona animada. Ele já gravou até um tributo ao mestre, Dominguinhos e Convidados Cantam Luiz Gonzaga, dois CDs duplos da gravadora Velas. Não dá para esquecer Jackson do Pandeiro "que desenvolveu o côco, outro ritmo nordestino, de forma festiva e o incorporou ao forró", segundo Geraldo Azevedo. Por seu lado, Alceu Valença acaba de lançar o disco Forró de Todos os Tempos (Sony) onde dá uma pincelada histórica no ritmo com músicas inéditas e regravações de Jackson e Gonzagão. :p>
A esta altura muitos devem estar se perguntando "mas, se Luiz Gonzaga era o rei do Baião, o que isso tem a ver com forró?". Geraldo Azevedo dá a explicação: "A base rítmica do forró é principalmente o baião, aliado ao xote, ao xaxado e também ao côco. Estes juntos fazem uma festa daquelas", conclui o compositor pernambucano. Ele acrescenta que há várias maneiras de se tocar forró e se diz satisfeito de ver o ritmo nordestino tomar conta dos jovens de classe média e alta: "No tempo da ditadura houve um sufocamento da nossa cultura, pois quase tudo era considerado subversivo. Hoje os jovens estão redescobrindo o Brasil, e com ele o forró. Sinto-me honrado e feliz até porque tenho 25 anos de estrada na música e meu público, em sua maioria, tem hoje entre 16 e 20 anos. Sinto-me renovado. Parece que estou descobrindo minha carreira de novo". :p>





Forró

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
NoFonti.svg
Este artigo ou se(c)ção cita fontes fiáveis e independentes, mas que não cobrem todo o conteúdo (desde agosto de 2014). Por favor, adicione mais referências e insira-as corretamente no texto ou no rodapé. Material sem fontes poderá ser removido.
Encontre fontes: Google (notíciaslivros e acadêmico)
Forró
Escultura em barro pintado de um sanfoneiro, um dos músicos que integram as bandas de forró.CaruaruPernambuco.
Origens estilísticasPolcaContradança
Contexto culturalInício do século XIX, noSertão nordestino
Instrumentos típicosSanfonaTriângulo,Zabumba
PopularidadePopular no Nordeste do Brasil, especialmente emSergipePernambuco,PiauíParaíba e Ceará.
Subgêneros
xotexaxadobaiãoforró universitárioforró eletrônico
Formas regionais
Região Nordeste
Forró, é um ritmo e dança típicos da Região Nordeste do Brasil, praticada nas festas juninas e outros eventos. Diante da imprecisão do termo, é geralmente associado o nome como uma generalização de vários ritmos musicais do Nordeste, como baião, a quadrilha, o xaxado, que têm influências holandesas e o xote, que tem influência portuguesa. São tocados, tradicionalmente, por trios, compostos de um sanfoneiro (tocador de acordeão, que no forró é tradicionalmente a sanfona de oito baixos), umzabumbeiro e um tocador de triângulo. Também é chamado arrasta-pébate-chinelafobó.
O forró possui semelhanças com o toré e o arrastar dos pés dos índios, com os ritmos binários portugueses e holandeses, porque são ritmos de origem europeia a chula, denominada pelos nordestinos simplesmente "forró", xote e variedades de polcas europeias que são chamadas pelos nordestinos de arrasta-pé e ou quadrilhas. A dança do forró tem influência direta das danças de salão europeias, como evidencia nossa história de colonização e invasões europeias.
Além do forró tradicional, denominado pé-de-serra, existem outras variações, tais como o forró eletrônico, vertente estilizada e pós-modernizada do forró surgida no início da década de 90 que utiliza elementos eletrônicos em sua execução, como a bateria, o teclado, o contrabaixo e a guitarra elétrica; e o forró universitário, surgido na capital paulista no final da década de 90, que é uma especie de revitalização do forró tradicional, que eventualmente acrescenta contrabaixo e violão aos instrumentos tradicionais, sendo a principal característica os três passos básicos, sendo um deles o "2 para lá 2 para cá", que veio da polca.
Conhecido e praticado em todo o Brasil, o forró é especialmente popular nas cidades brasileiras de CaruaruCampina GrandeMossoró e Juazeiro do Norte, que sediam as maiores Festa de São João do país. Já nas capitais AracajuFortalezaJoão PessoaNatalMaceióRecife, e Teresina, são tradicionais as festas e apresentações de bandas de forró em eventos privados que atraem especialmente os jovens.

História[editar | editar código-fonte]

Origem do nome[editar | editar código-fonte]

O termo "forró", segundo o filólogo pernambucano Evanildo Bechara, é uma redução de forrobodó, que por sua vez é uma variante do antigo vocábulo galego-portuguêsforbodócorruptela do francês faux-bourdon, que teria a conotação de desentoação1 . O elo semântico entre forbodó e forrobodó tem origem, segundo Fermín Bouza-Brey, na região noroeste da Península Ibérica (Galiza e norte de Portugal), onde "a gente dança a golpe de bumbo, com pontos monorrítmicos monótonos desse baile que se chama forbodó"2 3 .
Na etimologia popular (ou pseudoetimológica) é frequente associar a origem da palavra "forró" à expressão da língua inglesa for all (para todos). Para essa versão foi inventada uma engenhosa história: no início doséculo XX, os engenheiros britânicos, instalados em Pernambuco para construir a ferrovia Great Western, promoviam bailes abertos ao público, ou seja for all. Assim, o termo passaria a ser pronunciado "forró" pelos nordestinos. Outra versão da mesma história substitui os ingleses pelos estadunidenses e Pernambuco por Natal (Rio Grande do Norte) do período da Segunda Guerra Mundial, quando uma base militar dosEstados Unidos foi instalada nessa cidade.4
Apesar da versão bem-humorada, não há nenhuma sustentação para tal etimologia do termo. Em 1912, estreou a peça teatral "Forrobodó", escrita por Carlos Bettencourt (1890-1941) e Luís Peixoto (1889-1973), musicada por Chiquinha Gonzaga5 e em 1937, cinco anos antes da instalação da referida base militar em território potiguar, a palavra "forró" já se encontrava registrada na história musical na gravação fonográfica de “Forró na roça”, canção composta por Manuel Queirós e Xerém3 .

Histórico[editar | editar código-fonte]

Os bailes populares eram conhecidos em Pernambuco por "forrobodó" ou "forrobodança" ou ainda "forrobodão"já em fins do século XIX.6
O forró tornou-se um fenômeno pop em princípios da década de 1950. Em 1949, Luiz Gonzaga gravou "Forró de Mané Vito", de sua autoria em parceria com Zé Dantas e em 1958, "Forró no escuro". No entanto, o forró popularizou-se em todo o Brasil com a intensa imigração dos nordestinos para outras regiões do país, especialmente, para as capitais: BrasíliaRio de Janeiro e São Paulo. Nos anos 60 grandes forrozeiros fizeram sucesso, tais como Luiz WanderleyNino e Trio ParanoáSebastião do RojãoZé do Baião e muitos outros que, posteriormente, caíram no mais completo esquecimento. Uma possível causa para esse ostracismo vivido pelos cantores de forró dos anos 60 e 70 na atualidade pode ser o desinteresse do grande público pelo forró tradicional, aliado à falta de apoio por parte dos grandes artistas da MPB regional.
Nos anos 1970, surgiram, nessas e noutras cidades brasileiras, "casas de forró". Artistas nordestinos que já faziam sucesso tornaram-se consagrados (Luís GonzagaMarinêsDominguinhosTrio Nordestino,Genival Lacerda) e outros surgiram. Foi nessa década que surgiu a moda do duplo sentido, consagrada pelas composições e interpretações de João Gonçalves. Outros grandes cantores do período foram ZeniltonMessias Holanda.
A década de 1980 foi de crise para o forró, o que fez com que grandes nomes do gênero carregassem na maliciosidade das letras para atrair a atenção do público. Foi a década do chamado "forró malícia" representado por nomes como Genival LacerdaClemildaSandro BeckerMarivalda entre outros. Foi nessa década que a bateria (esporadicamente utilizada nos anos 70) foi inserida oficialmente na instrumentação do gênero, assim como a guitarra, o contrabaixo e, mais raramento, os metais. A década de 1980 terminou sem que o gênero conseguisse recuperar o prestígio e, nos anos 1990, surgia um movimento que procurou dar novo fôlego ao forró, adaptando-o ao público jovem; era o nascimento do reinado das bandas de "forró eletrônico", surgidas no Ceará, cuja pioneira foi a Mastruz com Leite. Outros grandes nomes desse movimento são Calcinha Preta (que impulsionou o crescimento do forró pelo Brasil e pelo mundo a fora), Cavalo de PauMagníficos e Limão com Mel.

Gêneros musicais[editar | editar código-fonte]

O forró é dançado ao som de vários ritmos brasileiros tipicamente nordestinos, entre os quais destacam-se: o xote, o baião, o xaxado, a marcha (estilo tradicionalmente adotado em quadrilhas) e coco.

Estilos da dança[editar | editar código-fonte]

O forró é dançado em pares que executam diversas evoluções, diferentes para o forró nordestino e o forró universitário:
O forró nordestino é executado com mais malícia e sensualidade, o que exige maior cumplicidade entre os parceiros. Os principais passos desse estilo são a levantada de perna e a testada (as testas do par se encontram), também conhecido pelo termo "Cretinagem".4
O forró universitário possui mais evoluções. Os passos principais são:
  • atrás e ao lado - abertura lateral do par;
  • caminhada - passo do par para a frente ou para trás;
  • comemoração - passo de balançada, com a perna do cavalheiro entre a perna da dama;
  • giro simples;
  • giro do cavalheiro;
  • oito - o cavalheiro e a dama ficam de costas e passam um pelo outro.

Modernização do forró[editar | editar código-fonte]

A partir de meados da década de 1980, com a saturação do forró tradicional conhecido como pé-de-serra, surgiu no Ceará um novo meio de fazer forró, com a introdução de instrumentos eletrônicos tais comoguitarrabateria e baixo. Também as letras deixaram de ter como o foco a seca e sofrimento dos nordestinos, e passaram a abordar conteúdos que atraíssem os jovens. O precursor do movimento foi o ex-árbitro de futebolprodutor musical e empresário Emanuel Gurgel, responsável pelas bandas Mastruz com Leite, Cavalo de Pau, Alegria do Forró e Catuaba com Amendoim. O principal instrumento de divulgação do forró na década de 1990 foi a a rádio Som Zoom Sat e a gravadora Som Zoom Estúdio pertencentes a Gurgel. Tal pioneirismo teve críticas de transformar o forró num produto. Em entrevista à revista Época, declarou Gurgel: "Mudamos a filosofia do forró: Luiz Gonzaga só falava de fome, seca e Nordeste independente. Agora a linguagem é romântica, enfocada no cotidiano, nas raízes nordestinas, nas belezas naturais e no Nordeste menos sofrido, mais alegre e moderno(...)".4
Além disso, a banda de rock Raimundos fez muito sucesso nos anos 90 misturando o forró com o hardcore, desde a composição musical até as letras.

Referências

  1. Ir para cima BECHARA, Evanildo. Minidicionário da Língua Portuguesa. [S.l.]: Nova Fronteira, 2009. 957 pp. ISBN 9788520921852.
  2. Ir para cima Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, verbete "forrobodó"
  3. ↑ Ir para:a b Sobre Palavras - Forró vem de "for all"? Conta outra!, Sérgio Rodrigues, Revista Veja, 4 de agosto de 2011
  4. ↑ Ir para:a b c Mvirtual. Forró - Origens e Manifestações atuais. Visitado em 13 de janeiro de 2012.
  5. Ir para cima ChiquinhaGonzaga.com - peças teatrais
  6. Ir para cima Enciclopédia da Música Brasileira: p. 301.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Enciclopédia da Música Brasileira: Erudita, folclórica, popular. 2ª. ed. rev. e atual. Art Editora/Itaú Cultural, 1998.
  • Alvarenga, Oneyda. Música Popular Brasileira. São Paulo. "Lundu e Danças Afins". P.177. 2ª Edição. Livraria Duas Cidades, 1942.
  • Carvalho, Rodrigues de. Cancioneiro do Norte. Paraíba do Norte. 71. 2º Edição, 1928.
  • Câmara Cascudo, Luís da. Vaqueiros e Cantadores. p. 143 (em Almeida RJ, José Alberto de. 1997. Os Cantadores de Cordel do Nordeste Brasileiro: Relentara de Uma Prática Medieval. p. 6. Universidade Estadual do Ceará. CNPq - PIBIC).
  • Câmara Cascudo, Luís da. Dicionário do Folclore Brasileiro. 2ª ED. Rio de .Janeiro. Instituto Nacional do Livro. Ministério da Educação e Cultura, 1962.
  • Câmara Cascudo, Luís da. Dicionário do Folclore Brasileiro. 6ª Edição. Belo Horizonte, Itatiaia - São Paulo. p. 95. Editora da Universidade de São Paulo, 1988.
  • Enciclopédia Brasileira Globo. Vol.II - 14ª. Porto Alegre. Edição. Editora Globo, 1975.
  • Buarque de Holanda Ferreira, Aurélio. Minidicionário da Língua Portuguesa. 1ª Ed. 5ª Impressão. Rio de Janeiro. p. 207. Editora Nova Fronteira, 1977.
  • Phaelante, Renato. Forró: Identidade NordestinaFundação Joaquim Nabuco (Instituto de Pesquisas Sociais, Departamento de Antropologia). Recife, 1995.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Commons
Commons possui imagens e outras mídias sobre Forró

Nenhum comentário:

Postar um comentário