terça-feira, 14 de julho de 2015

BULIMIA NERVOSA
Sinônimos:
Bulimia, transtornos alimentares
O que é?
A Bulimia Nervosa é um Transtorno Alimentar que se caracteriza pela ingestão de grandes quantidades de alimentos (episódios de comer compulsivo ou episódios bulímicos), seguidos por métodos compensatórios, tais como vômitos autoinduzidos, uso de laxantes e/ou diuréticos e prática de exercícios extenuantes como forma de evitar o ganho de peso pelo medo exagerado de engordar.
Diferentemente da anorexia nervosa, na bulimia pode não haver perda de peso, e assim médicos e familiares têm dificuldade de detectar o problema. A doença ocorre mais frequentemente em mulheres jovens, embora possa ocorrer, raramente , em homens e mulheres com mais idade.
O que se sente? 
 
Ingestão compulsiva e exagerada de alimentos.
Vômitos autoinduzidos, uso de laxantes e diuréticos para evitar ganho de peso.
Alimentação excessiva, sem aumento proporcional do peso corporal.
Depressão.
Obsessão por exercícios físicos.
Obsessão por exercícios físicos.
Comer em segredo ou escondido dos outros.
Complicações médicas 
 
Inflamação na garganta (inflamação do tecido que reveste o esôfago pelos efeitos do vômito).
Face inchada e dolorida (inflamação nas glândulas salivares).
Cáries e lesão sobre o esmalte dentário. Desidratação.
Desequilíbrio eletrolítico.
Vômitos com sangue.
Dores musculares e câimbras.
Causas
Assim como na anorexia, a bulimia nervosa é uma síndrome multideterminada por uma mescla de fatores biológicos, psicológicos, familiares e culturais. A ênfase cultural na aparência física pode ter um papel importante. Problemas familiares, baixa autoestima e conflitos de identidade também são fatores envolvidos no desencadeamento desses quadros.
Como se desenvolve?
Muitas vezes, leva tempo para se perceber que alguém tem bulimia nervosa. A característica principal é o episódio de comer compulsivo, acompanhado por uma sensação de falta de controle sobre o ato e, às vezes, feito secretamente. Os comportamentos direcionados a controle de peso incluem jejum, vômitos autoinduzidos, uso de laxantes, enemas, diuréticos, e exercícios físicos extenuantes. O diagnóstico de bulimia nervosa requer episódios com uma frequência mínima de duas vezes por semana, por pelo menos três meses. A fobia de engordar é o sentimento motivador de todo o quadro. Esses episódios de comer compulsivo, seguidos de métodos compensatórios, podem permanecer escondidos da família por muito tempo.
A bulimia nervosa acomete adolescentes um pouco mais velhas, em torno dos 17 anos. Pessoas com bulimia têm vergonha de seus sintomas, portanto, evitam comer em público e evitam lugares como praias e piscinas onde precisam mostrar o corpo. À medida que a doença se desenvolvolve, essas pessoas só se interessam por assuntos relacionados à comida, peso e forma corporal.
Como se trata?
A abordagem multidisciplinar é a mais adequada no tratamento da bulimia nervosa, e inclui psicoterapia individual ou em grupo, farmacoterapia e abordagem nutricional em nível ambulatorial.
As técnicas cognitivo-comportamentais têm se mostrado eficazes.
As medicações antidepressivas também têm se mostrado eficazes no controle dos episódios bulímicos.
A abordagem nutricional visa estabelecer um hábito alimentar mais saudável, eliminando o ciclo "compulsão alimentar/purgação/jejum".
A orientação e/ou terapia familiar faz-se necessária uma vez que a família desempenha um papel muito importante na recuperação do paciente.
Como se previne?
Uma diminuição na ênfase da aparência física, tanto no aspecto cultural como familiar, pode eventualmente reduzir a incidência desses quadros. É importante fornecer informações a respeito dos riscos de regimes rigorosos para obtenção de uma silhueta "ideal", já que eles desempenham um papel fundamental no desencadeamento dos transtornos alimentar Bulimia é um distúrbio que se caracteriza por episódios recorrentes e incontroláveis de grandes quantidades de alimentos, geralmente com alto teor calórico, seguidos de reações inadequadas para evitar o ganho de peso, tais como indução de vômitos, uso de laxativos e diuréticos, jejum prolongado e prática exaustiva de atividade física.
Nos portadores de bulimia, não é a magreza que chama a atenção. Em geral, são mulheres jovens de corpo escultural, que cuidam dele de forma obsessiva. Seguem dietas rigorosas. De repente, perdem o controle e ingerem uma quantidade absurda de alimentos, na maior parte das vezes, às escondidas. Depois, são tomadas por sentimentos de remorso ou culpa. Os recursos de que se valem para não engordar provocam complicações no organismo. Por exemplo: destruição do esmalte dos dentes, inflamação na garganta, sangramentos, problemas gastrintestinais, arritmias cardíacas, desidratação, etc.
A principal diferença entre anoréxicos e bulímicos é o estado de caquexia (extrema desnutrição) a que podem chegar pacientes com anorexia.
Causas
São as mesmas da anorexia. Entre elas destacam-se predisposição genética, a pressão social e familiar e a valorização do corpo magro como ideal máximo de beleza.
Sintomas
São sintomas da bulimia nervosa:
* ingestão exagerada de alimentos em curtos períodos de tempo sem o aumento correspondente do peso corporal;
* vômitos autoinduzidos por inversão dos movimentos peristálticos ou colocando o dedo na garganta;
* uso indiscriminado de laxantes e diuréticos;
* dietas severas intermediadas por repentinas perdas de controle que levam à ingestão compulsiva de alimentos;
* distúrbios depressivos, de ansiedade, comportamento obsessivo-compulsivo, automutilação;
* flutuação de peso corpóreo;
* distorção da autoimagem e baixa autoestima.
Diagnóstico
O diagnóstico da doença nem sempre é fácil, porque os sintomas não são evidentes como os da anorexia. Por isso, o levantamento da história do paciente, seus hábitos alimentares e a preocupação constante com o peso são dados que precisam ser cuidadosamente observados. Além disso, segundo o DSM.IV, o manual de diagnóstico e estatístico dos transtornos mentais, a pessoa precisa apresentar dois episódios por semana de ingestão descontrolada de alimentos, durante três meses no mínimo, para ser classificada como portadora de bulimia nervosa.
Tratamento
O tratamento da bulimia nervosa exige acompanhamento de equipe multidisciplinar composta por médicos, psicólogos, psiquiatras, nutricionistas. Medicamentos antidepressivos podem ser úteis, especialmente se ocorrerem distúrbios como depressão e ansiedade. Da mesma forma, a psicoterapia cognitivo-comportamental tem mostrado bons resultados a longo prazo, especialmente quando associada ao uso de antidepressivos e estabilizadores do humor.
Infelizmente, não se conhecem métodos eficazes para prevenir patologias como a bulimia e a anorexia. Certamente, o empenho da sociedade para mudar certos valores estéticos ligados ao culto do corpo e à magreza traria benefícios importantes para a saúde.
Recomendações
1) Se você é portador/a de bulimia:
* Não se acanhe, procure assistência médica; geralmente, os pacientes sabem que são portadores  do distúrbio, mas procuram esconder sua situação da família e dos amigos;
* Saiba que a restrição alimentar rígida e continuada aumenta o risco de fases de absoluto descontrole alimentar;
* Informe-se sobre os riscos a que se expõem os portadores de bulimia sem tratamento
2) Se uma pessoa de suas relações é portadora de bulimia:
* Lembre que críticas não ajudam a resolver o problema; aliás, só servem para comprometer mais ainda a autoestima do paciente;
* Procure orientação para saber como lidar com o/a portador/a de distúrbios alimentares;
* Admita que, às vezes, a família inteira pode precisar de acompanhamento terapêutico.

Bulimia nervosa

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Bulimia nervosa
Mesmo quando a pessoa com bulimia tem um peso saudável e normal ela continua se considerando gorda.
Classificação e recursos externos
CID-10F50.2
CID-9307.51
Star of life caution.svg Aviso médico
A bulimia é classificada como purgativa quando envolve autoindução de vômito ou/e uso de laxantes, diuréticos ou/e emagrecedores.
Bulimia nervosa é um transtorno alimentar caracterizado por períodos de compulsão alimentar seguidos por comportamentos não saudáveis para perda de peso rápido como induzir vômito (90% dos casos), uso de laxantes, abuso de cafeína, uso de cocaína e/ou dietas inadequadas.1 Diferencia-se da anorexia nervosa por envolver grande variação de peso, descontrole alimentar frequente e estar mais associado a depressão maior, enquanto a vítima de anorexia nervosa está mais associado com uma magreza excessiva, longos períodos sem se alimentar e transtornos de ansiedade.2

Incidência[editar | editar código-fonte]

Tem incidência maior a partir da adolescência e de 3 a 7% da população, embora seja difícil mapear o real número de pessoas que sofrem da doença, uma vez que ela está cercada de preconceitos e é difícil para o próprio doente confessar seu problema. Cerca de 90% dos casos ocorre em mulheres. [carece de fontes]

Características[editar | editar código-fonte]

Comidas gordurosas estão fortemente associadas a prazer, relaxamento e afeto, pois um grande número de eventos sociais envolvem comidas engordativas.
A pessoa bulímica, de acordo com os critérios diagnósticos do CID 10, tende a apresentar períodos em que se alimenta em excesso, muito mais do que a maioria das pessoas conseguiriam se alimentar em um determinado espaço de tempo, seguidos pelo sentimento de culpa e tentativas para evitar o ganho de peso com jejuns, exercícios, vômitos autoinduzidos, laxantes, diuréticos e/ou enemas. Existe também trabalhos acadêmicos recentes relatando que a ingestão alimentar excessiva caracteriza-se muitas vezes pelo sentimento subjetivo de excesso do que excesso propriamente dito.

Os critérios diagnósticos usados pelo CID-10 e pelo DSM IV são:3
  1. Episódios recorrentes de consumo alimentar compulsivo - episódios bulímicos;
  2. Comportamentos compensatórios inapropriados (como vômito e abuso de substâncias);
  3. Os episódios bulímicos e compensatórios ocorrem pelo menos duas vezes por semana, por no mínimo três meses;

Consequências comuns[editar | editar código-fonte]

Esses comportamentos podem ter diversas consequências negativas para a saúde como:4
  • Problemas nos dentes e gengivas;
  • Desidratação;
  • Fadiga;
  • Ressecamento da pele;
  • Arritmia cardíaca;
  • Irregularidade ou perda da menstruação;
  • Obstipação;
  • Humor depressivo e variável;

Métodos compensatórios[editar | editar código-fonte]

Geralmente a autoestima de pessoas com transtornos alimentares depende excessivamente da satisfação com o próprio corpo.
Os principais métodos de perda de peso são:5
  • Autoindução de vômito;.
  • Jejuns prolongados;
  • Uso de laxantes, diuréticos e enemas;
  • Exercícios excessivos;
  • Dietas ineficientes e não saudáveis;
  • Lipoaspiração e outros procedimentos cirúrgicos para reduzir o peso.

Fatores psicológicos[editar | editar código-fonte]

Mesmo que a pessoa com bulimia consiga emagrecer com ajuda de medicamentos, sem resolver os fatores psicológicos é muito provável que ela volte a ter novas crises no futuro e continue infeliz consigo mesma.2
Alguns aspectos psicológicos frequentes em pessoas com bulimia são2  :
  • Baixa autoestima;
  • Pensamento do tipo “tudo ou nada” (extremistas);
  • Ansiedade elevada;
  • Perfeccionismo;
  • Dificuldade de encontrar formas saudáveis de obter prazer e satisfação;
  • Excessivamente críticos;
  • Excessivamente exigentes;
  • Insatisfação constante.

Outras características[editar | editar código-fonte]

Essas pessoas podem tentar passar um dia ou mais sem comer na tentativa de perder peso, muitas vezes entrando em um repetitivo ciclo de intensa restrição alimentar alternadas com farras culposas que o levam de novo ao sistema compensatório. A própria restrição alimentar excessiva aumenta muito as chances de desencadearem-se novos episódios compulsivos. Quanto mais tempo sem comer, mais forte o organismo se mobiliza para procurar e consumir, e reagindo à falta de alimentos o organismo absorve uma maior quantidade de gordura para compensar a perda de peso anterior.
O bulímico geralmente se encontra com peso normal, levemente aumentado ou diminuído (mas não chegando à magreza da anorexia). Essa aparência de normalidade muitas vezes dificulta que se identifique o problema, o que muitas vezes leva a uma demora em se procurar ajuda.
Pacientes bulímicos costumam envergonhar-se de seus problemas alimentares e, assim, buscam ocultar seus sintomas. Dessa forma, as compulsões periódicas geralmente ocorrem sem o conhecimento dos pais, dos amigos ou das pessoas próximas.
Em alguns casos após a bulimia ter persistido por algum tempo, os pacientes podem afirmar que seus episódios compulsivos não mais se caracterizam por um sentimento agudo de perda de controle, mas sim por indicadores comportamentais de prejuízo do controle, tais como dificuldade a resistir em comer em excesso ou dificuldade para cessar um episódio compulsivo, uma vez que iniciado.
A bulimia costuma causar sofrimento psíquico e afeta áreas diversas do sujeito. O bulímico não tem prejuízo somente da sua relação com a comida ou da sua relação com seu corpo. Ele se vê afetado em suas relações sociais - uma vez que festas e confraternizações envolvem alimentação. Ele se vê atormentado por uma questão que lhe é cotidiana (alimentação) e que não pode ser evitada, uma vez que todo indivíduo precisa se alimentar.Isso demonstra a dificuldade de se lidar com o transtorno alimentar (tanto para o sujeito que se vê afetado, quanto pelos demais à sua volta)

Tratamento[editar | editar código-fonte]

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Advertência: A Wikipédia não é consultório médico nem farmácia.
Se necessita de ajuda, consulte um profissional de saúde.
As informações aqui contidas não têm caráter de aconselhamento.
Amarelamento dos dentes inferiores causado pelo fluxo frequente de ácidos estomacais.
O tratamento mais eficaz é o multiprofissional, envolvendo acompanhamento psicológico, psiquiátrico e nutricional. Porém, é frequente que o paciente não reconheça a necessidade de tratamento e se recuse ou adie sem tempo determinado a fazê-lo. Em certos casos, principalmente quando há sério comprometimento à saúde, faz-se necessária a internação do paciente.6 Terapias comportamentais associados com alguns tipos de antidepressivos e estabilizante de humor tem obtido bons resultados.2
terapia cognitivo-comportamental é uma psicoterapia individual que ajuda o paciente a desenvolver auto-controle, compreender a fonte de suas angústias e frustrações e desenvolver meios mais saudáveis de enfrentar as situações que desencadeiam a compulsão alimentar. Geralmente dura 6 meses para casos leves e moderados e 2 anos para casos mais graves. Remédios podem ser usados acessoriamente. Além de lidar com o transtorno alimentar também costuma envolver tratamento de transtornos depressivos e ansiosos que estejam desencadeando e mantendo os pensamentos, sentimentos e comportamentos não saudáveis.7

Tratamento de crianças e adolescentes[editar | editar código-fonte]

No caso de jovens que ainda vivem com os pais a abordagem mais eficiente de todos é a terapia familiar e aconselhamento dos pais. 8 Nessa abordagem toda a família é estimulada a modificar seus comportamentos alimentares e afetivos para padrões mais saudáveis. É recomendado que envolva uma nutricionista prescrevendo melhoras graduais na dieta e acompanhando os progressos e dificuldades da família.9

Referências

  1. Ir para cima FAIRBURN, C.G.- Psychological and Social Problems Associated with Binge Eating. In: FAIRBURN, C.G. (ed): Overcoming Binge Eating. The Guilford Press, New York, pp 42-66, 1995.
  2. ↑ Ir para:a b c d Cristiano Nabuco de Abreu, Raphael Cangelli Filho. Anorexia nervosa e bulimia nervosa – abordagem cognitivo-construtivista de psicoterapia. Disponível em: http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol31/n4/177.html
  3. Ir para cima AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION (APA). - Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders.4th ed. Washington DC, 1994.
  4. Ir para cima [1]
  5. Ir para cima Táki Athanássios Cordás. Transtornos alimentares: classificação e diagnóstico. Disponível em: http://urutu.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol31/n4/154.html
  6. Ir para cima Autor: Oliveira, Érika Arantes de; Santos, Manoel Antônio dos. Título: Perfil psicológico de pacientes com anorexia e bulimia nervosas: a ótica do psicodiagnóstico Fonte: Medicina (Ribeirão Preto);39(3):353-360, jul.-set. 2006. tab.[2]
  7. Ir para cima HAWTON, K.; SALKOVSKIS, P.M.; KIRK, J. & CLARK, D.M. — Cognitive Behaviour Therapy for Psychiatric Problems: a Practical Guide. Oxford University Press, New York, USA, 1989.
  8. Ir para cima Kaplan, A.S.- Psychological Treatments for Anorexia Nervosa: a Review of Published Studies and Promising new Directions. Can J Psychiatry 47(3): 235-42, 2002.
  9. Ir para cima PINZON, Vanessa et al. Peculiaridades do tratamento da anorexia e da bulimia nervosa na adolescência: a experiência do PROTAD. Rev. psiquiatr. clín. [online]. 2004, vol.31, n.4 [cited 2013-01-18], pp. 167-169 . Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-60832004000400007&lng=en&nrm=iso>. ISSN 0101-6083. http://dx.doi.org/10.1590/S0101-60832004000400007.
  • Ballone GJ, Ortolani IV - Bulimia Nervosa, im. PsiqWeb, Internet, disponível em psiqweb.med.br, revisto em 2005
  • Grupo de Apoio e Tratamento dos Transtornos AlimentaresNos dias atuais, o culto ao corpo perfeito acaba influenciando pessoas, principalmente mulheres, a usarem de todo e qualquer artifício para se manterem magras. A bulimia é um transtorno alimentar que se caracteriza pela ingestão de uma grande quantidade de alimentos, geralmente ricos em calorias, seguida por métodos compensatórios. Esses métodos compensatórios podem ser: o uso de laxantes ou diuréticos, a prática de exercícios físicos intensos ou a indução do vômito. Pessoas que apresentam esse transtorno alimentar geralmente têm peso normal e seguem dietas severas. Além disso, alguns fazem jejuns rigorosos e ingerem anorexígenos, medicamentos que diminuem o apetite e causam agitação, dependência e inúmeros efeitos indesejáveis.
    A bulimia e a anorexia são diferentes. Na bulimia ocorre a compulsão por alimentos seguida por métodos compensatórios. Na anorexia a pessoa deixa de se alimentar, perdendo peso rapidamente, chegando às vezes a um estado de desnutrição severa que pode levar à morte.
    Na bulimia, a compulsão por ingerir grande quantidade de alimentos ricos em calorias é frequente, sendo seguida por vômitos induzidos. Geralmente a pessoa bulímica tem baixa autoestima e obsessão com o peso e a forma de seus corpos. Quando autoinduzem o vômito, o fazem às escondidas.
    Arritmias cardíacas, inflamação da garganta e glândulas salivares, sangramento do esôfago, problemas gastrintestinais, cáries e desidratação são comuns em pacientes com bulimia. Alguns pacientes podem apresentar também fadiga, desmaios, ressecamento da pele, irregularidade ou perda da menstruação, constipação, oscilações de humor e depressão.
    A bulimia pode ser causada por fatores psicológicos, biológicos, familiares e culturais (como o culto ao corpo perfeito). Geralmente a pessoa que tem bulimia esconde isso dos familiares por ter vergonha de seus ataques compulsivos por comida, e julga esse comportamento como uma falta de controle próprio, o que ajuda na baixa autoestima.
    A bulimia tem cura e seu tratamento consiste em medicamentos antidepressivos, hábitos alimentares saudáveis e terapia individual ou em grupo.

    Paula Louredo

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