segunda-feira, 13 de julho de 2015

OBSEÇAO

Obsessão espiritual

Nas últimas décadas a obsessão espiritual vem grassando na Terra, cada vez mais e mais, causando perturbações e sofrimentos os mais variados.
Ela é, certamente, uma doença, só que é doença da alma, ou melhor, a nossa alma é que favorece as condições necessárias para as obsessões poderem se instalar.
Mas, o que é uma obsessão? É o domínio que um espírito exerce sobre alguém. Esse domínio ocorre em variados graus, desde os mais leves até aqueles que vão da fascinação à subjugação, podendo chegar à possessão.
Conforme explica Allan Kardec, o codificador do Espiritismo, “A obsessão é uma ação permanente que um espírito mau exerce sobre um indivíduo”.
É uma ação permanente e não esporádica, em que o espírito perseguidor permanece junto ao obsidiado, usando todos os recursos que conhece e dos quais consegue lançar mão, para alcançar o que pretende.
A ação obsessiva é exercida por um espírito que, nessa ação, está sendo mau; não é exercida por um espírito bom, ou mesmo por um “sofredor”, porque é uma ação maléfica, visando geralmente vingança.

PERGUNTA FREQÜENTE
Um espírito pode ser eternamente mau?
 Quando se fala em espíritos maus não se quer dizer que eles o sejam eternamente, ou que já tenham sido criados assim. Eles não são diferentes de nós, apenas seguiram por caminhos em desacordo com as leis cósmicas descendo moralmente aos mais diversos níveis. Há obsessores que agem com maldade apenas em relação aos objetos do seu ódio. Outros sentem verdadeiro prazer em serem maus e há mesmo aqueles terrivelmente perversos, cruéis, verdadeiros monstros de maldade e perversões de toda natureza. São os que muitos classificam como Demônios, Satanás, Diabo etc.

Mas o espírito nunca regride em sua evolução. Os valores adquiridos permanecem latentes em seu inconsciente, e suas quedas morais são temporárias, mesmo que durem milênios.
Muitos espíritos, ao alcançarem um grau mediano de evolução através das experiências reencarnatórias no bojo do tempo, quando se lhes começa a despertar a consciência divina, chamando-os para o Alto, preferem as atrações inferiores, mergulhando fundo nas paixões. E, nesse impasse entre os ditames da consciência e suas escolhas, tratam de abafar os chamamentos superiores, isolando-se da essência de seus próprios espíritos, que é luz de Deus. É como se envolvessem a consciência num energismo de negação, abafando-a. Mas todos eles, dos maus aos piores, um dia se cansarão da própria maldade, retomando o caminho da evolução. Deus não iria criar seres que pudessem, para sempre, votar-se ao mal.
Há inúmeras narrativas de espíritos sobre episódios em que algum desses terríveis “medalhões do mal” acaba abandonando as regiões inferiores, decidido a mudar de vida, passando a preparar-se para nova reencarnação que, certamente, será muito sofrida, mas representa o passo inicial em sua retomada evolutiva. Nesses casos geralmente há a atuação de alguém que lhe é muito caro, como por exemplo, alguém que fora sua mãe na Terra, e que desce de regiões de luz e harmonia para convencer aquele ser amado a mudar de rumo.
Já os espíritos que alcançaram maior grau de evolução, cujas consciências já se encontram harmonizadas com o esplendor das leis divinas, esses não mais se sentem atraídos pelos chamamentos inferiores, porque já eliminaram de si mesmos todos os resíduos da natureza animalizada. Aquela lenda sobre o Anjo que sentia inveja e tinha a ambição de assemelhar-se a Deus e por isso foi lançado ao inferno, tem simbolismos diferentes, porque um ser espiritual tão elevado não cai. A ambição, a inveja, o ódio, o egoísmo e assemelhados, são valores negativos que somente vigoram nas faixas primárias da evolução.

PERGUNTA FREQÜENTE
Por que algum espírito se põe a obsidiar uma pessoa reencarnada? 
As obsessões quase sempre acontecem por questões de vingança, e podemos mesmo dizer que os obsessores são nossos cobradores. Eles estão nos cobrando algum mal que lhes fizemos, geralmente, em vidas passadas.
Também existem casos de obsessão por espíritos que foram abortados. Vendo frustrados os seus ideais de retornarem à Terra, através da reencarnação, procuram vingar-se das mulheres que lhes deram acolhida, mas em seguida os expulsaram de seus ventres.
Inúmeros processos obsessivos também têm início em condutas viciosas, ou que estejam em conflito com valores morais, porque nestes casos os semelhantes se atraem.
Há ainda os casos de obsessão encomendados em “terreiros” que trabalham para o mal.

PERGUNTA FREQÜENTE
Como pode alguém contrair uma obsessão através da sua conduta?
 Nas atividades mediúnicas e também na bibliografia psicografada, encontram-se inúmeras narrativas sobre pessoas que freqüentavam ambientes de baixo nível moral-espiritual, como por exemplo, lupanares, onde atraíam espíritos viciados em sexo que passavam a acompanhá-los, induzindo-os à luxúria e à devassidão, a fim de poderem locupletar-se com as energias sexuais degeneradas que eram geradas nesses atos.
Da mesma forma com relação aos mais diversos vícios, e até mesmo a condutas desonestas ou outras que ferem a ética cósmica.
Todos nós temos as companhias espirituais que atraímos através das nossas atitudes e ações.

PERGUNTA FREQÜENTE
Que é possível fazer-se para “curar” uma obsessão?
 Em qualquer processo de obsessão o remédio está numa conduta assentada na ética cósmica; está na reforma interior. Também é importante procurar um centro espírita, para receber passes e orientações, e para que o espírito obsessor possa ser devidamente assistido em trabalhos específicos. Os centros espíritas são instituições onde melhor se conhece esses assuntos e onde se trabalha sistematicamente para ajudar em situações como essas.
Mas a cura depende principalmente do obsidiado, do esforço que faça pelo próprio crescimento e iluminação. Quando consegue desenvolver amor em seus sentimentos, transformando-o numa constante em suas atitudes, com isso estará elevando a própria freqüência vibratória, fugindo á sintonia que tinha com o espírito obsessor. Isto é muito importante porque essas perseguições espirituais movidas por sentimentos de vingança mostram que o perseguido de hoje é o algoz de ontem, ou seja, tem uma dívida kármica que precisa resgatar. Nestes casos a melhor forma de resgate está em conseguir o perdão do obsessor e ajudá-lo a encontrar o caminho para seu próprio crescimento espiritual. Para isso, os centros espíritas ajudam muito com os trabalhos de desobsessão, que são realizados com muito amor.
Quando algum espírito perseguidor, ou mesmo alguma entidade de baixíssima condição espiritual é envolvido nas vibrações de amor do grupo, observa-se nele grandes mudanças.
Um médium vidente presente aos trabalhos pode observar como essas mudanças são radicais. Um espírito de baixa vibração geralmente é visto pelos videntes com aparência feia e até mesmo horrível, e vestido ou envolvido em roupagens escuras, mal-cheirosas e de desagradável aspecto. Mas, quando recebe a vibração de amor do grupo e do médium que o incorpora, algo nele começa a se desintegrar. Então, o doutrinador conversa com ele, levando-o a ver que assim está prejudicando a si mesmo, atrasando a própria evolução. Procura levá-lo a perdoar e a se afastar de quem está perseguindo. Os espíritos benfeitores, responsáveis pelo trabalho, também usam inúmeros outros recursos, tais como trazer algum espírito que foi muito querido ao obsessor, para tentar convencê-lo a perdoar e abandonar a perseguição. Assim, com o desenrolar dos trabalhos até a sua aparência vai se modificando para melhor.

PERGUNTA FREQÜENTE
 Para desmanchar “trabalhos de terreiro”, que é preciso? Procurar o Espiritismo?
 O Espiritismo não lida de forma direta com nada relacionado a macumbas ou outros “trabalhos de terreiro”, mas ajuda e ensina como agir nos casos de perseguições espirituais de qualquer natureza.
Essas perseguições, na verdade, só nos alcançam quando encontram pontos de sintonia em nossa intimidade.
Assim, se procuramos vivenciar os valores da alma, em sua profundidade, estamos mudando nossa sintonia e ficando fora do alcance de tais perseguições.
Também é certo que muitas vezes elas nos atingem, porque ainda guardamos em nossa consciência profunda algum "lixo" acumulado em vidas passadas. Por isso, muitas pessoas boas se tornam vítimas de macumbas, obsessões, inveja e assemelhados.
Mas mesmo nesses casos, se fizermos uma verdadeira reforma em nosso interior, passando a vivenciar o perdão pleno, a fraternidade, e outros valores éticos, fazendo do amor universal o nosso alicerce de vida; se buscarmos Deus, em oração, com certeza minimizaremos quaisquer efeitos negativos de tais perseguições, e até mesmo, podemos acabar com elas.
Também ocorre muito amiúde pensarmos que alguém nos botou macumba, quando essa macumba foi feita por nós próprios, pelos nossos pensamentos, sentimentos, palavras e ações em desacordo com as leis cósmicas.
Em quaisquer casos, no entanto, é importante procurar um centro espírita para receber passes, que representam poderosa ajuda, além das palestras explicativas ou de teor evangélico, que ajudam na elevação da nossa freqüência vibratória.



A cura da obsessão depende principalmente do obsedado,
do esforço que faça pelo próprio crescimento e iluminação.
Quando consegue desenvolver amor em seus sentimentos, transformando-o numa constante em suas atitudes, estará
 elevando a própria freqüência vibratória, fugindo á
sintonia que tinha com o espírito obsessor.


Também o "passe" é importante, pela transfusão energética
e limpeza do campo magnético da pessoa necessitada.
É ministrado nos centros espíritas por pessoas preparadas
para esse mister, que se utilizam das mãos para essa
ação, que representa um gesto de amor.
Nesses casos há sempre a assistência de espíritos
competentes na manipulação de energias.

Sempre que alguém te ofender,
ou quando estiveres em presença, nas proximidades,
ou mesmo apenas pensando na pessoa que te magoa ou
com a qual antipatizas, faz o seguinte exercício:
“Respira fundo, buscando relaxar.
 Procura encher o coração com amor e diga mentalmente:
“Quero que tu, Fulano, estejas em paz.
Quero que estejas bem, com saúde e prosperidade.
Que Deus te abençoe, e te faça feliz”.
Isto te fará infinito bem.
   
 





Se quiser colaborar na construção de um mundo melhor,
conheça um programa (inteiramente gratuito) para ensinar valores
humanos a crianças, tanto na escola, quanto no lar, e divulgue-o:





Se quiser conhecer o
Programa dos 6 PASSOS
para a conquista do Bem Viver, que inclui também
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música relaxante, preces e mensagens para viver melhor,
visite o site:

Obsessão (espiritismo)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Obsessão é o domínio que alguns espíritos logram adquirir sobre certas pessoas. Nunca é praticado senão por espíritos inferiores que procuram dominar o obsediado.1 É a ação persistente que um espírito mau exerce sobre um indivíduo. Apresenta caracteres muito diversos, desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais2 .

Influência dos espíritos[editar | editar código-fonte]

A respeito da influência que os espíritos exerceriam sobre as pessoas, O Livro dos Médiuns, do escritor Allan Kardec, dedica um capítulo inteiro ao assunto.
Segundo a crença espírita, aquele que sofre a influência de seres espirituais seria, por definição, um médium.

Graus de obsessão[editar | editar código-fonte]

No que tange aos tipos possíveis de obsessão, a doutrina espírita apresenta uma classificação em três graus de intensidade crescente, a saber:
- A obsessão simples, que ocorre quando um espírito ou vários influenciam a mente de um médium com suas ideias, mas de maneira tal que o médium consciente percebe. A obsessão simples perturba, podendo causar constrangimento quando o médium inexperiente exprime de forma desavisada pensamentos que não são seus e somente se dá conta disso depois. No entanto, ele, médium, permanece senhor de si mesmo e reconhece quando fala ou age sob influência, sendo a ele possível, com estudo, aprender a controlar-se.
- A fascinação é uma ação direta e constante do pensamento de um espírito sobre a mente do médium paralisando-lhe o raciocínio de tal modo que este aceita tudo que lhe é passado pelo espírito como a mais pura verdade, reproduzindo, desde informações simplórias aos mais completos disparates, como se fosse tudo fruto da mais profunda sabedoria. O espírito que se dedica à fascinação de um médium é ardiloso pois, primeiro, ele tem que ganhar a confiança irrestrita do médium para aos poucos ir dominando seu raciocínio.
- A subjugação é uma influência tão forte sobre a mente do médium que este não mais raciocina nem age por si mesmo, agindo como marionete do espírito ou dos espíritos que o influenciam.
A obsessão simples tanto pode ser resultado da ação de espíritos voltados para o mal que querem prejudicar o médium por sentir prazer nisso, como de espíritos que identificaram no médium alguém que lhes prejudicou ou agrediu física ou moralmente em outra existência e, não tendo evoluído a ponto de perdoá-lo, dele buscam vingança. A fascinação tanto pode ser uma ação dirigida contra o médium, para fazê-lo parecer ridículo e, assim, humilhá-lo, como uma ação dirigida a um grupo ou a toda uma comunidade visando criar um movimento de oposição a outros voltados ao bem e à busca da verdade. Os casos de subjugação, finalmente, são os mais complexos, pois se trata sempre da ação de espíritos que têm profundo ódio pelo médium, tudo fazendo para lhe arruinar a existência.

De obsessão simples a subjugação[editar | editar código-fonte]

Analisando-se o caso de Anneliese Michel, supõe-se que ela começou a sofrer de obsessão aos 16 anos. O fato de ela alegar desde o começo que estava sob influência de supostos espíritos, de vê-los e querer se ver livre deles revela sob a ótica da fé, que ela estivesse, inicialmente, sob o efeito de uma obsessão simples. Infelizmente, a época, não seria possível um diagnóstico adequado e tratamento para causas psiquiátricas, de modo que a possibilidade de obsessão é mera especulação nesse caso.
No entanto, sem que tratamento algum lograsse sucesso, os crentes supunham se tratar da investida de espíritos, que aos poucos teriam conseguindo ter controle sobre sua mente e sobre seu corpo, o que caracterizaria sob o ângulo da fé espírita, um caso de subjugação, conforme se lê no artigo sobre a jovem:
Cquote1.svgEla insultava, espancava e mordia os outros membros da família, além de dormir sempre no chão e se alimentar com moscas e aranhas, chegando a beber da própria urina. Anneliese podia ser ouvida gritando por horas em sua casa, enquanto quebrava crucifixos, destruía imagens de Jesus Cristo e lançava rosários para longe de si. Ela também cometia atos de auto-mutilação, tirava suas roupas e urinava pela casa com freqüência.Cquote2.svg

Tratamento[editar | editar código-fonte]

Na visão espírita, nem toda perturbação emocional tem origem espiritual, sendo sempre importante a averiguação médica das origens da mesma. Identificando-se, porém, uma ocorrência de obsessão, recomenda-se o tratamento de suas causas, ao mesmo tempo em que o tratamento médico lhe trata os efeitos. Como o Espiritismo vê, na obsessão e na subjugação, a ação de espíritos desencarnados que odeiam o médium e querem se vingar dele , aos quais chama de obsessores, ele preconiza o esclarecimento dos mesmos à luz da Lei de Causa e Efeito ao mesmo tempo em que enseja ao médium e àqueles que se preocupam com ele uma ação efetiva em busca do auto-aprimoramento, baseada no estudo da Doutrina Espírita e na dedicação à caridade. O tratamento da obsessão, chamado de desobsessão, é sempre feito em um Centro Espírita. Nele se utiliza a Lei de Causa e Efeito na tentativa de mostrar aos obsessores que aquele por quem eles nutrem ódio hoje, em função de lhes ter feito mal em existência passada, teria, em existência ainda mais remota, sido a vítima cujos agressores teriam sido eles, ocasião em que teriam plantando a semente do mal que mais tarde os viria a afligir. Quebrar o círculo vicioso do ódio entre obsessor e obsediado é tarefa que requer do esclaredor espírita, paciência, perseverança e conhecimento dos mecanismos da vida. A desobsessão espírita é baseada no amor, pois procura ver a todos, obsessores e obsidiados, como irmãos e irmãs queridos necessitando de esclarecimento.

Obsessão e missão[editar | editar código-fonte]

É interessante o relato de que Anneliese teria tido um sonho com Maria, mãe de Jesus, em que esta ter-lhe-ía oferecido duas opções, a de se ver livre dos espíritos que a atormentavam ou a de continuar sendo atormentada por eles para que as pessoas soubessem da ação do mal e que Anneliese teria escolhido a segunda opção. À luz do entendimento espírita, o encontro de Anneliese em sonho com uma entidade luminosa que foi percebida por ela como sendo Maria, mãe de Jesus, pode ter sido um encontro com o Espírito guia de Anneliese e a proposta que ela relatou ter-lhe sido feita pode indicar que tudo o que ela sofreu fez parte de sua programação de vida para aquela existência. Nesse caso, a existência sofrida de Anneliese Michel em uma sociedade desinteressada pelas questões espirituais assumiria um novo e mais amplo significado, o que, tivesse ela vivido no Brasil, não seria o caso. Caso essa hipótese fosse comprovada, teríamos um caso raro de obsessão consentida durante a programação da existência, isto é, uma missão de vida.

Outras considerações[editar | editar código-fonte]

Alguns espíritas3 consideram a obsessão o "mal do século", pois muitas são as suas manifestações e poucas são comunidades no mundo que sabem como dela tratar integralmente.
É importante frisar que os sintomas descritos como causados pela obsessão, conforme dito mais acima em "Tratamento", podem ser causados por distúrbios psiquiátricos conhecidos, recomendando-se a avaliação por profissional da área.
CID 10, item F44.3 - define estado de transe e possessão como "transtornos caracterizados por uma perda transitória da consciência de sua própria identidade, associada a uma conservação perfeita da consciência do meio ambiente. Devem aqui ser incluídos somente os estados de transe involuntários e não desejados, excluídos aqueles de situações admitidas no contexto cultural ou religioso do sujeito. Exclui: esquizofrenia (F20.-), intoxicação por uma substância psicoativa (F10-F19 com quarto caractere comum .0), síndrome pós-traumática (F07.2) e transtorno(s) orgânico da personalidade (F07.0) e transtornos psicóticos agudos e transitórios (F23.-)"
Este item está classificado sob F44 Transtornos dissociativos ou de conversão, que por sua vez "se caracterizam por uma perda parcial ou completa das funções normais de integração das lembranças, da consciência, da identidade e das sensações imediatas, e do controle dos movimentos corporais. Os diferentes tipos de transtornos dissociativos tendem a desaparecer após algumas semanas ou meses, em particular quando sua ocorrência se associou a um acontecimento traumático. A evolução pode igualmente se fazer para transtornos mais crônicos, em particular paralisias e anestesias, quando a ocorrência do transtorno está ligada a problemas ou dificuldades interpessoais insolúveis. No passado, estes transtornos eram classificados entre diversos tipos de “histeria de conversão”. Admite-se que sejam psicogênicos, dado que ocorrem em relação temporal estreita com eventos traumáticos, problemas insolúveis e insuportáveis, ou relações interpessoais difíceis. Os sintomas traduzem freqüentemente a ideia que o sujeito se faz de uma doença física. O exame médico e os exames complementares não permitem colocar em evidência um transtorno físico (em particular neurológico) conhecido. Por outro lado, dispõe-se de argumentos para pensar que a perda de uma função é, neste transtorno, a expressão de um conflito ou de uma necessidade psíquica. Os sintomas podem ocorrer em relação temporal estreita com um “stress” psicológico e ocorrer freqüentemente de modo brusco. O transtorno concerne unicamente quer a uma perturbação das funções físicas que estão normalmente sob o controle da vontade, quer a uma perda das sensações. Os transtornos que implicam manifestações dolorosas ou outras sensações físicas complexas que fazem intervir o sistema nervoso autônomo, são classificados entre os transtornos somatoformes (F45.0). Há sempre a possibilidade de ocorrência numa data ulterior de um transtorno físico ou psiquiátrico grave." 4
Enfatizamos que, segundo essas definições o estado de possessão, segundo a definição médica, deve incluir aqueles de transe involuntários e não desejados, mas exclui aqueles ligados ao contexto cultural ou religioso do sujeito. Não pode, portanto, ser tomado como um reconhecimento dos fenômenos espirituais pela medicina.
Dalgalarrondo 5 em estudo de revisão de trabalhos publicados desde o final do século XIX sobre messianismo; "loucura religiosa" e trabalhos contemporâneos relacionando religião, uso de álcool e drogas, além de algumas condições clínicas (esquizofrenia e suicídio), refere-se à ausência de uma linha de pesquisa que proporcione uma melhor articulação entre investigação empírica e análise teórica dos dados, assim como um diálogo mais próximo da psiquiatria com ciências sociais, como a antropologia e a sociologia da religião para um maior avanço nesta área.

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Ir para cima KARDEC, Allan, Livro dos Médiuns, Cap. 23 item 237
  2. Ir para cima KARDEC, Allan, O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap. 25, item 81
  3. Ir para cima PIRES, J. Herculano. O Mal do Século veg11.com.br. Visitado em 19 de outubro de 2013.
  4. Ir para cima CID-10, Centro Colaborador da OMS para a Classificação de Doenças em Português - CBCD
  5. Ir para cima Dalgalarrondo, Paulo. Estudos sobre religião e saúde mental realizados no Brasil: histórico e perspectivas atuais. Rev. psiquiatr. clín. v.34 supl.1 São Paulo 2007 PDF Jan.2011

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Allan Kardec[editar | editar código-fonte]

Chico Xavier[editar | editar código-fonte]

Atribuídos ao espírito André Luiz:

Divaldo Franco[editar | editar código-fonte]

Atribuídos ao espírito Manoel Philomeno de Miranda:
  • Nos Bastidores da Obsessão.
  • Grilhões Partidos.
  • Tramas do Destino.
  • Temas da Vida e da Morte.
  • Sexo e Obsessão.
  • Loucura e Obsessão.
  • Trilhas da Libertação.
  • Transtornos Psiquiátricos e Obsessivos.

Outros autores[editar | editar código-fonte]

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