O aparelho genital feminino é formado pelos órgãos genitais internos e externos. Os órgãos internos são: vagina, ovários, trompas de Falópio e útero.
Os órgãos externos são: monte de Vênus (monte púbico) e vulva, que engloba os grandes lábios, os pequenos lábios e o clitóris.
O sistema reprodutor feminino, além de produzir os hormônios sexuais e gametas, é o receptáculo da fecundação. É no seu interior que o feto se desenvolve por nove meses.
A vagina é um espaço tubular fibromuscular, recoberto com uma mucosa pregueada, com aproximadamente 10 centímetros de comprimento. Ela que faz a comunicação entre a vulva e o útero. Sua função é dar saída ao fluxo menstrual, receber o pênis durante a relação sexual e formar o canal do parto. Devido a essa última função, a vagina possui grande elasticidade.
Os ovários são as gônadas femininas, e produzem hormônios. São pequenas estruturas ancoradas por ligamentos como mesovário e o ligamento útero-ovárico. São eles que desenvolvem o óvulo e produzem os hormônios femininos: o estrogênio e a progesterona.
O útero é um órgão oco, com paredes musculares espessas. Serve como caminho para os espermatozoides chegarem à tuba uterina para a fertilização e também abriga o feto durante o desenvolvimento. O seu volume pode chegar até cinco litros. Em seu interior, na parte superior, encontra-se o colo do útero. É ligado às tubas uterinas ou Trompas de Falópio.
Trompas de Falópio são tubas compostas por um canal, com forma de funil, recoberto em sua extremidade por franjas, as fímbrias, por uma ampola e por um istmo.
Já nas genitais externas, o Monte de Vênus ou monte púbico é uma elevação de tecido adiposo, recoberto por pelos que protege a superfície ósseo-cartilaginosa.
Os Grandes Lábios são tecidos adiposos, coberto por pelos pubianos. Os pequenos lábios são tecidos sem gordura. Na parte superior dos pequenos lábios encontra-se o clitóris, uma massa de tecido erétil de aproximadamente 2 cm de comprimento. O clitóris tem a função exclusiva de proporcionar prazer sexual nas mulheres.
Entre os pequenos lábios fica a abertura da vagina, que é recoberta por uma fina membrana altamente vascularizada chamada de hímen. É importante perceber que o hímen não “fecha” o canal: ele está presente ao redor do orifício. As mulheres que nascem com o canal obstruído por esse tecido precisam passar por cirurgia corretora, para que o fluxo menstrual possa passar. O hímen não necessariamente estará presente ainda na primeira relação sexual, pois pode desaparecer bem antes da puberdade, em atividades normais como abrir as pernas na ginástica, andar de bicicleta, masturbação, entre outros. Outro mito sobre o hímen é que ele será rompido na primeira relação: em muitas mulheres, a penetração vaginal não leva ao rompimento do hímen e ao sangramento, especialmente se for feita com delicadeza.
Fontes:
Dr. Sergio dos Passos Ramos CRM 17.178 – SP
Zorzi, Rafael; Starling, Iriam Gomes. Corpo Humano: órgãos, sistemas, funcionamento. In: Sistema reprodutor feminino. P 171 -175. 2010. Editora SenacA vulvite corresponde à inflamação da vulva, na maioria dos casos, originada por uma infecção consequente da extensão de um processo semelhante na vagina (vulvovaginite). Todavia, noutros casos, a vulvite é provocada por uma irritação ou reacção alérgica desencadeada pelo contacto com cremes ou produtos utilizados na higiene íntima. Por fim, pode igualmente evidenciar-se sem causa aparente devido a alterações produzidas na zona após a menopausa, originadas pela diminuição das hormonas sexuais femininas, um facto que provoca um certo grau de atrofia e emagrecimento dos tecidos da vulva.
Vaginite
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Informações adicionais
Prevenção
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As infecções vulvovaginais são de tal forma frequentes que todas as mulheres sofrem um episódio, pelo menos uma vez, ao longo da vida. Grande parte delas são afectadas pelo problema várias vezes e algumas, particularmente sensíveis, em repetidas ocasiões. De destacar que existem vários factores, perfeitamente evitáveis, que propiciam a chegada de microorganismos ao aparelho genital ou favorecem a criação do meio para a proliferação de determinados micróbios.
A vagina é constituída por uma flora microbiana, que em condições normais não origina problemas, composta por microorganismos inofensivos ou até benéficos, como os bacilos de Döderlein, que produzem substâncias ácidas, de modo a criarem condições inadequadas para a proliferação de microorganismos patogénicos, o que faz com que qualquer alteração da flora vaginal constitua um factor que favorece os processos infecciosos. Uma das formas de alterar a flora vaginal consiste na realização de uma higiene íntima excessiva.
Por outro lado, após as necessidades fisiológicas, a limpeza deve ser realizada de frente para trás, nunca ao contrário, pois assim arrastam-se os microorganismos presentes à volta do ânus para a região genital.
A utilização de roupa interior de tecido sintético, sobretudo muito apertada, favorece as condições de humidade e temperatura que determinam o meio propício para o desenvolvimento microbiano. Por último, a utilização do preservativo nas relações sexuais é fundamental.
A vagina é constituída por uma flora microbiana, que em condições normais não origina problemas, composta por microorganismos inofensivos ou até benéficos, como os bacilos de Döderlein, que produzem substâncias ácidas, de modo a criarem condições inadequadas para a proliferação de microorganismos patogénicos, o que faz com que qualquer alteração da flora vaginal constitua um factor que favorece os processos infecciosos. Uma das formas de alterar a flora vaginal consiste na realização de uma higiene íntima excessiva.
Por outro lado, após as necessidades fisiológicas, a limpeza deve ser realizada de frente para trás, nunca ao contrário, pois assim arrastam-se os microorganismos presentes à volta do ânus para a região genital.
A utilização de roupa interior de tecido sintético, sobretudo muito apertada, favorece as condições de humidade e temperatura que determinam o meio propício para o desenvolvimento microbiano. Por último, a utilização do preservativo nas relações sexuais é fundamental.
Bartholinite
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A bartholinite corresponde à inflamação das glândulas de Bartholin, igualmente denominadas glândulas vestibulares maiores ou paravaginais, normalmente de origem infecciosa. Estas ditas glândulas, situadas no vestíbulo vulvar, encarregam-se da produção de uma secreção lubrificante e desaguam na parte inferior da face interna dos pequenos lábios, uma em cada lado do orifício vaginal. Entre os microorganismos responsáveis pelo problema infeccioso destaca-se a bactéria Neisseria gonorrhoeae, o agente causador da gonorreia, cujo contágio se efectua através de contacto sexual, embora a patologia também seja frequentemente provocada por microorganismos, tais como os estreptococos, os estafilococos e a Escherichia coli.
A infecção provoca a obstrução do canal de drenagem da glândula afectada, provocando a retenção das secreções contaminadas, o que origina, por sua vez, a formação de uma acumulação de pus no interior da glândula, ou seja, de um abcesso. Neste caso, a glândula fica tumefacta e vermelha e o problema manifesta-se através de dor, normalmente intensa, que aumenta ao caminhar devido ao roçar.
O pequeno lábio do lado afectado costuma ficar totalmente tumefacto e, por vezes, é perceptível a saída de pus através do orifício de saída da glândula afectada.
Embora o tratamento, de início, se baseie na administração de antibióticos, caso se forme um abcesso costuma ser necessário proceder-se à drenagem do pus através de uma punção ou mediante a realização de uma simples intervenção cirúrgica efectuada em ambulatório.
A infecção provoca a obstrução do canal de drenagem da glândula afectada, provocando a retenção das secreções contaminadas, o que origina, por sua vez, a formação de uma acumulação de pus no interior da glândula, ou seja, de um abcesso. Neste caso, a glândula fica tumefacta e vermelha e o problema manifesta-se através de dor, normalmente intensa, que aumenta ao caminhar devido ao roçar.
O pequeno lábio do lado afectado costuma ficar totalmente tumefacto e, por vezes, é perceptível a saída de pus através do orifício de saída da glândula afectada.
Embora o tratamento, de início, se baseie na administração de antibióticos, caso se forme um abcesso costuma ser necessário proceder-se à drenagem do pus através de uma punção ou mediante a realização de uma simples intervenção cirúrgica efectuada em ambulatório.
Ou médico responde
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Pensei em utilizar um dispositivo intra-uterino como método contraceptivo, mas ouvi dizer que favorece as infecções nos órgãos genitais. É verdade?
O dispositivo intra-uterino, ou DIU, é um pequeno mecanismo que deve ser colocado no interior do útero e que, embora seja muito eficaz em evitar a gravidez enquanto lá estiver inserido, de facto, provoca alguns inconvenientes, nomeadamente a predisposição para o padecimento de infecções genitais. Esta predisposição é provocada pelo facto de o dispositivo, do qual existem vários modelos, ser constituído por fios que, após a colocação do DIU no útero, sobressaem do mesmo e pendem sobre a vagina, o que proporciona uma ligação que facilita a subida de microorganismos do canal vaginal para o interior do útero, determinando que a portadora seja mais sensível a infecções genitais. De qualquer forma, o risco de ocorrência deste tipo de complicação costuma ser muito reduzido e a maioria das mulheres que adoptam o DIU como método contraceptivo não sofrem qualquer problema. Todavia, caso uma mulher portadora de DIU detecte o desenvolvimento de algum tipo de problema na zona genital, por exemplo dor abdominal, mesmo que não seja intensa, ou um fluxo vaginal anómalo, deve consultar o ginecologista o mais rápido possível.
Doença inflamatória pélvica
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A doença inflamatória pélvica designa a infecção de vários órgãos internos do aparelho genital feminino e das estruturas adjacentes. O problema é, na maioria dos casos, provocado por microorganismos transmitidos por via sexual, embora também possa ser originado devido a uma eventual complicação no decorrer do parto. Por vezes, o foco infeccioso inicial localiza-se na camada mucosa que reveste o útero (endometrite) enquanto que noutros casos reside nas trompas de Falópio (salpingite), de onde se dissemina para a cavidade abdominal.
Os sinais e sintomas dependem do grau de evolução do problema. Por vezes, a manifestação inicial corresponde a uma dor na zona abdominal inferior, em ambos os lados, normalmente acompanhada por febre moderada e pequenas hemorragias vaginais intermenstruais. Este problema pode persistir por um período de tempo mais ou menos prolongado, após o qual se agrava, provocando o aumento da dor abdominal e a subida da temperatura do corpo, associada a uma notória afectação do estado geral. Noutros casos, o problema apenas se evidencia depois da ruptura do abcesso tubárico, originando uma pelviperitonite, uma complicação extremamente grave que pode provocar a morte da paciente. Nestes casos, deve-se proceder à imediata hospitalização da paciente, de modo a proceder-se a um diagnóstico preciso e à aplicação do oportuno tratamento, baseado na administração de antibióticos e, eventualmente, na realização de uma intervenção cirúrgica de urgência.
Os sinais e sintomas dependem do grau de evolução do problema. Por vezes, a manifestação inicial corresponde a uma dor na zona abdominal inferior, em ambos os lados, normalmente acompanhada por febre moderada e pequenas hemorragias vaginais intermenstruais. Este problema pode persistir por um período de tempo mais ou menos prolongado, após o qual se agrava, provocando o aumento da dor abdominal e a subida da temperatura do corpo, associada a uma notória afectação do estado geral. Noutros casos, o problema apenas se evidencia depois da ruptura do abcesso tubárico, originando uma pelviperitonite, uma complicação extremamente grave que pode provocar a morte da paciente. Nestes casos, deve-se proceder à imediata hospitalização da paciente, de modo a proceder-se a um diagnóstico preciso e à aplicação do oportuno tratamento, baseado na administração de antibióticos e, eventualmente, na realização de uma intervenção cirúrgica de urgência.
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Para saber mais consulte o seu Obstetrícista / Ginecologista
- Veja mais em: http://www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=679#sthash.VwlsZzh7.dpuf. São
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