Dogmatismo é a tendência de um indivíduo, deafirmar ou crer em algo como verdadeiro e indiscutível, é um termo muito utilizado pela religião e pela filosofia. O dogmatismo ocorre quando uma pessoa considera uma verdade absoluta e indiscutível, o que é muito debatido nas religiões.
Dogmatismo é quando são ditas verdades que não foram revisadas ou criticadas, que a sociedade simplesmente tornou-a verdade absoluta. É uma atitude dos indivíduos de crer na existência de algo sem ter dúvidas, o que ocorre desde a antiguidade, porém muitos filósofos, como Platão e Aristóteles, se recusavam a crer em alguns fatos estabelecidos e ditos como verdade.
Na religião, o dogmatismo acontece com a revelação de Deus, através de diversos dogmas. A Igreja Católica tornou os dogmas como definitivos e imutáveis, onde ninguém questiona a veracidade da existência de Deus, através de dogmas como, a santíssima trindade, o sacrifício de Jesus, a ressurreição de Jesus, e vários outros.
O dogmatismo pode ser entendido em três sentidos:
- Como parte do realismo, isto é, uma atitude ingênua que admite a possibilidade de conhecer as coisas em toda a sua verdade e também a efetividade deste conhecimento na utilização diária e direta com as coisas.
- Como confiança absoluta numa certa fonte de conhecimento (ou suposto conhecimento), sendo que essa fonte na maior parte das vezes é a razão.
- Como uma submissão total a determinados valores ou à autoridade que os aplica ou anuncia. Este sentido comporta os dois primeiros abordados, porque é um comportamento adotado graças ao problema da possibilidade do conhecimento.
Dogmatismo filosófico
O dogmatismo filosófico é a contestação do ceticismo, é quando as verdades são questionadas, para fazer com que os indivíduos não confiem e nem se tornem submissos perante as verdades estabelecidas. O dogmatismo filosófico pode ser compreendido como a possibilidade de conhecer a verdade, a confiança nesse conhecimento e a submissão a essa verdade sem questioná-la. Alguns dos filósofos dogmáticos mais conhecidos são Platão, Aristóteles e Parmênides.
Em termos filosóficos, a palavra dogmatismo inicialmente significava oposição, visto que era uma oposição filosófica, uma coisa referente aos princípios. Por esse motivo, a palavra "dogmático" significava "relativo a uma doutrina" ou "fundado em princípios".
Dogmatismo crítico e ingênuo
O dogmatismo ingênuo é referente a alguém que acredita completamente nas possibilidades do nosso conhecimento, onde vemos o mundo tal como ele é; por outro lado, o dogmatismo crítico acredita na nossa capacidade de conhecer a verdade através de um esforço em conjunto dos sentidos e da inteligência, através de uma abordagem metódica, racional e científica.
Dogmatismo jurídico
O dogmatismo jurídico é o ato de observar, examinar e agir perante o Direito de acordo com diretrizes cujos pressupostos são provados de forma cognitiva ou são levantados por experiências reais que surgem através de casos específicos que ocorreram previamente. Há ainda a possibilidade de a orientação ser fundamentada em valores e princípios gerais do Direito.Dogmatismo é um termo usado pela filosofia e pela religião. Dogmatismo é toda doutrina que afirma a capacidade do homem de atingir a verdade absoluta e indiscutível. Na religião, corresponde ao conjunto de dogmas e na filosofia é o pensamento contrário à corrente do ceticismo que contesta a possibilidade de conhecimento total da verdade. É uma espécie de fundamentalismo intelectual onde expressa verdades que não são sujeitas a revisão ou crítica.
Assim como o realismo, o dogmatismo é a atitude natural do homem face ao mundo onde a percepção de um objeto o leva a crer na existência do mesmo, sem dúvida. O dogmatismo corresponde à atitude de todo aquele que crê que o homem tem meios para atingir a verdade não se confrontando com a dúvida e não problematizando o conhecimento. Ao longo da história o desenvolvimento de dogmas e doutrinas tem afetado as tradições, instituições e práticas religiosas. Na antiguidade, o termo dogma de origem grega significava aparência e expressava uma opinião, crença ou algo que parecia ser, mas, já existiam filósofos dogmáticos como Parmênides, Platão e Aristóteles que se recusam a crer nas verdades estabelecidas.
O dogmatismo filosófico pode ser entendido como a possibilidade de conhecer a verdade, a confiança nesse conhecimento e a submissão a essa verdade sem questionamento. No século XVIII, o dogmatismo racionalista prega confiança na razão a fim de se chegar a verdades. Em crítica à razão, o filósofo Immanuel Kant faz oposição entre o criticismo, o dogmatismo e o empirismo que se diferencia por reduzir o conhecimento à experiência. Para ele o dogmatismo é toda atitude de conhecimento.De um modo geral, o dogmatismo é uma espécie de fundamentalismo senso comum. Os dogmas expressam verdades talvez não certas, indubitáveis e não sujeitas a qualquer tipo de revisão ou crítica. Deve-se ao filósofo alemão Immanuel Kant (1724 - 1804) e à obra Crítica da Razão Pura o significado filosoficamente pejorativo do termo.
Dogmatismo é uma atitude espontânea que temos desde criança com senso. É uma tendência para acreditar que o mundo é da maneira que aprendemos.
O sentido filosófico do termo dogmatismo é diferente do usado para definir um termo não pertencente a realidade. Nesta última, o dogmatismo é o conjunto de dogmas teológicos, isto é, de expressões surgidas com pensamentos filosóficos ou pertencentes à hierarquia mais alta da Igreja absolutamente indubitáveis.
Em contrapartida, o vocábulo dogma do grego δόγμα (dogmatikós, em grego moderno (alasbilaleiko)) significou primitivamente oposição . Tratando-se assim de uma opinião centrista, isto é, algo que se referia ao opinião em sim. Por isso, o termo dogmatismo significava "relativo doutrina" ou "fundado em princípio".
Com o decorrer dos séculos, o dogmatismo começou a ser percebido como assim posição filosófica defendendo que as verdades absolutas existem. Os filósofos que insistiam demasiado nos princípios metafísicosacabavam por não prestar atenção aos factos ou argumentos que pudessem pôr em dúvida esses princípios. Esses filósofos não consagravam o principal da sua actividade à observação ou ao exame, mas sim à afirmação. Foram por isso chamados filósofos dogmáticos, ao contrário dos filósofos examinadores ou cépticos.
Com tudo isto, o dogmatismo pode entender-se principalmente em três sentidos:
1) Como a posição própria do realismo, ou seja, disposição ingénua que admite não só a possibilidade de conhecer as coisas no ser verdadeiro mas também a efetividade deste conhecimento no uso diário e direto com as coisas.
2) Como confiança absoluta num determinado órgão de conhecimento, principalmente a razão.
3) Como a completa submissão, a determinados princípios ou à autoridade que os impõe ou revela. Em geral, é uma atitude adoptada no problema da possibilidade do conhecimento e portanto compreende as duas primeiras acepções. Contudo, a ausência do exame crítico revela-se também em certas formas de cepticismo e por isso diz-se que certos cépticos são, a seu modo, dogmáticos. O dogmatismo absoluto do realismo ingénuo não existe propriamente na filosofia, que começa sempre com a pergunta acerca do ser verdadeiro e, portanto, procura este ser mediante um exame crítico da aparência. Isso acontece não só no chamado dogmatismo dos primeiros pensadores gregos, mas também no dogmatismo racionalista do século XVIII, que desemboca numa grande confiança na razão, embora a submeta a algumas críticas.
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