domingo, 16 de agosto de 2015

MACUMBA

Macumba é uma espécie de árvore africana e também um instrumento musical utilizado em cerimônias de religiões afro-brasileiras, como o candomblé e a umbanda. O termo, porém, acabou se tornando uma forma pejorativa de se referir a essas religiões - e, sobretudo, aos despachos feitos por alguns seguidores (veja boxe). Na árvore genealógica das religiões africanas, macumba é uma forma variante do candomblé que existe só no Rio de Janeiro. O preconceito foi gerado porque, na primeira metade do século 20, igrejas neopentecostais e alguns outros grupos cristãos consideravam profana a prática dessas religiões. Com o tempo, quaisquer manifestações dessas religiões passaram a ser tratadas como "macumba". Entenda nas próximas páginas as diferenças entre os cultos de origem africana.
Gira no Congá
Cerimônia da umbanda começa com defumação e termina com desincorporação dos médiuns
1. Para entrar no congá - onde rolam as cerimônias da umbanda -, o público deve tirar os sapatos em respeito ao solo, que é sagrado. A cerimônia, chamada de gira, começa à noite, por volta das 20 h, e, quando os fiéis chegam, os médiuns já estão lá, incluindo o sacerdote
2. A preparação do congá, local onde ocorrem as incorporações das entidades, começa com a defumação: ervas como alecrim são queimadas num braseiro. O ritual, que purifica e passa energia, é acompanhado de ponto cantado - todas as cantigas são chamadas de pontos na umbanda
3. Em seguida, o sacerdote ministra um tema de reflexão para o dia, como faz o padre em uma missa católica. Também ocorrem a oração de abertura, os pontos de abertura (que saúdam a umbanda), cânticos ao orixá regente (cada orixá tem seu dia da semana) e a apresentação da linha de trabalho do dia
4. O passo seguinte é a saudação aos guardiões (Exu) e guardiãs (sua versão feminina). Nesse momento, todos viram-se em direção à tronqueira, o "altar" de Exu, do lado de fora do congá. Os fiéis saúdam, reverenciam e pedem proteção aos guardiões que protegem o templo
5. Começa a batida dos atabaques e são entoados os pontos de chamada, cânticos que invocam a linha de trabalho do dia. O sacerdote é o primeiro a incorporar o orixá e, depois que tiver recebido sua entidade, comandará os trabalhos, conduzindo a incorporação dos médiuns
6. Cada médium incorpora só uma entidade (entre orixás e humanos, como o Preto Velho e o Caboclo), mas a mesma entidade pode se repetir - é possível ter dezenas de Pretos Velhos num mesmo terreiro. Após todos incorporarem, ocorre o atendimento ao público
7. Ao final do atendimento, é entoado o ponto de subida, canto que embala a desincorporação dos médiuns. Em seguida, é feita uma prece final de encerramento, e a gira termina por aquela noite
Despacho na encruzilhada
Nem sempre oferenda é indício de magia negra
Os despachos nos cruzamentos ganharam fama de "macumba" porque são uma das expressões mais visíveis dessas religiões fora dos templos. Mas, na verdade, eles são oferendas para o orixá Exu, geralmente pedindo proteção. São colocados em encruzilhadas porque esses lugares representam a passagem entre dois mundos. Existem, sim, despachos feitos para fazer mal aos outros (mais no candomblé, onde não existe distinção entre o bem e o mal, diferentemente da umbanda), mas nenhuma das religiões incentiva essa prática
Aprendiz de umbanda
Entenda como uma pessoa comum pode se tornar médium e incorporar entidades
1. Quem tem interesse em ser mais que um observador da umbanda pode ir às giras e esperar que a entidade incorporada o identifique. A entidade aponta a "vocação" da pessoa: médium de incorporação, ogã (quem toca os instrumentos) ou um cambone (auxiliares dos médiuns)
2. Os que serão médiuns frequentam as giras de desenvolvimento mediúnico, sessões de iniciação fechadas ao público, nas quais os ogãs entoam cânticos chamando a entidade espiritual. O iniciante medita sobre as vibrações do dia e realiza banhos de ervas e oferendas para o orixá
3. Quando o iniciante começa a incorporar, ele entra na "fase de firmeza", em que, incorporado, risca símbolos no chão, acende velas e conversa com o sacerdote sobre sua forma de trabalho
4. Agora o iniciante já pode aplicar "passes energéticos" em roupas e objetos e imantar água. Em seguida, ele passa a poder aplicar os passes em crianças e, enfim, é inserido na linha de atendimento das giras públicas. Em geral, a iniciação termina depois de alguns meses
Festa no Ilê
Cerimônia do candomblé tem sacrifício de animais, farofa e até cachaça
1. Os procedimentos começam à tarde, com o despacho de Exu, fechado ao público. São sacrificados dois animais (uma ave ou um animal de quatro patas, como bode, para Exu e outro para o orixá homenageado do dia). O sangue dos bichos é derramado sobre o assentamento (ou seja, o "altar") do orixá, em oferenda
2. Os membros se reúnem em círculo no barracão, conhecido como ilê, onde também há uma vasilha com farofa com dendê, feijão ou inhame e um copo com água ou cachaça. São feitos cânticos e orações e um filho de santo leva parte da comida para fora do barracão, em oferenda. A porta é batizada com bebida, já que Exu é o deus dos cruzamentos
3. No fim da tarde, começa o toque, a cerimônia pública. Ao som de atabaques, são entoadas as cantigas de xirê, que homenageiam os orixás. Os filhos de santo entram na roda, um a um, em ordem - o filho de Ogum é sempre o primeiro. Começam as incorporações. Os filhos de santo estremecem, sinal de que a entidade foi incorporada
4. O primeiro a incorporar é sempre o orixá homenageado. O filho ou filha que incorporou o orixá assume o comando da festa, dançando e curando doentes. São auxiliados pelas equedes (ajudantes). Aos poucos, os outros orixás incorporam também
5. A um sinal do babalorixá (pai de santo), os filhos se retiram para uma sala onde se vestem com os trajes dos respectivos orixás. Cada orixá tem uma roupa que difere nas cores e nos acessórios, como a espada de Ogum. Quando voltam, já como divindades, todos ficam em pé para recebê-los
6. Os orixás também voltam em ordem, com exceção do homenageado da noite, que entra primeiro. Quando todos já entraram, cada orixá incorporado dança sozinho para uma música tocada só para ele, utilizando toda a área do barracão. Um por vez, todos os orixás fazem sua dança
7. Ao som dos instrumentos, o orixá senta e começa o atendimento, abençoando e tocando os presentes, além de dar passes. Por volta da meia-noite, os atabaques tocam as cantigas de Oxalá, encerrando a festa. Feito isso, partes dos animais sacrificados são servidas em um jantar feito no barracão
A grande família
Conheça os orixás mais cultuados nos terreiros
Oxalá
É o orixá da criação e "chefe" de todos os orixás no candomblé
Ogum
Orixá que manipula e forja metais para fazer suas armas
Obaluaiê
Associado à morte e à passagem para o plano espiritual
Oxumaré
É o orixá dos ciclos, dos movimentos e do arco-íris
Oxum
Orixá feminino, é a patrona das águas doces - rios, lagos e cachoeiras
Nanã
A mais velha dos orixás protege os pântanos e as chuvas
Exu
Protetor dos caminhos entre o mundo material e o espiritual
Oxóssi
Orixá da caça, da fartura e da riqueza, é o senhor da floresta
Oçaim
Orixá das folhas sagradas e das ervas medicinais
Xangô
Representa o fogo, o trovão e a justiça. Tem um aspecto viril
Iansã
Orixá dos ventos e das tempestades, é uma entidade passional
Iemanjá
A orixá dos mares e oceanos. É mãe de alguns orixás
Aprendiz de Candomblé
Entenda como uma pessoa comum pode se tornar filho de santo
1. Durante uma festa, a pessoa "bola no santo", tendo tremores que indicam que deve ser iniciada no candomblé. O abiã (iniciante) geralmente veste branco
2. O bori é a cerimônia em que o iniciante faz oferendas para o orixá. Ele também sacrifica aves, como pombos, e depois é marcado com o sangue dos animais
3. Durante 21 dias, o iniciante se recolhe a um quarto chamado roncó. Lá, ele aprende danças, orações, mitos e detalhes sobre seu orixá. Ele não bebe álcool e não conversa
4. O recolhimento é encerrado com o sacrifício de um animal quadrúpede. Ao final, ocorre uma festa chamada orô, em que os abiãs saúdam os presentes, depois dançam e finalmente incorporam seu orixá em público
A orquestra do Orixá
Divindades são chamadas com instrumentos de percussão
Os instrumentos tocados pelos ogãs são, principalmente, atabaques, espécies de tambores que ditam o ritmo da dança. Outros instrumentos bastante usados são o agogô, que traz dois funis metálicos, tocados com uma vareta de ferro, e o xequerê, que é uma semente de cabaça cercada por uma rede de malha com contas, tocada como se fosse um chocalho. O instrumento macumba, que deu nome ao culto, hoje pouco utilizado, é parecido com um reco-reco
Consultoria - Babalorixá Antonio Carlos Jagun, autor do livro Beabá dos Orixás; Rodrigo Queiroz, sacerdote do Templo Escola Umbanda Sagrada, e Marina de Mello e Souza, professora de História da África da USPMacumba é uma variação genérica atribuída aoscultos afro-brasileiros, sincretizados com influências da religião católica, do ocultismo, de cultos ameríndios e do espiritismo. Na "árvore genealógica" das religiões afro-brasileiras, a macumba é uma ramificação do candomblé​.
Antes de ser associada a um tipo de religião, a palavra "macumba" descrevia um instrumento de percussão de origem africana, semelhante ao atual reco-reco. Um "macumbeiro" era o indivíduo que tocava este instrumento.
A macumba também pode estar relacionada diretamente com os rituais que são praticados em alguns cultos afro-brasileiros, característicos pela manifestação mediúnica.
Alguns autores consideram como macumba todo tipo de prática que envolva o trabalho de curandeiros, "pais de santo" ou mesmo charlatões, que abusam da fé das pessoas para extorquir dinheiro, dizendo serem capazes de se "comunicar com os espíritos" e fazer feitiços que beneficie ou atrapalhe a vida de determinado indivíduo. Um exemplo de charlatanismo é a promessa de "macumba online", que muitos site na internet oferecem para os usuários interessados.
Etimologicamente, a palavra macumba possui uma origem questionável, no entanto, algumas fontes citam que talvez tenha se originado do quimbundo - língua africana falada principalmente no noroeste de Angola - ma'kumba.
Comumente, a prática da macumba é erroneamente associada com rituais satânicos ou de magia negra. Esta ideia preconceituosa surgiu e se intensificou em meados da década de 1920, quando as igrejas cristãs do país começaram a propagar discursos negativos sobre a macumba, considerando-a profana às leis de Deus.
A designação "macumba" é mais popular no Rio de Janeiro, em outros locais do Brasil é conhecido como candomblé (na Bahia) e Xangô (no Recife).
Veja também os significados de Candomblé e Xangô.Macumba é uma designação genérica dada a vários cultos sincréticos praticados comumente no Brasil e fortemente influenciados por religiões como o espiritismo, ocultismo,candomblé, e cultos ameríndios.[1] "Macumba" também pode se referir a um antigo instrumento musical de percussão africano, uma espécie de reco-reco.[2]

Descrições literárias[editar | editar código-fonte]

Escritores brasileiros e livros costumam relatar informações a respeito das práticas da macumba no Brasil ao longo do tempo. Eis alguns relatos:
Cquote1.svgAinda ao tempo das reportagens de João do Rio, os cultos de origens africanas no Rio de Janeiro chamavam-se, coletivamente, candomblés, como na Bahia, reconhecendo-se, contudo, duas seções principais: os orixás dos cultos nagôs e os alufás dos cultos muçulmanos (malês) trazidos pelos escravos. Mais tarde, o termo genérico "macumba" foi substituído pelo termo "kiumbanda". Meio século após a publicação de "As Religiões do Rio", estão inteiramente perdidas as tradições malês e, em geral, os cultos, abertos a todas as influências, dividem-se em terreiros (cultos nagôs) e tendas.Cquote2.svg
No livro de 1904 "As Religiões no Rio", Paulo Barreto, sob o pseudônimo de João do Rio, escreveu:
Cquote1.svgVivemos na dependência do feitiço, dessa caterva de negros e negras de babaloxás e yauô, somos nós que lhes asseguramos a existência, com o carinho de um negociante por uma amante atriz. O feitiço é o nosso vício, mas o nosso gozo, a degeneração. Exige, damos-lhe; explora, deixamo-nos explorar e, seja ele maitre-chanteur, assassino, larápio, fica sempre impune e forte pela vida que lhe empresta o nosso dinheiro.Cquote2.svg
"Macumba" era definida por toda e qualquer dita manifestação mediúnica de curandeirospais de santofeiticeiroscharlatões e todos aqueles que se dispunham a intervir junto às "forças invisíveis do além" apenas em troca de dinheiro e poder (ver "marmoteiro").
Cquote1.svgE a macumba carioca, portanto, pode bem ter se organizado como culto religioso na virada do século, como aconteceu também na Bahia. Não vejo, pois, razão para pensá-la como simples resultante de um processo de degradação desse candomblé visto no Rio no fim do século por João do Rio, essa macumba sempre descrita como feitiçaria, isto é, prática de manipulação religiosa por indivíduos isoladamente, numa total ausência de comunidades de culto organizadas. Arthur Ramos fala de um culto de origem banta no Rio de Janeiro na primeira metade do século, cultuando orixás assimilados dos nagôs, com organização própria, com a possessão de espíritos desencarnados que, no Brasil, reproduziram ou substituíram, por razões óbvias, a antiga tradição banto de culto aos antepassados (Ramos, 1943, v.1, cap. XVIII). São cultos muito assemelhados aos candomblés angola e de caboclos da Bahia, ANÉIS AURICULARES registrados por Edison Carneiro, que já os tratava como formas degeneradas (Carneiro, 1937. Para uma análise atual da questão da pureza nagô, ver Beatriz Góis Dantas1982 e 1988)Cquote2.svg
— *Prandi,1991

Codó, a "capital da macumba"[editar | editar código-fonte]

A cidade maranhense de Codó é conhecida como "capital da macumba", pois contam os mais velhos que a cidade teria sido fundada por praticantes de cultos afro-brasileiros. A cidade conta com a maior porcentagem de terreiros pela área da cidade no Brasil. É em Codó que mora um dos pais de santo mais famosos do país, o Bita do Barão, de grande influência em Codó e em Teresina. A macumba feita na região de Codó e de Teresina é mais conhecida como terecô.[3]
Atualmente, no centro de Porto Alegre é feito diariamente um ritual de macumba com o pai-de-santo David – mais conhecido como "Pai Luz".

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

  • Ir para cima FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário Eletrônico Aurélio versão 5.0 [CD-ROM]. [S.I]: Positivo Informática Ltda, 2004.
  • Ir para cima FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 061.
  • Ir para cima Revista Trip. Disponível em http://revistatrip.uol.com.br/102/arthur/01.htm. Acesso em 30 de maio de 2014.De Onde veio a Macumba?
    O que se pode entender por Macumba, no Brasil significa uma mescla de rituais africanos, espíritas e católicos. Não foram os descendentes africanos os principais responsáveis pela difusão e pela propagação da Macumba no Brasil. A principal responsável foi a Igreja Católica Apóstata Romana, a traidora de Cristo.
    Mas o que, afinal de contas, é a Macumba?
    Impossível termos uma visão detalhada sobre a Macumba, a Umbanda e o Candomblé, a não ser que partamos no sentido da origem desses rituais.
    A Religião Yorubá
    Esta tem sido a religião de povos que vivem no oeste africano, mais precisamente na Nigéria e no Benim. Tem-se caracterizado, há séculos, como um conjunto de práticas e de rituais que visam adorar a natureza e reverenciar ancestrais. A religião Yorubá é essencialmente politeísta, pois adoram e servem a falsos deuses a quem chamam de Orixás. Na concepção nigeriana de adoração, prestam culto a entidades as quais, segundo acreditam, manifestam-se em uma relação com a natureza. Tais entidades (espíritos) possuem personalidade, e dentre os mais conhecidos estão Ogun, Oxóssi, Obatalá, Iemanjá, Xangô, Oxum, Oiá, Orulá e Babalu Aiê.
    Não somente no Brasil, mas em outras nações, por razões escusas, os escravos africanos que eram trazidos para o continente Americano pelos colonizadores e pelos exploradores europeus (principalmente os portugueses), foram sendo orientados a sincretizar (misturar e unir) os Orixás com os ídolos católicos. Desta forma, os Orixás passaram a ser aceitos na cultura religiosa das Américas em uma relação harmoniosa com os bonecos de gesso da Meretriz de Roma. Ídolos de pau e de pedra e demônios disfarçados sob o nome de Orixás. Bem ao gosto do pai da mentira, o diabo. Uma evidente manobra diabólica com a total cumplicidade e apoio da Igreja dos Papas. Toda essa confusão demoníaca conseguiu se firmar em duas localidades do continente Americano: Brasil e Cuba.
    Não que Satanás não tivesse tentado estabelecer mais filiais de seus centros de engano nas Américas, mas nos Estados Unidos da América, em diversas cidades americanas, Cristãos zelosos se uniram e fizeram forte resistência contra a implantação dessas religiões africano-católicas. Por meio de súplicas e orações a Deus e por manifestações populares, a maioria em pequenas cidades, fizeram grande e bem-sucedida resistência aos intentos do inimigo de Deus.
    Os demônios disfarçados de Orixás, desgraçadamente, acompanharam muitos escravos que vieram da África ocidental, como já dito, principalmente da Nigéria e de Benim. Eram, muitos deles, escravos duas vezes, dos cruéis traficantes de escravos e do próprio Satanás.
    Satanás e seus demônios (Orixás) fincaram suas patas em Cuba, e de lá foram se infiltrando pela América do Norte, tendo sido estabelecidos muitos centros da religião Yorubá (Macumba e Candomblé, em Cuba chamada de Santeria ou La Regla de Ocha) em New York e na Flórida. Foram também parar na Venezuela e em Porto Rico.
    Por que o Interesse do Diabo em Trazer esses Rituais para a América?
    O Continente Norte-Americano (Estados Unidos e Canadá) é hoje a mais poderosa região da terra, e isto em virtude de seu enorme poder econômico e imbatível poderio militar. Os maiores e mais importantes colonizadores do Continente Norte-Americano foram os Cristãos Irlandeses, Ingleses, Alemães e Italianos. Isto sem falar na enorme quantidade de Judeus que vieram para a América julgando que essa seria sua nova pátria. Dentre esses colonizadores havia muitos Cristãos devotos e dedicados ao Evangelho do Senhor Jesus Cristo, o Filho do Deus de Israel, o Deus dos Judeus.
    Evidentemente por se tratar de uma guerra entre Deus e o diabo pelas almas dos homens, Satanás empenhou enormes esforços no sentido de tentar impedir que as novas nações americanas que surgiam fossem poderosas espiritualmente, graças, é claro, às bênçãos de Deus sobre os Cristãos e Judeus. Sendo assim, nada mais característico do caráter de Satanás, a tentativa de contaminar o Novo Mundo com a presença de seus anjos, os demônios (Orixás). Por isso Lúcifer patrocinou a entrada de seus principados das trevas na América. Mas para que se possa compreender melhor como tal plano foi sendo levado à cabo, é necessário conhecer algumas características essenciais da religião dos Orixás.
    Seus rituais, desde o território africano, eram rituais onde soavam e retumbavam tambores em ritmos diversos, cada qual invocando um grupo específico de Orixás (demônios). Ao som dos batuques de tambor, os nigerianos e beninenses dançavam e preparavam oferendas a serem ofertadas aos Orixás, e isto antes do ponto culminante dessas cerimônias, a possessão demoníaca.
    O grande poder destrutivo que Satanás alcançou através dessas práticas foi a possibilidade de induzir pessoas a não somente invocarem os demônios, mas dar-lhes permissão para que possuíssem os corpos de suas vítimas. A possessão de corpos é um dos principais objetivos do diabo.
    O trecho bíblico a seguir citado mostra essa realidade de modo bem objetivo:
    "Logo ao desembarcar, veio da cidade ao seu encontro um homem possesso de demônios que, havia muito, não se vestia, nem habitava em casa alguma, porém vivia nos sepulcros. E, quando viu a Jesus, prostrou-se diante dele, exclamando e dizendo em alta voz: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Rogo-te que não me atormentes. Porque Jesus ordenara ao espírito imundo que saísse do homem, pois muitas vezes se apoderara dele. E, embora procurassem conservá-lo preso com cadeias e grilhões, tudo despedaçava e era impelido pelo demônio para o deserto. Perguntou-lhe Jesus: Qual é o teu nome? Respondeu ele: Legião, porque tinham entrado nele muitos demônios. Rogavam-lhe que não os mandasse sair para o abismo. Ora, andava ali, pastando no monte, uma grande manada de porcos; rogaram-lhe que lhes permitisse entrar naqueles porcos. E Jesus o permitiu. Tendo os demônios saído do homem, entraram nos porcos, e a manada precipitou-se despenhadeiro abaixo, para dentro do lago, e se afogou." Lucas 8:27-33
    Notemos no trecho bíblico o que os demônios faziam ao possesso: Vivia nu, não tinha casa, vivia em cemitérios (em meio aos mortos), em suma, vivia na miséria e na desgraça. E por que? Porque é este o objetivo de Satanás: Humilhar, torturar, maltratar, escarnecer, escravizar e, por fim, matar os homens. Satanás teria transformado a América em um circo dos horrores, não tivesse o Senhor impedido.
    "Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira." João 8:44
    Esse poder, ou seja, o de destruição, Satanás não possui sobre os Cristãos, pois os verdadeiros Cristãos, os que verdadeiramente se submeteram ao senhorio de Cristo, têm com Ele uma Nova Aliança, em cujos compromissos assumidos por Deus está a proteção contra a destruição pelo diabo:
    "Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado; antes, Aquele que nasceu de Deus o guarda, e o Maligno não lhe toca." 1 João 5:18
    Neste século XXI, Deus, por Sua grande e imensa misericórdia, tem salvado muitos Nigerianos, e isto pela pregação do Evangelho. A religião demoníaca dos Orixás tem experimentado grandes baixas, e isto em benefício de muitos indivíduos que agora, segurando na mão de Cristo, e livres dos Orixás (demônios) caminham para o céu.
    Notas Importantes!
    Não é tarefa fácil entender o porque da Nigéria e do Benim terem sido invadidos por tantas castas demoníacas. Isto é algo que somente Deus o sabe. E esse mesmo Justo Deus, como já dito, não se tem esquecido daqueles pobres povos e tem agido a fim de resgatá-los do poder das trevas.
    Não há relação entre a etnia, raça negro-africana com as antigas tradições satânicas da religião Yorubá. Qualquer forma de racismo ou de preconceito étnico está completa e totalmente fora de questão. O mal que Satanás conseguiu fazer penetrar na América por intermédio de sacerdotes Yorubás não é menos pior do que o mal que tem sido espalhado pela Índia, por parte dos sacerdotes Hindus, não é diferente dos danos espirituais causados pelos mestres budistas da China, não é diferente dos padres e teólogos católicos que conduzem multidões ao Inferno e nem tampouco diferente das desgraças difundidas pelos sacerdotes do Islamismo do falso profeta Maomé.
    No Brasil de nossos dias, o diabo sabe que tem perdido terreno à medida que o Evangelho do Senhor Jesus Cristo tem sido pregado, e almas têm sido libertadas da escravidão dos demônios da Macumba e do Candomblé. Uma de suas mentiras é procurar "proteger" as manifestações desses rituais africanos sob o pretexto de que se tratam de "cultura afro-brasileira". Engodo! Invocação de demônios, possessão demoníaca, alcoolismo, pobreza e miséria, vistas com muita frequência entre os praticantes do Candomblé nada tem a ver com cultura! Tem a ver com a sutil e sagaz atuação do diabo no sentido de arrastar almas para o Inferno, sendo essa a sua maior manifestação do ódio que sente contra Deus.
    Mas está escrito:
    "Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo." 1 João 3:8
    "Veio uma mulher de Samaria tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber. Porque os seus discípulos tinham ido à cidade comprar comida. Disse-lhe, pois, a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana? (porque os judeus não se comunicam com os samaritanos). Jesus respondeu, e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva. Disse-lhe a mulher: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva? És tu maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu o poço, bebendo ele próprio dele, e os seus filhos, e o seu gado? Jesus respondeu, e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter sede; Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna." João 4:7-14

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