A CAPITAL DO PERFUME
A francesa Grasse tem sido lembrada como a capital mundial do perfume desde o século 17, e sua reputação fala por si. Dois terços da produção de perfume e essências para a indústria de alimentos saem de suas fábricas, que empregam 2,7 mil funcionários e faturam 600 milhões de euros.
A cada ano, 2 milhões de turistas de várias partes do mundo invadem suas ruas históricas para visitar o Museu do Perfume, suas fábricas e lojas. Mas há mais para explorar na pequena cidade situada nos Alpes Marítimos da Côte D'Azur.
O visitante pode se perder entre suas ruas estreitas e sinuosas, descobrir muralhas do século 16, casas medievais dos séculos 17 e 18, lindas mansões particulares convertidas em hotéis ou apenas respirar seu ar perfumado e ver a vida passar sentado em um dos seus charmosos cafés.
A francesa Grasse tem sido lembrada como a capital mundial do perfume desde o século 17, e sua reputação fala por si. Dois terços da produção de perfume e essências para a indústria de alimentos saem de suas fábricas, que empregam 2,7 mil funcionários e faturam 600 milhões de euros.
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APOSTE NUM LOOK DELICADO
O lilás é uma cor que proporciona um visual romântico e superdelicado. Use umasombra na pálpebra móvel toda - de forma mais intensa ou suave - ou com um degradê, em que um tom mais escuro é aplicado no canto externo dos olhos e o mais claro no meio e no canto interno. Se quiser um make mais discreto, misture com tons neutros, como marrom, preto ou branco. Você também pode usar a cor nos lábios. O batom Snob da M.A.C., um tom de lilás bem claro, volta a ser tendência e dá um toque de cor em um look natural, como na foto à direita. Quem tem e pele morena deve ter cautela ao usar, pois um tom muito claro pode deixar os lábios esbranquiçados.
NA PRÓXIMA FESTA, FUJA DO ÓBVIO
O look romântico é atemporal e escolha certeira para fazer bonito em eventos formais. Nesta estação, a dica é atualizá-lo apostando em vestidos cuja paleta de cores seja dominada pelo lilás. O tom de roxo da vez é autêntico, mas de uma delicadeza charmosa, perfeito para uma mulher contemporânia que pretende fugir do óbvio na próxima festa. Do casamento diurno à formatura, invista sem receios em suas mais variadas nuances. Veja as sugestões de vestidos e inspire-se!Romantismo foi um movimento artístico do século XIX que teve influência na literatura e nas várias manifestações da arte.
É uma expressão usada para designar uma situação que envolve um universo romântico, poético ou romanesco. Está associado à ternura, à paixão e a sensibilidade. O mundo cor de rosa da juventude feminina está intimamente ligado ao romantismo.
O romantismo surgiu graças a mudanças de mentalidade que ocorreram no fim do século XVIII. O romantismo foi marcado pelo regresso ao mundo medieval e uma oposição ao classicismo grego.
A designação "romântico" foi usada pela primeira vez por volta de 1750 em Inglaterra de forma pejorativa em relação a novelas pastoris e de cavalaria. No entanto, mais tarde o sentido depreciativo foi perdido, sendo usado por Rousseau como sinônimo de pitoresco ou sendo usado para descrever uma sensação causada por uma paisagem.
Romantismo na literatura
Romantismo foi um movimento literário que começou no final do século XVIII, na Europa, quando alguns escritores abandonaram as regras de composição e estilo dos autores clássicos, e passaram a falar da natureza, do sofrimento amoroso num tom pessoal e repleto de melancólico, fazendo da literatura uma forma de desabafo sentimental. Essa nova tendência começou na Alemanha, chegou à Inglaterra e à França, estendendo-se para outros países.
Os escritores voltaram-se para a nostalgia dos tempos medievais, época da formação de suas nações, valorizando os heróis e as tradições populares, numa reação à cultura aristocrática que ainda vigorava. No século XIX, o Romantismo atinge sua maior intensidade, tornando-se um traço marcante do Romantismo como estilo de época.
A fundamentação teórica do romanstismo na literatura surgiu na Alemanha, através de Hegel, Schelling e Fichte, filósofos do idealismo clássico (também conhecido como romantismo filosófico).
Romantismo nas artes plásticas
O Romantismo foi uma escola estética que surgiu, paralelamente ao romantismo literário, como reação ao classicismo e ao neoclassicismo e se caracterizou pelo subjetivismo, pela liberdade de assuntos, de composição, de cores etc., a arte utilizada como meio de expressão e de sentimentos.
Romantismo no Brasil
O Romantismo no Brasil nasceu do processo sócio cultural que surgiram com a independência política, proclamada em 1822: o novo público leitor, as instituições universitárias e o nacionalismo do qual os escritores foram os principais intérpretes.
Os valores do Romantismo europeu adequaram-se às exigências ideológicas dos escritores brasileiros. Que encontraram sua representação no indianismo, na natureza e na forma brasileira de escrever. O Romantismo piegas também teve sua representação, no livro “Os Maias” de Eça de Queiroz.O romantismo foi um movimento artístico, político e filosófico surgido nas últimas décadas do século XVIII na Europa que perdurou por grande parte do século XIX. Caracterizou-se como uma visão de mundocontrária ao racionalismo e ao iluminismo1 e buscou um nacionalismo que viria a consolidar os estados nacionais na Europa.
Inicialmente apenas uma atitude, um estado de espírito, o romantismo toma mais tarde a forma de um movimento, e o espírito romântico passa a designar toda uma visão de mundo centrada no indivíduo. Os autores românticos voltaram-se cada vez mais para si mesmos, retratando o drama humano, amores trágicos, ideais utópicos e desejos de escapismo. Se o século XVIII foi marcado pela objetividade, peloiluminismo e pela razão, o início do século XIX seria marcado pelo lirismo, pela subjetividade, pela emoção e pelo eu.
O termo romântico refere-se ao movimento estético, ou seja, à tendência idealista ou poética de alguém que carece de sentido objetivo.
O romantismo é a arte do sonho e fantasia. Valoriza as forças criativas do indivíduo e da imaginação popular. Opõe-se à arte equilibrada dos clássicos e baseia-se na inspiração fugaz dos momentos fortes da vida subjetiva: na fé, no sonho, na paixão, na intuição, na saudade, no sentimento da natureza e na força das lendas nacionais.2
Índice
[esconder]Contexto histórico
O culto à natureza e à imaginação já havia começado com os escoceses no século XIII, quando surgiram as primeiras histórias de cavaleiros e donzelas, em verso. Nessa época, as narrativas eram chamadas de romance, palavra que deriva do advérbio latino romanicenota 1 , que significa "na língua de Roma".3
A origem do que viria a ser conhecido como "romantismo", no entanto, fora plantada no século XVII, quando o "espírito clássico" começaria a ser contestado na Grã-Bretanha.nota 2
O romantismo surgiu na Europa em uma época em que o ambiente intelectual era de grande rebeldia. Na política, caíam sistemas de governo despóticos e surgia oliberalismo político (não confundir com o liberalismo econômico do Século XX). No campo social imperava o inconformismo. No campo artístico, o repúdio às regras. ARevolução Francesa é o clímax desse século de oposição.
Alguns autores neoclássicos já nutriam um sentimento mais tarde dito romântico antes de seu nascimento de fato, sendo assim chamados pré-românticos. Nesta classificação encaixam-se Francisco Goya e Bocage.
O romantismo surge inicialmente naquela que futuramente seria a Alemanha e na Inglaterra. Na Alemanha, o romantismo, teria, inclusive, fundamental importância na unificação germânica com o movimento Sturm und Drang.
O romantismo viria a se manifestar de forma bastante variada nas diferentes artes e marcaria, sobretudo, a literatura e a música (embora ele só venha a se manifestar realmente aqui mais tarde do que em outras artes). À medida que a escola foi sendo explorada, foram surgindo críticos à sua demasiada idealização da realidade. Destes críticos surgiu o movimento que daria forma ao realismo.
No Brasil, o romantismo coincidiu com a Independência política do Brasil em 1822, com o Primeiro reinado, com a guerra do Paraguai e com a campanha abolicionista.
Características
O romantismo seria dividido em três gerações:
- 1ª geração — As características centrais do romantismo viriam a ser o lirismo, o subjetivismo, o sonho de um lado, o exagero, a busca pelo exótico e pelo inóspito de outro. Também destacam-se o nacionalismo, presente da colectânea de textos e documentos de caráter fundacional e que remetam para o nascimento de uma nação, fato atribuído à época medieval, a idealização do mundo e da mulher e a depressão por essa mesma idealização não se materializar, assim como a fuga da realidade e o escapismo. A mulher era uma musa, ela era amada e desejada mas não era tocada.
- 2ª geração — Posteriormente também seriam notados o pessimismo e um certo gosto pela morte, religiosidade e naturalismo. A mulher era alcançada mas a felicidade não era atingida.
- 3ª geração — Seria a fase de transição para outra corrente literária, o realismo, a qual denuncia os vícios e males da sociedade, mesmo que o faça de forma enfatizada e irônica (vide Eça de Queirós), com o intuito de pôr a descoberto realidades desconhecidas que revelam fragilidades. A mulher era idealizada e acessível.
Individualismo
Os românticos libertam-se da necessidade de seguir formas reais de intuito humano, abrindo espaço para a manifestação da individualidade, muitas vezes definida por emoções e sentimentos.
Subjetivismo
O romancista trata dos assuntos de forma pessoal, de acordo com sua opinião sobre o mundo. O subjetivismo pode ser notado através do uso de verbos na primeira pessoa. Trata-se sempre de uma opinião parcelada, dada por um individuo que baseia sua perspectiva naquilo que as suas sensações captam. Com plena liberdade de criar, o artista romântico não se acanha em expor suas emoções pessoais, em fazer delas a temática sempre retomada em sua obra.
Idealização
Empolgado pela imaginação, o autor idealiza temas, exagerando em algumas de suas características. Dessa forma, a mulher é vista como uma virgem frágil, o índio é visto como herói nacional e a noção de pátria também é idealizada.
Sentimentalismo exacerbado
Praticamente todos os poemas românticos apresentam sentimentalismo já que essa escola literária é movida através da emoção, sendo as mais comuns a saudade, a tristeza e a desilusão. Os poemas expressam o sentimento do poeta, suas emoções e são como o relato sobre uma vida.
O romântico analisa e expressa a realidade por meio dos sentimentos. E acredita que só sentimentalmente se consegue traduzir aquilo que ocorre no interior do indivíduo relatado.
Emoção acima de tudo.
Egocentrismo
Como o nome já diz, é a colocação do ego no centro de tudo. Vários artistas românticos colocam, em seus poemas e textos, os seus sentimentos acima de tudo, destacando-os na obra. Pode-se dizer, talvez, que o egocentrismo é um subjetivismo exagerado.
Natureza interagindo com o eu lírico
A natureza, no romantismo, expressa aquilo que o eu-lírico está sentindo no momento narrado. A natureza pode estar presente desde as estações do ano, como formas de passagens, à tempestades, ou dias de muito sol. Diferentemente do Arcadismo, por exemplo, que a natureza é mera paisagem. No romantismo, a natureza interage com o eu-lírico. A natureza funciona quase como a expressão mais pura do estado de espírito do poeta.
Grotesco e sublime
Há a fusão do belo e do feio, diferentemente do arcadismo que visa a idealização do personagem principal, tornando-o a imagem da perfeição. Como exemplo, temos o conto de A Bela e o Monstro, no qual uma jovem idealizada, se apaixona por uma criatura horrenda.
Medievalismo
Alguns românticos se interessavam pela origem de seu povo, de sua língua e de seu próprio país. Na Europa, eles acharam no cavaleiro fiel à pátria um ótimo modo de retratar as culturas de seu país. Esses poemas passam-se em eras medievais e retratavam grandes guerras e batalhas.
Indianismo
É o medievalismo "adaptado" ao Brasil. Como os brasileiros não tinham um cavaleiro para idealizar, os escritores adotaram o índio como o ícone para a origem nacional e o colocam como um herói. O indianismo resgatava o ideal do "bom selvagem" (Jean-Jacques Rousseau), segundo o qual a sociedade corrompe o homem e o homem perfeito seria o índio, que não tinha nenhum contato com a sociedade europeia.
Byronismo
Inspirado na vida e na obra de Lord Byron, um poeta inglês. Estilo de vida boémio, voltado para vícios, bebida, fumo , podendo estar representado no personagem ou na própria vida do autor romântico. O byronismo é caracterizado pelo narcisismo, pelo egocentrismo, pelo pessimismo, pela angústia.
Romantismo nas belas artes
Ver artigo principal: Pintura do romantismo
Segundo Giulio Carlo Argan na sua obra Arte moderna. O romantismo e o neoclassicismo são simplesmente duas faces de uma mesma moeda. Enquanto o neoclássico busca um ideal sublime, objetivando o mundo, o romântico faz o mesmo, embora tenda a subjetivar o mundo exterior. Os dois movimentos estão interligados, portanto, pela idealização da realidade (mesmo que com resultados diversos).
As primeiras manifestações românticas na pintura ocorreram quando Francisco Goya passou a pintar depois de começar a perder a audição. Um quadro de temática neoclássica como Saturno devorando seus filhos, por exemplo, apresenta uma série de emoções para o espectador que o fazem se sentir inseguro e angustiado. Goya cria um jogo de luz-e-sombra, linhas de composição diagonais e pinceladas "grosseiras" de forma a acentuar a situação dramática representada. Apesar de Goya ter sido um acadêmico, o romantismo somente chegaria à Academia mais tarde.
O francês Eugène Delacroix é considerado um pintor romântico por excelência. Sua tela A Liberdade guiando o povo reúne o vigor e o ideal românticos em uma obra que estrutura-se em um turbilhão de formas. O tema são os revolucionários de 1830 guiados pelo espírito da Liberdade (retratados aqui por uma mulher carregando a bandeira da França). O artista coloca-se metaforicamente como um revolucionário ao se retratar em um personagem da turba, apesar de olhar com uma certa reserva para os acontecimentos (refletindo a influência burguesa no romantismo). Esta é provavelmente a obra romântica mais conhecida.
A busca pelo exótico, pelo inóspito e pelo selvagem formaria outra característica fundamental do romantismo. Exaltavam-se as sensações extremas, os paraísos artificiais, a natureza em seu aspecto mais bruto. Lançar-se em "aventuras" ao embarcar em navios com destino aos polos, por exemplo, tornou-se uma forma de inspiração para alguns artistas. O pintor inglêsWilliam Turner refletiu este espírito em obras como Mar em tempestade onde o retrato de um fenômeno da Natureza é usado como forma de atingir os sentimentos supracitados.
Géricault é outro dos grandes nomes do romantismo na pintura4 . A sua obra A Jangada da Medusa, pintada por volta de 1819, com a mistura entre os elementos barrocos, o naturalismo e o dramatismo pessoal das personagens, é uma das mais célebres pinturas do movimento romântico5 .
Romantismo na literatura
O romantismo surge na literatura quando os escritores trocam o mecenato aristocrático pelo editor, precisando assim cativar um público leitor. Esse público estará entre os pequenos burgueses, que não estavam ligados aos valores literários clássicos e, por isso, apreciariam mais a emoção do que a sutileza das formas do período anterior. A história do romantismo literário é bastante controversa.
Em primeiro lugar, as manifestações em poesia e prosa popular na Inglaterra são os primeiros antecedentes, embora sejam consideradas "pré-românticas" em sentido lato. Os autores ingleses mais conhecidos desse pré-romantismo "extra-oficial" são William Blake (cujo misticismo latente em The Marriage of Heaven and Hell - O Casamento do Céu e Inferno, 1793 atravessará o romantismo até o Simbolismo) e Edward Young (cujos Night Thoughts - Pensamentos Noturnos, 1742, re-editados por Blake em 1795, influenciarão o ultrarromantismo), ao lado de James Thomson, William Cowper e Robert Burns. O romantismo "oficial" é reconhecido nas figuras de Coleridge e Wordsworth(Lyrical Ballads - Baladas Líricas, 1798), fundadores; Lord Byron (Childe Harold's Pilgrimage, Peregrinação de Childe Harold, 1818), Shelley (Hymn to Intellectual Beauty -Hino à Beleza Intelectual, 1817) e Keats (Endymion, 1817), após o Romantismo de Jena.
Em segundo lugar, os alemães procuraram renovar sua literatura através do retorno à natureza e à essência humana, com assídua recorrência ao "pré-romantismo extra-oficial" da Inglaterra. Esses escritores alemães formaram o movimento Sturm und Drang ("tempestade e ímpeto"), donde surge então, mergulhado no sentimentalismo, o pré-romantismo "oficial", isto é, conforme as convenções historiográficas. Goethe (Die Leiden des Jungen Werther - O Sofrimento do Jovem Werther, 1774), Schiller (An die Freude - Ode à Alegria, 1785) e Herder(Auszug aus einem Briefwechsel über Ossian und die Lieder alter Völker - Extrato da correspondência sobre Ossian e as canções dos povos antigos, 1773) formam a Tríade. Alguns jovens alemães, como Schegele Novalis, com novos ideais artísticos, afirmam que a literatura, enquanto arte literária, precisa expressar não só o sentimento como também o pensamento, fundidos na ironia e na auto-reflexão. Era o "romantismo de Jena", o único romantismo autêntico em nível internacional.
Em terceiro lugar, a difusão europeia do romantismo tomou como românticas as formas pré-românticas da Inglaterra e da Alemanha, privilegiando, portanto, apenas o sentimentalismo em detrimento da complicadareflexão do romantismo de Jena. Por isso, mundialmente, o romantismo é uma extensão do pré-romantismo. Assim, na França, destacam-se Stendhal, Hugo e Musset; na Itália Leopardi e Alessandro Manzoni; em Portugal Garrett e Herculano; na Espanha Espronceda e Zorilla.
Tendo o liberalismo como referência ideológica, o romantismo renega as formas rígidas da literatura, como versos de métrica exata. O romance se torna o gênero narrativo preferencial, em oposição à epopéia. É a superação da retórica, tão valorizada pelos clássicos.
Os aspectos fundamentais da temática romântica são o historicismo e o individualismo. O historicismo está representado nas obras de Walter Scott (Inglaterra), Vitor Hugo (França), Almeida Garrett (Portugal), José de Alencar (Brasil), entre tantos outros. São resgates históricos apaixonados e saudosos ou observações sobre o momento histórico que atravessava-se àquela altura, como no caso de Balzac ou Stendhal (ambos franceses).
A outra vertente, focada no individualismo, traz consigo o culto do egocentrismo, vazado de melancolia e pessimismo (Mal-do-Século). Pelo apego ao intimismo e a valores extremados, foram chamados de Ultra-Românticos. Esses escritores como Byron, Alfred de Musset e Álvares de Azevedo beberam do Sturm und Drang alemão, perpetuando as fontes sentimentais.
O romantismo é um movimento que vai contra o avanço da modernidade em termos da intensa racionalização e mecanização. É uma crítica à perda das perspectivas que fogem àquelas correlacionadas à razão. Por parte o romantismo nos mostra como bases de vida o amor e a liberdade.
Romantismo na música
Ver artigo principal: Era romântica
As primeiras evidências do romantismo na música aparecem com Beethoven. Suas sinfonias, a partir da terceira, revelam uma música com temática profundamente pessoal e interiorizada, assim como algumas de suas sonatas para piano também, entre as quais é possível citar a Sonata Patética.
Outros compositores como Chopin, Tchaikovsky, Felix Mendelssohn, Liszt, Grieg e Brahms levaram ainda mais adiante o ideal romântico de Beethoven, deixando o rigor formal do classicismo para escreverem músicas mais de acordo com suas emoções.
Na ópera, os compositores mais notáveis foram Verdi e Wagner. O primeiro procurou escrever óperas, em sua maioria, com conteúdo épico ou patriótico - entre as quais as óperas Nabucco, I Vespri Sicilianni, I Lombardi nella Prima Crociata - embora tenha escrito também algumas óperas baseadas em histórias de amor como La Traviata; O segundo enfocava histórias mitológicas germânicas, caso da Tetralogia do Anel do Nibelungo e outras óperas como Tristão e Isolda e O Holandês Voador, ou sagas medievais como Tannhäuser, Lohengrin e Parsifal. Mais tarde na Itália o romantismo na ópera se desenvolveria ainda mais comPuccini.
Romantismo em Portugal
Ver artigo principal: Romantismo em Portugal
Teve como marco inicial a publicação do poema "Camões", de Almeida Garrett, em 1825, e durou cerca de 40 anos terminando por volta de 1865 com a Questão Coimbrã.
A primeira geração do romantismo em Portugal vai de 1825 a 1840. Seus principais autores são Almeida Garrett, Alexandre Herculano, Antônio Feliciano de Castilho. A segunda geração, ultra-romântica, de 1840 a 1860 e tem como principais autores, Camilo Castelo Branco e Soares de Passos. A terceira geração, pré-realista, de 1860 a 1870, aproximadamente, teve como principais autores Júlio Dinis e João de Deus.
Romantismo no Brasil
Ver artigo principal: Romantismo no Brasil
De acordo com o tema principal, os romances no Brasil podem ser classificados como indianistas, urbanos ou históricos e regionalistas.
No romance indianista, o índio era o foco da literatura, pois era considerado uma autêntica expressão da nacionalidade, e era altamente idealizado. Como um símbolo da pureza e da inocência, representava o homem não corrompido pela sociedade, o não capitalista, além de assemelhar-se aos heróis medievais, fortes e éticos. Junto com tudo isso, o indianismo expressava os costumes e a linguagem indígenas, cujo retrato fez de certos romances excelentes documentos históricos.
Os romances urbanos tratam da vida na capital e relatam as particularidades da vida cotidiana da burguesia, cujos membros se identificavam com os personagens. Os romances faziam sempre uma crítica à sociedade através de situações corriqueiras, como o casamento por interesse ou a ascensão social a qualquer preço.
Por fim, o romance regionalista propunha uma construção de texto que valorizasse as diferenças étnicas, linguísticas, sociais e culturais que afastavam o povo brasileiro da Europa, e caracterizava-os como uma nação. Os romances regionalistas criavam um vasto panorama do Brasil, representando a forma de vida e individualidade da população de cada parte do país. A preferência dos autores era por regiões afastadas de centros urbanos, pois estes estavam sempre em contato com a Europa, além de o espaço físico afetar suas condições de vida.
A primeira geração (nacionalista–indianista) era voltada para a natureza, o regresso ao passado histórico e ao medievalismo. Cria um herói nacional na figura do índio, de onde surgiu a denominação de geração indianista. O sentimentalismo e a religiosidade são outras características presentes. Entre os principais autores podemos destacar Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias e Araújo Porto Alegre. Gonçalves de Magalhães foi o introdutor do romantismo no Brasil. Obras: Suspiros Poéticos e Saudades. Gonçalves Dias foi o mais significativo poeta romântico brasileiro. Obras: Canção do exílio, I-Juca-Pirama. Araújo Porto Alegre fundou com os outros dois a Revista Niterói-Brasiliense.
Entre as principais características da primeira geração romântica no Brasil estão: o nacionalismo ufanista, o indianismo, o subjetivismo, a religiosidade, o brasileirismo (linguagem), a evasão do tempo e espaço, o egocentrismo, o individualismo, o sofrimento amoroso, a exaltação da liberdade, a expressão de estados de alma, emoções e sentimentalismo.
A segunda geração, também conhecida como Byroniana e Ultrarromantismo, recebeu a denominação de mal do século pela sua característica de abordar temas obscuros como a morte, amores impossíveis e a escuridão.
Entre seus principais autores estão Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Fagundes Varela, Junqueira Freire e Pedro de Calasans. Álvares de Azevedo fazia parte da sociedade epicuréia destinada a repetir no Brasil a existência boêmia de Byron. Obras: Pálida à Luz, Soneto, Lembranças de Morrer, Noite na Taverna. Casimiro de Abreu escreveu As Primaveras, Poesia e amor, etc. Fagundes Varela, embora byroniano, já tinha em sua poesia algumas características da terceira geração do romantismo. Junqueira Freire, com estilo dividido entre a homossexualidade e a heterossexualidade, demonstrava as idiossincrasias da religião católica do século XIX.
Já as principais características da segunda geração foram o profundo subjetivismo, o egocentrismo, o individualismo, a evasão na morte, o saudosismo (lamentação) em Casimiro de Abreu, por exemplo, o pessimismo, o sentimento de angústia, o sofrimento amoroso, o desespero, o satanismo e a fuga da realidade.
Por fim há a terceira geração, conhecida também como geração Condoreira, simbolizada pelo Condor, uma ave que costuma construir seu ninho em lugares muito altos e tem visão ampla sobre todas as coisas, ou Hugoniana, referente ao escritor francês Victor Hugo, grande pensador do social e influenciador dessa geração.
Os destaques desta geração foram Castro Alves, Sousândrade e Tobias Barreto. Castro Alves, denominado "Poeta dos Escravos", o mais expressivo representante dessa geração com obras como Espumas Flutuantes e Navio Negreiro. Sousândrade não foi um poeta muito influente, mas tem uma pequena importância pelo descritivismo de suas obras. Tobias Barreto é famoso pelos seus poemas românticos.
As principais características são o erotismo, a mulher vista com virtudes e pecados, o abolicionismo, a visão ampla e conhecimento sobre todas as coisas, a realidade social e a negação do amor platônico, com a mulher podendo ser tocada e amada.
Essas três gerações citadas acima apenas se aplicam para a poesia romântica, pois a prosa no Brasil não foi marcada por gerações, e sim por estilos de textos - indianista, urbano ou regional - que aconteceram todos simultaneamente.
No país, entretanto, o romantismo perdurará até à década de 1880. Com a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas, por Machado de Assis, em 1881, ocorre formalmente a passagem para o período realista.
Principais escritores românticos brasileiros
- Gonçalves Dias: principal poeta romântico e uns dos melhores da língua portuguesa, nacionalista, autor da famosa Canção do Exílio, da nem tão famosa I-Juca-Pirama e de muitos outros poemas.
- Álvares de Azevedo: o maior romântico da Segunda Geração Romântica; autor de Lira dos Vinte Anos, Noite na Taverna e Macário.
- Castro Alves:grande representante da Geração Condoeira, escreveu, principalmente, poesias abolicionistas como o Navio Negreiro.
- Joaquim Manuel de Macedo, romancista urbano escreveu A Moreninha e também O Moço Loiro.
- José de Alencar, principal romancista romântico. Romances urbanos: Lucíola; A Viuvinha; Cinco Minutos; Senhora. Romances regionalistas: O Gaúcho, O Sertanejo, O Tronco do Ipê. Romances históricos: A Guerra dos Mascates; As Minas de Prata. Romances indianistas: O Guarani, Iracema e o Ubirajara.
- Manuel Antônio de Almeida: romancista urbano, precursor do realismo. Obras: Memórias de um Sargento de Milícias.
- Bernardo Guimarães: considerado fundador do regionalismo. Obras: A Escrava Isaura; "O Seminarista"
- Franklin Távora: regionalista. Obra mais importante: O Cabeleira.
- Visconde de Taunay: regionalista. Obra mais importante: Inocência.
- Machado de Assis: estilo único, dotado de fase romântica e realista. Em sua fase romântica destacam-se "A Mão e a Luva" e "Helena". Ainda em tal fase realizava análise psicológica e crítica social, mostrando-se atípico dentre os demais românticos
Demais artes
Apesar da produção literária ser predominantemente romântica, vive-se no país neste período um grande incentivo ao academicismo e ao neoclassicismo. O neoclássico foi o estilo oficial do Império do Brasilrecém-proclamado e o grande centro das artes no país é a Escola Imperial de Belas Artes do Rio de Janeiro, lar do neoclassicismo no Brasil, sob influência direta da Missão francesa trazida pelo príncipe-regenteD. João VI. Principais características: subjetivismo, evasão, erotismo, senso de mistério e religiosidade.
Ver também
Notas
- ↑ A palavra romanice foi utilizada, então, para definir um tipo de poema épico
- ↑ Filósofos como John Locke passariam a refutar as ideias de Descartes (o conhecimento se dá pelas razão) e a defender que a compreensão do mundo só é possível por meio dos sentidos.
Referências
- ↑ "O Iluminismo frente ao Romantismo no marco da subjetividade moderna" de G. Mayos (traduzido por Karine Salgado).
- ↑ Livro Anglo Vestibulares; Português 2: Literatura I; Ano 2001
- ↑ Moisés, Massaud. História da literatura brasileira. Das origens ao romantismo. Volume I, pg. 317. Editora Cultrix (2001).
- ↑ Como Tudo Funciona
- ↑ Infopedia
Bibliografia
- Manual de Literatura Brasileira (Sergius Gonzaga, Mercado Aberto, cap. III, págs. 37-82, 1985, Porto Alegre)
- Romantismo designa o movimento artístico de uma determinada época, iniciando-se nas últimas décadas do século XVIII e perdurando até a metade do século XIX. O romantismo nega o racionalismo e os ideais iluministas e procura retornar aos valores medievais, consolidando as tradições próprias de cada região, com a retomada das culturas folclóricas na busca de uma identidade nacional. O romantismo é marcado pela excessiva idealização, pelo subjetivismo e é centrado no eu.Significado de romantismoTodas as palavras deste campo semântico tiveram origem no substantivo francêsromaunt. Este substantivo se referia aos romances de cavalaria típicos da Idade Média. Na língua inglesa surgiu, a partir do vocábulo francês, o adjetivo romantic, para fazer referência também à atmosfera dos romances de cavalaria.Foi Rousseau, no século XVIII, que pela primeira vez distinguiu o romântico(romantique) do romance (romanesque), gerando os dois sentidos de romantismoque conhecemos hoje.Romantismo – outro significadoHoje é comum o uso da palavra romantismo para se referir a qualquer situação que envolve um universo romântico; quando se fala de amor, não necessariamente idealizado. Ser romântico, nos dias de hoje, significa valorizar a pessoa amada, fazer de tudo para agradá-la, mesmo nos pequenos detalhes, cuidar daquele a quem se ama.Romances são, hoje, as obras literárias em que alguma história é narrada em prosa; ou os relacionamentos amorosos.Não raro aparece a expressão romance romântico para designar uma narrativa em prosa que tenha conteúdo poético ou romanesco.Romantismo – característicasA estética do romantismo é marcada por:-extrema sensibilidade, beirando um estado doentio;-subjetivismo, como expressão do irracional;-idealização, fantasia;-retorno à cultura medieval, ao cristianismo;-a melancolia;-o universo particular do eu;-nacionalismo;-desejo de escapismo;-lirismo;-valorização do sentimento, sem preocupação formal.Romantismo na literaturaO romantismo é uma das escolas literárias em que houve predomínio da subjetividade e da emoção, ao contrário do movimento anterior, o arcadismo, e do que veio posteriormente, o realismo (estes dois com predominância da objetividade e da razão).O romantismo teve, na literatura, três fases:Primeira geração românticaA característica mais marcante das obras desta geração é o nacionalismo. Isso se insere na conjuntura política da época, quando a burguesia passa pelo processo de tomar o lugar da nobreza como classe dominante. A valorização da cultura nacional é interessante aos interesses burgueses porque integra as camadas populares aos ideais da nação, mantendo-os sob controle, enquanto acreditavam que viveriam sob os princípios da Revolução Francesa (difundidos para o mundo todo): liberdade, igualdade e fraternidade.Na primeira geração, existe a idealização da mulher, que era amada e desejada, e a profunda tristeza por ela ser inatingível. Predominam a fuga da realidade e o escapismo.A obra que inaugura esta primeira geração é Os sofrimentos do jovem Werther deGoethe, lançado em 1774.Segunda geração românticaNesta segunda geração, ainda há a idealização da figura feminina. A mulher não é mais inatingível, mas a felicidade jamais pode ser alcançada. Os escritores demonstravam profundo pessimismo e uma certa atração pela morte. Essa geração também ficou conhecida como o mal do século e seus escritores podem ser chamados de byronianos, uma referência ao expoente dessa fase do romantismo,Lord Byron.Muitos escritores dessa geração morreram jovens, vítimas principalmente de tuberculose. Eram boêmios, depressivos e parece que realmente viviam no mundo obscuro que descreviam em suas obras.Terceira geração românticaNesta terceira geração, já se veem elementos de uma transição para o realismo, estética posterior ao romantismo. Fragilidades sociais começam a ser expostas na literatura, que agora busca o ideal de liberdade, igualdade e fraternidade.Os escritores desta fase foram influenciados principalmente por Victor Hugo.Romantismo em PortugalEm Portugal, o romantismo foi introduzido por Almeida Garret, em 1825, quando da publicação de sua obra Camões. Outros escritores de destaque foram:-Alexandre Herculano;-Camilo Castelo Branco;-Júlio Dinis.Romantismo no BrasilAqui no Brasil, o romantismo acontece durante o processo de independência política. Na fase nacionalista, os escritores exaltaram a figura do índio como herói. O índio era idealizado e as narrativas eram parecidas com as novelas de cavalaria, adaptadas para o cenário brasileiro.Na terceira fase da literatura romântica no Brasil destacam-se os autores que escrevem sobre a decadência da monarquia e sobre a crise abolicionista.Destacaram-se na literatura brasileira do romantismo:-Gonçalves Dias;-Álvares de Azevedo;-Fagundes Varela;-José de Alencar;-Castro Alves.A estética do romantismo em outros campos da arteO romantismo é mais estudado na literatura, mas ele representou uma fase em que todas as formas de arte foram influenciadas pelos mesmos ideais.Romantismo – arquiteturaA arquitetura romântica busca retornar aos conceitos artísticos da Idade Média. As estéticas românica e gótica são revistas.Princípios românticos na arquitetura:-representações através de imagens;-formas curvas;-irregularidade das estruturas;-combinação de elementos de vários povos antigos numa mesma construção;-gosto pelo exótico.Romantismo nas artes plásticasRomantismo – pinturaA estética romântica chega à pintura primeiramente na Alemanha. As obras procuram a expressão dos aspectos subjetivos do homem; a pintura serve para que se atinja o sublime. Os artistas podem abandonar o mecenato e retratar aquilo que desejam.Romantismo – esculturaNa escultura, o romantismo foi marcado pelo dinamismo. As obras representam também animais em cenas de luta e caça, além dos temas já tradicionalmente trabalhados como homenagens militares e monumentos funerários.Romantismo musicalAo contrário do que muitos pensam, música romântica não é aquela que fala de amor e, sim, aquela que foi composta no período romântico. Assim como não se podem chamar todas as composições para concerto de música clássica, pois clássica mesmo é a música composta no período do classicismo.Entre os compositores de maior destaque na música do romantismo, temos:-Charles Gounod;-Claude Debussy;-Shostakovich;-Joaquin Rodrigo;-Jacques Offenbach;-Heitor Villa-Lobos;-Puccini;-Rossini;-Verdi;-Chopin;-Beethoven;-Ravel;-Paganini;-Richard Wagner.O que você achou deste artigo ?
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