sexta-feira, 14 de agosto de 2015

TOTALITARISMO

Totalitarismo é uma ideologia, caracterizada por umaforma de governo totalitário, ou seja, na qual os dirigentes da nação detêm o total controle sobre os direitos das pessoas em proveito da razão de Estado
A liberdade de religião também não existe em um Estado totalitarista, pois só permite a existência daquelas Igrejas cujos ministros cooperem com o governo. Sindicatos livres também são ilegais. 
O governo exerce total controle sobre os meios de comunicação e, em geral, elimina as escolas particulares, forçando as escolas públicas a ensinar de acordo com a linha do partido.
O primeiro Estado totalitário moderno foi criado, com a Revolução Comunista na Rússia, em 1919, surgindo o Stalinismo soviético. Outros Estados totalitários do século XX foram a Alemanha nazista, de 1933 a 1945, e a Itália fascista, de 1925 a 1943.
autoritarismo, ao contrário do totalitarismo, que se apresenta como uma experiência política extremista, consiste na ênfase da autoridade do Estado em uma república ou união. O governo autoritário, assim como o regime totalitário, abusa do poder para controlar ao máximo o país, porém, este controle está nas mãos de um grupo de legisladores e não focado em apenas uma figura governante, como no totalitarismo.

Totalitarismo político

No totalitarismo só pode existir um único partido político, chefiado por um líder absoluto, que se mantém no poder usando a força, violência e torturas psicológicas e físicas contra os indivíduos que não obedecerem as leis do governo. 
O partido político dominante é que determina as diretrizes econômicas que o país deve seguir, nos regimes totalitaristas. 

Totalitarismo no Brasil

O Brasil também passou por um regime de totalitarismo, na metade do século XX, durante o governo de Getúlio Vargas. Este período ficou conhecido como o Estado Novo, marcado pelo fechamento do Congresso Nacional e detenção total do poder nas mãos do presidente, que tinha vestígios do fascismo italiano. 
totalitarismo brasileiro do governo Vargas chegou ao fim com o começo da Segunda Guerra Mundial, quando o Brasil declarou repulsa contra os regimes totalitários europeus, criando uma incoerência ideológica nas ações do governo do país. 

Ver também:

  • FascismoTotalitarismo (ou regime totalitário) é um sistema político no qual o Estado, normalmente sob o controle de uma única pessoa, político, facção ou classe social, não reconhece limites à sua autoridade e se esforça para regulamentar todos os aspectos da vida pública e privada, sempre que possível.[1] O totalitarismo é caracterizado pela coincidência do autoritarismo (onde os cidadãos comuns não têm participação significativa na tomada de decisão do Estado) e da ideologia (um esquema generalizado de valores promulgado por meios institucionais para orientar a maioria, senão todos os aspectos da vida pública e privada).[2]
    Os regimes ou movimentos totalitários mantêm o poder político através de uma propaganda política abrangente divulgada através dos meios de comunicaçãocontrolados pelo Estado, um partido único que é muitas vezes marcado por culto de personalidade, o controle sobre a economia, a regulação e restrição daexpressão, a vigilância em massa e o disseminado uso do terrorismo de Estado.

    Etimologia[editar | editar código-fonte]

    A ideia de totalitarismo como poder político “total” através do estado foi formulada em 1923 por Giovanni Amendola que criticou o fascismo italiano como um sistema fundamentalmente diferente das ditadurasconvencionais.[3] O termo depois ganhou conotações positivas nos escritos de Giovanni Gentile, o principal teórico do fascismo. Ele usou o termo "totalitário" para se referir à estrutura e metas do novo estado. O novo estado deveria dispor sobre a "representação total da nação e a orientação total das metas nacionais"[4] . Ele descreveu o totalitarismo como uma sociedade em que a ideologia do estado teria influência, se não poder, sobre a maioria de seus cidadãos[5] . Segundo Benito Mussolini[3] , este sistema politiza tudo que é espiritual e humano. O conceito de totalitarismo surgiu nos anos 1920 e 1930. A visão de que ele foi elaborado somente depois de 1945 é frequente e equivocadamente visto como parte da propaganda antissoviética) durante a guerra fria[carece de fontes]
    Cquote1.svg"Tudo no Estado, nada contra o Estado, nada fora do Estado.”Cquote2.svg
    — expressão consagrada por Benito Mussolini

    Génese e contexto histórico[editar | editar código-fonte]

    Foi ainda no decorrer da Primeira Guerra Mundial que começou a nascer o totalitarismo, fenómeno político que marcou o século XX. Com a necessidade de direcionar a produção industrial para as necessidades geradas pela guerra, os governos das frágeis democracias liberais europeias tiveram de se fortalecer, acumulando poderes e funções de Estado, em detrimento do poder parlamentar, para agilizar as decisões importantes em tempos de guerra. Quando voltasse a paz, dizia-se, esses poderes voltariam à distribuição democrática usual. Mas não foi isso que aconteceu. [carece de fontes]
    O Estado com poder executivo forte e legislativo debilitado que se constituiu durante a Primeira Guerra acabou sendo a semente do modelo de Estado autoritário que surgiria na década seguinte. Das váriasmonarquias parlamentares europeias em 1914 (Reino UnidoItáliaEspanhaHolandaBélgicaDinamarcaSuéciaNoruegaSérviaBulgáriaRoméniaGréciaÁustria-Hungria e outras), só a britânica terminou o século sem ter passado por uma ditadura de inspiração fascista. [carece de fontes]

    A propaganda totalitária[editar | editar código-fonte]

    Elemento de destaque constituiu a propaganda entre os movimentos totalitários do século XX. Aspirando ao domínio total da população em regimes pautados por teorias conspiratórias e uma realidade fictícia criada em meio a um desprezo pela realidade dos fatos, a propaganda totalitária foi essencial para, num primeiro momento, a conquista das massas e arregimentar em torno de si uma enorme quantidade de simpatizantes, e, principalmente, para mantê-las sob controle posteriormente. Já empossados da máquina governamental, a violência de Estado, ainda restrita na ascensão dos movimentos ao poder, assume sua forma mais acabada, e, com isso, constitui-se no melhor instrumento de persuasão destes regimes: dão realidade às afirmações fictícias do regime. Como exemplo, Josef Stalin, ao divulgar que acabara com odesemprego na União Soviética, uma inverdade de fato, extinguiu os programas de benefícios para desempregados; ao afirmarem, os nazistas, que poloneses não tinham intelecto, começaram o extermínio de intelectuais poloneses.[6]
    Desta forma, o uso da propaganda nos regimes totalitários é tido como parte da violência, e vice-versa, sendo ambas complementares. E a primeira só vai substituir a segunda na medida em que a dominação vá se efetuando completamente. A propaganda, inicialmente, é destinada aos elementos externos ao movimento, àqueles que ainda não se domina, como estrangeiros, já o terror é perpetrado entre aqueles já dominados e que não mais oferecem resistência ao regime, alcançando sua perfeição nos campos de concentração e extermínio onde a propaganda é totalmente substituída pela violência[carece de fontes] Assim, o terror torna-se uma fonte de convencimento, semelhante à propaganda.
    Também são apontadas semelhanças entre a propaganda totalitária e a propaganda comercial de massa (publicidade) que se desenvolvia nos Estados Unidos naquele início de século[7] utilizando argumentoscientificistas para suas afirmações justificando a supremacia de suas próprias razões [carece de fontes]. A sociedade massificada em que dominavam os regimes totalitários mais paradigmáticos lidavam com um indivíduo atomizado que, para o espanto do mundo não-totalitário, perdia até mesmo seu instinto de auto-conservação.[8]

    Características do totalitarismo tradicional[editar | editar código-fonte]

    São características dos regimes totalitários paradigmáticos de ambos os extremos do espectro ideológico [carece de fontes]:
    .
    Totalitarismo de Esquerda
    Totalitarismo de Direita
    características divergentes
    • abolição da propriedade privada;
    • coletivização obrigatória dos meios de produção agrícola e industrial;
    • supressão da religião da esfera política
    • fundamentos ideológicos no socialismo.
    • forte apoio da burguesia industrial;
    • corporativismo nas relações de trabalho e tutela estatal sobre as organizações sindicais
    • fundamentos ideológicos em valores tradicionais (étnicos, culturais, religiosos)
    • forte apoio da religião.
    características comuns
    Estátuas de Kim Il-sung e de seu filho, Kim Jong-il, em Pyongyang, capital da Coreia do Norte
    Sob o título de totalitarismos, as diferenças ideológicas entre regimes como o nazismo de Adolf Hitler e o fascismo de Benito Mussolini, o comunismo de Josef Stalin e o deMao Zedong, ficam enevoadas. As diferenças que guardam são muitas e dizem respeito aos seus fins [carece de fontes]; o totalitarismo de esquerda (stalinismomaoismo e variações) representa o controle do poder político por um representante imposto dos trabalhadores, mas pressupõe uma revolução de fato no regime de propriedades,coletivizando os bens de produção e as terras, embora o objetivo final da teoria marxista pressuponha a abolição do próprio Estado. [carece de fontes]. As semelhanças entre os regimes de Stalin ou Mao com os de Hitler ou Mussolini limitam-se aos métodos — por isso não se pode de forma alguma confundir os dois modelos: respectivamente, um coletiviza a propriedade, o outro a mantém para a classe burguesa[carece de fontes] Por outro lado, as semelhanças que estes extremos reúnem entre si são justamente os aspectos definidores do regime totalitário (ver: Comparação entre nazismo e stalinismo).
    Para determinados críticos [carece de fontes], a aspiração destes regimes é de um domínio absoluto daqueles sob seu jugo, e, nas suas últimas consequências, ao domínio universal, sem a restrição imposta pela noção de Estado-nação (embora nem a União Soviética stalinista nem a Alemanha Nazista, os dois principais exemplos de totalitarismo na história, tenham declarado este propósito). A máquina governamental, na visão de alguns autores [carece de fontes], aparece como mero instrumento para fins desse domínio total e universal aspirados por movimentos totalitários.
    Para alguns [carece de fontes], a operosidade dos seus regimes frente a suas populações parecem convergir no que diz respeito aos métodos e táticas empregados na própria manutenção, apesar das "confissões" do aparelho governamental de Mao sobre as contradições não antagônicas entre o Estado e o povo chinês. Sem apelar para discursos ideológicos, todos esses regimes visavam a eliminação daqueles elementos que consideravam contrários a seus objetivos.

    Nazifascismo[editar | editar código-fonte]

    nazismo era, desde seu início, antiliberal tendo derrubado antigas estruturas institucionais imperiais bem como antigas elites consolidadas, se diferenciava do fascismo principalmente por pregar a superioridade da raça ariana, liderado por Adolf Hitler[carece de fontes].
    Já o fascismo italiano foi mais proveitoso ao capital na medida em que extinguia sindicatos e obstáculos à administração patronal do trabalho [carece de fontes]. Ali sim, o movimento foi no interesse de velhas classes dominantes em reação às agitações esquerdistas revolucionárias que se avolumavam [carece de fontes]. O fascismo, liderado porMussolini, foi um regime antidemocrático no qual o poder ficava nas mãos de um chefe de Estado, havia grande incentivo à educação e preparação de indivíduos para aguerra. Os fascistas se apresentavam como solução para a crise econômica e greves italianas. Através de violência e mortes eles sufocaram os movimentos grevistas e Mussolini conquistou oficialmente o poder.

    Stalinismo[editar | editar código-fonte]

    Características do stalinismo:

    O totalitarismo ou procedimentos totalitários na democracia[editar | editar código-fonte]

    Bolivarianismo[editar | editar código-fonte]

    Desta forma, pensadores atuais, como Denis Rosenfield têm se referido ao regime bolivariano como uma "democracia totalitária", admitindo que um regime poderia vir a ser concomitantemente, democrático e totalitário, não sendo os dois termos antônimos absolutos[9] .
    O atual governo venezuelano possui ampla gama de apoiadores que chegou a ser de 71% em 2008, caindo para 60% em 2009 e 58% em 2010. Para as eleições presidenciais de 2012, segundo uma pesquisa realizada, Hugo Chávez teria apoio mais ou menos de 50% dos votos decididos contra um total de 28,4% de todos seus concorrentes, 34% dizem não saber ainda em quem votar e 13,2% não votaria em nenhuma das opções, inclusive Chávez.[10] [11]

    Noam Chomsky[editar | editar código-fonte]

    Em texto dedicado a Noam ChomskyJean Ziegler escreve: “Existem três totalitarismos: o totalitarismo stalinista, o totalitarismo nazista, e, agora, o "tina" (palavra formada com as iniciais da expressão inglesa there is no alternative ("não há alternativa"), utilizada por Margaret Thatcher para proclamar o caráter inelutável do capitalismo neoliberal).
    A "tina", em sua concepção de integração global, trabalharia para a integração econômica planetária, mas somente em prol dos interesses das altas classes financeiras, dos bancos e dos fundos de pensão, potências que controlariam também as mídias. Assim, aqueles que se opõe a essa política são chamados de "anti-globalização", sendo sua crítica colocada à margem da mídia[12] .
    Considerando que a finalidade da democracia é que as pessoas possam decidir suas próprias vidas e fazer as escolhas políticas que lhes concernem, e que ela se sustenta na liberdade de expressão, mesmo osEstados Unidos, país símbolo da democracia, estariam sujeitos em dados momentos a um grau maior ou menor de totalitarismo, sustentado pela propaganda e pela pressão econômica sobre a livre expressão do pensamento. Considera ainda o pensador americano que, a liberdade de expressão somente começou a ser exercida de forma mais plena nos Estados Unidos na década de 1960.
    Considera, apesar disso, que uma "construção intelectual ... não pode ser comparada aos campos de concentração ou ao gulag", sendo, portanto, este tipo de opressão pela massificação, mais branda do que as formas de Estado totalitário stalinistas e nazi-fascistas.
    Prossegue o pensador dizendo que, a partir da década de 1920, em países como Estados Unidos e Grã-Bretanha "o desejo de liberdade não podia mais ser contido somente pela violência estatal", tendo, por isto, a propaganda ideológica assumido o seu lugar, tendo se produzido uma espécie de “fábrica do consentimento”, produzindo a aceitação e a submissão, como o mesmo objetivo totalitário de "controlar as ideias, os pensamentos, os espíritos".[13]
    Se a propaganda é o método de controle ideológico mais eficaz e, portanto, o mais usado pelos modernos governos liberais, por outro lado, não devemos nos esquecer que, eventualmente, em situações consideradas extremas, lançou-se mão de outros daqueles mecanismos que Louis Althusser chamou de Aparelhos Ideológicos do Estado, tal como a interpretação das leis[14] , ou dos chamados Aparelhos repressivos do Estado, tal como a própria polícia, para controlar os protestos dos manifestantes da chamada Anti-globalização[15] .

    Ver também[editar | editar código-fonte]

    Referências

    1. Ir para cima Robert Conquest Reflections on a Ravaged Century (2000) ISBN 0-393-04818-7, page 74
    2. Ir para cima C.C.W. Taylor. “Plato's Totalitarianism.” Polis 5 (1986): 4-29. Reprinted in Plato 2: Ethics, Politics, Religion, and the Soul, ed. Gail Fine (Oxford: Oxford University Press, 1999), 280-296.
    3. ↑ Ir para:a b Pipes, Richard (1995), Russia Under the Bolshevik Regime, New York: Vintage Books, Random House Inc., ISBN 0-394-50242-6.
    4. Ir para cima Stanley G. Payne, Fascism: Comparison and Definition (UW Press, 1980), p. 73
    5. Ir para cima G. Gentile & B. Mussolini in "La dottrina del fascismo" 1932)
    6. Ir para cima [1]
    7. Ir para cima Chomsky, Noam. América Rebelde - Entrevista à Daniel Mermet. Le Monde Diplomatique Brasil. 19 de julho de 2010.
    8. Ir para cima Parlamento Europeu. A Europa e o seu passado.
    9. Ir para cima Rosenfield, Denis Lerrer. Democracia totalitária Estadão.com.br. 03 de agosto de 2009.
    10. Ir para cima http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,indice-de-aprovacao-de-chavez-cai-para-58-diz-pesquisa,509957,0.htm Reuters/Estadão. Índice de aprovação de Chávez cai para 58%, diz pesquisa. 11 de fevereiro, 2010
    11. Ir para cima http://www.panoramabrasil.com.br/indice-de-aprovacao-de-hugo-chavez-chega-a-50-id61036.html ANSA.Índice de aprovação de Hugo Chávez chega a 50%. 25 de março, 2011
    12. Ir para cima Chomsky, Noam. América Rebelde - Entrevista à Daniel Mermet. Le Monde Diplomatique Brasil. 19 de julho de 2010.
    13. Ir para cima Chomsky, Noam e Edward Herman. Manufacturing Consent. UK: Pantheon Books, 1988, ed. 1994.
    14. Ir para cima Althusser, L. P. Aparelhos Ideológicos de Estado. 7ª ed. Rio de Janeiro: Graal, 1998.
    15. Ir para cima Correio da Manhã. Economia. Segunda-feira, 19 de Julho de 2010

    Bibliografia[editar | editar código-fonte]

    • ARENDT, Hannah. "O Totalitarismo", In: Origens do Totalitarismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1989, p. 339-531.
    • HOBSBAWM, Eric. "A queda do liberalismo", In: A Era dos Extremos: o breve século XX (1914-1991). São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 113-143.
    • MOTA, Fernando C. Prestes. O Que é Burocracia. São Paulo: Brasiliense, Coleção Primeiros Passos, 1981.
    • NETTO, José Paulo. O Que é Stalinismo. São Paulo: Brasiliense, Coleção Primeiros Passos, 1981.
    • PRINCIPE, Angelo. The Darkest Side of the Fascist Years, Guernica Editions, 1999.
    • SPINDEL, Arnaldo. O Que é Comunismo. São Paulo: Brasiliense, Coleção Primeiros Passos, 1980.
    • SPINDEL, Arnaldo. O Que São Ditaduras. São Paulo: Brasiliense, Coleção Primeiros Passos, 1980.

    Ligações externas[editar | editar código-fonte]

    Totalitarismo é um sistema de governo em que todos os poderes ficam concentrados nas mãos do governante. Desta forma, no regime totalitário não há espaço para a prática da democracia, nem mesmo a garantia aos direitos individuais.

    No regime totalitário, o líder decreta leis e toma decisões políticas e econômicas de acordo com suas vontades. Embora possa haver sistema judiciário e legislativo em países de sistema totalitário, eles acabam ficam às margens do poder.

    Outras características dos regimes totalitários:

    - Uso excessivo de força militar como forma de reprimir qualquer tipo de oposição ao governo;

    - Falta de eleições ou, quando ocorrem, são manipuladas;

    - Censura e controle dos meios de comunicação (revistas, jornais, rádio);

    - Propaganda governamental como forma de exaltar a figura do líder.

    Exemplos 

    Como exemplos de totalitarismo, podemos citar os regimes fascistas que vigoraram em alguns países da Europa (Itália, Alemanha, Espanha e Portugal) durante as décadas de 1930 a 1940.
  • Totalitarismo é uma forma de governo no qual o mesmo é comandado rigidamente por uma única pessoa.
    O fenômeno político que seria muito característico de diversos regimes no século XX nasceu durante a Primeira Guerra Mundial. O conflito forçou o direcionamento da produção dos países europeus para sustentar os recursos necessários no conflito. Os governos, então, passaram por cima das divisões burocráticas e democráticas dos Estados para responder às demandas de guerra, gerando, assim, poderes excessivos para governantes. Em resumo, o poder executivo, segundo a divisão clássica dostrês poderes, ficou exaltado em relação aos demais.
    Fruto desse momento histórico, relações desse tipo se espalharam pelo continente europeu e governantes passaram a não ter limite para autoridade, controlando aspectos da vida pública e privada. Para ampliar essa influência, o fator ideológico foi propagado para orientar governos e o povo. É dessa associação, autoritarismo e ideologia, que se construiu o Totalitarismo. De forma geral, os países que passaram por regimes totalitários foram comandados por partidos únicos, tiveram a exaltação da imagem de um governante, sofreram uma burocratização do aparelho estatal, sofreram também com a repressão política e ideológica, seguiram ideais patrióticos e ufanistas exacerbados, conviveram com a grandiosa propagada estatal e a censura e, nessa metade inicial do século XX, testemunharam a militarização e o expansionismo. Entretanto, como já dito anteriormente, além do fator autoritário, há também o fator ideológico, que é fundamental para distinguir regimes totalitaristas de esquerda e de direita. O primeiro caso é muito influenciado pelos resultados da Revolução Russa de 1919, logo, o Totalitarismo de Esquerda aboliu propriedade privada, coletivizou os meios de produção e suprimiu a religião. Todas características implementadas em regimes socialistas. Por outro lado, o Totalitarismo de Direita é fruto de uma ideologia conservadora que deu forte apoio à burguesia, se fundamentou em valores tradicionais, apoiou a religião e estabeleceu tutela sobre organizações sindicais. Essas características foram implementadas em regimes totalitários capitalistas.
    Entre os casos de Totalitarismo de Direita, dois deles se destacaram na história da humanidade no século XX. Ainda como consequência da Primeira Guerra Mundial, o primeiro deles se firmou na Itália sob a imagem do governante Benito Mussolini. Seu regime autoritário e profundamente ideológico deu origem ao que se conhece como Fascismo. Por sinal, suas ideias foram assimiladas e adaptadas pelo homem que se tornaria o líder da Alemanha na década de 1930, Adolf Hitler. Com traços semelhantes, mas assumindo algumas características específicas, o Totalitarismo germânico recebeu o nome de Nazismo. Por outro lado, o Totalitarismo de Esquerda ficou especialmente caracterizado pelo regime socialista estabelecido por Stálin na antiga União Soviética. Assumindo as características descritas acima típicas do autoritarismo de esquerda, seu governo seguia a ideologia socialista e fazia uso do mesmo rigor. O caso soviético recebeu o nome de Stalinismo, por causa de seu líder no governo.
    O Brasil também contou com um regime totalitário na primeira metade do século XX, representado pelo governo de Getúlio Vargas, especialmente na fase que se conhece como Estado Novo, entre os anos de 1937 e 1945. Esse período foi marcado pelo fechamento do Congresso e a grande concentração de poder nas mãos de Getúlio Vargas, que assumia, por sinal, características do fascismo italiano. Entretanto, seu regime foi quebrado quando entrou na Segunda Guerra Mundialpara combater outros regimes totalitários, promovendo uma incoerência que minaria seu governo.
    Fontes:
    ARENDT, Hannah. Origens do Totalitarismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
    HOBSBAWM, Eric. A Era dos Extremos: o breve século XX (1914-1991). São Paulo: Companhia das Letras, 1995.Totalitarismo é um termo que representa uma ideologia e prática política caracterizada pela total subordinação dos indivíduos aos interesses do Estado. Num regime totalitário o Estado possui poderes absulutos sobre toda a vida política, social, cultural, religiosa e económica. O totalitarismo foi particularmente visível nas ditaduras europeias surgidas após o final da Primeira Guerra Mundial, constituindo uma das características principais do fascismo, do nazismo, do franquismo, do salazarismo e do comunismo soviético.

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