quinta-feira, 10 de setembro de 2015

catapora

Catapora é uma das doenças mais comuns da infância. Causada por vírus, ela pode ser altamente contagiosa para aqueles que nunca foram acometidos por ela antes ou para aqueles que não receberam a vacina.
A catapora é caracterizada principalmente pelo surgimento de bolhas vermelhas na pele, espalhadas por todo o corpo, que causam coceira e outros sintomas.

Causas

A catapora é causada pelo vírus varicela-zóster, um integrante da família do herpes-vírus, que também é responsável pela herpes zóster (doença conhecida como cobreiro) em adultos.
A catapora é facilmente transmitida para outras pessoas. O contágio acontece por meio do contato com o líquido da bolha ou por meio de tosse ou espirro. Mesmo aqueles que estão infectados e não apresentam os sintomas da doença podem transmiti-la.
Quando alguém é infectado, a catapora leva de 10 a 21 dias para se manifestar. As pessoas podem transmitir o vírus a partir de um ou dois dias antes de a doença irromper no corpo. Elas permanecem contagiosas enquanto as bolhas encrostadas estão presentes.

Fatores de risco

Crianças são mais propensas a apresentar catapora, especialmente antes dos 10 anos. A doença costuma ser moderada, embora possam ocorrer sérias complicações em alguns casos. Normalmente, os adultos e as crianças mais velhas ficam mais gravemente doentes do que crianças menores.
Os filhos de mães que tiveram catapora ou crianças que receberam a vacina estão menos predispostas a se contagiar com a doença antes do primeiro ano de vida. Caso a doença ocorra no primeiro ano de vida, ela costuma ser moderada. Isso se deve aos anticorpos presentes no sangue da mãe que protegem os bebês. As crianças menores de um ano cujas mães não tiveram catapora nem foram vacinadas podem ter uma versão mais grave da doença.
Ficar exposto ao vírus por meio do contágio com pessoas infectadas é o principal fator de risco para a catapora, especialmente se a pessoa nunca tiver contraído a doença e nunca ter sido vacinada.
Uma vez tendo apresentado catapora, a doença terá pequena chance de voltar a se manifestar em seu corpo. O mesmo acontece no caso da vacina: uma vez vacinado, muito pequena será a chance de contrair a doença.

 sintomas

A infecção por catapora geralmente dura de cinco a 10 dias. Os primeiros sintomas da doença surgem, geralmente, um a dois dias antes das erupções características da catapora. Eles permanecem por cerca de quatro a cinco dias antes de desaparecerem completamente. Confira os principais sintomas da doença:
  • Febre
  • Surgimento de bolhas avermelhadas na pele espalhadas por todo o corpo (o número de erupções varia de 250 a 500)
  • Coceira
  • Mal-estar
  • Perda de apetite
  • Dor de cabeça
  • Dor de barriga.
As bolhas surgem inicialmente na face, no tronco ou no couro cabeludo e se proliferam a partir daí. Em geral, o surgimento de pequenas bolhas no couro cabeludo confirma o diagnóstico.
Um ou dois dias depois, as bolhas ficam acinzentadas e viram crostas. Enquanto isso, uma nova onda de bolhas pipoca em grupos. Com frequência, a catapora surge na boca, na vagina e nas pálpebras.
Os sintomas mais graves da catapora são mais frequentes em crianças com sistema imunológico problemático. Isso pode ser resultado de uma doença ou de medicamentos, como quimioterapia e esteroides. Crianças com problemas de pele, como dermatite atópica, podem ter mais de 1.500 bolhas.

 diagnóstico e exames

Procure um especialista caso haja suspeita de catapora ou se seu filho for maior de 12 meses de idade e ainda não foi vacinado contra esta doença.

Agilize a consulta e descreva todos os sintomas observados em seu filho ao médico. Tire todas as dúvidas sobre catapora e oriente-se sobre a melhor maneira de tratá-la.
Se você é um adulto que nunca desenvolveu catapora na infância, é aconselhável perguntar ao médico sobre as chances de você contrair a doença na idade adulta.
O especialista deverá fazer algumas perguntas. Conheça exemplos e esteja preparado para respondê-las:
  • Seu filho esteve em contato com outra criança que está ou tenha tido catapora?
  • Seu filho já apresentou catapora anteriormente?
  • Seu filho toma algum medicamento específico ou passa por algum tipo de tratamento?.

O diagnóstico de catapora geralmente é feito somente com exame físico. Uma simples análise do histórico médico e a observação dos sintomas, especialmente se há ocorrência de erupções na pele, já bastam para o médico realizar corretamente o diagnóstico.
Se houver dúvidas, poderão ser realizados exames de sangue e testes envolvendo a coleta de pele ou secreção nas próprias bolhas.

 tratamento e cuidados

Na maioria das vezes, manter a criança confortável enquanto o corpo combate a doença sozinho é o suficiente. Evite levar seu filho à escola ou à creche, uma vez que a doença é altamente contagiosa e outras crianças poderão ser infectadas.
Já foram desenvolvidos medicamentos antivirais seguros. Para que apresentem a melhor eficácia possível, eles devem ser ministrados em até 24 horas após o surgimento das erupções.
Em alguns casos, a catapora não exige tratamento, pois pode desaparecer por conta própria. Nesses casos, o médico poderá apenas descrever medicamentos para aliviar a coceira.

 convivendo (prognóstico)

  • Evite coçar as erupções, pois o contato com bactérias presente nas mãos e unhas pode causar complicações e deixar cicatrizes. Corte as unhas das mãos para evitar a “tentação”
  • Banhos de aveia com água morna deixam uma camada cascuda e confortável sobre a pele. Loções tópicas ou anti-histamínicos orais podem amenizar a coceira
  • Não dê qualquer medicamento a seu filho com catapora sem o aval de seu médico. Alguns medicamentos, como os corticosteroides, podem piorar em muito a evolução da doença, levando a graves consequências.

Apesar de a catapora ser uma doença comum, ela pode trazer algumas sérias complicações. Confira:
  • Herpeszóster mais tardiamente
  • Mulheres com catapora durante o final da gravidez sofrem o risco de passarem a infecção congênita para o feto
  • Os recém-nascidos são mais suscetíveis a apresentar infecções graves caso sejam expostos ao vírus e a mãe não esteja imunizada
  • As bolhas podem causar uma infecção secundária
  • Encefalite é uma complicação grave, mas rara
  • Síndrome de Reye, pneumonia, miocardite e artrite transitória são outras possíveis complicações da catapora
  • ataxia cerebelar pode surgir durante a fase de recuperação ou posteriormente. Esta doença é caracterizada por afetar o equilíbrio do caminhar
  • Pneumonia, entre outras.

O resultado costuma ser excelente em casos que não apresentem complicações. Encefalite, pneumonia e outras infecções bacterianas invasivas são complicações sérias, mas raras, decorrentes da catapora.
A maioria das pintinhas não deixa cicatrizes, a não ser que sejam infectadas por bactérias ao serem coçadas.
Depois da catapora, o vírus costuma permanecer dormente no organismo pelo resto da vida. Cerca de um a cada 10 adultos apresenta herpes-zóster quando o vírus é reativado em momentos de estresse.

 prevenção

A catapora é uma doença transmitida pelo ar e é altamente contagiosa antes mesmo de aparecerem as erupções, o que torna sua prevenção difícil. No entanto, a vacina tetra viral e a vacina contra varicela fazem parte da rotina de imunização.
  • As crianças recebem duas doses da tradicional vacina contra catapora. A primeira dose é dada aos 12 meses de idade. A segunda dose deve recebida dos 15 aos 24 meses de idade
  • Pessoas acima de 13 anos que não foram vacinadas e não contraíram catapora devem tomar as duas doses da vacina, respeitando um intervalo de quatro a oito semanas.
Praticamente ninguém que toma a vacina chega a apresentar catapora grave ou moderada. Do pequeno número de crianças que contraíram catapora após receberem a vacina, apenas uma criança apresentou um caso moderado.
A vacina da catapora não necessita de um reforço posterior. Entretanto, uma vacina semelhante, mas diferente, recebida posteriormente reduz a incidência de herpes-zoster.
Fale com seu médico caso você ache que seu filho pode ter risco de complicações e possa ter sido exposto. Medidas preventivas imediatas podem ser importantes. A vacinação logo após a exposição ainda pode reduzir a gravidade da doença.

 fontes e referênciasA varicela, mais conhecida como catapora, é uma doença causada pelo vírus herpes zoster, que acomete principalmente crianças. A forma mais comum de contágio é pelo contato dessa partícula viral – presente na saliva, espirro, tosse ou mesmo na fala – com a via inalatória ou a mucosa oral do indivíduo. A transmissão também pode acontecer por meio da inoculação direta, ou seja, quando as mãos têm contato com vesículas contaminadas de alguma pessoa doente e infectam a via aérea ou mucosa oral, ou indireta, pelo contato com roupas ou superfícies que foram utilizadas pela pessoa doente. Nesta entrevista, o pediatra e especialista em doenças infecciosas pediátricas do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) Leonardo Menezes esclarece dúvidas sobre sintomas, tratamento e prevenção da doença.
Quais os principais sintomas da catapora e como é feito o diagnóstico?
Leonardo Menezes - Normalmente, o paciente desenvolve vesículas ou bolhas, em geral, de conteúdo claro e com as bordas avermelhadas. Essas bolhas, que surgem na pele de todo o corpo, inclusive no couro cabeludo, boca e outras mucosas, aparecem em surtos, ou seja, várias ao mesmo tempo, vêm acompanhadas de febre baixa a moderada com duração média de quatro dias. Outra característica da doença é que ela é polimórfica, ou seja, o paciente tem lesões de pele em vários estágios diferentes ao mesmo tempo: vesículas com conteúdo claro, às vezes um pouco mais turvo e já com crostas secas. O diagnóstico da doença é, basicamente, clínico, embora exista a possibilidade de confirmação sorológica.
Qual o tratamento adequado?
LM - Nas crianças pequenas, não é indicado qualquer tratamento, nem mesmo os conhecidos banhos de permanganato, que, quando mal diluído, pode causar queimaduras na pele e acrescentar morbidade à doença. O ideal é fazer a higiene adequada da pele, com água e sabão, durante o banho habitual, e cortar bem as unhas da criança para que ela não coce as vesículas e corra o risco de infeccioná-las. O tratamento específico com a medicação, que é o aciclovir, só é indicado em adultos ou pacientes acima dos 12 anos, pois a taxa de complicação da doença costuma ser maior. Em casos específicos, quando o paciente tem HIV, algum grau de imunossupressão ou outra comorbidade que faz com que ele manifeste uma varicela mais grave, é indicado o tratamento com aciclovir também em menores de 12 anos. Antitérmicos são indicados e deve-se lembrar de evitar ácido acetilsalicílico e ibuprofeno. Em algumas situações, pode-se lançar mão de medicações anti-histamínicas visando conter o prurido que acompanha as lesões de pele.
Quais são as principais complicações que podem acontecer em decorrência da catapora?
LM - As infecções secundárias da pele são as complicações mais comuns associadas à catapora. A doença cria na pele uma porta de entrada para bactérias, que poderão causar infecções na mesma e também nas partes moles, podendo até atingir a corrente sanguínea, provocando infecções sistêmicas e invasivas. A pneumonite viral causada diretamente pela catapora também é temida. Crianças acima de 12 anos e adultos apresentam maior potencial para desenvolvimento dessa complicação grave. Além disso, pacientes imunossuprimidos podem apresentar doença disseminada, ter acometimento do sistema nervoso central, encefalite por varicela, entre outras complicações.
Como se prevenir?
LM - Já existe vacina para a doença. Ela é relativamente nova, mas acaba de entrar no Calendário Nacional de Vacinação do SUS, compondo a tetra viral, que também protege contra sarampo, caxumba e rubéola. Segundo o Ministério da Saúde (MS), na rede pública ela está disponível somente para crianças de 15 meses de idade que já tenham recebido a primeira dose da tríplice viral e deve reduzir cerca de 80% das hospitalizações por varicela. Além da dose que deve ser dada ainda no primeiro ano de vida, a Academia Americana de Pediatria e a Sociedade Brasileira de Pediatria recomendam o reforço da vacina entre os quatro e seis anos de idade. Ele é importante para prevenir completamente a doença, pois a dose única gera, em alguns casos, uma imunidade que não impede que a pessoa manifeste a doença, ainda que numa forma mais branda.
Quem já está infectado pode tomar a vacina?
LM - A vacina não tem qualquer efeito se dada em um paciente já infectado pelo vírus, pois não há risco de ter catapora mais de uma vez, salvo em raríssimas situações. O que pode acontecer é que, após a manifestação da catapora, o vírus fica em estágio de latência, não mais sendo eliminado do organismo. Em razão disso, algumas pessoas, por diversos motivos, podem desenvolver, geralmente numa etapa mais avançada da vida, o herpes zoster, que é uma reativação do vírus numa outra manifestação clínica.
Existem contraindicações para a vacina? Quem pode tomar?
LM - Não existem contraindicações para a vacina, a não ser em casos específicos, como em alguns pacientes com HIV ou outros déficits de imunidade e em mulheres grávidas. Mas cabe ressaltar que, se a mulher não contraiu doença na infância ou não tem certeza de sua situação imunológica, é recomendável a vacinação antes de engravidar. Lembramos que, além de a infecção em adultos ser mais severa, existe a possibilidade de transmissão materno-fetal do vírus, que pode levar a defeitos congênitos no bebê, especialmente no primeiro trimestre de gestação. A literatura especializada também relata casos graves de varicela em neonatos quando a mãe desenvolveu a doença cinco dias antes ou até dois dias depois do parto. Então, se a mulher adoece no final da gravidez, isso pode ser um problema grave para a criança que vai nascer.Catapora (ou varicela) é uma doença infecciosa causada pelo vírus Varicela-Zóster. Altamente contagiosa, mas geralmente benigna, era uma das enfermidades mais comuns da infância antes do advento da vacina.
Uma vez adquirido o vírus, a pessoa fica imune por toda a vida. No entanto, ele permanecerá no organismo e, futuramente, poderá provocar uma doença conhecida como herpes-zóster, ou cobreiro.
Sintomas da Catapora
Os primeiros sintomas são febre entre 37,5° e 39,5°, mal-estar, inapetência, dor de cabeça, cansaço. Entre 24 e 48 horas mais tarde, surgem lesões de pele caracterizadas por manchas avermelhadas, que dão lugar a pequenas bolhas ou vesículas cheias de líquido, sobre as quais, posteriormente, se formarão crostas que provocam muita coceira.
Contágio
A transmissão do vírus da catapora ocorre por contato direto através da saliva ou secreções respiratórias da pessoa infectada ou por contato com o líquido do interior das vesículas.
O período de incubação dura em média 15 dias e a recuperação completa ocorre de sete a dez dias depois do aparecimento dos sintomas.
Tratamento
O tratamento visa basicamente a aliviar os sintomas. Como outras doenças transmitidas por vírus, não há muito o que fazer. O importante é evitar a contaminação das lesões por bactérias, o que complica o quadro.
Não coçar as feridas diminui o risco de infecções e a formação de cicatrizes.
Adultos ou pessoas debilitadas, que se contaminem com o vírus da catapora, requerem cuidados especiais.
Vacinação contra Catapora
É recomendada para crianças a partir de um ano, a adolescentes e adultos com baixa imunidade ou que passarão por tratamentos de quimioterapia e radioterapia.
Recomendações
* Vacine seu filho/a contra a catapora no primeiro ano de vida. Embora geralmente seja uma doença benigna, os sintomas são muito desagradáveis;
* Procure evitar contato direto com pessoas doentes;
* Não deixe a criança coçar as lesões para evitar infecções por bactérias. Não é tarefa fácil, porque a coceira é intensa;
* Não arranque as crostas que se formam quando as vesículas regridem;
* Mantenha o paciente em repouso enquanto tiver febre;
* Ofereça-lhe alimentos leves e muito líquido.

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