quinta-feira, 3 de setembro de 2015

EMPIRISMO

Empirismo é um movimento filosófico que acredita nas experiências humanas como únicas responsáveis pela formação das ideias e conceitos existentes no mundo.
O empirismo é caracterizado pelo conhecimento científico, quando a sabedoria é adquirida por percepções; pela origem das ideias, por onde se percebem as coisas, independente de seus objetivos ou significados.
O empirismo consiste em uma teoria epistemológica que indica que todo o conhecimento é um fruto da experiência, e por isso, uma consequência dos sentidos. A experiência estabelece o valor, a origem e os limites do conhecimento.
O principal teórico do empirismo foi o filósofo inglês John Locke (1632 – 1704), que defendeu a ideia de que a mente humana é uma "folha em branco" ou uma "tabula rasa", onde são gravadas impressões externas. Por isso, não reconhece a existência de ideias natas, nem do conhecimento universal.
Sendo uma teoria que se opõe ao Racionalismo, o empirismo critica a metafísica e conceitos como os de causa e substância. Ou seja, todo o processo do conhecer, do saber e do agir é aprendido pela experiência, pela tentativa e erro.
Etimologicamente, este termo possui uma dupla origem. A palavra pode ter surgido a partir do latim e também de uma expressão grega, derivando de um uso mais específico, utilizado para nomear médicos que possuem habilidades e conhecimentos de experiências práticas e não da instrução da teoria.
Além de John Locke, existiram outros diversos autores de destaque na formação do conceito do empirismo, como Francis Bacon, David Hume e John Stuart Mill.
Atualmente, o empirismo lógico é conhecido como neopositivismo, criado pelo círculo de Viena. Dentro do empirismo, existem três linhas empíricas: a integral, a moderada e a científica.
Na ciência, o empirismo é utilizado quando falamos no método científico tradicional, que é originário do empirismo filosófico, que defende que as teorias científicas devem ser baseadas na observação do mundo, em vez da intuição ou da fé, como lhe foi passado.

Empirismo e Racionalismo

O Empirismo e o Racionalismo são duas correntes filosóficas opostas.
O Racionalismo aborda o tema do conhecimento a partir das ciências exatas, enquanto o Empirismo dá mais importância às ciências experimentais.
Segundo o Racionalismo, o conhecimento é alcançado fazendo um bom uso da razão, e não dos sentidos, porque a informação obtida através dos sentidos pode estar errada, porque é possível haver engano naquilo que se ouve ou vê.
Saiba mais sobre o significado do Racionalismo.

Empirismo e Inatismo

O Inatismo é uma corrente de pensamento filosófico totalmente oposta ao do Empirismo.
O Inatismo acredita que o conhecimento é inato ao ser humano, ou seja, osindivíduos já nascem com determinados conhecimentos.
Ao longo da vida, no entanto, os inatistas acreditam que os indivíduos devem receber estímulos para que todos os conhecimentos existentes possam se desenvolver.
Os conhecimentos seriam transmitidos de geração em geração através da hereditariedade.
Saiba mais sobre o significado do Inatismo.

Empirismo e Iluminismo

O Iluminismo, também conhecido como "Época das Luzes", foi um período de transformações na estrutura social, principalmente na Europa, onde os temas giravam em torno da Liberdade, do Progresso e do Homem.
Ao contrário do empirismo, o iluminismo dava grande importância à razão, procurando sempre mobilizar o seu poder.
Descubra mais sobre o significado do Iluminismo.

Empirismo e Criticismo

O Criticismo é uma corrente filosófica que indica a razão como imprescindível para se alcançar o conhecimento, não havendo a necessidade do recurso aos sentidos.
Immanuel Kant, criador do Criticismo, usou essa filosofia para trazer um ponto comum entre o empirismo e racionalismo.
Kant afirma que a sensibilidade e o entendimento são duas faculdades importantes na obtenção do conhecimento, sendo que a informação captada pelos sentidos vai ser modelada pela razão.O empirismo  é uma doutrina filosófica que tem como principal teórico o inglês John Locke (1632-1704), que defende uma corrente a qual chamou de Tabula Rasa. Esta corrente afirma que as pessoas nada conhecem, como uma folha em branco. O conhecimento é limitado às experiências vivenciadas, e as aprendizagens se dão por meio de tentativas e erros.

Entende-se por empírico aquilo que pode ter sua veracidade ou falsidade verificada por meio dosresultados de experiências e observações. Teorias não bastam, somente através da experiência, de fatos ocorridos observados, um conhecimento é considerado pelo empirista.
A percepção do Mundo externo e a abstração da realidade realizada na mente humana são o que faz o homem adquirir sabedoria, segundo o empirismo. Embora tenha se baseado no cartesianismo de René Descartes, ao contrário deste, Locke não aceita a existência de idéias inatas resultantes da capacidade de pensar da razão.


Segundo a teoria de Locke (com a qual concordavam os demais empiristas), a razão, tem a função de organizar os dados empíricos, apenas unir uns dados aos outros, que lhe chegam através da experiência. Segundo Locke, “nada pode existir na mente que não tenha passado antes pelos sentidos”, ou seja, as idéias surgem da experiência externa (via sensação), ou interna (via reflexão), e podem ser classificadas em simples (como a idéia de largura, que vêm da visão) ou compostas (a idéia de doença, resultado de uma associação de idéias).
Nesse sentido, qualquer afirmação de cunho metafísico era rejeitada no Empirismo, pois para essas afirmações não há experimentação, testes ou controles possíveis.
Outro importante teórico empirista foi o escocês David Hume (1711-1776), que contribuiu com a epistemologia ao discutir o princípio da causalidade. Segundo Hume, não existe conexão causal, e sim uma seqüência temporal de eventos, que pode ser observada.
Além de John Locke e David Hume, outros filósofos que são associados ao empirismo são: Aristóteles, Tomás de Aquino, Francis Bacon, Thomas Hobbes, George Berkeley e John Stuart Mill.
O empirismo causou uma grande revolução na ciência, pois graças à valorização das experiências e do conhecimento científico, o homem passou a buscar resultados práticos, buscando o domínio da natureza. A partir do empirismo surgiu a metodologia científica.
Arquivado em: Filosofia

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