Medíocre significa mediano, sofrível. É um adjetivo de dois gêneros que qualifica aquele ou aquilo que está na média entre dois termos de comparação , ou seja, que não é bom nem mau, que não é pequeno nem grande etc. Por exemplo: "Um livro medíocre".
A expressão medíocre é usada também para fazer referência àquele ou àquilo que tem pouco merecimento, que é ordinário, insignificante. irrelevante, vulgar.
O adjetivo medíocre é normalmente utilizado para qualificar aquilo que está abaixo da média, que possui pouco valor, pouca qualidade, algo ordinário e insignificante, mas, é muitas vezes usado como um insulto, no sentido pejorativo, no intuito de agredir verbalmente.
Ser medíocre significa não ter qualidades ou habilidades suficientes para se destacar naquilo que se propõe a fazer, seja na vida pessoal ou profissional. Uma pessoa medíocre é vulgar, tem poucas qualidades, é uma pessoa pobre do ponto de vista intelectual.
Mediocridade é um substantivo feminino que nomeia o estado ou a qualidade do que é medíocre, que revela ausência de mérito, vulgaridade, indivíduo medíocre, sem talento.A mediocridade é o estado geral da humanidade como ela está. É um retardamento da inteligência. Uma pessoa medíocre é como uma árvore que tem as raízes continuamente cortadas para não poder crescer. A pessoa medíocre nunca sabe o que é frutificar, florir, espalhar perfume. E para manter a mediocridade de uma pessoa medíocre, uma coisa muito estranha tem de ser colocada na cabeça dela: que ela é extraordinária.
A pessoa comum é a pessoa natural. A natureza não produz pessoas especiais. Ela produz pessoas únicas, mas não especiais. Todo mundo é único à sua própria maneira.Quando falo sobre ser comum, estou descartando a idéia de ser extraordinário, que é o que mantém você medíocre. Ser comum é a coisa mais extraordinária deste mundo. Basta olhar para você. Dói muito, é doloroso aceitar que você não é extraordinário. Então observe o que acontece quando você aceita a ideia de que é comum. Um grande peso sai dos seus ombros. De repente, você está num espaço aberto, natural, simplesmente do jeito que você é. A pessoa comum tem uma singularidade, simplicidade, humildade. Por causa dessa simplicidade, dessa humildade, dessa singularidade, ela se torna realmente extraordinária, emobra nem faça ideia disso.
As pessoas que são humildes e simplesmente aceitam que são tão comuns quanto todo mundo – você vê um brilho nos olhos delas. Ela têm graça nos movimentos. Você não as verá competindo, não as verá trapaceando. Não as verá traindo ninguém. Elas não são contraditórias. Não são hipócritas.
E quem é a pessoa que se acredita extraordinária? Aquela que sofre de um enorme complexo de inferioridade. Para encobri-lo, ela projeta simplesmente a ideia oposta. Mas só está enganando a si mesma; ela não engana mais ninguém.
As pessoas medíocres têm um problema. Elas não toleram que ninguém seja melhor do que elas, pois isso destrói sua ilusão de que são extraordínarias. Mas ninguém pode tirar de você a sua condição de pessoa comum. Isso é algo que não é uma projeção, mas uma realidade.
Se quer viver de modo autêntico e sincero, então seja simplesmente comum. Então ninguém pode competir com você. Você fica de fora da corrida da competição, que é destrutiva. De repente você é livre para viver. Tem tempo para viver. Pode rir, pode cantar, pode dançar. Mas a mente medíocre não tem capacidade para entender. Encelhecer, todo animal envelhece. Cresce é algo que só os seres humanos podem fazer. E o primeiro passo é apenas aceitar a sua simplicidade, a sua humildade.
(Extraído de O livro da sua vida, de Osho, Ed. Cultrix)Para mim, o uso do significado de medíocre que, em sua origem, significa mediano, é um tanto questionável. Na vida das pessoas, a mediocridade pode ser uma aventura, pois é o que relatam — para cada pessoa um pequeno dilema pode ser monstruoso aos olhos de quem o vive. Parece ser por isso que ninguém se aventura a compartilhar o prazer da imaginação de outro. Tenho certeza que daqui para frente, nada é novo no dito.
Todos dizem já ter muito com que se ocupar e gastam demasiadamente para “ser”. E hoje, sabemos que gastamos tempo nas redes sociais, um tipo de entretenimento geral. É o que sempre ouço: “Não tenho tempo para ler e não tenho dinheiro para comprar livros”. O prazer fica restrito a unicamente estimular algumas regiões do cérebro com comida, entorpecentes, pequenos chistes nas redes sociais e sexo — ou não se justificaria a enorme preocupação das meninas e meninos com o físico e suas roupas e a TV não seria bombardeada por paniquetes e afins que, com razão, aumentam as audiências de programas televisivos e filmes. Natural, quando a cultura é dos sentidos externos. Indispensável, sem dúvida, mas de fato pouco se sabe do estímulo libertador de um livro bem escrito ou do efeito relaxante de um poema bem interpretado. Uma mudança cultural com certeza não se dará desprezando o que é instituído culturalmente, disso tenho tido certeza. Nunca me arrisco a menosprezar o mundo interno de um outro; isso é uma heresia à natureza das relações humanas. A consequência é crucifixo na certa, nesse processo. Cada um sabe o quanto é difícil lidar com os próprios problemas e a arte da leitura e da escrita é apenas um caminho. Assim como também a arte do ato de relacionar-se. O mais difícil, do meu ponto de vista.
Portanto, não seria mesmo constrangedor dizer a alguém que seu texto precisa de aprimoramento, mas sim a interpretação de que meu julgamento considera-o medíocre. O que não seria verdade em muitos casos, como no de uma talentosa escritora cujo texto comentei uma vez. Ela une seus trechos de textos a imagens e capta com sutileza algo que era comum e não havia sido expresso até então (que eu tenha visto). Ímpar. Provavelmente ainda não tem muita leitura. Os caminhos podem mesmo ser tortuosos para um bom trabalho. E olha que vejo, a todo o momento, várias ideias que se repetem. Tal como um perfume, não causam mais efeito e essa comparação faço ciente de estar usando o ordinário.
A verdade é que as pessoas compartilham, porque precisam se expressar, ainda que seja senso comum. Estão acostumados ao pronto e ao fácil e porque o domínio da escrita e da leitura exige um pouco de dedicação considerada desnecessária, já que todos falam e escrevem sem precisar pensar muito nisso. Isso basta a todos, infelizmente, e por saberem que arte exige, às vezes, especialização, não se sentem à vontade em escrever por si. Não estão autorizados pela sociedade. Não convencem por não serem cânones. É essa fagulha de coragem que não quero ver morrer na menina que fala por palavras e imagens de aquarela. Acusar de medíocre, buscando categorizar é que me parece simplório ou mediano, pois em nada contribui para um ponto de vista amplo e denuncia o desconhecimento de como tudo funciona.
Espero que a trajetória de muitos leitores ávidos — como o Marcelo Franco, colunista desta revista e muitos outros colegas — se reproduza em cabecinhas novas, mas, infelizmente, poucos são os capazes de fazer com que eles não se contentem com apenas algumas frases prontas. Por enquanto, só acham bonito e cabível, sem sequer saber se a fonte é fidedigna. Esse contexto faz lembrar o conceito alemão de Kitsch da estética pós-moderna: prateleiras lotadas de livros canônicos que nunca foram abertos e quadros famosos reproduzidos aos montes nas casas de ‘pessoas comuns’, se a expressão for justa. Era o ‘boom’ da massificação com o advento da TV, do rádio e demais tecnologias da comunicação. O que digo alguns de antemão devem saber de trás para frente. Parece haver uma evolução desse processo. Há frases e arte que alguns poucos conhecem de fato e fazem o favor de disseminar, ainda que os leitores não estejam totalmente preparados para receber. Dizer que isso é ruim, seria muito, mas espero levantar algumas bandeiras e usar de algum tato que me foge, às vezes, para despertar possibilidades que apenas uma pequena porcentagem de pessoas conhece.
Será sempre um prazer compartilhar com mais pessoas, tantas possibilidades sem parecer um óvni maçante. Tento aprender, inclusive, a simplificar a linguagem para ser ouvida (Será que falhei aqui?). Espero que venham a sentir o mesmo relaxamento e ‘orgasmo psicológico’ que a leitura de bons autores proporciona, porque hoje, infelizmente, sequer há um grande número de casas com prateleiras abastecidas de livros que um dia poderiam ser lidos. Minha esperança é que estejam em pdf.
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