quarta-feira, 30 de setembro de 2015

MELANCOLIA

Melancolia significa o estado de tristeza profunda e apatia sentido continuamente por alguém.
A melancolia é um tipo de depressão e possui os mesmos sintomas: a pessoa não se interessa por nada ao seu redor, nenhum acontecimento traz prazer ou alegria e a vida deixa de ter interesse.
É um termo com origem no grego melancholia que expressa uma tristeza persistente, muitas vezes sem razão aparente.
Fisicamente, o estado de melancolia se reflete na aparência sempre abatida, emagrecimento e olhar fixo no infinito.
O médico grego Hipócrates, no séc. V a.C., definiu a melancolia como a “bílis negra”, um dos quatro humores corporais que na sua teoria se constituem por sangue, fleugma, bílis amarela e bílis negra. Para Hipócrates, o planeta Saturno exercia influência no humor do indivíduo e levava o baço a expelir bílis negra em excesso, causando a melancolia.
Na Psiquiatria, a melancolia é uma síndrome mental que se caracteriza pela sensação de impotência, inutilidade, pensamentos negativos, dificuldade de concentração, falta de apetite, ansiedade, insônia e ideias constantes de morte. Melancolia é um dos sintomas da psicose maníaco-depressiva.
Para Freud, a melancolia é um estado emocional semelhante ao processo de luto, mas não há a perda que o caracteriza. A melancolia pode ocorrer sem haver uma causa definida.
No Romantismo, a melancolia era um estado emocional apreciado, pois representava uma experiência que enriquecia a alma.
No âmbito da caracterologia, o tipo melancólico é um dos quatro tipos de personalidade, marcado por um temperamento pouco espontâneo, com muitas emoções negativas.Melancolia é um termo que deriva do latim melancholĭa e que tem origem num vocábulo grego que significa “bílis negra”. Trata-se da tristeza vaga, permanente e profunda, podendo nascer devido a causas físicas ou morais e que leva o sujeito que sofre da mesma a sentir-se triste e a não disfrutar dos prazeres da vida.
A melancolia tende a ser vista, hoje em dia, como uma doença que pode ser aliviada através da combinação de terapia e de determinados fármacos. A base dos tratamentos assenta na análise psicológica para chegar às causas internas da melancolia, ao passo que os medicamentos ajudam a controlar os sintomas físicos que possam dar origem ao distúrbio (dor de estômago, dor de cabeça, entre outros).
Os especialistas consideram que a melancolia, à semelhança da tristeza e de outras emoções, passa a ser patológica a partir do momento em que altera o normal pensamento do individuo e dificulta o seu desempenho social. Por exemplo: é considerado normal uma pessoa sentir-se melancólica uma tarde qualquer e acabar por ficar em casa sem fazer nada. Em contrapartida, se esse comportamento se repetir durante vários dias, e que o sujeito abandonar a sua vida social ou as suas obrigações, a melancolia passa, nesse caso, a ser um tipo de depressão que requer tratamento.
Na década de 90, o movimento grunge prestou uma espécie de homenagem à melancolia e ao desencanto. Com efeito, a banda norte-americana Smashing Pumpinks editou um disco intitulado “Mellon collie and the infinite sadness” (“Melancolia e a tristeza infinita”).


Leia mais: Conceito de melancolia - O que é, Definição e Significado http://conceito.de/melancolia#ixzz3nDwBYixf
Melancolia (do grego μελαγχολία - melagcholía; de μέλας - mélas, "negro" e χολή - cholé, "bílis") é um estado psíquico de depressão com ou sem causa específica. Caracteriza-se pela falta de entusiasmo e predisposição para atividades em geral.

História[editar | editar código-fonte]

Já no Século V a.C. Hipócrates classificou melancolia como doença. Hipócrates criou a teoria dos 4 humores corporais (sanguefleugma ou pituíta, bílis amarela e bílis negra) sendo o equilíbrio ou o desequilíbrio responsável pela saúde (eucrasia) ou enfermidade e dor (discrasia) de um indivíduo e que influência de Saturno levava o baço a secretar mais bílis negra, alterando o humor do indivíduo escurecendo seu humor, levando ao estado de melancolia.
No período da Renascença e do Romantismo melancolia era considerada como uma doença bem-vinda, uma experiência que enriquecia a alma.
Sigmund Freud, em seus estudos sobre o superego, se deparou com algo conhecido na época como melancolia. Segundo Freud, a melancolia se assemelhava ao processo do luto, mas sem haver necessariamente uma perda (senão uma perda narcisista). Pessoas com sintomas de melancolia falam de si próprias como "inúteis", "incapazes de amar", "incapazes de fazer algo bem, ou de bom para os outros", como "irritantes", com "hábitos chatos".

Nos dias atuais[editar | editar código-fonte]

Na prática médica a conceituação exata da melancolia é de extremo valor no diagnóstico dos distúrbios mentais.
Apesar disto o DSM III e DSM III-R que precederam o - DSM IV ainda não incluíram parâmetros neuroanatômicos, hereditários e reação ao tratamento.

Diagnóstico[editar | editar código-fonte]

Segundo a classificação do DSM IV para o diagnóstico melancolia são necessários:
A. Pelo menos um dos dois
  1. falta de prazer nas atividades diárias;
  2. desânimo como reação a um estimulo agradável que em geral causaria prazer;
B. Pelo menos três dos seguintes
  1. a falta de prazer e o desanimo não estão relacionadas a um fato real que causaria tristeza natural (como no caso da morte de um próximo);
  2. a depressão é agravada na parte da manhã;
  3. o despertar é adiantado pelo menos em duas horas em comparação ao usual;
  4. profunda agitação psicomotora ou languidez intensa;
  5. perda de peso significante ou anorexia;
  6. sentimento de culpa constante e inapropriado.A melancolia – em grego ‘bílis negro’ – caracteriza-se por ser um estado mental depressivo sem uma causa definida. Assim como a depressão, ela também apresenta sintomas como a falta de ânimo e de energia para realizar determinadas ações. Freud, em seu clássico texto Luto e Melancolia, já previa uma certa dificuldade para definir esta condição emocional. Segundo o psicanalista, ela se assemelha ao luto, mas sem o contexto da perda. O problema na identificação da melancolia é que ela se manifesta de diversas formas, dificultando seu enquadramento em um bloco único.
    Assim, Sigmund Freud, o pai da psicanálise, definia a melancolia como um árduo estado de desânimo, de desinteresse pelas coisas do mundo, incapacidade de amar, contenção na realização de qualquer tarefa, baixa gradual da auto-estima, até alcançar um patamar de desejo de uma punição. Estes mesmos sinais estão presentes, segundo ele, no luto, exceto o desequilíbrio da auto-estima. Há muitos séculos, porém, Hipócrates já considerava a melancolia como uma doença. Através da sua teoria dos quatro humores do corpo – sangue, fleugma ou pituíta, bílis amarela e bílis negra -, ele detectava a presença do desequilíbrio do baço, influenciado por Saturno, associado por muitos, até hoje, a esta disfunção emocional. Segundo o médico, o astro induzia este órgão a expelir um excesso de bílis negra, que assim provocava a melancolia. Era comum na Idade Moderna atribuir a fatores astrológicos a capacidade de responder pelos caminhos do homem na Terra. Como as concepções mudam ao longo do tempo, na Renascença e no Romantismo estar melancólico representava um certo glamour, um status de aprimoramento da alma.
    Nos dias atuais, a melancolia é considerada uma doença, e diagnosticada através de seus sintomas. O principal ponto de definição é a falta de motivação para este estado da alma, o que a diferencia do luto. Mas nem a psiquiatria moderna conseguiu definir exatamente esse mal emocional. Aliás, o próprio Freud, em sua obra, refere-se a ela como melancolia, depressão, depressão melancólica, como se fossem sinônimos, sem muita distinção entre os vários termos usados. Nesta época, a psiquiatria alemã substituía aos poucos a palavra melancolia pelo vocábulo depressão.
    Alguns vêem a melancolia não só como uma doença, mas como um estado de espírito, algo passageiro. O sucesso desse tema, de qualquer forma, revela uma grande identidade do público com ele, tanto nos séculos passados, quanto nos tempos atuais. Ele é igualmente objeto de divagações filosóficas, e um assunto muito caro ao filósofo Walter Benjamin. Recentemente, o escritor Moacyr Scliar escreveu o livro Saturno nos Trópicos, no qual também explora esse filão. Para o autor, o que mais se aproxima do estado de melancolia é o sono, porque ambos conduzem a um certo entorpecimento, à falta de ação, a uma carência de iniciativa própria. A literatura brasileira está repleta de protagonistas que tendem para o humor melancólico – o médico de O Alienista, deMachado de Assis, e o mais conhecido, o Jeca Tatu, de Monteiro Lobato.
    O tratamento convencional da melancolia baseia-se antes de tudo em antidepressivos triciclicos, nos inibidores do condutor da serotonina e da enzima MAO ou, nos casos mais radicais, a terapia convulsiva. Muitas vezes, porém, terapias tradicionais podem ajudar o paciente a encontrar a razão de seus sentimentos, e assim auxiliá-lo a encontrar a cura.

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