In vitro ("em vidro") é uma expressão latina que designa todos os processos biológicos que têm lugar fora dos sistemas vivos, no ambiente controlado e fechado de um laboratório e que são feitos normalmente em recipientes de vidro. Foi popularizada pelas técnicas de reprodução assistida (fertilização in vitro).
Em 1904 ocorreu o primeiro cultivo in vitro de crucíferas observando a necessidade de suplementacão do meio mineral com sacarose para a germinação dos embriões bem como mostrando o efeito das diferentes fontes de nitrogênio sobre sua morfologia.
O primeiro trabalho que relatou sucesso na regeneração de plantas de Eucalyptus através do uso da cultura de células e de tecidos foi em 1969 usando explantes de E.citriodora. Em 1972 observou a producão de massas produzindo gemas e raízes que podiam ser subcultivadas produzindo plantas inteiras. Em 1975 obteve-se a partir de calos provenientes de explamplantes de hipocólito de E.alba. Em 1974 obteve-se clones de E.grandis a partir de exlpantes nodais. Em 1975 obteve-se clones a partir de expantes nodais de material juvenil e adulto.
A cultura in vitro, dentre outras utilidades, consiste em multiplicar assexuadamente partes de plantas (células, tecidos, órgãos ou propágulos), originando indivíduos geneticamente idênticos à planta mãe. É uma técnica adotada mundialmente por sua maior efetividade em capturar os ganhos genéticos obtidos por programas de melhoramento. Dentre as principais vantagens podemos citar a formação de plantios clonais de alto produtividade e uniformidade. Dentre as principais desvantagens podem ser citadas o risco de estreitamento da base genética dos plantios clonais.A fertilização in vitro (FIV) é uma técnica de reprodução medicamente assistida que consiste na colocação, em ambiente laboratorial, (in vitro), de um número significativo de espermatozóides, 50 a 100 mil, ao redor de cada ovócito II, procurando obter pré-embriões de boa qualidade que serão transferidos, posteriormente, para a cavidade uterina.
A técnica de fertilização in vitro (FIV) iniciou uma nova era da medicina reprodutiva quando, em 1984, resultou no nascimento do primeiro "bebê de proveta", no Brasil. Desde então, o desenvolvimento tecnológico tem proporcionado taxas de sucesso progressivamente maiores, garantindo o sucesso na realização do sonho de muitos casais.
Inicialmente restrita às mulheres com obstruções das trompas, hoje a FIV é utilizada como opção terapêutica para casais com fatores masculino, imunológico, ovariano e com endometriose, entre outras causas.
Procedimento[editar | editar código-fonte]
Para a execução desta técnica exige-se uma prévia estimulação ovárica (ovariana) através de medicamentos adequados (gonadotrofinas, como é ocaso de LH e FSH) e acompanhamento médico regular (exames de ultra-som transvaginal e dosagens hormonais seriados), de forma a controlar os efeitos dessa estimulação e definir o melhor dia para a coleta dos ovócitos. Cerca de 34 - 36 horas antes dessa coleta(ou captação) é administrada uma injeção de gonadotrofina coriónica (um tipo de hormônio produzido pela placenta) que provoca a maturação ovocitária, vindo a permitir a sua captação por aspiração através de uma agulha especial. Essa captação é realizada com a ajuda do ultra-som trans vaginal, que auxilia o médico a guiar a agulha em direção aos folículos ovarianos (pequenas bolhas de líquido situadas dentro de cada ovário e que contêm os ovócitos) durante o procedimento. Os ovócitos assim obtidos são encaminhados ao laboratório de embriologia, anexo à sala de coleta, onde serão classificados e ambientados em um meio de cultura especial, sob condições de temperatura e pressão constantes (estufas especiais). Depois de 2 a 4 horas de ambientação numa estufa especial, os oócitos estarão prontos para a fertilização. Quanto aos espermatozóides, estes são obtidos após uma coleta de por masturbação assistida, sendo normalmente sujeitos a um tratamento prévio, em meio de cultura especial, para que sejam escolhidos os melhores em termos de motilidade e forma. Destes são seleccionados cerca de 50 a 100 mil, com mobilidade progressiva rápida, para serem colocados ao redor de cada ovócito. Quando há problemas graves com a quantidade ou qualidade dos espermatozóides, e o número é insuficiente para a fertilização in vitro convencial, considera-se a alternativa da realização de uma microinjecção intracitoplasmática de espermatozóides.
Após cerca de 16-18 horas os ovócitos são observados para identificar o estado de fecundação e eventual progressão até pré-embriões de alguns deles. Já sabemos que após a fecundação (fertilização) forma-se o zigoto. A partir desse momento inicia-se a divisão celular para a formação do que denominamos pré-embrião. Assim, 24 horas (1 dia) depois da fertilização teremos pré-embriões com 2 células, após 48 horas (2 dias) teremos 4 células, após 72 horas (3 dias) teremos 8 células e assim por diante, numa divisão celular (clivagem) em progressão geométrica. A transferência desses pré-embriões para a cavidade uterina é então efetuada através de um fino tubo de plástico especial (catéter), após 2 a 5 dias da coleta dos oócitos. Normalmente transferimos 2 a 3 pré-embriões para a cavidade uterina. Entretanto, esse fato depende da idade da mulher e da qualidade dos pré-embriões. Assim, cerca de 10 a 12 dias após a transferência, fazemos o exame de sangue (dosagem de beta-hCG) na mulher, para identificarmos se a gravidez está presente.
Com a chegada da revolucionária fertilização in vitro dos anos 80, a inseminação artificial foi abandonada e considerada ultrapassada, sendo retomada apenas recentemente.
In vitro é uma expressão em latim que significa “em vidro” na língua portuguesa.
Esta expressão é normalmente utilizada no âmbito da medicina, para categorizar osfenômenos que são observados fora do organismo de um ser vivo.
Por norma, as analises e observações destes fenômenos ocorrem nos chamados tubos de ensaio, onde os cientistas, médicos e pesquisadores conseguem estudar os processos de desenvolvimento de materiais orgânicos.
Fertilização in vitro
A definição da técnica in vitro ganhou popularidade a partir das fertilizações in vitro, também conhecidas como “reproduções assistidas” ou “inseminações in vitro”.
Esta técnica consiste na fertilização de um óvulo com um espermatozoide em laboratório.
Após a fecundação, o zigoto que começa a se desenvolver é colocado no útero materno, para que possa continuar o seu crescimento saudável.
Descubra mais sobre o significado de zigoto.
No Brasil, este tipo de técnica também recebe o nome de “bebê de proveta”.
A fertilização in vitro é muito útil quando os casais desejam ter um filho, mas devido a problemas ou restrições em seus organismos, não conseguem provocar uma fecundação através do ato sexual.
Como alternativa, os casais homoafetivos que desejam ter filhos também podem recorrer à técnica de fertilização in vitro.
Saiba mais sobre o significado de Inseminação artificial.
In vitro e In vivo
Ao contrário da definição de in vitro, que se refere ao que é feito fora de um organismo vivo, a expressão latina in vivo – que significa “dentro do vivo”, em português – consiste nos processos realizados dentro de um ser vivo.
No campo da ciência, as experiências in vivo são todas aquelas feitas dentro de um organismo vivo e em funcionamento.
Ver também o significado de fecundação.
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