Seus pais, pelo que se sabe, eram nobres. Gonçalo Pereira era também o nome de seu pai. Conta-se também, que ao ser batizado, no exato momento do derramamento da água, o pequeno Gonçalo fixou os olhos na imagem de Jesus Crucificado, levantou os bracinhos e fez um gesto como querendo abraçá-lo, o que causou admiração a todos.
Desde a mais tenra idade, recebe de seus pais as primeiras noções básicas da religião, e um intenso amor a Jesus e sua mãe Maria Santíssima.
No mosteiro beneditino de Tagilde concluiu o 1º ciclo de estudos, destacando-se como aluno brilhante, sendo em seguida admitido para estudos no Paço de Braga, sob direção dos monges beneditinos.
Com o passar dos anos, o jovem Gonçalo sente-se chamado a viver a plenitude do amor de Deus, na entrega total de sua vida ao senhor, como sacerdote.
Foi ordenado sacerdote pelo arcebispo de Braga, Dom Estevão Soares, e pouco depois foi nomeado pároco da abadia de São Paio de Riba-Vizela. Como pároco foi incansável, teve uma vida intensa no ministério paroquial. Conquistar almas para Jesus, suprir as necessidades espirituais e materiais de seu rebanho eram prioridade do jovem padre Gonçalo.
Depois de alguns anos como pároco, decidiu, como peregrino andante, visitar Santiago de Compostela, Roma e a Terra Santa. Assim viveu 14 anos e após este período resolveu voltar para Portugal.
Ao voltar, ficou desolado com o estado de sua paróquia, mal dirigida pelo seu sobrinho e que, além de tudo, o maltratou quando foi por ele repreendido. Decidiu tornar-se ermitão e cnstruiu uma capela dedicada a Nossa Senhora, num lugar ermo, junto ao rio Tâmega, local onde hoje se encontra a cidade de Amarente, não deixando porem, de exercer suas funções sacerdotais junto a população da redondeza.
Desejando cada vez mais se aperfeiçoar nas virtudes cristãs, suplicou a Virgem Maria que lhe mostrasse o caminho da perfeição. Nossa Senhora lhe apareceu e o aconselhou a tomar o habito de São Domingos. Imediatamente dirigiu-se para Guimarães, ali fez o noviciado, e, após solene profissão, pediu ao prior para voltar ao eremitério de Amarante, onde com o auxilio de um companheiro dominicano, prosseguiu sua vida evangélica caritativa.
O rio Tamega era muito perigoso, principalmente durante as cheias do inverno, o que dificultava a vida dos moradores e paroquianos de Amrante. Frei Gonçalo resolveu edificar uma ponte, conforme local indicado por um anjo, sempre contando com a graça de Deus e com o trabalho dos moradores da região. Esta obra foi considerada, em sua época, algo impossível. Frei Gonçalo foi o arquiteto desta obra, na qual empregou o melhor de seus esforços. Por este feito, foi eleito o padroeiro dos engenheiros.
Num determinado momento de penúria da região, elevou seus olhos a Deus e traçando o sinal da cruz sobre as águas do rio o milagre aconteceu, e uma enorme quantidade de peixes apareceu para saciar a fome de todos por muitos dias.
Segundo a tradição, Frei Gonçalo era muito alegre, tocava viola e sua alegria era contagiante. Promovia festas familiares com danças e modas de viola. Vestia-se com roupas dos camponeses e operários da época: calção preso pouco baixo do joelho, meia preta, bota braguesa, chapéu na cabeça e capa nas costas; era essa a roupa de trabalho na construção da ponte.
Através de seus bailes familiares, impediu que as jovens fossem trabalhar nos prostíbulos da região para sobreviver, e assim todas conseguiam bons casamentos.
Frei Gonçalo tocava e dançava, porem em seus sapatos colocou pregos como penitencia, daí o surgimento da dança de São Gonçalo. Ninguém sabia o porque dele dançar todo torto.
Frei Gonçalo sempre promoveu o encontro de jovens, preparando-os para o matrimonio e mostrando a riqueza da santificação na vida conjugal.
Frei Gonçalo, o notável santo Português, morreu a 10 de janeiro de 1259, no seu humilde leito de palha do eremitério, confortado pelo companheiro de habito. Foi beatificado pelo Papa Julio III em 1561 e canonizado por Clemente XI. É invocado em Portugal e também aqui no Brasil, como padroeiro das mulheres, de todas as idades, que desejam um bom casamento.
Diz uma lenda, que a mulher que tocar o tumulo de São Gonçalo do Amarante, em Portugal, terá casamento garantido, dentro de no máximo, um ano.
“São Gonçalo do Amarente,
Casamenteiro que sois,
Primeiro casais a mim;
As outras casais depois.
São Gonçalo ajudai-me,
De joelhos lhe imploro,
Fazei com que eu case logo,
Com aquele que adoro.”
(Religiosidade popular)
O que devemos sempre buscar nos santos, são suas virtudes e seus exemplos. Somos convidados a viver em santidade independentemente do nosso estado de vida. “Sede Santos”.Que o notável homem da santa alegria, São Gonçalo do Amarante, nos ensine que a alegria é um dom de Deus.
Amém!
Paz e Bem!Nasceu na família dos Pereira, de linhagem nobre, e terá efetuado os primeiros estudos com um sacerdote, como era praxe à época. O arcebispo da Arquidiocese de Bragaadmitiu-o como seu familiar, e, sob os auspícios deste prelado, Gonçalo cursou as disciplinas eclesiásticas na escola-catedral da Sé arquiepiscopal, vindo a ser ordenadosacerdote e nomeado pároco da freguesia de São Paio de Vizela.
Desejoso de visitar os túmulos dos apóstolos São Pedro e São Paulo e os Lugares Santos da Palestina, obteve licença, deixou os seus paroquianos ao cuidado de um sobrinho sacerdote, e partiu em peregrinação primeiro a Roma donde passou a Jerusalém, onde se demorou 14 anos.
De regresso a Portugal, afirma-se que o seu sobrinho, além de não o aceitar e não o reconhecer como verdadeiro e legítimo pároco, escorraçou-o e conseguiu, mediante documentos falsos, provar ao então Arcebispo, D. Silvestre Godinho, que Gonçalo falecera, obtendo a nomeação como pároco da freguesia.
Gonçalo, resignado com semelhante atitude, deixou São Paio de Vizela e partiu, pregando o Evangelho até às margens do rio Tâmega. No local onde hoje se ergue a Igreja e Convento de São Gonçalo, em Amarante, de acordo com a tradição ergueu uma pequena ermida sob a invocação de Nossa Senhora da Assunção, ali se recolhendo como eremita, consagrando o tempo à oração e à penitência, e saindo esporadicamente a pregar nos arredores.
Sentindo necessidade de encontrar um caminho mais seguro de modo a alcançar a glória eterna, Gonçalo jejuou uma Quaresma a pão e água e suplicou fervorosamente a Nossa Senhora que lhe alcançasse do Senhor essa graça. Afirma-se que a Virgem Maria apareceu-lhe e disse-lhe que procurasse a Ordem em que iniciavam o seu Ofício com a Saudação angélica ou Ave-Maria - a Ordem dos Pregadores ou Dominicanos.
Gonçalo dirigiu-se então ao Convento de Guimarães da Ordem dos Pregadores, recentemente fundado por Pedro González Telmo, apóstolo da região de Entre-Douro e Minho, o qual lhe deu o hábito e, uma vez feito o noviciado, admitiu-o à profissão religiosa. Após algum tempo deu-lhe licença para, com outro religioso, voltar ao seu eremitério de Amarante, continuando a sua vida evangélica e caritativa.
Durante o seu ministério Gonçalo operou muitas conversões, conduzindo o povo à prática de uma autêntica vida cristã, sem esquecer de os promover socialmente em muitos aspectos. Nesse particular sobressai a construção de uma ponte em granito sobre o Tâmega, angariando pessoalmente donativos em terras circunvizinhas e levando os moradores mais abastados a darem vultosas ajudas para as obras. O povo atribui-lhe muitos milagres ligados a esta construção.
Concluída a ponte, Gonçalo viveu ainda alguns anos dedicado à pregação e à vida de oração. Reza a tradição que Nossa Senhora lhe revelou o dia da sua morte para a qual se preparou com a recepção dos Sacramentos da Igreja. O seu corpo, após a celebração das exéquias por sua alma, foi sepultado na ermida, continuando a efectuar-se muitos milagres, atribuídos à sua intercessão.
Mais tarde a primitiva ermida foi substituída por uma igreja. Sobre esta, em 1540, João III de Portugal determinou erguer o grandioso templo e convento que ainda hoje existe e que é monumento histórico da cidade de Amarante.
Beatificação[editar | editar código-fonte]
Foram abertos 3 processos canónicos pleiteando a Beatificação e Canonização de Gonçalo de Amarante.
O Papa Júlio III concedeu que se lhe tributasse culto público em 24 de abril de 1551.
O último foi aberto pelo então bispo da Diocese do Porto, D. Rodrigo Pinheiro, por comissão do Papa Pio IV (1561). A instâncias de Sebastião I de Portugal, do Arcebispo da Diocese de Braga, da Ordem dos Pregadores, do Cardeal D. Henrique e da população de Amarante, a sentença de Beatificação foi promulgada a 16 de setembro de 1561 pelo representante da Sé Apostólica.
Mais tarde o Papa Clemente X, em [[10 de julho] de 1671, estendeu a toda a Ordem dos Pregadores e a todo o reino de Portugal a concessão de honrarem este beato, um dos mais populares do país, com Missa e Ofício litúrgicos próprios.
Homenagens[editar | editar código-fonte]
A sua data no calendário litúrgico é 10 de janeiro. As Festas de São Gonçalo em Amarante (Portugal) são celebradas no primeiro fim-de-semana do mês de junho.
O seu culto espalhou-se pelos domínios ultramarinos de Portugal, chegando ao Estado Português da Índia e ao Estado do Brasil como o confirma um longo sermão do Padre António Vieira sobre São Gonçalo.
Em Portugal em Arriconha, sua terra natal, ergue-se uma ermida sob a sua invocação. É o patrono da cidade de Amarante, onde viveu e faleceu. No bairro da Beira Mar, nafreguesia da Vera Cruz, em Aveiro, a Capela de São Gonçalo é chamada carinhosamente de Capela de São Gonçalinho.
No Brasil é patrono das cidades homónimas de São Gonçalo do Amarante no estados do Rio Grande do Norte e do Ceará, São Gonçalo (Rio de Janeiro), Itapissuma(Pernambuco), Cajari, Matinha e Viana, (Maranhão), e Cuiabá (Mato Grosso).
Amarante (Piauí) também festeja a devoção a Gonçalo de Amarante com uma dança folclórica, o Baile de São Gonçalo. Em Ibituruna acontece, no último fim de semana de janeiro, uma festa em honra ao beato, com a tradicional Congada e Folia de São Gonçalo. Batalha (Piauí) também festeja São Gonçalo desde sec. XVIII entre 22 de dezembro a 1o. de janeiro.
Lendas e tradições[editar | editar código-fonte]
Ainda em vida parece ter ganho fama de casamenteiro, e sobretudo, de santo, dizendo-se dele ter operado vários milagres; de resto, poucos anos após a sua morte há referências à igreja de Amarante sob a invocação de São Gonçalo, prova de que o seu culto cedo se propagou.
Um santo muito popular em Portugal, mas que também conquistou a devoção de milhares de brasileiros, recebe uma grande festa nestes dias, em Ibituruna, Diocese de São João del-Rei (MG). O padroeiro da cidade, e da única paróquia do município, nasceu e viveu em Portugal, no século XIII. Lá, foi padre, fundou uma Ordem dos Dominicanos e dedicou-se com muito fervor aos estudos e a caridade com as pessoas. Acompanhe o testemunho de fé deste santo e entenda o significado do milagre da ponte, graça importante retratada até hoje na base das imagens a ele dedicadas.
Vida de São Gonçalo do Amarante
Ainda jovem, o português Gonçalo deu indicações de que seria um santo. Concentrou-se nos estudos da Igreja e recebeu treinamento na casa do arcebispo de Braga. Após a sua ordenação, recebeu administração de uma paróquia rica e seria um posto que deveria deixá-lo muito feliz, mas ele não estava interessado em paroquianos ricos e assim foi ajoelhar-se aos pés da Virgem Maria, no seu templo favorito, e pedir a ajuda para administrar o seu ofício.
Não houve nenhuma queixa da competência de Gonçalo na paróquia de São Pelagius. Ele se penitenciava, mas era indulgente com aqueles que davam dinheiro para os pobres. As contribuições que recebia para si, ele dava aos pobres e aos doentes. Logo depois, ele fez uma peregrinação a Terra Santa e lá queria ficar, mas o arcebispo ordenou que voltasse para Portugal.
Gonçalo decidiu então que ele já tinha tido muito da vida paroquial e foi para as colinas, em um lugar chamado Amarante, se deparou com uma caverna onde encontrou o que precisava para viver como um eremita e assim viveu em paz por vários anos. Construiu uma capela para a Santa Virgem e pregava para aqueles que vinham a ele e em breve um fluxo de peregrinos ia ao encontro a sua ermida. Mesmo feliz, Gonçalo sentiu que esta não era sua missão na vida e de novo orou para a Santa Virgem que o guiasse.
Ela apareceu a ele em uma noite e disse-lhe que entrasse para a Ordem que tinha o costume de começar o Ofício com a “Ave Maria Gratia Plena”. E disse-lhe também que esta Ordem lhe era muito queria e que Ela lhe dedicava uma especial proteção. Gonçalo então saiu a procura da Ordem e eventualmente encontrou o convento dos Dominicanos. Ali ele terminou a sua procura e pediu o hábito.
O Beato Pedro Gonzáles era o superior e logo reconheceu nele um santo e lhe deu o hábito de aspirante. Gonçalo passou pelo noviciado e foi enviado de volta a Amarante com um companheiro para fundar uma casa da Ordem dos Dominicanos por lá. O povo da vizinhança logo espalhou a notícia que o Santo eremita estava de volta. Eles vinham em grupos e pediam-lhe a cura de suas doenças. E ele, milagrosamente, os curava.
Um dos vários milagres de Gonçalo foi durante a construção de uma ponte sobre o rio que era muito bravo e não permitia que as pessoas do outro lado viessem visitar a ermida da Virgem Maria no tempo das águas. Não era um bom local para se fazer uma ponte, mas Gonçalo seguiu, segundo ele, diretriz vinda do céu. Gonçalo morreu em 1259, após profetizar o dia de sua morte e prometendo aos seus amigos que os ajudaria após deixar esta terra. Peregrinações logo começaram e uma série de milagres indicou que alguma coisa deveria ser feita para a sua beatificação.
Elevado as honras dos altares
Efetuaram-se três Processos canónicos em ordem à Beatificação e Canonização de S. Gonçalo, o último dos quais foi levado a cabo por D. Rodrigo Pinheiro, Bispo do Porto, por comissão do Papa Pio IV (1561). A instâncias de EI-Rei D. Sebastião, do Arcebispo de Braga, da Ordem dos Pregadores, do Cardeal D. Henrique e da população de Amarante, a sentença de Beatificação foi promulgada a 16 de Setembro de 1561 pelo representante da Sé Apostólica, confirmando-se a concessão de lhe tributar culto público permitido antes pelo Papa Júlio III (1551).
Mais tarde, o Papa Clemente X, em 10 de Julho de 1671, estendeu a toda a Ordem dos Pregadores e a todo o reino de Portugal a concessão de honrarem este glorioso Santo, um dos santos mais populares de Norte a Sul do País, especialmente no Norte, com Missa e Ofício litúrgicos próprios. O seu culto espalhou-se pelos domínios ultramarinos de Portugal, chegando à Índia e ao Brasil, como o confirma um longo e engenhoso sermão do Padre António Vieira sobre S. Gonçalo. É celebrado oficialmente no dia 10 de janeiro.
Oração de São Gonçalo Amarante
Ó São Gonçalo do Amarante, Vós nos ensinais que o Evangelho é, em todo o tempo e lugar, força de Deus, força renovadora e eficaz. Vós nos mostrais claramente como, querendo, todo cristão pode ser honesto e Santo, qualquer que seja sua ocupação e profissão. Dai-nos a graça de abrir nossos olhos para o Evangelho que nos incomoda e questiona na medida em que somos fracos e omissos. Ajudai-nos a cuidar da salvação. Assim Deus nos ajude. Glorioso São Gonçalo, que vivestes voltado para o amor a Deus na pessoa do próximo e agora gozais no céu o prêmio de ter observado na terra o mandamento máximo: “Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei”. Dignai-vos interceder por nós que ainda vivemos num mundo impregnado de grosseiro materialismo a fim de que saibamos aproveitar o exemplo que nos deixastes e assim alcançaremos as graças que melhor nos inclinem, à prática da virtude e à bem-aventurança eterna. Fazei que sejamos pontes de amor, esperança e fé. E que sejamos pontes até Deus para o nosso próximo, pelo nosso testemunho de vida. Amém.
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