Decente é um adjetivo masculino e feminino que descreve alguém ou algo que é conforme as regras da decência; significa conveniente,próprio, adequado, asseado, limpo.
Uma pessoa decente demonstra compostura, honestidade e decoro. Ex: No meio de tanta gente naquela festa, ele era o único que estava vestido de forma decente. / O meu patrão alcançou o sucesso porque sempre teve uma conduta decente com os seus trabalhadores.
Decente ou descente
Quanto à dúvida entre decente ou descente, é importante referir que as duas palavras constam no dicionário da língua portuguesa, no entanto, têm significados diferentes. São portanto, palavras parônimas, ou seja, possuem grafia semelhante mas têm significados distintos. Decente está relacionado com a decência, enquanto que descente se refere a alguma coisa que desce.
Algumas pessoas cometem o erro de escrever descente quando na realidade querem escrever decente.
Uma comunidade decente é composta por pessoas educadas, dignas, com boa postura e valores sólidos. Por outro lado, uma comunidade descente é considerada uma comunidade decadente, que apresenta um movimento descendente a nível moral.Decência, do latim decentia, é a qualidade daquele ou daquilo que é decente. Ela está em conformidade com o sistema de crenças de uma determinada cultura, e, portanto, seus padrões podem variar ao redor do mundo.
Muitos países possuem leis contra a falta de decência (indecência), as quais regulam certos atos sexuais e restringem a possibilidade de alguém mostrar certas partes do próprio corpo em público.
Decência na visão católica[editar | editar código-fonte]
Na interpretação do catolicismo, ser decente é equivalente a ser casto. A pureza sexual é apresentada por alguns teólogos como a própria defesa da vida humana. Segundo o padre Lord (1958: pp. 10-1), poderia-se fazer um silogismo a respeito disso:
- "Creio no valor e na beleza da vida humana".
- "Mas a vida humana pode segura e belamente entrar no mundo somente, quando vem de homens e mulheres cujos corpos e almas são sadios e puros".
- "Portanto, a fim de assegurar o vigor e a pureza da futura vida humana, precisamos de uma raça atual uma raça de homens e mulheres que sejam sadios e puros".
Para tanto, conforme assinala o padre Lord, "a Igreja insiste em que o sexo deve ser salvaguardado e o exercício do sexo deve ser mantido belo, puro e dignificado" (1958: p. 18). Num contexto puramente católico, o sexo só deve ser utilizado para fins de procriação, de fomentação do amor e da compreensão mútua entre pessoas legalmente casadas, e o seu uso fora destes limites (para a obtenção exclusiva de prazer, por exemplo) não só configuraria um roubo da "recompensa da vida" (Lord, p. 23) que Deus daria aos seres humanos pelo fato de procriarem, mas poria em risco o próprio futuro da espécie humana. E, mesmo entre pessoas legalmente casadas, seria desonesto o uso do controle de natalidade por motivos similares.
Segundo Lord (1958: p. 30), fugir ao encargo de trazer ao mundo novos seres humanos de uma forma decente (conforme especificado acima), seria objeto da ira divina: "estes filhos e filhas, trapaceiros e desleais, ladrões e traiçoeiros, que usurpam os prazeres e fogem das responsabilidades, que desejam gozar a vida sem fomentar a vida — a estes, Deus os castiga com golpes terrificantes, com doenças, com vergonha, lágrimas pungentes, vidas estragadas".