terça-feira, 17 de novembro de 2015

ADENOIDE

Adenoide é o nome de dois pequenos conglomerados de tecido linfoide, que se localizam na rinofaringe, região situada atrás das cavidades nasais e acima do palato mole (céu da boca).  Adenoide não é o nome de uma doença. Assim como as amídalas (ou tonsilas palatinas), elas são órgãos que fazem parte do sistema imunológico e produzem anticorpos. Conhecidas popularmente como carne esponjosa, constituem um mecanismo de defesa contra a invasão de agentes estranhos ao organismo.
As adenoides, que não são visíveis quando a pessoa abre a boca, aumentam de volume nos primeiros anos de vida, mas começam a regredir por volta dos seis, sete anos de idade. Como nariz, garganta e ouvido se comunicam internamente, as adenoidites (processo inflamatório) de repetição ou hipertrofia das adenoides (crescimento muito rápido), além de prejudicar a respiração, podem obstruir a abertura da tuba auditiva (ou trompa de Eustáquio), um canal de comunicação entre o nariz e o ouvido médio, e gerar complicações como otites e perda auditiva.
Em geral, episódios de hipertrofia das adenoides e adenoidites estão associados à infecção das amídalas.
Sintomas
A principal consequência das adenoidites de repetição ou da hipertrofia das adenoides é a obstrução nasal que obriga a criança a respirar o tempo todo pela boca, o que  pode provocar alterações no desenvolvimento da arcada dentária e da musculatura da face, ronco, apneia do sono, voz anasalada e acúmulo da secreção no interior do nariz.
Diagnóstico
O diagnóstico da adenoidite leva em conta os sinais e sintomas da doença. Exames como a endoscopia nasal e raios-X podem ajudar a esclarecer o diagnóstico à medida que permitem avaliar a gravidade da obstrução que a hipertrofia das adenoides impõe à passagem de ar pelo rinofaringe.
Tratamento
Embora a tendência seja o volume das adenoides diminuir com o crescimento, a cirurgia é indicada nos casos de otite de repetição, perda auditiva, apneia do sono e quando a obstrução nasal é tão grave que a criança só consegue respirar pela boca. É uma cirurgia simples que não afeta o sistema de defesa local, porque existem outras estruturas capazes de desempenhar essa função perfeitamente. Em geral, no mesmo ato cirúrgico, são removidas também as amídalas comprometidas por infecções de repetição e presença constante de pus. De qualquer forma, a cirurgia só é uma opção depois que o tratamento farmacológico (com remédios) não apresentou resultados satisfatórios.
Recomendações
* Não existem vacinas contra as adenoidites ou a hiperplasia das adenoides, mas  ajuda bastante na prevenção lavar frequentemente as mãos com água e sabão e as cavidades nasais com soro fisiológico;
* Criança que volta e meia apresenta infecções de garganta e das adenoides precisa ser acompanhada por um médico. Não a medique por conta própria;
* Estudos já mostraram que remoção das adenoides não traz nenhum prejuízo para a defesa do aparelho respiratório da criança. Ao contrário, seu estado geral melhora, porque o foco infeccioso e a obstrução respiratória desaparecem.Adenoide (pré-AO 1990: adenóide) ou tonsila faríngea faz parte do chamado anel linfático de Waldeyer. É uma formação linfoide que cerca as cavidades nasais ebucais para a garganta, estando localizada na parede posterior da nasofaringe, região que serve como passagem do fluxo aéreo nasal, caixa de ressonância na fala e é o local de abertura das tubas auditivas. Ela normalmente aumenta de tamanho (junto com aumento das amígdalas) durante a infância em resposta a estímulosantigênicos, tais como infecções virais e bacterianas, alimentos, alérgenos e irritantes ambientais, sendo que, na maioria das pessoas, involui durante a adolescência.
As queixas relacionadas às adenoides ou às amígdalas estão entre as mais comuns encontradas na população em geral. O indicador mais significativo de obstrução nasal produzida pelas adenoides é a respiração pela boca, cuja imagem clássica é a da criança que dorme com a boca aberta, ronca e baba no travesseiro. Estão associados com o quadro:
  • distúrbios do ouvido secundários à obstrução do óstio da tuba auditiva (otites médias secretoras ou supurativas agudas), os quais podem manifestar-se por diminuição da audição, dor de ouvido, febre e choro;
  • respiração bucal de suplência com os problemas que dela advêm: rinitessinusites (consequência da obstrução nasal), rouquidão e faringites;
  • distúrbios de fonação, em que não há emissão de sons nasais (rinolalia clausa);
  • alteração, na criança em crescimento, dos padrões anatômicos, determinando problemas ortodônticos de má oclusão, palato ogival, prognatismo e outras anomalias nos traços faciais que levam à fascies adenoide, caracterizada por face alongada, boca aberta, olheiras, palato ogival, protrusão dental e hipoplasia de maxila.
O aumento de volume adenotonsilar é a causa mais comum de apneia obstrutiva do sono na criança, definida como parada da respiração por, no mínimo, 10 segundos). Esta relaciona-se com a retenção de CO2, o que determinará retardo no crescimento, debilidade no status físico e psicológico da criança, hipersonolência diurna, cefaleia matinal, sono agitado e enurese (em crianças que já tinham adquirido o controle miccional). As adenoides apresentam-se com mais frequência entre os 4 e os 7 anos.
raio X de cavum define o grau de obstrução à passagem do ar pela rinofaringe por meio da presença do tecido linfoide aumentado. Atualmente, pela disponibilidade de fibras ópticas flexíveis, a endoscopia nasal pode ser utilizada para esse diagnóstico por meio da visão direta da tonsila faríngea na coana e do grau de obstrução da mesma.
O procedimento cirúrgico de remoção das adenoides é chamado de adenoidectomia, realizado por um médico especialista em cirurgia de ouvido, nariz e garganta: otorrinolaringologista.[1]
A realização do procedimento da adenoidectomia ocorre em centro cirúrgico sob anestesia geral onde as adenoides são removidas através da boca. Normalmente o paciente pode voltar para casa no mesmo dia.[1]
Após a cirurgia, o paciente pode apresentar náuseas até que o efeito da anestesia seja absorvido por completo.[1]
Popularmente, é comum que uma pessoa fale: “tenho adenoide”. O que ela quer dizer com isso é que tem adenoidite. As adenoides, chamadas de “carne esponjosa”, existem em todas as pessoas. Sãovegetações celulares localizadas no cavum, na parede posterior danasofaringe, região por onde passa o fluxo aéreo nasal e que atua como caixa de ressonância da fala. Aí também é o local em que se abrem as tubas auditivas.
Quando as adenoides estão inflamadas há uma adenoidite. Essas inflamações geralmente são causadas porinfecções bacterianas ou virais. Juntamente com as amígdalas e outras estruturas, elas fazem parte do chamado anel de Waldeyer, um conjunto de formações linfoides dispostas ao redor da garganta, que atuam como uma primeira linha de defesa do organismo, barrando germes e alimentos antigênicos, na infância. Ademais, as adenoides também produzem anticorpos que ajudam o organismo a combater infecções.
Enquanto as amígdalas são diretamente visíveis com o simples ato de abrir a boca, as adenoides não o são e só podem ser vistas através de um espelho especial usado pelos otorrinolaringologistas. Com o crescimento da pessoa, o organismo aprende a fazer uso de outros mecanismos de defesa e aqueles primeiros podem ser removidos, se necessário.
Quais são as causas da adenoidite (“adenoide”)?
Normalmente, a adenoide e os demais órgãos linfoides da orofaringe constituem uma barreira de defesa contra microrganismos, mas se o ataque a ela for muito agressivo, a própria adenoide pode ser infectada. A maioria dasinfecções da adenoide é causada por vírus, mas também podem ser bacterianas.
Quais são os sinais e sintomas da adenoidite (“adenoide”)?
Geralmente a criança com adenoidite se queixa de dor de gargantanariz entupido, rinorreia purulentagângliosinchados e doloridos no pescoço e dor de ouvido. O nariz entupido leva a uma fala com som anasalado, respiração pela boca (a criança dorme de boca aberta, ronca e baba no travesseiro), dificuldade para dormir e ronco ou apneia do sono. É comum que a criança tenha otites médias, devido à obstrução da tuba auditiva, e que sofra de rinites, sinusites, faringites e rouquidão em virtude da respiração bucal. Mantida durante muito tempo, a adenoidite pode ainda causar alteração do crescimento e de certos padrões anatômicos da criança, determinando, por exemplo, má oclusão dentária, palato ogival e outras anomalias faciais.
Como O médico Diagnostica um Adenoidite ("adenoide")?  
diagnóstico da adenoidite é feito clinicamente pela história da doença, pelos sinais e sintomas e pela visualização da adenoide pela endoscopia nasal. Às vezes, o diagnóstico diferencial com sinusite pode ser difícil. As radiografias de cavum podem ajudar a definir o grau de obstrução à passagem do ar pela rinofaringe.
Como O médico Trata uma Adenoidite ("adenoide")?  
Geralmente, a adenoidite é tratada por meio de antibióticos. No entanto, se ela for muito frequente e se os antibióticos não estiverem resolvendo ou, ainda, se houve problemas respiratórios mais sérios, é aconselhável proceder-se à cirurgia para remover as adenoides (adenoidectomia). A adenoidectomia é uma cirurgia simples e deve ser realizada por um otorrinolaringologista (médico especialista em doenças do ouvido, nariz e garganta). As adenoides são removidas através da boca e não é necessário fazer nenhuma incisão adicional. A maioria dos pacientes pode ter alta logo após a recuperação do procedimento (quatro ou cinco horas após a cirurgia). Depois do procedimento cirúrgico, pode ainda haver uma febre baixa por algum tempo, dores de garganta ou de ouvido por alguns dias, o ato de engolir pode ser desconfortável e a respiração pela boca e ronco podem continuar enquanto a garganta estiver inchada (10 a 14 dias).
Como evitar adenoidite ("adenóide")?
Não há como prevenir a adenoidite, mas a lavagem dos seios nasais com soro fisiológico pode aliviar ou prevenir alguns sintomas.
Como evolui a adenoidite (“adenoide”)?
A quantidade das imunoglobulinas não sofre diminuição depois da retirada das adenoides, porque outros órgãos do corpo compensam a formação delas.
As adenoidites repetitivas e resistentes aos antibióticos podem requerer a retirada das adenoides. Mas, por se tratar de um órgão de defesa do organismo, esta cirurgia deve ser sempre muito bem avaliada por umprofissional experiente.
ABC.MED.BR, 2012. O que é adenoidite (“adenoide”)?. Disponível em: <http://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/326710/o+que+e+adenoidite+adenoide.htm>. Acesso em: 18 nov. 2015.

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