sábado, 28 de novembro de 2015

ALCOLISMO

Quem convive com o alcoolismo de uma pessoa querida pode ter um turbilhão de sentimentos. Entre a tristeza, raiva e angústia, também predomina a vontade de ajudar pois, quando gostamos de alguém, queremos vê-lo bem. Mas como ajudar uma pessoa assim? Para as famílias que não sabem o que fazer, selecionamos 11 dicas essenciais para ajudar um alcoólatra:

Veja como ajudar um alcoólatra:

1)      Escolha o momento mais adequado para conversar. Aproveite um momento em que a pessoa esteja sóbria, ambos estejam calmos e em um lugar em que haja privacidade.
2)      Informe-se sobre o alcoolismo. Explique que está preocupado e que quer ajudá-lo.
3)      Reforce os motivos que ele tem para mudar a atitude em relação ao álcool. Leve para a conversa exemplos de situações negativas que já ocorreram com ele em função do uso do álcool.
4)      Evite ameaças e agressividade. É possível falar sobre as razões nas quais ele precisa procurar ajuda sem que utilize formas que, na prática, não adiantam.
5)      Não encubra as atitudes do alcoolista, protegendo-o das consequências de seus atos e de sua dependência alcoólica.
6)      Não estimule o consumo de álcool e tente evitar tudo que está relacionado com as bebidas alcoólicas, como ir a um bar ou ter bebidas em casa.
7)      Incentive a procura por profissionais especializados para ajudar na recuperação ou ir a uma reunião dos Alcoólicos Anônimos. Se a pessoa desejar, acompanhe-a nas primeiras consultas. Se for caso de internação, mostre que isso, além de temporário, fará bem à saúde e bem-estar dele. Ajude-o encontrar um local autorizado.
8)      Motive a pessoa a buscar atividades que lhe proporcionam bem-estar sem que necessite de álcool, como esportes, voluntariado, tocar um instrumento musical, artesanato, etc.
9)      Entenda que o alcoolismo é uma doença e que não é sua culpa. Muita gente que convive com um alcoolista sente-se culpado pela situação do outro.
10)   Valorize cada avanço no tratamento. Sentir que está indo bem e que está avançando fará bem ao alcoolista em recuperação.
11)   Se o alcoólatra tiver recaída, não desvalorize o esforço. É possível se reerguer e voltar ao tratamento.
Com essas dicas ficará muito mais fácil ajudar um alcoólatra a encontrar ou manter o caminho da recuperação. Ainda têm dúvidas? Pergunte nos comentários.Você é do tipo que não dispensa uma cervejinha nos finais de semana? Bebe goles a mais nos happy hours da empresa? Será que está virando um dependente da bebida? Melhor responder com calma, porque não é nada simples diferenciar o bebedor comum do alcoólatra (ou alcoolista). O que define o alcoolismo é a perda de controle no padrão de consumo das bebidas.

É isso mesmo: de acordo com os especialistas, 

nem sempre quem bebe demais é um alcoólatra."O dependente é aquele que pretende beber um determinado tanto, mas não consegue parar" ,explica o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, da Unifesp, de São Paulo, especialista em dependência química. 

Sintomas 
É aí que a compulsão pela bebida torna-se um dos sintomas mais evidentes da doença. O alcoólatra ainda pode ser identificado quando passa a deixar relações profissionais e afetivas em segundo plano;demora mais tempo para ficar embriagado, 

pois começa a se acostumar com o efeito do álcool, além de apresentar tremores e alucinações.

Fatores de risco 
O fator genético, quando há incidência de casos de alcoolismo em parentes próximos, a depressão, ansiedade e problemas familiares são considerados os principais desencadeadores da doença. 

"Está comprovado que o componente genético existe. Mas não é possível medir qual é seu peso como fator de risco" , diz Silveira. No entanto, especialistas afirmam que ele é menos decisivo do que a personalidade e as influências do ambiente. 

Em uma pesquisa feita pelo psiquiatra na Unifesp, ele demonstrou que, em um grupo de 100 dependentes, 77 já tinham ansiedade ou depressão antes de se tornarem alcoólatras. Essas pessoas procuram no álcool uma forma de automedicação, seja para relaxar ou sentir prazer , explica.

O problema pode aparecer em qualquer faixa-etária, mas atinge com mais freqüência jovens entre 20 e 30 anos. O estudante Carlos começou a beber aos 13 anos de idade. "Antes de ir para as aulas do cursinho pré-vestibular, aos 17 anos, meu café-da-manhã era um copo de vodka" , relembra. 

Hoje Carlos está com 24 anos e sóbrio há um ano e meio. Mas a ficha demorou a cair. Foram longos anos, investidas em outras drogas e uma internação com tratamentos (sem uso de remédios) antes da consciência bater. A reeducação no seu modo de viver é algo fundamental. "Nem a salada que eu como é temperada com vinagre" , conta.

Tratamentos O alcoolismo é, por definição, uma doença crônica e que pode dar origem a outras inúmeras complicações para o dependente. A lista de problemas é enorme, considerando não apenas os associados ao alcoolismo, como a depressão. 

O próprio uso abusivo da bebida acarreta uma série de graves transtornos, como a cirrose alcoólica (inflamação crônica do fígado), pancreatite alcoólica (inflamação do pâncreas), hepatite, gastrite, hipertensão, problemas no coração e síndrome de abstinência, que pode levar o paciente à morte. 

Para quem quer dar um basta na embriaguez existem terapias, substâncias que provocam mal-estar em contato com o álcool, homeopatia, e medicamentos. As drogas podem ter dois princípios: tirar a vontade de encher o copo ou eliminar o prazer de degustar um drinque. Mas o que conta muitos pontos a favor do alcoólico é a velha e boa força de vontade. 

Desde que saiu da clínica de reabilitação, Carlos freqüenta religiosamente, ao menos uma vez por semana, as reuniões do Alcoólicos Anônimos e dos Narcóticos Anônimos. "Nosso lema é Só por Hoje . Os grupos de apoio são importantes porque o convívio com os nossos semelhantes, com dramas parecidos, nos fazem lembrar o tempo todo que temos uma doença incurável que vai nos acompanhar para o resto da vida, mas que pode ser controlada. Nossa forma de encarar isso é viver um dia de cada vez" , explica. 

Copo na medida certa Veja qual é o patamar máximo recomendado de ingestão de bebidas alcoólicas para não correr o risco de desenvolver o alcoolismo. 

Mulheres: 8 doses por semana 
Homens: 12 doses por semana 
Não se deve beber mais de 3 doses de uma só vez -- quantidade que varia de acordo com a bebida, como apresentamos abaixo: 

1 dose de uísque ou 45 ml 
1 lata de cerveja ou 350 ml 
1 taça de vinho ou 170 ml

Como lidar com um membro da família que precisa de tratamento? 
Pode ser muito difícil conviver com um familiar que tem problemas com bebida. Ao invés de tentar controlar esta pessoa ou encobrir o problema, o melhor é encorajá-la a buscar tratamento médico. Ainda que seu familiar se recuse a pedir socorro, pode ser importante você ir atrás de ajuda e suporte para você mesmo. 

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