domingo, 29 de novembro de 2015

ARRITIMIA

Sinônimos: palpitação, taquicardia, disritmia, braquicardia
Uma arritmia é um distúrbio do batimento ou ritmo cardíaco, como batimento muito rápido, muito lento ou irregular.

Tipos

Quando o coração bate mais rápido que o normal, o paciente tem aquilo que os médicos chamam de taquicardia.
Quando acontece o contrário, ou seja, quando os batimentos são mais lentos do que deveriam, o caso é de bradicardia.
Muitas vezes, o paciente pode apresentar batimentos cardíacos irregulares, sem representar necessariamente um padrão, seja ele mais rápido ou mais lento que o normal.
Existem diversos tipos de arritmia. Veja:
  • Fibrilação atrial ou palpitação
  • Obstrução do coração ou obstrução atrioventricular
  • Taquicardia atrial multifocal
  • Taquicardia paroxística supraventricular (taquicardia por reentrada nodal, síndrome de Wolff-Parkinson-White)
  • Doença do nódulo sinusal
  • Fibrilação ventricular
  • Taquicardia ventricular: ritmo cardíaco acelerado que se origina nos ventrículos.

Causas

Normalmente, o coração é capaz de bombear o sangue pelo corpo sem ter que se esforçar mais do que o necessário. Ele possui um sistema elétrico que garante que as contrações que impulsionam o sangue aconteçam de forma ordenada. Quaisquer mudanças nessas contrações podem causar arritmia.
As arritmias são causadas, basicamente, por problemas com o sistema elétrico de condução do coração. Outras áreas do sistema elétrico também podem enviar sinais. No entanto, em algumas ocasiões, esses sinais não são capazes de se mover tão facilmente ou, até mesmo, completamente.
Diversas razões podem levar à arritmia cardíaca. Confira:
  • Ataque cardíaco (Infarto)
  • Desgaste do tecido do coração decorrente de um Infarto anterior
  • Cardiomiopatia e outros distúrbios do coração
  • Artérias bloqueadas (doença da artéria coronária)
  • Hipertensão
  • Diabetes
  • Hipertireoidismo
  • Fumo
  • Alcoolismo
  • Consumo exacerbado de cafeína
  • Uso de drogas
  • Estresse
  • Alguns medicamentos
  • Suplementos diários e fitoterapia
  • Choque elétrico
  • Poluição do ar.

Fatores de risco

Alguns fatores são considerados de risco para contrair arritmia. Veja quais são:
  • Artérias bloqueadas, problemas no coração e cirurgia cardiovascular realizada anteriormente
  • Pressão alta e hipertensão
  • Doença cardiovascular congênita
  • Problemas na tireoide
  • Uso de drogas e suplementos
  • Diabetes
  • Apneia do sono
  • Níveis anormais de eletrólitos no sangue (por exemplo, sódio, potássio, cálcio)
  • Alcoolismo

 sintomas

Sintomas de Arritmia

Muitas vezes, a arritmia não manifesta nenhum sintoma. Acontece muito, por exemplo, de o médico descobrir a arritmia antes mesmo do paciente, durante exames de rotina.
No entanto, pode acontecer de você sentir alguns sintomas. Conheça-os:

 diagnóstico e exames

Buscando ajuda médica

Procure um especialista se apresentar quaisquer sintomas de uma possível arritmia e tiver arritmia e os sintomas se agravarem ou não desaparecerem com o tratamento.

Na consulta médica

Na consulta, é importante a cooperação com o médico. Descreva todos os seus sintomas e tire todas as suas dúvidas.
Veja o que o médico poderá lhe perguntar:
  • Quando os sintomas começaram?
  • Os sintomas são contínuos ou vão e voltam?
  • Qual a intensidade de seus sintomas?
  • Você já fez alguma cirurgia no coração?
  • Quais medicamentos você toma?
  • Você tem apneia, diabetes ou hipertensão?.
As perguntas podem ajudar o médico a realizar o diagnóstico.

Diagnóstico de Arritmia

Primeiramente, o médico deverá lhe fazer perguntas ou solicitar alguns exames para identificar causas para uma possível arritmia, como outras condições cardíacas, hipertensão, diabetes e problemas na tireoide. Depois, ele pedirá para que você suceda à realização dos seguintes exames:
  • Eletrocardiograma
  • Monitoramento Holter
  • Monitoramento de arritmias esporádicas
  • Ecocardiograma.
Se o diagnóstico não for possível por meio desses exames, o médico poderá pedir outros:
  • Exame de estresse (o teste ergométrico ou de esteira)
  • Tilt teste
  • Estudo eletrofisiológico.

 tratamento e cuidados

Tratamento de Arritmia

Há tratamentos específicos para os diferentes tipos de arritmia. Em geral, taquicardia e bradicardia não são tratados da mesma forma.
Quando a arritmia é grave, é necessário tratamento urgente para restaurar o ritmo normal do coração. Isso pode ser:
  • “Choque elétrico” (desfibrilação ou cardioversão)
  • Implante de um marca-passo temporário para interromper a arritmia
  • Medicações intravenosas.
Podem ser utilizados medicamentos para evitar a recorrência de uma arritmia ou interromper uma arritmia. Esses medicamentos são denominados drogas antiarrítmicas.
Algumas delas têm efeitos colaterais e nem todas as arritmias respondem bem à medicação.
Em último caso, o paciente poderá ser submetido à cirurgia. Há dois procedimentos cirúrgicos disponíveis para tratar arritmia. Um deles ocorre por meio de cirurgia cardíaca aberta (embora seja muito raramente utilizado hoje em dia). O outro, mais comum, é a ablação por cateter. Neste, a arritmia pode ser corrigida por meio de uma microcirurgia, em que são realizados dois furos de agulha na perna e são introduzidos cateteres muito finos que vão até o coração para curar a arritmia.

Medicamentos para Arritmia

Os medicamentos mais usados para o tratamento de arritmia são:
Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.

 convivendo (prognóstico)

Convivendo/ Prognóstico

Muitos casos de arritmia estão relacionados a outras condições no coração, então algumas mudanças de estilo de vida serão necessárias para preservar o coração de maiores problemas. Para começar:
Hábitos ruins ao coração

Expectativas

O resultado depende de diversos fatores:
  • O tipo de arritmia
  • A capacidade de bombeamento do coração (fração de ejeção)
  • Presença de doença cardíaca (doença das artérias coronárias, insuficiência cardíaca, doença das válvulas do coração) e suas condições para tratamento.
Alguns tipos de arritmias poderão constituir risco à vida se não forem tratadas imediata e adequadamente. Para bradicardias tratadas com um marca-passo permanente, o resultado costuma ser satisfatório. Algumas taquicardias graves são tratadas com ablação por cateter ou com implante de cardiodesfibrilador implantável (semelhante a um marca-passo que também trata arritmias rápidas).

 prevenção

Prevenção

Realizar ações para evitar a doença da artéria coronária pode reduzir a chance de desenvolver uma arritmia. Essas práticas consistem em:
  • Seguir uma dieta bem balanceada de baixa gordura
  • Praticar exercícios regularmente
  • Não fumar.

 fontes e referências

  • Revisado por: Dr. Bruno Valdigem, cardiologista - CRM: 118535
  • Ministério da Saúde
  • Sociedade Brasileira de Cardiologia
  • Instituto do Coração (Incor)Os sintomas da arritmia cardíaca geralmente só surgem quando se trata de uma arritmia maligna, neste caso o indivíduo poderá apresentar:
    • Cansaço e sensação de fraqueza;
    • Tontura, mal estar e desmaios;
    • Batimentos cardíacos acelerados ou lentos;
    • Sensação de nó na garganta;
    • Falta de ar;
    • Dor no peito;
    • Palidez e suor frio.
    Os sintomas da arritmia cardíaca podem afetar indivíduos com o coração saudável ou aqueles com doença cardíaca instalada sendo que, neste último caso, os sintomas podem ser mais acentuados.

    Causas da arritmia cardíaca

    As causas da arritmia cardíaca são diversas. Dentre elas, pode-se destacar:
    • Pressão alta;
    • Doença coronariana;
    • Problemas na tireóide como o hipertireoidismo;
    • Desequilíbrios químicos no sangue como concentração de sódio, potássio ou cálcio alterados;
    • Alguns medicamentos como os betabloqueadores, psicotrópicos e as anfetaminas;
    • Doenças de nascença do coração;
    • Exercício físico vigoroso;
    • Complicação após cirurgia cardíaca;
    • Insuficiência cardíaca ou história de ataque cardíaco;
    • Doença de chagas;
    • Anemia;
    • Envelhecimento.
    Outros fatores como consumo excessivo de cafeína, álcool, drogas, cigarro, ansiedade e estresse também podem precipitar uma arritmia cardíaca. 

    Tratamento para arritmia cardíaca

    O tratamento para arritmia cardíaca vai depender da arritmia em questão, dos sintomas apresentados pelo paciente e pela presença ou não de outras doenças cardíacas.

    Tratamento para arritmia benigna

    Em caso de arritmia cardíaca benigna, não é necessário nenhum tratamento, mas o cardiologista poderá indicar a tomada de medicamentos na intenção de diminuir os sintomas de taquicardia e a realização de exames periódicos.

    Tratamento para arritmia maligna

    Em caso de arritmia cardíaca maligna o tratamento deve ser baseado no tipo da arritmia podendo ser através de:
    • Medicamentos: propafenona, sotalol, dofetilida, amiodarona e ibutilida;
    • Cirurgia para colocação de marcapasso: o aparelho assumirá o comando dos batimentos cardíacos conforme o médico programar; 
    • Cardioversão elétrica: é utilizada para reorganização do ritmo do coração, geralmente após tentativas com medicamentos injetáveis;
    • Cirurgia de ablação: um tipo de cauterização, produzindo uma queimadura extremamente localizada e precisa, que irá impedir ou dificultar novas crises de arritmia;
    • Mudança nos hábitos de vida: parar de consumir álcool, drogas, café, coca-cola, alguns tipos de chá, cigarro e drogas.
    É importante destacar que as arritmias malignas podem piorar com esforço físico, trazendo complicações como falência do coração e morte, portanto, logo que os sintomas sejam percebidos, deve-se procurar um cardiologista para que as condutas sejam instituídas o mais breve possível. 

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