quinta-feira, 26 de novembro de 2015

RAZAO

Razão é a capacidade da mente humana que permite chegar a conclusões a partir de suposições ou premissas. É, entre outros, um dos meios pelo qual os seres racionais propõem razões ou explicações para causa e efeito. A razão é particularmente associada à natureza humana, ao que é único e definidor do ser humano.
A razão permite identificar e operar conceitos em abstraçãoresolver problemas, encontrar coerência ou contradição entre eles e, assim, descartar ou formar novos conceitos, de uma forma ordenada e, geralmente, orientada para objectivos. Inclui raciocinar, apreender, compreender, ponderar e julgar, por vezes usada como sinónimo de inteligência.
Como uma forma de chegar a conclusões, é frequentemente contraposta não só com o modo como os animais não-humanos parecem tomar decisões, mas também com a tomada de decisões baseada na autoridade, na intuição, na emoção, na superstição ou na . A razão é considerada pelos racionalistas a forma mais viável de descobrir o que éverdadeiro ou melhor. A forma exacta como a razão difere da emoção e tradição é controversa, dado que as três são consideradas potencialmente racionais, e, em simultâneo, pontencialmente em conflito com a razão.
A principal diferença entre a razão e outras formas de consciência está na explicação: o pensamento é tanto mais racional quanto mais conscientemente for pensado, de forma que possa ser expresso numa linguagem.

Filosofia[editar | editar código-fonte]

Os filósofos racionalistas opõem a razão à imaginação. Enquanto empregar a imaginação é representar os objetos segundo as qualidades secundárias - aquelas que são dadas aos sentidos -, empregar a razão é representar os objetos segundo as qualidades primárias - aquelas que são dadas à razão.
A etimologia do termo vem do latim rationem, que significa cálculocontamedidaregra, derivado de ratio, particípio passado de reor, ou seja, determinoestabeleço, e portanto julgoestimo.[1] É a faculdade do homem de julgar[2] , a faculdade de raciocinar, compreender, ponderar[3] .
A palavra razão comporta vários significados:
A razão, como capacidade em desempenhar raciocínio, disposta em diferentes graduações dentro do número de espécies competentes a desenvolvê-la, encontra no ser humano o ápice de sua manifestação.
Princípio ou fundamento, a razão pela qual as coisas são como são ou ocorrem os fatos desta ou daquela maneira.
A razão não é uma instância transcendente, dada de uma vez por todas, mas um processo que se desdobra ou realiza ao longo do tempo. Dir-se-ia que, assim como o homem é a história do homem, a razão é a história da razão.
Zenão de Eleia, identificando a razão com o ser e admitindo que o princípio de identidade, formalmente entendido, é o princípio fundamental da razão, argumenta para provar que o movimento e a pluralidade, envolvendo contradição, são irracionais e, portanto, irreais, meras ilusões dos sentidos.
A razão, entendida como diálogo, não tem um conteúdo eventual, mas permanente, o conhecimento de si mesma e das essências das coisas, do universal. A razão socrática é o método que permite, pelo diálogo, proposição da tese, crítica da tese ou antítese, chegar à síntese, a essência descoberta em comum, ao termo da controvérsia.
É na filosofia de Hegel que se encontra a primeira tentativa de introduzir a razão na história.

Hegel[editar | editar código-fonte]

A razão rege o mundo, a história universal transcorre racionalmente, mas a razão que se manifesta ou revela na história é a razão divina, absoluta. É a razão que constitui a história.
A razão vital, a razão histórica, nada aceita como simples fato, mas tudo fluidifica no in fieri de que provém e ao qual se dirige, procurando ver não o fato cristalizado ou feito, mas fazendo-se ou como se faz.
Para essa oposição entre o que é da imaginação e o que é da razão ver DescartesRegras para a Orientação do Espírito.

Ver também[editar | editar código-fonte]

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Referências

  1. Ir para cima PIANIGIANI, Ottorino. Vocabolario etimologico della lingua italiana. Roma: Albrighi, Segati e C., 1907. Vocábulo: razão.
  2. Ir para cima NASCENTES, Antenor.Dicionário da Língua Portuguesa. Academia Brasileira de Letras, 1966. vol.III. p.38.
  3. Ir para cima HOUAISS, Antonio.Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2001. p.2389. ISBN 85-7302-383-X.
Ícone de esboçoEste artigo sobre filosofia/um(a) filósofo(a) é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.Razão (ou rácio) é a relação existente entre dois valores de uma mesma grandeza.[1] [2] (ou seja, objetos, pessoas, estudantes, colheradas, unidades de qualquer dimensão idêntica), expressa geralmente como "apara b", a:b ou a/b, e algumas vezes representada aritmeticamente como um quociente adimensional das duas quantidades[3] que indica explicitamente quantas vezes o primeiro número contém o segundo (não necessariamente um valor inteiro).[4]
Quando comparamos duas medidas, dois valores ou até duas grandezas, estamos determinando uma relação entre dois números que os representam. Quando essa relação é determinada por uma divisão, chamamos de razão.

Notação e terminologia[editar | editar código-fonte]

A razão entre os números A e B pode ser expressa como:[3]
  • A razão de A para B
  • A está para B
  • A:B
  • A/B
  • Um número racional que é o quociente da divisão de A por B
Os números A e B são algumas vezes chamados de termos, sendo A o antecedente e B o consequente. Representada por uma fração, o numerador é o termo antecedente e o denominador é o termo consequente. [5]

Razão de duas grandezas[editar | editar código-fonte]

A razão de duas ou mais grandezas de mesma espécie é o quociente dos números que expressam as suas medidas, consideradas na mesma unidade. Grandezas são características dos objetos possíveis de serem comparadas e cujas medidas podem ser adicionadas, subtraídas ou divididas uma pela outra.
Assim, o conceito de razão nos permite fazer comparações de grandeza entre dois números. Por exemplo, para saber quantas vezes o número 100 é maior do que o número 2 (ou em outras palavras, qual a razãoentre 100 e 2), procedemos da seguinte forma:
100: 2 = 50
Portanto, o número 100 é 50 vezes maior do que o número 2.
A razão é a relação entre duas grandezas que já estão relacionadas, é uma divisão entre dois valores, um exemplo é a razão entre um perímetro e a medida de uma lado de um triângulo, a razão seria o perímetro dividido pela medida do lado.

História e etimologia[editar | editar código-fonte]

A palavra "razão" vem do latim ratio e envolve a ideia de relação de Euclides[6]

Exemplos[editar | editar código-fonte]

As quantidades que estão sendo comparadas por meio de uma razão podem ser grandezas físicas tais como a velocidade, ou podem se referir simplesmente à quantidade de objetos em particular. Um exemplo comum deste último caso é a razão entre o volume de água para o de cimento usado no concreto, que geralmente é de 1:4. Isso significa que a quantidade de cimento usada é quatro vezes maior do que a de água. A razão não dá qualquer indicação da quantidade total de água e cimento usados, nem de quanto concreto está sendo feito. Equivalentemente, poderia ser dito que a razão de cimento para água é 4:1, ou que a quantidade de água é um quarto (1/4) da de cimento.
Os modelos mais antigos de televisões possuem telas (ecrãs) em que a razão entre a largura e a altura é de 4 para 3, ou seja, cuja altura equivale a três quartos da largura. As televisões widescreen modernas possuem uma razão de 16:9.

Referências

Ver também[editar | editar código-fonte]

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