Santa Edwiges
Santa Edwiges
16 de Outubro
"Tanto na vida como na morte devemos adorar humildemente as determinações da divina providência" (Santa Edwiges ao receber a notícia da morte do marido).
Mais uma vez devemos lembrar o quanto o século XIII foi rico em santidade um século de grandes santos, fundadores, doutores reis e rainhas, nobres e pobres destinação. Neste mês escolhemos a duquesa Santa Edwiges.
No alvorecer do ano de 1174 a Alemanha serve de berço a sua ilustre filha, Edwiges. Filha de Bertholdo, duque de Carinthia, Margrave de Meran e Conde de Tirol. Sua mãe era, igualmente, da linhagem nobre e de profundas convicções religiosas.
Com o passar dos anos a pequena Edwiges, destaca-se pela determinação e pela coragem de manifestar sua fé, publicamente numa sociedade marcada pelas futilidades da corte. A sua maior alegria e distração eram as leituras piedosas e os exercícios espirituais.
Quando completou 12 anos, a jovem Edwiges, em obediência aos seus pais, aceitou casar-se com Henrique o vivaz duque da Polônia e Silésia. Edwiges e Henrique, no dia do casamento, prometeram além do que é de costume, também o zelo pela santidade, que o sacramento exige.
Ambos trabalhavam para o bem comum, os pobres encontravam, no Castelo de Edwiges e Henrique, o necessário para saciar a fome e o frio nas noites geladas de inverno.
Fazia-se penitências nos dias santos de guarda, assim como em todo tempo da quaresma. Em tudo este santo casal tinha como objetivo, a maior glória de Deus. Edwiges assim se expressava: "Quanto mais ilustre se for pela origem, tanto mais se deve distinguir pela virtude, e quanto mais alta for a posição social, tanto mais obrigação se tem de edificar ao próximo pelo bom exemplo".
Uma prole abençoada por Deus, sendo 7 (sete) os filhos do nobre e piedoso casal, educados na fé e no santo temor de Deus.
Naquele lar cristão, as virtudes da fé, da esperança e da caridade eram vividas por todos inclusive pelos serviçais do castelo, tratados com dignidade, e amor. Trilhavam todos o caminho da perfeição, exigidas pelo evangelho.
Edwiges visitava os hospitais, era a mãe consoladora daqueles, que, em nada mais encontravam consolo. Fazia curativos, ajudava a lavar os doentes, assistia os moribundos e os vestia. Era também o amparo dos órfãos e da viúvas, em todas as necessidades.
Atendendo ao seu pedido, Henrique I, seu esposo construiu o convento na cidade de Breslau, para as religiosas da Ordem de Cister. Muitas e incontáveis meninas foram educadas neste convento, lá se ensinava, além dos princípios cristãos, as letras,a aritmética e os valores morais.
Dona Ediwiges, a mãe dos pobres e desvalidos, vestia-se com modéstia e simplicidade, seus trajes eram simples e sóbrios.
Uma guerra, veio trazer a dor e o sofrimento ao castelo de Edwiges. Seu esposo foi preso pelos inimigos, ao receber a notícia, Edwiges,, cheia de fé, levantou-se e com coragem seguiu em direção ao campo de batalha, e falou com tanta insistência e convicção que o duque Conrado, libertou o seu amado esposo Henrique, que logo adoeceu e veio a falecer.
...."Nosso consolo deve consistir no cumprimento da vontade de Deus", respondia Edwiges a todos que lhe apresentavam pesares.
Três anos mais tarde um novo golpe de dor para o coração daquela viúva mãe. O filho mais velho, Henrique II, morreu na batalha contra os Tártaros.
Assemelha-se a Virgem e Senhora das Dores, e pelo resto de sua vida encerrou-se no convento de Trebnitz, onde sua filha Gertrudes era abadessa. Lá, no convento, fez-se a última e a mais serviçal de todas, observando com fidelidade absoluta as regras da ordem.
Seus sacrifícios e penitências foram intensificados no convento, por muito tempo permanecia descalça mesmo com o rigor do inverno. Dormia três horas, apenas, durante o dia, era vigilante e zelosa para com os momentos de oração e adoração.
Sua devoção mais querida era o meditar a paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Em suas meditações derramava lágrimas de dor pelos pecados do mundo e que feriam o corpo desfigurado de Cristo.
A Ssma. Virgem era sempre a sua terna consoladora mãe, seus olhos brilhavam ao pronunciar o santo nome da doce Virgem Maria.
Ainda em vida, Deus por meio de seus insistentes rogos, concedeu incontáveis milagres. Sempre que traçava sobre os enfermos o sinal da Santa Cruz, um milagre acontecia.
Em vida, Edwiges doou todos os seus bens aos pobres e desvalidos socorreu os órfãos e as viúvas em suas necessidades. Seus filhos, apesar de todos os bens que herdaram eram solícitos e generosos como seus santos pais.
Edwiges, sentindo que os seus dias estavam para terminar, intensifica suas orações e pede o recebimento dos sacramentos a reconciliação e da unção dos enfermos. Todas as palavras são por ela acompanhadas com fervor e emoção. Todos os presentes se comovem com sua aparência luminosa e seu olhar radiante de felicidade.
Era o dia 15 de outubro de 1243, Edwiges estava com 69 anos, seu corpo esta sepultado e é venerado no convento de Trebnitz (Silésia).
O papa Clemento IV, declarou Edwiges Santa, e padroeira da Polônia.
* Santa Edwiges, foi o socorro dos endividados em vida, hoje no céu seu poder de intercessão, junto a Jesus, é infinitamente maior.
Santa Edwiges, rogai por nós,anta Edwiges da Silésia (Andechs, Baviera, 1174 - Trebnitz, Silésia, atual Trzebnica, Polônia, 15 de Outubro de 1243), nascida Edwiges de Andechs, é conhecida na Polônia pelo nome de Jadwiga Śląska.
Depois da morte do marido e dos filhos, entrou para o mosteiro e dedicou-se a ajudar os carentes. Com seu próprio dinheiro, construiu hospitais, escolas, igrejas e conventos. Ganhou fama de protetora dos endividados por ajudar detentos da região, presos por não terem recursos para pagar suas dívidas. Foi proclamadasanta pela Igreja Católica em 1267.
O dia 16 de outubro é dedicado a Santa Edwiges, popularmente conhecida como protetora dos pobres e endividados.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Santa Edwiges nasceu em 1174 na Alemanha. Filha de Bertoldo IV, duque de Merânia, e de sua esposa, Inês de Rochlitz.[1] , foi criada em ambiente de luxo eriqueza, o que não a impediu de ser simples e viver com humildade. O seu bem maior era o amor total a Deus e ao próximo.
Aos 12 anos, casou-se com Henrique I, o Barbudo, príncipe da Silésia (um dos principados da Polônia medieval e atual região administrativa da Polônia), com quem teve seis filhos, sendo que dois deles morreram precocemente. Culta, inteligente e esposa dedicada, ela cuidou da formação religiosa dos filhos e do marido.
Mulher de oração, vivia em profunda intimidade com o Senhor. Submetia-se ao sacrifício de jejuns diários, limitando-se a comer alguns legumes secos nos Domingos, Terças, Quintas e Sábado. Nas Quartas e Sextas-feiras somente pão e água. Isto sempre em quantidade limitada, somente para atender as necessidades do corpo.
No tempo do Advento e da Quaresma, Edwiges se alimentava só para não cair sem sentidos. O esposo não aceitava aquela austeridade. Numa Quarta-feira deQuaresma ele esbravejou por haver tão somente água na mesa sendo que ele só bebia vinho. Edwiges então ofereceu-lhe uma taça, cujo líquido se apresentou como vinho. Foi um dos muitos sinais ou milagres que ela realizou.
Algum tempo depois Edwiges caiu vítima de uma grave enfermidade. Foi preciso que Guilherme, Bispo de Módena, representante do Papa para aquelas regiões, exigisse com uma severa ordem a interrupção de seu jejum. A Santa dizia que isto era mais mortificante do que a sua própria doença.
Dedicou toda sua vida na construção do Reino de Deus. Exerceu fortes influências nas decisões políticas tomadas pelo marido, interferindo na elaboração de leis mais justas para o povo.
Junto com o marido construiu Igrejas, Mosteiros, Hospitais, Conventos e Escolas. Por isto, em algumas representações a Santa aparece com uma Igreja entre as mãos.
Aos 32 anos, fez votos de castidade, o que foi respeitado pelo marido. Quando ficou viúva, foi morar no Mosteiro de Trebnitz, na Polônia, onde sua filha Gertrudes era superiora. Foi lá que Edwiges deu largos passos rumo à santidade. Vivia com o mínimo de sua renda, para dispor o restante em socorro dos necessitados. Ela tinha um carinho especial pelas mulheres e crianças abandonadas. Encaminhava as viúvas para os conventos onde estariam abrigadas em casos de guerra e as crianças para escolas, onde aprendiam um ofício. Era misericordiosa e socorria também os endividados. Em certa ocasião, quando visitava um presídio, ela descobriu que muitos ali se encontravam porque não tinham como pagar as suas dívidas. Desde então, Edwiges saldava as dívidas de muitos e devolvia-lhes a liberdade. Procurava também para eles um emprego. Com isto eles recomeçavam a vida com dignidade, evitando a destruição as famílias em uma época tão difícil como era aquela do século XIII. E ainda mantinha as famílias unidas.
Assim, Santa Edwiges, é considerada a Padroeira dos pobres e endividados e protetora das famílias. Sua morte ocorreu no dia 15 de outubro de 1243. E foi canonizada no dia 26 de março de 1267, pelo Papa Clemente IV. Como no dia 15 de Outubro celebra-se Santa Teresa de Ávila, a comemoração de Santa Edwiges passou para o dia 16 de Outubro. Modelo de esposa, celibatária e viúva, a Santa não faltava à Missa aos Domingos, e isto ela pede aos seus devotos: mais amor a Jesus na Eucaristia e auxílio aos necessitados.
Mosteiro de Kitzingen[editar | editar código-fonte]
O convento de Kitzinger foi fundado no tempo de São Bonifácio, por volta do ano de 750 e ficou conhecido como educandário para moças. A fundadora deste centro foi Santa Hadeloga, cujo culto foi particularmente intenso no século XII, quando foi escrita sua biografia. A forma definitiva da Abadia de Kitzingen foi dada por sua sucessora, a Priora Santa Tecla, falecida pelo ano 790. O programa de estudos e educação nas escolas conventuais, especialmente para moças, foi baseado nas instruções pedagógicas de São Jerônimo e aplicado nas escolas das Ordens religiosas por vários séculos. Este famoso Doutor daIgreja, grande erudito na Bíblia e fundador de comunidades monásticas femininas não deixou um sistema completo de formação para a vida religiosa, mas sim orientações pedagógicas. Quando, em 1817, o Concílio de Aquisgrana publicou suas deliberações sobre a educação religiosa feminina nos conventos, as recomendações de São Jerônimo constituíram as bases da educação para as moças nas escolas conventuais até os inícios do século XIX.- O processo de formação envolvia a educação religiosa, intelectual e prática.
Edwiges permaneceu naquele convento quase sete anos. Neste tempo esteve em contato direto com o estilo beneditino de vida, inspirado em São Bento de Núrcia e Santa Escolástica, sua irmã. Isto significa: vida comum, orações freqüêntes durante o dia, meditação, leitura diária da Escritura, leitura durante as refeições e, sobretudo, uma liturgia solene, que envolvia a mente e o coração de todos.
As alunas aprendiam a língua latina para participarem da leitura em comum dos Salmos e outras leituras. Liam também as obras dos santos escritores dos primeiros séculos da Igreja, chamados os Pais ou "Padres da Igreja", que mostravam os modos de viver, concretamente, a Palavra da Bíblia.
A respeito do estudo da Sagrada Escritura, lemos na biografia de Santa Edwiges: "Na sua mocidade ela estudou no Mosteiro de Kitzingen a Sagrada Escritura. Desta forma ela conseguia compreender e ordenar seus afazeres de cada dia. A Bíblia foi para ela fonte de consolação interior e de devoção." É bom lembrar que, nesta época, o analfabetismo era a norma comum, sendo muito difícil encontrar uma mulher que soubesse ler e escrever e que tivesse formação. Assim, Edwiges e outras de seu tempo tiveram a felicidade de viver em um ambiente favorável à cultura e ao pensamento.
O aproveitamento dos talentos de nossa Santa Edwiges foi estimulado pela convicção de que "A santidade da vida, unida ao saber, garante à alma maior glória dos céus", conforme suas próprias palavras.
Além de estudar e aprofundar-se nas devoções de sua época, Edwiges encontrou no Mosteiro de Kitzingen vários conhecimentos práticos, tais como a arte de escrever com cuidado e aplicação as chamadas "iluminuras". Estas eram decorações que se faziam nos livros, todos escritos à mão pois não havia sido inventada a impressa ainda. As iluminuras eram desenhos de letras e decorações das mais diversas formas, geralmente muito pequenas e delicadas, mas de grande beleza.
Além das iluminas Edwiges aprendeu a execução de bordados artísticos. Outra habilidade aprendida por Edwiges foi o canto vocal e a execução de vários instrumentos da época. E junto a tudo isto ela foi instruída a cuidar de uma casa, o que significava ser responsável por vários empregados; aprendeu a cuidar de doentes e administrar hortas e jardins que davam os frutos para o consumo das pessoas e animais, bem como eram fontes de remédios.
Edwiges alcançou uma excelente formação humana, cultural e religiosa no Mosteiro de Kitzingen. Sua biografia oficial apresenta a avaliação de seu aproveitação com a expressão latina "bene literata", o que quer dizer que ela expressava ótimos conhecimentos culturais.
Nossa Santa Padroeira levou por toda a vida uma forte influência deste período de educação. Uma de suas mestras, chamada Petrissa, foi nomeada por Edwiges, vinte anos depois, Abadessa do Mosteiro deTrzebnica.
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