Marília Marzullo Pêra (Rio de Janeiro, 22 de janeiro de 1943 - Rio de Janeiro, 5 de dezembro de 2015) foi uma atriz, cantora e diretora teatral brasileira.
Além de interpretar, Marília cantava, dançava e atuava também como coreógrofa, produtora e diretora de peças e espetáculos musicais.
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[esconder]Biografia[editar | editar código-fonte]
Filha dos atores Manuel Pêra e Dinorah Marzullo, Marília pisou no palco de um teatro pela primeira vez aos quatro anos de idade, ao lado dos pais, que integravam o elenco da companhia de Henriette Morineau. === Dos catorze aos 21 anos atuou como bailarina e participou de musicais e revistas, entre eles, Minha Querida Lady (1962), protagonizado por Bibi Ferreira. Segundo Marília, ela passou porque os diretores estavam procurando alguém que poderia fazer acrobacias, o que era raro naquela época.[1] Outras peças como: O Teu Cabelo Não Nega (1963), biografia de Lamartine Babo, no papel de Carmen Miranda. Voltaria a viver o papel da cantora no espetáculo A Pequena Notável (1966), dirigido por Ary Fontoura; no A Tribute to Carmen Miranda no Lincoln Center, em Nova Iorque (1975), dirigido porNelson Motta; na única apresentação A Pêra da Carmem no Canecão em 1986, em 1995 e no musical Marília Pêra canta Carmen Miranda (2005), dirigido porMaurício Sherman.
A primeira aparição na televisão foi em Rosinha do Sobrado, na Rede Globo, em 1965) e, em seguida, em A Moreninha. Em 1967 fez sua primeira apresentação em um espetáculo musical, A Úlcera de Ouro, de Hélio Bloch.
Em 1969, conquistou grande sucesso no papel da protagonista do drama Fala Baixo Senão eu Grito, com direção de Clóvis Bueno, primeira peça teatral da dramaturga paulista Leilah Assumpção. Pela interpretação da complexa personagem Mariazinha, solteirona virgem que vive em um pensionato de freiras, Marília recebeu o prêmio Molière e também o prêmio da Associação Paulista de Críticos Teatrais (APCT) (atual Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA)). Seu futuro marido Paulo Villaça interpretou do ladrão que numa noite pula a janela do quarto com a intenção de roubar. Na conversa entre os dois, que dura a noite toda, a solteirona revela ao público e a si mesma suas frustrações.
Em 1964, Marília derrotou Elis Regina num teste para o musical Como Vencer na Vida sem Fazer Força, ambas ainda não eram conhecidas na época.[1] Logo depois, em 1975, gravou o LP Feiticeira, lançado pela Som Livre.
Marília é a atriz que mais atuou sozinha nos palcos, conseguindo atrair o público infantil para a difícil arte do monólogo. Além de Carmen Miranda, desempenhou nas telas e no palco papéis de mulheres célebres, como Maria Callas, Dalva de Oliveira, Coco Chanel e a ex-primeira dama do Brasil Sarah Kubitschek. A estreia como diretora aconteceu em 1978, na peça A Menina e o Vento, de Maria Clara Machado.
Casou-se pela primeira vez aos dezessete anos, com o primeiro homem a beijá-la, o músico Paulo da Graça Mello, morto num acidente de carro em 1969. Aos dezoito, foi mãe de Ricardo Graça Mello. Mais tarde, foi casada com o ator Paulo Villaça, parceiro em Fala Baixo Senão Eu Grito, e com Nelson Motta, com quem teve as filhas Esperança e Nina.
Em declaração feita ao Fantástico em 2006, pegando carona no sucesso de sua personagem Milú, na novela Cobras & Lagartos, Marília relatou sobre a carreira e disse que não suporta contracenar com atores de mau hálito e chulé. Ela comentou que há muitos atores que não se preocupam com a higiene, sem citar nomes (foi uma indireta para seu par romântico na novela, Herson Capri). Marília alega que nunca se achou bonita e que sempre foi desengonçada.
Nos anos 60, chegou a ser presa durante a apresentação da peça Roda Viva (1968) de Chico Buarque e obrigada a correr nua por um corredor polonês [2] . Foi presa uma segunda vez, visto que era tida comocomunista, quando policias invadiram a residência, assustando a todos, inclusive o filho de sete anos, que dormia.[3]
Em 1992, apresentou o musical Elas por Elas, para a TV Globo. Ao lado da cantora Simone [4] e de Cláudia Raia tornou público o apoio ao candidato Fernando Collor de Mello,[5] nas eleições de 1989.
Em 2008, foi protagonista do longa-metragem, Polaróides Urbanas, de Miguel Falabella, onde interpreta duas irmãs gêmeas.
Em 2009, foi escalada para viver a hippie Rejane Batista na minissérie Cinquentinha, de Aguinaldo Silva. Após várias cenas gravadas, a atriz desistiu do papel, causando mal estar nos corredores da TV Globo. No lugar de Marília, entrou a atriz Betty Lago que se encaixou perfeitamente no papel, sendo muito elogiada pela crítica. Algumas notícias dizendo que o motivo para não querer seguir com a interpretação foi não se sentir à vontade com o papel, circularam na época.
Desde abril de 2010 integra o elenco da série A Vida Alheia, de Miguel Falabella, na Rede Globo, como Catarina.
Em janeiro de 2013 ocorreu a estreia do seriado Pé na Cova, em que Marília Pêra interpreta Darlene, que é maquiadora da funerária do ex-esposo Ruço (Miguel Falabella), e que vive no subúrbio.[1] Em abril de 2014, por conta de problemas pessoais, a atriz deixou o seriado. [6] , retornando às gravações no dia 11 de junho de 2014. [7]
Morreu no dia 5 de Dezembro de 2015, e chegou a passar por um tratamento devido á um desgaste ósseo na região lombar, que a fez se afastar do trabalho por um ano.[8]
Vida pessoal[editar | editar código-fonte]
Era casada, desde 1998, com o economista carioca Bruno Faria. Marília era irmã da atriz Sandra Pêra, neta da atriz Antônia Marzullo e sobrinha do ator Abel Pêra.
Carreira[editar | editar código-fonte]
Televisão[editar | editar código-fonte]
Cinema[editar | editar código-fonte]
- 1968 - O Homem que Comprou o Mundo
- 1970 - É Simonal
- 1971 - O Donzelo
- 1975 - Ana, a Libertina
- 1975 - O Rei da Noite
- 1978 - O Grande Desbum...
- 1980 - Pixote, a Lei do Mais Fraco
- 1982 - Bar Esperança
- 1983 - Areias Sagradas
- 1985 - Mixed Blood
- 1986 - Anjos da Noite
- 1989 - Dias Melhores Virão
- 1995 - Jenipapo
- 1996 - Tieta do Agreste
- 1998 - Central do Brasil
- 1999 - O Viajante
- 2000 - Amélia
- 2003 - Seja o que Deus Quiser!
- 2005 - Garrincha, a Estrela Solitária
- 2005 - Living the Dream
- 2005 - Vestido de noiva
- 2006 - Acredite, um Espírito Baixou em Mim
- 2006 - Pixote in Memoriam
- 2007 - Jogo de Cena
- 2008 - Embarque Imediato
- 2008 - Nossa vida não cabe num opala
- 2008 - Polaróides Urbanas
Teatro[editar | editar código-fonte]
- 1948 - Medéia
- 1948 - Frenesi
- 1948 - O casaco encantado
- 1960 - Terra seca
- 1960 - O rei mentiroso
- 1961 - Espanta gato (em Portugal)
- 1960 - Divorciados (em Portugal)
- 1960 - Society em baby doll (Brasil e Portugal)
- 1961 - Minha querida lady
- 1963 - Teu cabelo não nega
- 1964 – A ópera dos três vinténs
- 1964 – Como vencer na vida sem fazer força
- 1966 – Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come
- 1966 - Onde canta o sabiá
- 1967 – A megera domada
- 1967 - A úlcera de ouro
- 1968 - O barbeiro de Sevilha
- 1968 - Roda viva
- 1969 – A moreninha
- 1970 - A vida escrachada de Joana Martini e Baby Stompanato
- 1971 – A pequena notável
- 1973 – Apareceu a Margarida
- 1974 – Pippin
- 1975 – A feiticeira
- 1975 – Síndica, qual é a tua?
- 1976 – Deus lhe pague (musical)
- 1977 – O exércício
- 1978 – A menina e o vento (como atriz e também na direção)
- 1979 – Pato com laranja (ao lado de Paulo Autran)
- 1980 - Brasil da censura à abertura
- 1981 – Doce deleite
- 1983 – Adorável Júlia
- 1984 – Brincando em cima daquilo
- 1986 – O mistério de Irma Vap (apenas direção)
- 1987 – A estrela Dalva
- 1989 – Elas por ela
- 1991 - Quem matou a baronesa?
- 1992 - Elas por ela
- 1992 – A prima dona
- 1996 – Master Class
- 1997 - Padre Antonio Vieira
- 1998 – Toda nudez será castigada
- 1998 - Ciranda dos homens, carnaval dos animais
- 1999 - Além da linha d'água
- 1999 - Altar do incenso
- 2001 – Vitor ou Vitória
- 2002 - A filha da...
- 2003 – Marília Pêra canta Ari Barroso
- 2004 – Mademoiselle Chanel
- 2005 – Marília Pêra canta Carmen Miranda
- 2006 - Pasárgada! - participação em vídeo
- 2006 - W In Tour 2006 - Era Uma Vez... (direção do espetáculo da cantora Wanessa Camargo).
- 2007 - Um lobo nada mau (musical infantil - direção)
- 2008 - Doce Deleite (direção)
- 2009 - Gloriosa
- 2013 - Hello, Dolly!
Principais prêmios[editar | editar código-fonte]
- 1969 – Prêmio de Melhor Atriz de Teatro pela APCA por atuação em “Fala Baixo Senão eu Grito”
- 1969 – Prêmio de Melhor Atriz pelo Governo do Rio de Janeiro por atuação em “Fala Baixo Senão eu Grito”
- 1969 – Prêmio Molière de Melhor Atriz por atuação em “Fala Baixo Senão eu Grito”
- 1971 – Troféu Imprensa de Melhor Atriz por atuação em “O Cafona”
- 1973 – Prêmio Molière de Melhor Atriz por atuação em “Apareceu a Margarida”
- 1977 – Prêmio Mambembe de Melhor Atriz por atuação em “O Exercício”
- 1980 – Prêmio Air France de Melhor Atriz por atuação em “Pixote”
- 1981 – Prêmio de Melhor Atriz pela Sociedade de Críticos de Cinema de Boston (Society of Films Critics), Estados Unidos, pela atuação em “Pixote"
- 1982 – Prêmio de Melhor Atriz pela Sociedade de Críticos de Cinema dos Estados Unidos (National Society of Critics Awards - USA), pela atuação em “Pixote"
- 1983 – Kikito de Ouro de Melhor Atriz (Festival de Gramado) por atuação em “Bar da Esperança”
- 1983 – Prêmio Air France de Melhor Atriz por atuação em “Bar da Esperança”
- 1983 – Prêmio de Melhor Atriz de Cinema pela APCA por atuação em “Bar da Esperança”
- 1983 – Prêmio Molière de Melhor Atriz por atuação em “Brincando em Cima Daquilo”
- 1983 – Prêmio Mambembe de Melhor Atriz de Teatro por atuação em “Adorável Júlia”
- 1983 – Prêmio de Melhor Atriz de Televisão pela APCA por atuação em “Quem Ama não Mata”
- 1987 – Troféu Imprensa de Melhor Atriz por atuação em “Brega & Chique”
- 1987 – Kikito de Ouro de Melhor Atriz (Festival de Gramado) por atuação em “Anjos da noite”
- 1988 – Prêmio de Melhor Atriz de Televisão pela APCA por atuação em “Brega & chique”
- 1988 – Prêmio de Melhor Atriz de Cinema pelo Festival de Cartagena (Colômbia) por atuação em "Dias melhores virão"
- 1988 – Comenda da Ordem do Rio Branco no Grau de Oficial
- 1989 – Menção como uma das Melhores Atrizes da década pela Sociedade de Críticos de Cinema dos Estados Unidos
- 1996 – Prêmio de Melhor Atriz no Festival de Havana por atuação em "Tieta do Agreste"
- 1996 – Prêmio de Melhor Atriz de Cinema pela APCA por atuação em “Tieta”
- 1996 – Prêmio de Melhor Atriz de Teatro pela APCA por atuação em “Master Class”
- 1997 – Prêmio Mambembe de Melhor Atriz de Teatro por atuação em “Master Class”
- 1996 – Prêmio Sharp de Melhor Atriz de Teatro por atuação em “Master Class”
- 1999 – Grande Prêmio Cinema Brasil, na categoria de Melhor Atriz, por atuação em "O Viajante"
- 2003 – Comenda da ordem do mérito cultural na classe de comendador - Ministério da Cultura
- 2004 – Prêmio Shell de Melhor Atriz por atuação em “Fala Baixo Senão eu Grito”
- 2005 – Prêmio Qualidade Brasil de Melhor Atriz por atuação em “Mademoiselle Channel”
- 2005 – Prêmio Shell de Melhor Atriz por atuação em “Mademoiselle Channel”
- 2006 – Prêmio Eletrobrás de Melhor Atriz por atuação em "Mademoiselle Chanel"
- 2007 – Lente de Cristal de Melhor Atriz no Festival de Cinema de Miami por atuação em "Polaróides Urbanas"
- 2007 – Prêmio Faz Diferença 2006 de Melhor Atriz por atuação em "Mademoiselle Chanel"
- 2008 – Prêmio Contigo! De Melhor Atriz Coadjuvante por atuação em “Duas Caras”
- 2009 – Prêmio Arte Qualidade Brasil de Melhor Atriz Teatral Musical por atuação em “A Gloriosa”
- 2009 - Prêmio Brasil, por sua fisionomia. Marília não gostou da indicação e o dedicou a Susana Vieira.
Referências
- ↑ ab c (24 de março de 2013) Quebrando Regras. Estado de Minas: 5-8 (Acesso restrito apenas para assinantes.). Visitado em 26 de março de 2013.
- ↑ Banco de Dados Folha
- ↑ Te Contei - Perfil de Marília Pêra
- ↑ Declaração feita no programa Cara a Cara, TV Bandeirantes, 1993
- ↑ Observatório da Imprensa
- ↑ Marília Pêra deixa "Pé na Cova" por problema de saúde.
- ↑ Gshow (11 de junho de 2014). Marília Pêra volta a gravar 'Pé na Cova' Por Trás das Câmeras - Pé na Cova. Visitado em 14 de julho de 2014.
- ↑ G1 (5 de dezembro de 2015). Morre no Rio a atriz Marília Pêra G1. Visitado em 05 de dezembro de 2015.
- ↑ Gshow (13 de janeiro de 2011). Marília Pêra Marília Soares Pêra nasceu em 22 de janeiro de 1943, no bairro do Rio Comprido, no Rio e foi filha, neta e sobrinha de atores. Em depoimento ao site Memória Globo, ela se lembrou de que “estreou” aos 19 dias de vida: “Minha mãe diz que eu entrei no colo de uma atriz, amiga dela, numa peça em que precisavam de um bebê”.A estreia na carreira artística de fato aconteceu aos 4 anos, quando ela começou a trabalhar na Companhia de Henriette Morineau, interpretando uma das filhas de Medéia na peça homônima de Eurípedes, na qual também atuavam seus pais, Manoel Pêra e Dinorah Marzullo. “Fui criada dentro das coxias. Eu me preparei para ser atriz olhando os grandes atores, os atores, os maus atores. Meus pais trabalharam muito com Madame Morineau e com Dulcina de Moraes também. Eu pude ter essa visão do teatro feito por uma trágica, Madame Morineau, e por uma comediante de primeiríssima, Dulcina”, relembrou ao site Memória Globo.Ao longo da carreira, Marília foi atriz, cantora, bailarina, diretora, produtora e cenógrafa. Ao mesmo tempo em que estreava profissionalmente no teatro, começou a estudar piano. “Meu pai não queria que eu fosse atriz de jeito nenhum. A profissão de ator, naquela época, era muito sacrificada, e eles tinham uma vida muito dura”. Dos 14 aos 21 anos, atuou como bailarina em musicais e revistas como Minha Querida Lady (1962), protagonizado por Bibi Ferreira, e O Teu Cabelo Não Nega (1963), biografia de Lamartine Babo, como Carmen Miranda – papel que repetiria algumas vezes em sua carreira. Também foi Manoel Pêra quem a incentivou a estudar balé clássico e a levou para a televisão, para dançar. “Meu pai e minha mãe faziam a TV Tupi quando a emissora começou. E havia um programa de balé semanal, acho que às segundas-feiras. Nós passávamos a semana inteira ensaiando, na ponta do pé, e depois íamos fazer ao vivo esse balé”, conta. Nessa época, trabalhou também em programas como Espetáculos Tonelux, Grande Teatro Tupi, Grande Teatro da Imperatriz das Sedas, Teatrinho Troll e Câmera Um.Em 1959, Marília abandonou os estudos e se casou com o ator Paulo Graça Mello, com quem teve um filho, Ricardo, também ator e cantor. Nessa época ela atuava como bailarina em musicais, o que continuou fazendo até os 21 anos. Quando tinha 18, viajou por Brasil e Portugal com a peça “Society em baby-doll”. Outro destaque foi “Como vencer na vida sem fazer força”, trabalhando ao lado de Procópio Ferreira, Moacyr Franco e Berta Loran.Em 1965, já separada, foi contratada pelo diretor Abdon Torres para integrar o elenco inicial da TV Globo. Em seus primeiros tempos na emissora, protagonizou as novelas “Rosinha do sobrado”, “Padre Tião” e “A Moreninha”, versão para a TV do romance escrito por Joaquim Manuel de Macedo. O autor da adaptação era o ex-sogro da atriz, Graça Mello.“Esse comecinho da Globo era muito divertido, porque tudo era muito experimental. Como ninguém sabia nada, o brinquedo era muito novo para todo mundo, havia muita criatividade”, afirmava ela.Na segunda metade dos anos 1960, Marília esteve nas peças “Onde canta o sabiá”, de Gastão Tojero; “Se correr o bicho pega”, de Oduvaldo Vianna Filho e Ferreira Gullar; “A ópera dos três vinténs”, de Bertold Brecht e Kurt Weill; “A megera domada”, de William Shakespeare; “O barbeiro de Sevilha”, de Beaumarchais; e “Roda viva”, de Chico Buarque.Na mesma época, na TV Tupi, esteve na novela “Beto Rockfeller” (1968), um dos maiores sucessos da TV do país em todos os tempos. “Ali havia a história de um malandro, o herói não era politicamente correto, e isso era bem interessante”, comentou ela em seu perfil.Marília retornou à TV Globo em 1971, convidada por Daniel Filho. Logo no retorno, fez um papel que rendeu muita popularidade, a Shirley Sexy de “O cafona”. “Era muito divertido trabalhar com Francisco Cuoco, que era meu par. Ele estava quebrando a imagem de galã interpretando um cara que fazia tudo errado. Era a primeira vez que ele fazia comédia”, afirmou.Ainda em 1971, emendou outro sucesso, “Bandeira 2”. Sua personagem era a taxista Noeli, do qual ela se recordava com humor: “Eu nunca tinha dirigido carro, era uma barbeiragem só”. Em seguida, veio “Uma rosa com amor” (1972), como Serafina Rosa Petrone. Agora, dividia cena com Paulo Goulart. Sobre este período, dizia: “Eu fazia muito essas mocinhas pobres que se apaixonavam por homens ricos que não davam bola para elas. Eles namoravam sempre mulheres lindas, ricas, elegantes. Mas, no fim, ficavam comigo. Só depois você percebe a imagem que passava, a da mocinha comum que vence na vida”.Por fim, após protagonizar “Supermanoela”, em 1974, afastou-se das novelas por oito anos, até aparecer em “O campeão” (1982), da TV Bandeirantes. Naquele mesmo ano, faria ainda a minissérie “Quem ama não mata”, novamente na Globo, que tinha como tema um crime passional. Escrita por Euclydes Marinho, a trama “causou forte impacto por causa da direção realista de Daniel Filho”, conforme cita o Memória Globo. Ao lado de Cláudio Marzo, Marília retratou um assunto controverso.“Foi numa época em que Daniel e eu conversávamos muito sobre a violência, que estava acontecendo muito próximo de nós, casais se matando por ciúmes. Foi quando morreu a Angela Diniz”, disse ela.faz participação na estreia Bastidores - Insensato Coração. Visitado em 14 de julho de 2014.
- ↑ Giovanna Antonelli volta à TV na novela 'Aquele Beijo' (em português) Redação O Dia (9 de outubro de2011). Visitado em 10 de outubro de.
- ↑ Carla Bittencourt (01 de maio de 2012). Depois de 20 anos, Gloria Menezes e Marília Pêra se reencontram em 'Louco por elas' Extra. Visitado em 14 de julho de 2014.
- ↑ Marília Pêra grava participação em Louco Por Elas como uma vidente de araque Vídeo Show - Notícias (03 de maio de 2012). Visitado em 14 de julho de 2014.
- ↑ Marília Pêra será maquiadora de defuntos em Pé na Cova (10 de janeiro de 2013). Visitado em 10 de janeiro de 2013.
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