terça-feira, 1 de março de 2016

BISCOITO

Biscoito (do latim biscoctus, que significa "cozido duas vezes"[1] ) é um produto de doçaria confecionado à base de farinhaaçúcar e um emulsionante, que pode ser leite ou uma gordura. O nome provém de um tipo de doce feito com pedaços de bolo que são novamente colocados no forno, para se tornarem mais crocantes, por sua baixa concentração de água e umidade nunca superior a 5% (a do leite em pó, por exemplo, é 3%), e também pela malha de glúten, em termos moleculares um polímero orgânico, cuja principal característica é a capacidade de retenção de gases durante a cozedura.

Bolacha[editar | editar código-fonte]

Em diversas partes do Brasil os biscoitos também são chamadas de bolachas (devido a designação de origem holandesa). Porém, em grande parte do Brasil e em Portugal, os biscoitos têm forma tridimensional, enquanto os de forma plana ou achatada são chamados de bolachas.
Segundo a ANVISA, não há diferença entre biscoito e bolacha. Ambos são produtos derivados da farinha, com a possibilidade de apresentarem coberturas, recheios, formatos e texturas diversas. [2]

História[editar | editar código-fonte]

No período em que os homens viviam em cavernas, parte de sua alimentação era baseada em grãos triturados pelos dentes. A partir disso, teve-se a ideia de se moer os grãos com pedras, misturá-los com água e secá-los no fogo duas vezes. A esses alimentos, secos e quebradiços, deu-se o nome de biscoitos. [3] Mas o confeccionamento profissional do alimento surgiu no século 7 a.C entre os persas.[4] O biscoito surge no século 7 A.C no império persa[5] e posteriormente seria a base alimentar das tripulações na época dos descobrimentos portugueses. Consistia num pão de farinha de trigo, de forma achatada, cozido no forno duas, três ou mais vezes, de modo a assegurar-lhes a durabilidade das suas qualidades alimentares durante muito tempo, deveria ser muito duro como haste de cornúpeto. Chegou a ser tal a procura de biscoito para aprovisionar as armadas dos navios que houve a necessidade de importá-los. O padre Raphael Bluteau na sua obra “Vocabulário português e latino”, chama-lhe mesmo “pão do mar” ou "pão namor". Em 1498, a ração de biscoito, por cada tripulante era de 28 arráteis por mês (o arrátel equivale a 459 gramas) o que dá um pouco mais de 12 quilos, isto é, 428 gramas por dia. Na Índia, para substituir o trigo, fazia-se uma massa de “sagu”, substância farinácea extraída da parte central de algumas palmeiras e que podia conservar-se até vinte anos.[6]
O biscoito tornou-se extremamente popular na Europa no século XVII, quando novos métodos de fabricação foram criados e adição de essências ou chocolates deram novos sabores ao alimento. Tornou-se tão popular, que esse foi o início de sua industrialização. [7]

Outros significados da palavra:[editar | editar código-fonte]

Nos Açores, o termo biscoito designa os terrenos de brecha vulcânica e os campos de lava recente, dando nome à freguesia dos Biscoitos, na ilha Terceira, e a numerosos topônimos em quase todas as ilhas daquele arquipélago.

Referências

  1. Ir para cima "Biscuit". oxforddictionaries.com. Consultado em 14 de setembro de 2014.
  2. Ir para cima "Regulamento técnico para produtos de cereais, amidos, farinhas e farelos" (PDF). anvisa.gov.br. Consultado em 19 de janeiro de 2014.
  3. Ir para cima "Biscoito ou Bolacha". pucsp.br. Consultado em 19 de janeiro de 2014.
  4. Ir para cima "Biscuits & Cookies". Food Timeline. Consultado em 15 January 2010.
  5. Ir para cima "History of Cookies - Cookie History". Whatscookingamerica.net.
  6. Ir para cima "Biscuit"Merriam-Webster. Consultado em 14 de janeiro de 2010.
  7. Ir para cima Sueli Carrasco (2011). "Biscoito ou Bolacha". PUCSP. Consultado em 07/11/2014.

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