terça-feira, 1 de março de 2016

GEOLOGIA

O geólogo estuda a origem da formação, da estrutura, da composição e das transformações da crosta terrestre. Ele investiga a ação das forças naturais sobre o planeta e seus efeitos, como a erosão e a desertificação. Analisa fósseis e minerais e a topografa dos terrenos. Localiza e acompanha a exploração de jazidas de minério, depósitos subterrâneos de água e reservas de petróleo, carvão mineral e gás natural. Todas as grandes obras de infraestrutura - hidrelétricas, barragens, linhas de metrô, pontes, túneis e viadutos - exigem a atuação de um geólogo para fazer a análise do solo e das rochas e elaborar estudo de impacto ambiental. 


Mercado de trabalho

A indústria de petróleo é a principal empregadora desse profissional no Brasil, mas o geólogo também encontra oportunidades no setor de mineração. Outras áreas que crescem em importância são as de hidrogeologia (captação de água de aquíferos) e ambiental. Nesta última, o geólogo presta consultoria em projetos relacionados a gestão ambiental, traçando planos para o gerenciamento de resíduos e tratamento de efluentes em grandes e médias empresas. O mercado de petróleo se concentra especialmente no Rio de Janeiro, mas a Petrobras também está presente em cidades como Vitória (ES), Aracaju (SE), Natal (RN) e Santos (SP). A mineração é mais forte nos estados de Minas Gerais, Pará e Bahia. O setor de geologia ambiental é marcante nos grandes centros urbanos, como Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Já o trabalho com águas subterrâneas e a prestação de consultoria ambiental tem demanda no país todo.

As melhores escolas

5 estrelas
DF Brasília UnB. MG Belo Horizonte UFMG. Ouro Preto Ufop Eng. Geológica ②. PA Belém UFPA. RJ Rio de Janeiro UFRJ. RS Porto alegre UFRGS. SP Campinas Unicamp. Rio Claro Unesp. São Paulo USP.
4 estrelas
BA Salvador UFBA. PE Recife UFPE. PR Curitiba UFPR. RJ Rio de Janeiro UERJ. RN Natal UFRN. RS São Leopoldo Unisinos $$$$.
3 estrelas
CE Fortaleza UFC. MT Cuiabá UFMT. RJ Seropédica UFRRJ. SE São Cristóvão UFS. ___________________________________________________________ *CPC (MEC) | ① ② ③ ④ ⑤ **MENSALIDADE | ($) até R$ 400,00 ($$) de R$ 400,01 a R$ 700,00 ($$$) de R$ 700,01 a R$ 1.000,00 ($$$$) de R$ 1.000,01 a R$ 1.500,00 ($$$$$) acima de R$ 1.500,01 (n/i) valor não informado | ausência de mensalidade: curso gratuito

Curso

O bacharelado começa com matérias básicas, como química, matemática, física e biologia, mas já no primeiro ano o aluno tem atividades de campo para se familiarizar com os conteúdos próprios da Geologia. Em seguida, entram no currículo algumas disciplinas específicas, como petrografia (descrição e análise de rochas), sedimentologia e paleontologia. A partir do terceiro ano, a ênfase é dada à formação profissional, com aulas de geologia econômica, sensoriamento remoto, tratamento de minérios e geologia urbana, entre outras. Parte considerável da formação do aluno ocorre em aulas práticas extraclasse. Nos trabalhos de campo, o estudante faz mapeamentos e coleta material que serão mais tarde analisados em laboratório. Em algumas escolas, exige-se, no último ano, um trabalho de conclusão de curso, que pode ser feito em campo ou em uma empresa, de acordo com o tema escolhido. Na UFPel (RS) e na ufop (MG), o curso é denominado Engenharia Geológica. 

Duração média: 5 anos. 

Outro nome: Eng. Geológica. 


A Ufopa, em Santarém (PA), oferece bacharelado interdisciplinar (BI) em Ciência da Terra, que habilita o trabalho em funções técnicas em geociência ou administrativas em governos e empresas. Após cursar três anos de disciplinas generalistas, o estudante pode também ingressar em outro bacharelado - Geologia, Ciências Atmosféricas ou Geofísica - com até dois anos de duração, obtendo dois diplomas.

O que você pode fazer

Engenharia geológica

Fazer o levantamento geológico e geotécnico de áreas para a construção de represas, túneis e estradas. Estudar a recuperação de áreas degradadas por atividades de mineração.

Geofísica

Pesquisar os fenômenos elétricos, térmicos, magnéticos, gravitacionais ou sísmicos do planeta.

Geologia ambiental

Planejar a ocupação de territórios e avaliar o risco geológico (erosões, enchentes e deslizamentos) a que essas regiões possam estar submetidas. Recuperar solos contaminados.

Geologia forense

Aplicar técnicas de geologia para elucidação de crimes.

Geologia do petróleo

Localizar e explorar reservas petrolíferas e de gás natural, dentro da área de recursos energéticos.

Hidrogeologia

Descobrir depósitos de água subterrâneos e planejar sua exploração de forma a garantir a pureza das águas.

Mineralogia

Estudar minerais e gemas, descrevendo e quantificando suas propriedades para uso industrial ou em joias.

Paleontologia

Localizar sítios que guardam fósseis, de modo a proteger o patrimônio paleontológico nacional.Geologia, do grego γη- (ge-, "a terra") e λογος (logos, "palavra", "razão")[1] , é a ciência que estuda a Terra, sua composição, estrutura, propriedades físicas, história e os processos que lhe dão forma. É uma das ciências da Terra. A geologia foi essencial para determinar a idade da Terra, que se calculou ter cerca de 4,6 bilhões de anos, e a desenvolver a teoria denominada tectônica de placas, segundo a qual a litosfera terrestre, que é rígida e formada pela crosta e o manto superior, dispõe-se fragmentada em várias placas tectônicas, as quais se deslocam sobre a astenosfera, que tem comportamento plástico. O geólogo ajuda a localizar e a gerir os recursos naturais, como o petróleo e o carvão, e os metais, como o ouro, ferro, cobre e urânio, por exemplo. Muitos outros materiais possuem interesse económico: as gemas, muitos minerais com aplicação industrial, como asbesto, pedra pomes, perlita, mica, zeólitos, argilas, quartzo, ouelementos como o enxofre e cloro.
Astrogeologia é o termo usado para designar estudos similares de outros corpos do sistema celeste.
A palavra "geologia" foi usada pela primeira vez por Jean-André Deluc, em 1778, sendo introduzida de forma definitiva por Horace-Bénédict de Saussure, em1779.
A geologia relaciona-se directamente com muitas outras ciências, em especial com a geografia e a astronomia. Por outro lado, a geologia serve-se também de ferramentas fornecidas pela químicafísica e matemática, entre outras ciências, enquanto que a biologia e a antropologia servem-se da Geologia para dar suporte a muitos dos seus estudos.
No Brasil, a profissão da geologia é regulamentada pelo Confea - Conselho Federal de Engenharia e Agronomia e fiscalizada pelos Conselhos Regionais, instalados em todos os estados brasileiros.

História[editar | editar código-fonte]

Na ChinaShen Kuo (1031 - 1095) formulou uma hipótese de explicação da formação de novas terras, baseando-se na observação de conchas fósseis de um estrato numa montanha localizada a centenas de quilómetros do oceano. O sábio chinês defendia que a terra formava-se a partir da erosão das montanhas e pela deposição de silte.
A obra Peri lithon, de Teofrasto (372-287), estudante de Aristóteles, permaneceu por milénios como obra de referência na ciência. A sua interpretação dos fósseis apenas foi revogada após a Revolução Científica. A sua obra foi traduzida para latim e para outras línguas europeias.
O médico Georg Agricola (1494-1555) escreveu o primeiro tratado sobre mineração e metalurgiaDe re metallica libri XII, em 1556, no qual se podia encontrar um anexo sobre as criaturas que habitavam o interior da Terra (Buch von den Lebewesen unter Tage). A sua obra cobria temas como a energia eólicahidrodinâmica, transporte e extracção de minerais, como o alumínio e enxofre.
Nicolaus Steno (1638-1686) foi o autor de vários princípios da geologia, como o princípio da sobreposição das camadas, o princípio da horizontalidade original e o princípio da continuidade lateral, três princípios definidores da Estratigrafia.
O Geólogo, Pintura do século XIX por Carl Spitzweg.
James Hutton é visto frequentemente como o primeiro geólogo moderno. Em 1785 apresentou uma teoria intitulada Teoria da Terra (Theory of the Earth) à Sociedade Real de Edimburgo. Na sua teoria, explicou que a Terra seria muito mais antiga do que tinha sido suposto previamente, a fim de permitir "que houvesse tempo para ocorrer erosão das montanhas de forma a que os sedimentos originassem novas rochas no fundo do mar, que ulteriormente foram levantadas e constituíram os continentes". Hutton publicou uma obra com dois volumes, acerca desta teoria, em 1795.
Em 1811George Cuvier e Alexandre Brongniart publicaram a sua teoria sobre a idade da Terra, baseada na descoberta, por Cuvier, de ossos de elefante, em Paris. Para suportar a sua teoria, os autores formularam o princípio da sucessão estratigráfica.
Em 1830Sir Charles Lyell publicou, pela primeira vez, a sua famosa obra Princípios da Geologia. Contínuas revisões foram publicadas posteriormente, até à sua morte, em1875. Lyell promoveu com sucesso durante a sua vida a doutrina do uniformitarismo, que defende que os processos geológicos são lentos e ainda ocorrem nos dias hoje. No sentido oposto, a teoria do catastrofismo defendia que as estruturas da Terra formavam-se em eventos catastróficos únicos, permanecendo inalteráveis após esses acontecimentos.
Durante o século XIX, a geologia debateu-se com a questão da idade da Terra. As estimativas variavam entre alguns milhões e os 100.000 milhões de anos. No século XX, o maior avanço da geologia foi o desenvolvimento da teoria da tectónica de placas, nos anos 60. A teoria da deriva dos continentes foi inicialmente proposta por Alfred WegenerArthur Holmes, em 1912, mas não foi totalmente aceite até a teoria da tectónica de placas ser desenvolvida.

Campos da geologia e disciplinas relacionadas[editar | editar código-fonte]

Uma descrição ilustrada de um sinclinal eanticlinal frequentemente estudados na Geologia estrutural e Geomorfologia.
Existem muitos campos diferentes dentro da disciplina geologia, e seria difícil listá-los a todos. De qualquer forma, entre eles incluem-se:

Importantes princípios da geologia[editar | editar código-fonte]

A geologia rege-se por princípios que permitem, por exemplo, ao observar a disposição actual de formações, estabelecer a sua idade relativa e a forma como foram criadas.
Princípio da Sobreposição das Camadas
Segundo este princípio, em qualquer sequência a camada mais jovem é aquela que se encontra no topo da sequência. As camadas inferiores são progressivamente mais antigas. Este princípio pode ser aplicado em depósitos sedimentares formados por acresção vertical, mas não naqueles em que a acresção é lateral (por exemplo em terraços fluviais). O princípio da sobreposição das camadas é válido para as rochas sedimentares e vulcânicas que se formam por acumulação vertical de material, mas não pode ser aplicado a rochas intrusivas e deve ser aplicado com cautela às rochas metamórficas.
Princípio da Horizontalidade Original
O princípio da horizontalidade original afirma que a deposição de sedimentos ocorre em leitos horizontais. A observação de sedimentos marinhos e não marinhos numa grande variedade de ambientes suporta a generalização do princípio.
Princípio das Relações de Corte
Este princípio, introduzido por James Hutton, afirma que uma rocha ígnea intrusiva, ou falha que corte uma sequência de rochas, é mais jovem que as rochas por ela cortadas. Esse princípio permite a datação relativa de eventos em rochas metamórficas, ígneas e sedimentares, sendo fundamental para o trabalho em terrenos orogênicos jovens e antigos. Este princípio é válido para qualquer tipo de rocha cortada por umas das estruturas acima relacionadas.
Princípio dos Fragmentos Inclusos
Este princípio de datação relativa diz que os fragmentos de rochas inclusas em corpos ígneos (intrusivos ou não) são mais antigos que as rochas ígneas nas quais estão inclusos. Este princípio, juntamente com o princípio das relações de corte, é fundamental em áreas formadas por grandes corpos intrusivos, permitindo a datação relativa não só de rochas estratificadas, mas também de rochas ígneas e metamórficas.
Princípio da Sucessão Faunística
O Princípio da Sucessão Faunística, ou Princípio da Identidade Paleontológica, diz que os grupos de fósseis (animais ou vegetais) ocorrem no registro geológico segundo uma ordem determinada e invariável, de modo que, se esta ordem é conhecida, é possível determinar a idade relativa entre camadas a partir de seu conteúdo fossilífero. Esse princípio, inicialmente utilizado como um instrumento prático, foi posteriormente explicado pela Teoria da Evolução, de Charles Darwin. Diversos períodos marcados por extinção de grande parte da vida, evidenciados nas rochas devido à escassez do conteúdo fossilífero, são conhecidos na história da Terra e levaram ao desenvolvimento da Teoria do Catastrofismo.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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