quinta-feira, 3 de março de 2016

OFICINA

Esta palavra define o local de uma atividade laboral, principalmente manual ou artesanal, tal como a que desenvolve um eletricista ou mecânico. Provém do latim "opificium", derivada de "opificis", artesão, que se formou, por sua vez, mediante a justaposição de "opus", obra, e "facere", fazer. Muitas palavras de nossa língua procedem de "opificium" e seus derivados, tais como ofício, oficial, oficioso.
Quanto a oficina, usamos essa palavra em português para designar um lugar de trabalhos técnicos ou manuais, como mecânica, eletricidade, carpintaria e outros. Em espanhol designa um trabalho de escritório, realizado em órgãos públicos ou empresas privadas.
Figurativamente refere ao lugar onde se verificam grandes transformações; um local ou sessões de encontros (meeting) entre profissionais e/ou estudantes para solução de problemas comuns: oficina de literatura; oficina de música; etc.
Oficina de automóveis: lugar onde se fazem consertos.
Oficina pedagógica: ambiente destinado ao desenvolvimento das aptidões e habilidades, mediante atividades laborativas orientadas por professores capacitados, e em que estão disponíveis diferentes tipos de equipamentos e materiais para o ensino ou aprendizagem, nas diversas áreas do desempenho profissional.Nesta época, é interessante como quase todas as instituições de ensino que conheço se envolvem em trabalhos, projetos e oficinas. Substituindo as velhas feiras dos estados e nações, as oficinas trazem uma nova roupagem aos projetos escolares; E podem ser aplicadas desde a educação infantil até a educação de jovens e adultos. Para tanto é preciso ter alguns cuidados, respondendo algumas perguntas iniciais:
  1. Por que uma oficina? Porque os alunos produzem e, enquanto produzem aprendem, utilizando os diversos níveis do aprendizado, trabalhando as diversas inteligências.
  2. Para que uma oficina? É preciso ter a clareza de objetivos: Para provocar um assunto novo; para avaliar um assunto aprendido; para realizar um aprendizado intertransdisciplinar, etc.
  3. Qual o tema? Definir com clareza e sucintamente o tema, uma vez que a oficina escolar, para crianças e adolescentes, deve ser breve e significativa, com a duração de duas horas, no máximo. Do contrário, a dispersão, o cansaço e o desinteresse se apresentam, pondo em risco todo o trabalho.
  4. Qual a carga horária? Esta deve ser prevista, analisando o tema, as atividades, a faixa etária, a quantidade de participantes e o tempo previsto.
  5. Que atividades realizar? As atividades devem ser poucas e significativas. Que o participante tenha o tempo hábil de sensibilizar-se, provocar, questionar, criar, analisar e sintetizar.
  6. Como avaliar? Há diversas formas: avaliação qualitativa ou quantitativa. O facilitador poderá utilizar uma planilha com tópicos a serem avaliados, para facilitar. Podem ser utilizados outros instrumentos, como desenhos, imagens, tabelas. É importante que a avaliação aconteça de forma interativa: do educador e do educando: sobre si mesmo e sobre o grupo.
  7. Como finalizar? É imprescindível uma reflexão que remeta o educando ao antes e depois: Como eu pensava e como eu penso agora; como eu agia como tentarei agir a partir de agora. A depender do grupo e do tema, pode-se realizar um termo de compromisso coletivo, convidando os participantes a, juntos, encontrar caminhos para as novas posturas.
A oficina deve ser dinâmica, prazerosa e envolvente, com atividades que contemplem dos mais tímidos aos mais falantes. As estratégias devem atender aos seguintes passos:
  1. Apresentação do grupo e do tema
  2. Sensibilização
  3. Provocação
  4. Atividades do grupo – Produção
  5. Apresentação das atividades
  6. Comentários
  7. Síntese / Avaliação
Assim que tiver mais um tempinho, postarei mais sobre o assunto. Deixem um recadinho emitindo opinião e solicitações que terei muita alegria em atender.
Felicidades e bom trabalho!

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