Em historiografia e em filosofia da história, o progresso (do latim Progressus, "um avanço") é a ideia de que o mundo pode se tornar gradativamente melhor no que diz respeito à ciência, tecnologia, modernização,liberdade, democracia, qualidade de vida, etc. Embora do progresso esteja frequentemente associado à noção ocidental da mudança monótona de uma tendência, em linha recta, no entanto concepções alternativas existem, como a teoria cíclica do eterno retorno formulada por Friedrich Nietzsche, ou "em forma de espiral" o progresso da dialéctica de Hegel, Marx, entre outros.
Por outras palavras, o progresso é entendido como um conceito que indica a existência de um sentido de melhorar a condição humana. A consideração de possibilidade foi fundamental para a separação daideologia feudal medieval, baseada no teocentrismo cristão (ou muçulmano) e expresso na escolástica. A partir desse ponto de vista - o qual não é o único possível em teologia - o progresso é sentido quando a história humana provem da queda do homem (o pecado original) e o futuro tende a Cristo. A história em si, interpretada como providencial, é um parêntesis na eternidade, e o homem não deve ter esperança de participar em mais do que a divindade concedida pelo Apocalipse. A crise medieval e renascentista, com o antropocentrismo, resolveram o debate dos antigos e modernos, superando o Argumentum ad verecundiam (argumento de autoridade) e revelação como fonte do conhecimento. Desde a crise da consciência europeia do final do século XVII e da era do iluminismo do século XVIII tornou-se banal expressar a ideologia dominante do capitalismo e da ciência moderna.[1] A segunda metade do século XIX foi o momento optimista do seu triunfo, com os avanços técnicos da Revolução industrial, no qual o imperialismo europeu estendeu o seu conceito de civilização para todo o mundo. A sua expressão máxima foi o positivismo de Auguste Comte. Embora os percursores pudessem ser evidentes, até depois da Primeira Guerra Mundial, não houve um verdadeiro questionamento sobre a ideia de progresso, incluindo a mudança do paradigma científico, as vanguardas na arte, e o reexaminar da ordem económico-social e política que envolveram a Revolução Soviética, a crise de 1929 e o fascismo.[1] [2]
Referências
- ↑ ab Marx, Leo; Mazlish, Bruce (1996). Progress (PDF). Fact or illusion? (em inglês) (Michigan: University of Michigan). p. 232. ISBN 0472106767. Consultado em 30 de janeiro de 2015. Parâmetro desconhecido
|notasedição=
ignorado (|notas=
) (Ajuda) - ↑ Sack, Robert David (2002). Progress (PDF). Geographical Essays (em inglês) 3 ed. (Baltimore, Maryland (EUA): The Johns Hopkins University). p. 140. ISBN 0801868718. Consultado em 30 de janeiro de 2015. Parâmetro desconhecido
|notasedição=
ignorado (|notas=
) (Ajuda)Ordem e Progresso é a frase que está escrita na bandeira brasileira, e é o lema nacional, desde sua formação, e foi idealizada por Raimundo Teixeira Mendes.A expressão ordem e progresso é o lema político do positivismo, e é uma forma abreviada do lema de autoria do positivista francês Auguste Comte: "O Amor por princípio e a Ordem por base; o Progresso por fim”. O positivismo possui ideais republicanos, como a busca de condições sociais básicas, através do respeito aos seres humanos, salários dignos etc., e também o melhoramento do país em termos materiais, intelectuais e, principalmente, morais .No século XIX surgiu uma corrente de pensamento chamada positivismo, que teve o filósofo francês Auguste Comte como um dos seus defensores mais importantes. Ele defendia que o progresso era a uma das únicas saídas para a evolução da humanidade.Ordem e Progresso também é um livro do escritor Gilberto Freyre, publicado em 1957 em que o autor aborda a transição do regime monarquista ao republicano no Brasil.Ordem e Progresso é a frase que está escrita na bandeira brasileira, e é o lema nacional, desde sua formação, e foi idealizada por Raimundo Teixeira Mendes.A expressão ordem e progresso é o lema político do positivismo, e é uma forma abreviada do lema de autoria do positivista francês Auguste Comte: "O Amor por princípio e a Ordem por base; o Progresso por fim”. O positivismo possui ideais republicanos, como a busca de condições sociais básicas, através do respeito aos seres humanos, salários dignos etc., e também o melhoramento do país em termos materiais, intelectuais e, principalmente, morais .No século XIX surgiu uma corrente de pensamento chamada positivismo, que teve o filósofo francês Auguste Comte como um dos seus defensores mais importantes. Ele defendia que o progresso era a uma das únicas saídas para a evolução da humanidade.Ordem e Progresso também é um livro do escritor Gilberto Freyre, publicado em 1957 em que o autor aborda a transição do regime monarquista ao republicano no Brasil.Costuma-se dizer que os números não mentem. Isso não significa que de vez em quando não nos escondam deslavadamente a verdade. Por exemplo, se derrubássemos todas as árvores do Brasil e vendêssemos a madeira, faríamos crescer assustadoramente o Produto Interno Bruto, o PIB (ou, GDP, Gross Domestic Product). O PIB “ficaria bonito”. Mas isso não seria desenvolvimento, nem progresso. Muito pelo contrário. Se ocorresse um grande desastre natural, com enchentes e desmoronamentos, o gigantesco trabalho de resgate e reconstrução geraria enorme atividade econômica e uma formidável quantidade de dinheiro trocaria de mãos. A medida dessa atividade se refletiria no aumento do PIB – que é um índice de atividade econômica e não foi feito para medir progresso quando Simon Kuznets o criou há cerca de 80 anos. Mesmo assim, acaba sendo usado como medida de progresso.Os números que medem nosso sucesso ou fracasso governam as escolhas que fazemos. Quando corremos apenas atrás do PIB, estamos deixando de medir valores como bem-estar e felicidade. Somos o que medimos, obtemos o que medimos e administramos o que medimos. Se você não pode medir, você não pode administrar. E, como não medimos felicidade…
Um pouco desse raciocínio está no centro de uma discussão que cresce e ganha destaque neste ano de Rio+20, a conferência planetária prevista para junho, no Rio de Janeiro, onde líderes de quase 200 países se reunirão para discutir qual o futuro que queremos. A discussão é em torno do índice FIB, Felicidade Interna Bruta (Gross National Hapinness, ou GNH). O termo foi usado pela primeira vez em 1972 por Jigme Singya Wangchuck, rei do Butão.A ideia não é usar o pacato e modesto modo de vida butanês para inspirar o mundo, mas sim considerar que riqueza e progresso não são reflexos apenas de crescimento econômico, mas sim a combinação de desenvolvimento material com psicológico, cultural e espiritual. “A importância da felicidade na vida humana tem sido frequentemente tratada com certa negligência no discurso dominante sobre questões econômicas contemporâneas”, diz o bengali Amartya Sen, Nobel de Economia de 1998.Muitos sábios se perguntam como a Economia, essa “ciência lúgubre e cinzenta” poderia, de alguma forma, medir a felicidade. O fato é que nos últimos 40 anos, a discussão sobre FIB vem avançando, assim como as experiências de pesquisa e medida. Parece que ainda não com uma proposta que permita trocar de uma vez uma fórmula por outra, mas como uma tentativa de redefinir a medida de progresso.Três anos atrás, num congresso realizado no Brasil, a lista divulgada com as nove dimensões do FIB eram as seguintes:
- uso do tempo,
- educação,
- meio ambiente,
- padrão de vida,
- bem-estar psicológico,
- saúde,
- vitalidade comunitária,
- cultura e
- governança.Vários pesquisadores, economistas e líderes têm se dedicado a refletir sobre as possibilidades do FIB. Agora no começo de abril, um grupo de cerca de 600 pessoas de vários países se reúne na sede das Nações Unidas, em Nova York, para discutir o tema, a convite do primeiro-ministro do Butão. Faz parte da programação a preparação do documento “Felicidade e Bem-Estar: Definindo um Novo paradigma Econômico”, que deve se desdobrar em discussões na Rio+20 e a apresentação dos resultados de um workshop promovido pelo Earth Institute, da Universidade de Colúmbia, liderado por Jeffrey Sachs. “Neste momento em que o Brasil está se tornando uma potência mundial, qual o caminho a seguir?”, questiona a psicóloga e antropóloga Susan Andrews, diretora do parque ecológico Visão Futuro, no interior de São Paulo, e coordenadora do FIB no Brasil. “Será que deve ser o mesmo dos Estados Unidos, onde o PIB aumentou três vezes desde 1950, mas a felicidade declinou? Ou seria outro caminho?”.Nem todos concordam com ela. Como nem todos concordam com o uso irrestrito do PIB, ou do FIB. Mas cresce a discussão sobre esse assunto. Você pode acompanhá-la através deste blog – e também nos enviar suas opiniões.Para saber mais
(em inglês, site com documentos e propostas para a reunião sobre FIB na sede da ONU)
(em português: palestras e apresentações da V Conferência Internacional de FIB, realizada no Brasil em 2009)Leia também:Foto: Creative CommonsComentários30/03/2012 às 12:08José Eduardo Mendonça - diz:Boa, Caco. Isso deve suscitar muita conversa interessante.30/03/2012 às 22:21Caco de Paula - diz:É isso aí, Zé. Tem muitos custos escondidos — e valores não valorizados por conta de se usar a régua errada.02/04/2012 às 12:56Jomar Morais - diz:Caco, caríssimo. Parabéns! Estou feliz por ver você inteiro, de corpo e alma, neste projeto que tem tanto a ver com a qualidade de vida e a percepção da plenitude (para mim, talvez a principal ou a única “medida” da felicidade).
Sucesso e paz.
Abração!
Nenhum comentário:
Postar um comentário