A Chapada do Araripe é uma formação do relevo e sítio arqueológico localizado na divisa dos estados do Ceará, Piauí e Pernambuco, no Brasil.[1] A chapada abriga uma floresta nacional (1946), uma área de proteção ambiental (1997) e um geoparque (2006).[2]
Índice
[esconder]Etimologia[editar | editar código-fonte]
"Araripe" deriva do tupi antigo ararype, que significa "no rio das araras" (arara, arara + 'y, rio + pe, em).[3]
Características[editar | editar código-fonte]
Existem dois tipos principais de solo: latossolo e sedimentar. O primeiro, oriundo do período cretáceo, é rico em fósseis. Uma equipe do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro já pesquisou o sítio paleontológico e descobriu diversas espécies de dinossauros, tais comoSantanaraptor placidus, Angaturama limai, Irritator e Mirischia asymmetrica. Já a bacia sedimentar se caracteriza por formar aquíferos, existindo várias fontes de água espalhadas por toda a área da chapada.
A fauna local é composta por diversas espécies de répteis, insetos e mamíferos. Já foram catalogadas 290 espécies de aves presentes no livro [4]. Destaca-se o soldadinho-do-araripe, ave que corre risco de extinção e que é encontrada somente na região da floresta do Araripe.
A vegetação predominante é de cerradão. Existem faixas de transição que apresentam traços de mata atlântica, cerrado e caatinga
Interferência antrópica[editar | editar código-fonte]
Muitas cidades ocupam áreas da chapada, provocando forte impacto no ambiente. Parte considerável da mata original foi desmatada ou destruída por queimadas. O forte potencial econômico da chapada é bastante explorado por indústrias que, muitas vezes, não tomam o cuidado de zelar pelo desenvolvimento sustentável. As principais riquezas exploradas são as minas de gesso e calcário, além do extrativismo vegetal, que explora principalmente pequi, carnaúba, mandioca e frutas.
Imagens[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ Rosiane Limaverde. "OS REGISTROS RUPESTRES DA CHAPADA DO ARARIPE, CEARÁ, BRASIL" (PDF). Fundação Casa Grande-Memorial do Homem Kariri.
- ↑ Amancio Calland Sales Costa; Francisco Idalécio de Freitas; Maria Helena Hessel. "ESTUDOS TÉCNICOS CIENTÍFICOS - GEOTOPES DO GEOPARK ARARIPE" (PDF).
- ↑ NAVARRO, E. A. Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013. p. 545.
- ↑ Aves da Chapada do Araripe
Ver também[editar | editar código-fonte]
Localizada ao Sul no Estado, na região do Cariri, a Chapada do Araripe se encontra na divisa entre o Ceará e Pernambuco e é uma reserva ecológica que reúne fontes naturais, grutas e sítios paleontológicos.
Segundo dados do Governo Estadual, as formações florestais que abundam nas serras possuem árvores com até 30 metros de altura com espécies conhecidas como ‘madeira de lei’, e vegetais de palmas pendentes -destacando-se a samambaia e algumas orquídeas. As fontes do Cariri surgem na chapada a 700 metros de altitude.
Floresta Nacional do Araripe
Datada de 120 milhões de anos, a floresta possui mil metros de altitute e abrigafósseis de dinossauros e peixes. As relíquias podem ser encontradas no Museu de Paleontologia em Santana do Cariri (cidade a cerca de 60 km do Crato). O Museu funciona de terça-feira a sábado, das 8h às 16h; aos domingos, das 8h às 14h. A entrada é gratuita.
A Floresta que tem uma enorme diversidade de pássaros, animais e vegetais, além de relíquias arqueológicas. Até poucos anos atrás era possível encontrar por lá onça pintada, extinta ilegalmente por caçadores. Em 1946, o local foi considerado reserva ecológica.
Com uma área de aproximadamente 250 km de comprimento por 30 km a 60 km de largura, a Floresta do Araripe é área de proteção ambiental e possui cerca de 214 fontes de água.
As cidades da região
Além das principais cidades – Crato e Barbalha, situadas no pé da serra, e Juazeiro do Norte – também vale a pena conhecer Santana do Cariri, Missão Velha e Jardim, todas com ótima infraestrutura para receber os visitantes. Em Nova Olinda vale visitar oSítio Zabelê onde há um restaurante de comidas típicas e várias atrações para crianças. Em Santana do Cariri é obrigatória a visita ao Museu dos Fósseis.
A cidade do Crato oferece uma enorme variedade de opções para o visitante, entre elas a Cascata do Sítio Rosto, cuja vem de nascentes da Floresta Nacional do Araripe.
A 60km de Crato está Exu, cidade natal de Luiz Gonzaga. No local da casa onde ele nasceu e viveu hoje há um museu sobre sua vida. A visita é fundamental para se conhecer mais detalhes da vida deste nobre nordestino.
Outro ponto turístico da região é o Balneário do Caldas, a 10 km do centro de Barbalha. O local tem cinco fontes naturais com águas de temperatura de 26° C, além de bicas, piscinas, restaurantes e o Hotel Bom Jesus do Caldas (tel. 88 – 3573.1133).
Juazeiro, a meca do Padre Cícero Romão Batista, é o maior centro de romarias do Ceará e sede dos melhores hotéis da região do Cariri.
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SAIBA MAIS
dicas bacanas
» Pare na estrada, na subida da serra, para ver o pôr do sol por sobre todo o Vale do Cariri, passear pelas minúsculas estradas de terra que cortam a floresta, respirar ar puro e ouvir uma infinidade de tipos de cantos de pássaros.
» Peça ao guarda florestal para subir na torre de observação. Lá de cima, sobre todas as enormes árvores, é possível observar a floresta sem fim e densa até depois do horizonte.
» Se tiver medo de altura, não vale a pena arriscar para contemplar o visual de cima da torre. O vento é muito forte e o elevador é manual.
» Contrate um guia para passear na floresta. Quem não conhece bem a região corre o risco de se perder.
» Conheça o bar Pendência ou Baixa do Maracujá, na floresta. O passeio tem que ser feito com um guia. Lá o visitante encontra bica com água mineral e, de tardezinha, é possível apreciar duelos de cantadores da própria serra. A cerveja não é gelada, apenas fria, porque a geladeira é a gás. Se tiver oportunidade, não deixe de ver a garrafa da famosa cachaça Xanduzinha, que não é mais fabricada e que a proprietária não vende de jeito nenhum. A cachaça foi cantada por Luiz Gonzaga nos versos “ai Xanduzinha, Xanduzinha meu xodó”.
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