sábado, 16 de abril de 2016

FLOR

Flor é o órgão de reprodução das plantas, é a parte de onde sairá a semente ou o fruto.
A flor é símbolo da beleza feminina. Pelo fato de murcharem depressa, também podem simbolizar a inconstância e efemeridade da vida.
Pelo seu perfume, beleza e variedade de cores, as flores são cultivadas para ornamentar, presentear e, com uso menos frequente, na culinária.
As flores estão repletas de simbologia. No mundo elas podem simbolizar jovialidade, energia, nova vida e vitória sobre a morte. As flores são também usadas na decoração de grandes eventos para transmitir algum significado específico. Por exemplo, nos casamentos, as flores levadas pelas damas de honra são uma alusão à feminilidade e fertilidade. Como as flores dependem do sol, elas também estão associadas a ele. Muitas pessoas acreditam que as flores expressam a felicidade de Deus quando elas brotam na Primavera.

Cultura Popular

Rosa
As flores também possuem significados relacionados com a cor, forma e nome, sendo que existem flores representativas para cada ocasião. Há algum tempo atrás, as flores eram presentes oferecidos somente por namorados, mas atualmente, porque as flores têm muitos significados diferentes, flores também são oferecidas como prova de amizade, admiração e respeito.
As flores são extremamente populares no universo das tatuagens, tendo em conta que são dos desenhos mais usados nessa forma de arte. De todas as flores que as pessoas escolhem imortalizar através da tatuagem, a rosa é a mais popular.
As rosas são as flores mais simbólicas em todo o mundo, seja pela sua variedade de cores e aromas ou pelos significados que despertam no imaginário popular. As cores das rosas podem representar paixão (vermelhas), felicidade (amarelas), amizade (cor-de-rosa), fidelidade (brancas) etc.
Para uma mesma flor, podem existir diferentes significados, pois são criações populares e, por isso, sujeitas a variações. Também podem expressar sentimentos distintos influenciados pela cultura de cada país.

Culinária

Algumas flores são comestíveis e utilizadas na culinária para cozinhar, acrescentar em saladas, decorar o prato, etc. Para tal é necessário ter conhecimento sobre quais flores são próprias para consumo humano.

Sentido Figurado

No sentido figurado, flor é um termo utilizado em diferentes contextos, por exemplo: chamar alguém de "flor" indica que é uma pessoa simpática, delicada, gentil ou bela; "flor da idade" simboliza a juventude, uma época alegre, com muito brilho e colorido, em que se desabrocham variados sentimentos e emoções; "fina flor" designa a parte mais importante, a elite; "à flor de" significa à superfície de, ao nível de. Popularmente, dizer que alguém "não é flor que se cheire" se refere a uma pessoa não confiável.Flor é a estrutura reprodutora característica das plantas Angiospérmicas (espermatófitas). A função de uma flor é produzir sementes através da reprodução sexuada. Para as plantas, as sementes representam o embrião, que irá germinar quando entrar em contato com um substrato propício; as sementes são o principal meio através do qual as espécies de espermatófitas (angiospermas e gimnospermas) se perpetuam e se propagam.
Apesar de estruturas homólogas, apenas as Angiospermas possuem flores, enquanto que as gimnospermas posseum estróbilos. Alguns grupos de Gimnospermas, como o Gnetum produzem estruturas que lembram flores ou inflorescências, mas não apresentam a estrutura de uma flor, na qual verticilos férteis (androceu e gineceu) são envoltos por um perianto.
A flor típica de angiospérmica é composta por quatro tipos de folhas modificadas, tanto estrutural como fisiologicamente, para produzir e proteger os gametassépalas,pétalasestames e carpelos.[1]
Nas angiospérmicas, a flor dá origem, após a fertilização e por transformação de algumas das suas partes, a um fruto que contém as sementes.[2]
Os grupo das angiospérmicas, com mais de 250 mil espécies, é uma linhagem com sucesso evolutivo, comportando a maior parte da flora terrestre existente, sendo dominante desta deste do final do Cretáceo. A flor de angiospérmica é a característica que define o grupo e é, provavelmente, um fator chave para o seu êxito evolutivo. A flor é uma estrutura complexa, cujo plano organizacional encontra-se conservado em quase todos os membros do grupo, embora apresente uma grande diversidade na morfologia e fisiologia de todas e cada uma das peças que a compõem. A base genética e adaptativa de tal diversidade está a começar a ser compreendida em profundidade,[3] assim como a sua origem, que data do Cretácico inferior, e sua posterior evolução em estreita interação com os animais que se encarregam de transportar e disseminar os gametas.
Independentemente dos aspectos já assinalados, a flor é um objeto importante para os seres humanos. Através da história e das diferentes culturas, a flor sempre teve um lugar nas sociedades humanas, quer pela sua beleza intrínseca quer pelo seu simbolismo. De facto, cultivamos espécies para que nos providenciem flores, desde há mais de 5 mil e, actualmente, essa arte transformou-se numa indústria em contínua expansão: a floricultura.

Definição[editar | editar código-fonte]

Ixora coccinea
Uma Dahlia.
A flor é uma estrutura de crescimento determinado que é composta por folhas modificadas, quer estrutural quer funcionalmente, com vista à realização das funções de produção dos gametas e de protecção dos mesmos, através dos antófilos.[a][2]
caule caracteriza-se por um crescimento indeterminado. Em contraste, a flor apresenta um crescimento determinado, já que o seu meristema apical pára de se dividirmitoticamente depois da produção de todos os antófilos ou peças florais. As flores mais especializadas têm um período de crescimento mais curto e produzem um eixo mais curto e um número mais definido de peças florais em relação às flores mais primitivas.
A disposição dos antófilos sobre o eixo, a presença ou ausência de uma ou mais peças florais, o tamanho, a pigmentação e a disposição relativa das mesmas, são responsáveis pela existência de uma grande variedade de tipos de flores. Tal diversidade é particularmente importante nos estudos filogenéticos e taxonómicos das angiospérmicas. A interpretação evolutiva dos diferentes tipos de flores têm em conta os aspectos da adaptação da estrutura floral, particularmente aqueles que estão relacionados com apolinização, a dispersão dos frutos e das sementes e a protecção das estruturas reprodutoras contra os predadores.[4] [5] [6]

Morfologia das flores[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Morfologia floral

Diversidade e tendências evolutivas[editar | editar código-fonte]

Com mais de 250 mil espécies, as angiospérmicas formam um grupo taxonómico com sucesso evolutivo, que comporta a maior parte da flora terrestre existente. A flor é a característica que define o grupo e é, provavelmente, um factor-chave no seu êxito evolutivo.[3]
A flor está unida ao caule por uma estrutura denominada pedicelo, que se dilata na sua parte superior para formar o receptáculo floral, no qual se inserem as diversas peças florais. Essas peças florais são folhas modificadas que estão especializadas nas funções de reprodução e de protecção. De fora para dentro de uma flor típica de angiospérmica podem ser encontradas peças estéreis, com função de protecção, e que são compostas por sépalas e pétalas. Por dentro das pétalas dispõem-se as denominadas peças férteis, com função reprodutiva, e que são compostas por estames e carpelos. A proteção dos óvulos em carpelos é uma novidade evolutiva das Angiospermas. Esta estrutura protege os óvulos e torna o processo de fecundá-los indireto. O pólen nas Angiospermas germina na região estigmática originando um tubo polínico que se alonga até dar acesso aos gametas para fecundar o óvulo.[7]
A flor das angiospérmicas é uma estrutura complexa, cujo plano organizacional se encontra conservado em quase todas as angiospérmicas, com a notável excepção deLacandonia schismatica (Triuridaceae) que apresenta os estames em posição central rodeados dos carpelos.[8] [9] Esta organização tão pouco variável não indica de modo algum que a estrutura floral se encontra conservada através das diferentes linhagens de angiospérmicas. Pelo contrário, existe uma tremenda diversidade na morfologia efisiologia de todas e cada uma das peças que compõem a flor, cuja base genética e adaptativa está a começar a ser compreendida em profundidade.[3]
Foi sugerido que existe uma tendência na evolução da arquitectura floral, desde un plano "aberto", no qual as variações são determinadas pelo número e disposição das peças florais, até um plano "fechado", no qual o número e disposição das peças são fixados.[10] Em tais estruturas fixas, as elaborações evolutivas ulteriores podem ter lugar através daconcrescência, ou seja, por meio da fusão ou estreita conexão das diferentes partes.[11] O plano de organização "aberto" é comum nas angiospérmicas basais e nas primeiraseudicotiledóneas, enquanto que o plano de organização "fechado" é a regra no clado Gunneridae (ou eudicotiledóneas nucleares) e nas monocotiledóneas.[12]

Fórmula floral[editar | editar código-fonte]

A fórmula floral é um sistema muito útil de representação da estrutura de uma flor, em que se usam letras, números e símbolos específicos.
Normalmente, a fórmula geral é usada para representar as características morfológicas de uma determinada família de plantas, e não de uma espécie particular.[13]
Assim temos:
  • K = cálice ou S = sépalas (ex.: S5 = cinco sépalas)
  • C = corola ou P = Pétalas (ex: C3(x) = número de pétalas é múltiplo de três)
  • Z = acrescente se zigomórfica (ex: CZ6 = zigomórfica com 6 pétalas)
  • A = androceu ou E = estames, a parte masculina; ex.: A∞ = vários estames constituídos por uma antera e um filete cada um
  • G = gineceu ou C = carpelos (parte feminina; ex.: G1 = monocarpelar)
  • x - indica um "número variável"
  • ∞ - indica "muitos
Usa-se algarismos para mostrar o número de peças em cada ciclo e, se estiverem soldadas entre si, coloca-se entre parênteses.
As letras H, P ou E, colocadas no final, indicam se a flor é hipógina perígina ou epígina e os símbolos " */* "ou " * " indicam, respectivamente, se a simetria é bilateral ou radial.
Mature flower diagram-es.svg
A fórmula floral poderá ser algo assim:
K5C5A10-∞G1

Função[editar | editar código-fonte]

Abelha com grãos de pólen
A função da flor é mediar a união dos esporos masculino (micrósporo) e feminino (megásporo) num processo denominado polinização. Muitas flores dependem do vento para transportar o pólen entre flores da mesma espécie. Outras dependem de animais (especialmente insetos) para realizar este feito. O período de tempo deste processo (até que a flor esteja totalmente expandida e funcional) é chamado anthesis. A maior flor encontrada é a Rafflesia arnoldii, espécie na qual alguns dos exemplares encontrados já chegaram a 1 metro de diâmetro e 11 kg.[14]
Muitas das coisas na natureza desenvolveram-se para atrair animais polinizadores. Os movimentos do agente polinizador contribuem para a oportunidade de recombinação genética com uma população dispersa de plantas. Flores como essas são chamadas de entomófilas (literalmente: amantes de insetos). Flores normalmente têm nectários em várias partes para atrair esses animais. Abelhas e pássaros são polinizadores comuns: ambos têm visão colorida, assim escolhendo flores de coloração atrativa. Algumas flores têm padrões, chamados guias de néctar, que são evidentes no espectro ultravioleta, visível para abelhas, mas não para os humanos. Flores também atraem os polinizadores pelo aroma. A posição dos estames assegura que os grãos de pólen sejam transferidos para o corpo do polinizador. Ao coletar néctar de várias flores da mesma espécie, o polinizador transfere o pólen entre as mesmas.
O aroma das flores nem sempre é agradável ao nosso olfato. Algumas plantas como a Rafflesia, e a PawPaw Norte-Americana (Asimina triloba) são polinizadas por moscas, e produzem um cheiro de carne apodrecida para atrair estes tipos de insetos.
Outras flores são polinizadas pelo vento (as gramíneas por exemplo) e não precisam atrair agentes polinizadores, tendendo assim a possuir aromas discretos. Flores polinizadas pelo vento são chamadas de anemófilas. Sendo assim o pólen de flores entomófilas costuma ser grudento e de uma granulatura maior, contendo ainda uma porção significante de proteína (outra recompensa para os polinizadores). Flores anemófilas são normalmente de granulatura menor, muito leves e de pequeno valor nutricional para os insetos.
Existe muita contradição sobre a responsabilidade das flores nas alergias. Por exemplo, o entomófilo Goldenrod(Solidago) é frequentemente culpado por alergias respiratórias, o que não é verdade, pois seu pólen não é carregado pelo ar. Por outro lado, a alergia é normalmente causada pelo pólen da anemófila Ragweed(Ambrosia), que pode vagar com o vento por vários quilômetros.

Hermafroditismo[editar | editar código-fonte]

Ao contrário do que normalmente é lido, nenhuma flor pode ser considerada hermafrodita. Como hermafrodita, considera-se o organismo capaz de produzir gametas masculinos e femininos. No entanto, a flor, por ser uma estrutura do esporófito, é estritamente assexuada; não produz gametas e sim esporos. Os esporos são responsáveis pela reprodução assexuada do vegetal. Dessa forma, a flor fica impedida de ser designada hermafrodita. A confusão deve-se à prática botânica que convencionou chamar o megásporo de "esporo feminino" e o micrósporo de "esporo masculino", devido à diferença de tamanho entre eles - o mesmo parâmetro usado para diferenciar os gametas feminino (maior) e masculino (menor).

Referências

  1. Ir para cima University of Hamburg. Department of Biology. Botany on line.Flower Morphology of Plants. Consultado el 5 de abril de 2009;
  2. ↑ Ir para:a b Font Quer, P. (1982). Diccionario de Botánica. 8ª reimpresión Barcelona: Editorial Labor, S. A [S.l.] ISBN 84-335-5804-8.
  3. ↑ Ir para:a b c Damerval, C.; Nadot, S. 2007. Evolution of Perianth and Stamen Characteristics with Respect to Floral Symmetry in Ranunculales. Ann. Bot. 100: 631-640.
  4. Ir para cima Barnard, G. 1961. The interpretation of the angiosperm flower. Aust. J. Sci. 24: 64-72.
  5. Ir para cima Carlquist, S. 1969. Towards acceptable evolutionary interpretations of floral anatomy. Phytomorphology 19:332-362.
  6. Ir para cima Foster, A.S. & Gifford, E.M. 1974. Comparative morphology of seed plants. San Francisco, Freeman & Co.
  7. Ir para cima University of Hamburg. Department of Biology. Botanic on line.Flower Morphology of Plants. Consultado a 5 de Abril de 2009.
  8. Ir para cima J. Marquez-Guzman, M. Engleman, A. Martinez-Mena, E. Martinez and C. Ramos. Anatomia Reproductiva de Lacandonia schismatica (Lacandoniaceae). Annals of the Missouri Botanical Garden, Vol. 76, No. 1 (1989), pp. 124-127
  9. Ir para cima Ronse De Craene LP, Soltis PS, Soltis DE. 2003. Evolution of floral structures in basal angiosperms. International Journal of Plant Sciences 164.
  10. Ir para cima Endress PK. Origins of flower morphology. In: The character concept in evolutionary biology. Wagner GP, ed. (2001) San Diego, CA: Academic Press. 493–510.
  11. Ir para cima Endress PK. Patterns of floral construction in ontogeny and phylogeny. Biological Journal of the Linnean Society (1990) 39:153–175
  12. Ir para cima Endress PK, Doyle JA. Floral phyllotaxis in basal angiosperms: development and evolution. Current Opinion in Plant Biology (2007) 10:52–57
  13. Ir para cima González, A.M. "Flor, fórmula y diagrama floral"Morfología de Plantas Vasculares.
  14. Ir para cima Revista Mundo Estranho. "Qual é a maior flor do mundo?". Consultado em 17 de janeiro de 2013.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

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