O pinguim (RO 1971: pingüim) é uma ave da família Spheniscidae, característica do Hemisfério Sul, em especial na Antártida e ilhas dos mares austrais, chegado àTerra do Fogo, Ilhas Malvinas e África do Sul, entre outros. Apesar da maior diversidade de pinguins encontrar-se na Antártida e regiões polares, há também espécies que habitam nos trópicos como por exemplo o pinguim-das-galápagos. A morfologia dos pinguins reflete várias adaptações à vida no meio aquático: o corpo é fusiforme; as asas atrofiadas desempenham a função de barbatanas e as penas são impermeabilizadas através da secreção de óleos. Os pinguins alimentam-se de pequenos peixes,krill e outras formas de vida marinha, sendo por sua vez vítimas da predação de orcas e focas-leopardo.
O nome "pinguim" vem de uma outra ave, que habitava as regiões do Ártico e que foi extinta pela ação do homem, o arau-gigante ( Pinguinus impennis). Quando os exploradores europeus descobriram no hemisfério Sul as aves conhecidas hoje como pinguins, eles notaram a aparência muito similar ao arau-gigante, ou mesmo se confundindo com os araus, e as batizaram com esse nome, que persiste até a atualidade. Apesar de parecidos, araus e pinguins não têm nenhum parentesco próximo. O termo Pinguim é originário do galês pen gwyn, o antigo nome popular dos araus-gigantes nas ilhas Britânicas.
Os primeiros pinguins apareceram no registo geológico do Eocénico. Os pinguins constituem a família Spheniscidae e a ordem Sphenisciformes (de acordo com ataxonomia de Sibley-Ahlquist, fariam parte da ordem Ciconiformes). É uma ave marinha e nadadora, chegando a nadar com uma velocidade de até 45 km/h, passando a maior parte do tempo na água.
Índice
[esconder]Aspectos biológicos[editar | editar código-fonte]
Anatomia[editar | editar código-fonte]
Pinguins são muito adaptados à vida marinha. As asas atrofiadas são inúteis para voo no ar, porém na água são muito ágeis. Na terra, os pinguins usam a cauda e asas para manter o equilíbrio na postura erecta.
Todos os pinguins possuem uma coloração por contraste para camuflagem (vistos ventralmente a cor branca confunde-se com a superfície refletiva da água, visto dorsalmente a plumagem preta os torna menos visíveis na água).
Possuem uma camada isolante que ajudam a conservar o calor corporal na água gelada antártica. O Pinguim-imperador possui a maior massa corporal de todos os pinguins, o que reduz ainda mais a área relativa e a perda de calor. Eles também são capazes de controlar o fluxo de sangue para as extremidades, reduzindo a quantidade de sangue que esfria mas evitando as extremidades de congelar. Eles frequentemente se agrupam para conservar o calor e fazem rotação de posições para que cada pinguim disponha de um tempo no centro do bolsão de calor.
Eles podem ingerir água salgada porque as glândulas supraorbitais filtram o excesso de sal da corrente sanguínea.[1] [2] O sal é excretado em um fluido concentrado pelas passagens nasais.
Alimentação[editar | editar código-fonte]
A dieta dos pinguins dos gêneros Aptenodytes, Megadyptes, Eudyptula e Spheniscus consiste principalmente em peixes. O gênero Pygoscelis fundamentalmente de plâncton. A dieta do género Eudyptes é pouco conhecida, mas se acredita que muitas espécies alimentam-se de plâncton. Em todos os casos a dieta é complementada comcefalópodes e plâncton.
Reprodução[editar | editar código-fonte]
Há espécies de pinguins cujos pares reprodutores acasalam para toda a vida enquanto que outros fazem-no apenas durante uma época de reprodução. Normalmente, os progenitores cooperam nos cuidados com os ovos e com os juvenis. A forma do ninho varia, segundo a espécie de pinguim: alguns cavam uma pequena fossa, outros constroem o ninho com pedras e outros utilizam uma dobra de pele que possuem ventralmente para cobrir o ovo. Normalmente, o macho fica com o ovo e mantém-no quente, e a fêmea dirige-se para o mar com vista a encontrar alimento. Quando no seu regresso, o filhote terá alimento e então os papéis invertem-se: a fêmea fica em terra e o macho vai à procura de alimentos.
Espécies[editar | editar código-fonte]
- Gênero Aptenodytes
- Pinguim-imperador (Aptenodytes forsteri)
- Pinguim-rei (Aptenodytes patagonicus)
- Pinguim-de-ridgen (Aptenodytes ridgeni) (fóssil)
- Gênero Pygoscelis
- Pinguim-de-adélia (Pygoscelis adeliae)
- Pinguim-gentoo (Pygoscelis papua)
- Pinguim-de-barbicha (Pygoscelis antarctica)
- Gênero Eudyptes
- Pinguim-saltador-da-rocha (Eudyptes chrysocome)
- Pinguim-macaroni (Eudyptes chrysolophus)
- Pinguim-das-snares (Eudyptes robustus)
- Pinguim-de-fiordland (Eudyptes pachyrhynchus)
- Pinguim-real (Eudyptes schlegeli)
- Eudyptes sclateri
- Gênero Spheniscus
- Pinguim-de-magalhães (Spheniscus magellanicus)
- Pinguim-das-galápagos (Spheniscus mendiculus)
- Pinguim-de-humboldt (Spheniscus humboldti)
- Pinguim-africano (Spheniscus demersus)
- Gênero Eudyptula
- Pinguim-azul (Eudyptula minor)
- Pinguim-azul-do-norte (Eudyptula albosignata)
- Gênero Megadyptes
- Pinguim-de-olho-amarelo (Megadyptes antipodes)
- Pinguim-waitaha (Megadyptes waitaha)
Gêneros extintos
- Anthropodyptes
- Archaeospheniscus
- Chubutodyptes
- Pachydyptes
- Palaeeudyptes
- Palaeospheniscus
- Paraptenodytes
- Pseudaptenodytes
Ver também[editar | editar código-fonte]
- Roy e Silo
- Tux Linux
- Pinguim Watch: Um site baseado na participação voluntária de milhares de cidadãos
Notas e referências
- ↑ «Humboldt Penguin :: Saint Louis Zoo». Parâmetro desconhecido
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) (Ajuda); Parâmetro desconhecido|accessmonthday=
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) (Ajuda) - ↑ «African Penguins and Penguins of the World». Parâmetro desconhecido
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) (Ajuda)
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