São Paulo (pronuncia-se AFI: [sɐ̃w̃ ˈpawlu] ouça) é um município brasileiro, capital do estado de São Paulo e principal centro financeiro, corporativo e mercantilda América do Sul.[12] É a cidade mais populosa do Brasil, do continente americano, da lusofonia e de todo o hemisfério sul.[6] São Paulo é a cidade brasileira mais influente no cenário global, sendo considerada a 14ª cidade mais globalizada do planeta,[12] recebendo a classificação de cidade global alfa, por parte doGlobalization and World Cities Study Group & Network (GaWC).[13] O lema da cidade, presente em seu brasão oficial, é "Non ducor, duco", frase latina que significa "Não sou conduzido, conduzo".[14]
Fundada em 1554 por padres jesuítas, a cidade é mundialmente conhecida e exerce significativa influência nacional e internacional, seja do ponto de vistacultural, econômico ou político. Conta com importantes monumentos, parques e museus, como o Memorial da América Latina, o Museu da Língua Portuguesa, oMuseu do Ipiranga, o MASP, o Parque Ibirapuera, o Jardim Botânico de São Paulo e a avenida Paulista, e eventos de grande repercussão, como a Bienal Internacional de Arte, o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, a São Paulo Fashion Week e a Parada do orgulho LGBT.
O município possui o 10º maior PIB do mundo,[15] representando, isoladamente, 10,7% de todo o PIB brasileiro[10] e 36% de toda a produção de bens e serviçosdo estado de São Paulo, sendo sede de 63% das multinacionais estabelecidas no Brasil,[16] além de ter sido responsável por 28% de toda a produção científica nacional em 2005.[17] A cidade também é a sede da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBovespa), a segunda maior bolsa de valoresdo mundo em valor de mercado.[18] São Paulo também concentra muitos dos edifícios mais altos do Brasil, como os edifícios Mirante do Vale, Itália, Altino Arantes, a Torre Norte, entre outros.
São Paulo é a sétima cidade mais populosa do planeta e sua região metropolitana, com cerca de 20 milhões de habitantes,[19] é a oitava maior aglomeração urbana do mundo.[20] Regiões ao redor da Grande São Paulo também são metrópoles, como Campinas, Baixada Santista e Vale do Paraíba; além de outras cidades próximas, que compreendem aglomerações urbanas em processo de conurbação, como Sorocaba e Jundiaí. Esse complexo de metrópoles — o chamado Complexo Metropolitano Expandido — ultrapassa 30 milhões de habitantes (cerca de 75% da população do estado) e forma a primeira megalópole dohemisfério sul.[21]
História
Ver artigo principal: História da cidade de São Paulo
Fundação
A povoação de São Paulo de Piratininga surgiu em 25 de janeiro de 1554 com a construção de um colégio jesuíta por doze padres, entre eles Manuel da Nóbrega e José de Anchieta, no alto de uma colina escarpada, entre os riosAnhangabaú e Tamanduateí.[22] Tal colégio, que funcionava num barracão feito de taipa de pilão, tinha, por finalidade, acatequese dos índios que viviam na região do Planalto de Piratininga, separados do litoral pela Serra do Mar, chamada pelos índios de "Serra de Paranapiacaba".[23]
O nome São Paulo foi escolhido porque o dia da fundação do colégio foi 25 de janeiro, mesmo dia no qual a Igreja Católica celebra a conversão do apóstolo Paulo de Tarso, conforme disse o padre José de Anchieta em carta àCompanhia de Jesus:[24]
A 25 de Janeiro do Ano do Senhor de 1554 celebramos, em paupérrima e estreitíssima casinha, a primeira missa, no dia da conversão do Apóstolo São Paulo e, por isso, a ele dedicamos nossa casa![24] |
— José de Anchieta
|
Período colonial
O povoamento da região do Pátio do Colégio teve início em 1560, quando, na visita de Mem de Sá, governador-geral do Brasil, à Capitania de São Vicente, este ordenou a transferência da população da Vila de Santo André da Borda do Campo, que fora criada por João Ramalho em 1553[25] , para os arredores do colégio, denominado "Colégio de São Paulo de Piratininga", local alto e mais adequado (uma colina escarpada vizinha a uma grande várzea, a Várzea do Carmo, por um lado e, pelo outro lado, por outra baixada, o Vale do Anhangabaú), para melhor se proteger dos ataques dos índios.[22] Desta forma, em 1560, a Vila de Santo André da Borda do Campo foi transferida para a região do Pátio do Colégio de São Paulo e passou a se denominar Vila de São Paulo, pertencente àCapitania de São Vicente.[26]
São Paulo permaneceu, durante os dois séculos seguintes, como uma vila pobre e isolada do centro de gravidade da colônia, o litoral e se mantinha por meio de lavouras de subsistência. São Paulo foi, por muito tempo, a única vila no interior do Brasil. Esse isolamento de São Paulo se dava principalmente porque era dificílimo subir a Serra do Mar a pé da Vila de Santos ou da Vila de São Vicente para o Planalto de Piratininga. Subida esta que era feita pelo Caminho do Padre José de Anchieta.[28] Mem de Sá, quando de sua visita à Capitania de São Vicente, proibira o uso do "Caminho do Piraiquê" (hoje Piaçaguera), por serem, nele, frequentes os ataques dos índios.[22]
Em 22 de março de 1681, o Marquês de Cascais, donatário da Capitania de São Vicente, transferiu a capital da Capitania de São Vicente para a Vila de São Paulo, que passou a ser a "Cabeça da Capitania". A nova capital foi instalada, em 23 de abril de 1683, com grandes festejos públicos.[29]
Por ser a região mais pobre da colônia portuguesa na América, em São Paulo teve início a atividade dos bandeirantes, que se dispersaram pelo interior do país à caça de índios porque, sendo extremamente pobres, os paulistas não podiam comprar escravos africanos.[30] Saíam, também, em busca de ouro e de diamantes. A descoberta do ouro na região deMinas Gerais, na década de 1690, fez com que as atenções do reino se voltassem para São Paulo. Foi criada, então, em 3 de novembro de 1709, a nova Capitania Real de São Paulo e Minas do Ouro, quando foram compradas, pela coroa portuguesa, a Capitania de São Paulo e a Capitania de Santo Amaro de seus antigos donatários. Em 11 de julho de 1711, a Vila de São Paulo foi elevada à categoria de cidade. Logo em seguida, por volta de 1720, foi encontrado ouro, pelos bandeirantes, nas regiões onde se encontram hoje a cidade de Cuiabá e a Cidade de Goiás, fato que levou à expansão do território brasileiro para além da Linha de Tordesilhas.[31]
Quando o ouro esgotou, no final do século XVIII, teve início o ciclo econômico paulista da cana-de-açúcar, que se espalhou pelo interior da Capitania de São Paulo. Pela cidade de São Paulo, era escoada a produção açucareira para o Porto de Santos. Nessa época, foi construída a primeira estrada moderna entre São Paulo e o litoral: a Calçada do Lorena.[32]
Período imperial
Ver também: História do Império do Brasil
Após a Independência do Brasil, ocorrida onde hoje fica o Monumento do Ipiranga, São Paulo recebeu o título de Imperial Cidade, conferido por Dom Pedro I do Brasil em 1823. Em 1827, houve a criação de cursos jurídicos no Convento de São Francisco (que daria origem à futura Faculdade de Direito do Largo de São Francisco), e isso deu um novo impulso de crescimento à cidade, com o fluxo de estudantes e professores, graças ao qual, a cidade passa a ser denominada Imperial Cidade e Burgo dos Estudantes de São Paulo de Piratininga.[33] [34]
Outro fator do crescimento de São Paulo foi a expansão da produção do café, inicialmente na região do Vale do Paraíba paulista, e depois nas regiões de Campinas, Rio Claro, São Carlos e Ribeirão Preto. De 1869 em diante, São Paulo passa a beneficiar-se de uma ferrovia que liga o interior da província de São Paulo ao porto de Santos, aEstrada de Ferro Santos-Jundiaí, chamada de A Inglesa.[34]
Surgem, no final do século XIX, várias outras ferrovias que ligam o interior do estado à capital, São Paulo. São Paulo tornou-se, então, o ponto de convergência de todas as ferrovias vindas do interior do estado. A produção e exportação de café permite à cidade e à província de São Paulo, depois chamada de Estado de São Paulo, um grande crescimento econômico e populacional.[34]
De meados desse século até o seu final, foi o período que a província começou a receber uma grande quantidade de imigrantes, em boa parte italianos, dos quais muitos se fixaram na capital, e as primeiras indústrias começaram a se instalar.[34]
República Velha
Ver artigo principal: Política do café com leite
Com o fim do Segundo Reinado e início da República a cidade de São Paulo, assim como o estado de São Paulo, tem grande crescimento econômico e populacional, também auxiliado pela política do café com leite e pela grande imigração europeia e asiática para São Paulo. Sobre o grande número de imigrantes na capital paulista,Cornélio Pires recolheu, em seu livro "Sambas e Cateretês", uma modinha, de 1911, de Dino Cipriano, que descreve a impressão que o homem do interior tinha da capital paulista:[35]
!Só úa coisa aquí in S. Pólo que eu já ponhei in reparo: que só se vê é estrangero! Brasilêro é muito raro! |
— Dino Cipriano[36]
|
Durante a República Velha (1889-1930), São Paulo passou de centro regional a metrópole nacional, se industrializando e chegando a seu primeiro milhão de habitantes em 1928. Seu maior crescimento, neste período, relativo se deu, na década de 1890, quando dobrou sua população. O auge do período do café é representado pela construção da segunda Estação da Luz (o atual edifício) no fim do século XIX e pela avenida Paulista em 1900, onde se construíram muitas mansões.[35]
O vale do rio Anhangabaú é ajardinado e a região situada à sua margem esquerda passa a ser conhecida como Centro Novo. A sede do governo paulista é transferida, no início do século XX, do Pátio do Colégio para os Campos Elísios. São Paulo abrigou, em 1922, a Semana de arte moderna que foi um marco na história da arte no Brasil. Em1929, São Paulo ganha seu primeiro arranha-céu, o edifício Martinelli.[35]
As modificações realizadas na cidade por Antônio da Silva Prado, o Barão de Duprat e Washington Luís, que governaram de 1899 a 1919, contribuíram para o clima de desenvolvimento da cidade; alguns estudiosos consideram que a cidade inteira foi demolida e reconstruída naquele período.[37]
Com o crescimento industrial da cidade, no século XX, para a qual contribuiu também as dificuldades de acesso às importações durante a Primeira Guerra Mundial, a área urbanizada da cidade passou a aumentar, sendo que alguns bairros residenciais foram construídos em lugares de chácaras. A partir da década de 1920 com a retificação do curso de rio Pinheiros e reversão de suas águas para alimentar a Usina Hidrelétrica Henry Borden, terminaram os alagamentos nas proximidades daquele rio, permitindo que surgisse na zona oeste de São Paulo, loteamentos de alto padrão conhecidos hoje como a "Região dos Jardins".[35] [38]
Revolução de 1932 à contemporaneidade
Ver artigos principais: Revolução Constitucionalista de 1932 e industrialização do município de São Paulo
Em 1932, São Paulo se mobiliza no seu maior movimento cívico: a revolução constitucionalista, quando toda a população se engaja na guerra contra o "Governo Provisório" de Getúlio Vargas. Em 1934, com a reunião de algumas faculdades criadas no século XIX e a criação de outras, é fundada a Universidade de São Paulo (USP), hoje a maior do Brasil.[39] [40] Outro grande surto industrial deu-se, durante a Segunda Guerra Mundial, devido à crise na cafeicultura na década de 1930 e às restrições ao comércio internacional durante a guerra, o que fez a cidade ter uma taxa de crescimento econômico muito elevada que se manteve elevada no pós-guerra.[41]
Em 1947, São Paulo ganha sua primeira rodovia asfaltada: a Via Anchieta (construída sobre o antigo traçado do Caminho do Padre José de Anchieta), liga a capital ao litoral paulista. Na década de 1950, São Paulo era conhecida como A cidade que não pode parar e como A cidade que mais cresce no mundo.[41]
São Paulo realizou uma grande comemoração, em 1954, do "Quarto Centenário" de fundação da cidade. É inaugurado o Parque do Ibirapuera, lançados muitos livros históricos e descoberta a nascente do rio Tietê em Salesópolis. Com a transferência, a partir da década de 1950, de parte do centro financeiro da cidade que fica localizado no centro histórico (na região chamada de "Triângulo Histórico"), para a Avenida Paulista, as suas mansões foram, na sua maioria, substituídas por grandes edifícios.[41]
No período da década de 1930 até a década de 1960, os grandes empreendedores do desenvolvimento de São Paulo foram o prefeitoFrancisco Prestes Maia e o governador do estado de São Paulo Ademar de Barros, o qual também foi prefeito de São Paulo entre 1957 e 1961. Prestes Maia projetou e implantou, na década de 1930, o "Plano de Avenidas para a Cidade de São Paulo", que revolucionou o trânsito de São Paulo.[42]
Estes dois governantes são os responsáveis, também, pelas duas maiores intervenções urbanas, depois do Plano de Avenidas, e que mudaram São Paulo: a retificação do rio Tietêcom a construção de suas marginais e do Metrô de São Paulo: em 13 de fevereiro de 1963, o governador Ademar de Barros e o prefeito Prestes Maia criaram as comissões (estadual e municipal) de estudos para a elaboração do projeto básico do Metrô de São Paulo, e destinaram ao Metrô suas primeiras verbas.[43]
No início dos anos 1960, São Paulo já somava quatro milhões de habitantes. Iniciado a sua construção em 1968, na gestão do prefeito José Vicente de Faria Lima, o metrô paulistano começou a operar comercialmente em 14 de setembro de 1974 e atualmente conta com uma rede de 75,5 quilômetros de extensão e 63 estações.[44]
Atualmente, o crescimento tem-se desacelerado, devido ao crescimento industrial de outras regiões do Brasil. As últimas décadas atestaram uma nítida transformação em seu perfil econômico, que vem adquirindo, cada vez mais, matizes de um grande polo nacional de serviços e negócios, sendo considerada, hoje, um dos mais importantes centros de comércio global da América Latina.[45]
Geografia
Ver também: Região Metropolitana de São Paulo
São Paulo é a capital do estado mais populoso do Brasil, São Paulo, situando-se próximo ao paralelo 23º32'52'' sul e do meridiano 46º38'09'' oeste. A área total do município é de 1 522,986 km², de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sendo o nono maior em extensão territorial.[5] De toda a área do município, 968,3248 km² são de áreas urbanas (2000), sendo a maior área urbana do país.[7]
São Paulo está localizada junto à bacia do rio Tietê, tendo as sub-bacias do rio Pinheiros e do rio Tamanduateí papéis importantes em sua configuração. São Paulo tem altitude média de 760 metros.[7] O ponto culminante do município é o Pico do Jaraguá, com 1 135 metros de altitude acima do nível do mar,[46] localizado Parque Estadual do Jaraguá, na serra da Cantareira, onde se encontra também a segunda maior floresta urbana do mundo, no Parque da Cantareira.[47] [48]
O intenso processo de conurbação atualmente em curso na Grande São Paulo tem tornado inefetivas as fronteiras políticas entre os municípios da região, criando umametrópole cujo centro está em São Paulo e atinge municípios, como por exemplo, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema (a chamada Região do Grande ABC), Osasco e Guarulhos, entre várias outros. A Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) foi criada no ano de 1973 e atualmente é constituída por 39municípios, sendo a maior aglomeração urbana do Brasil e a terceira maior das Américas,[20] com 20 820 093 habitantes.[6] Seu Produto Interno Bruto (PIB) somava em 2009 cerca de 613 bilhões de reais.[49]
Clima
Ver artigo principal: Clima da cidade de São Paulo
O clima de São Paulo é considerado subtropical úmido (do tipo Cfa na classificação climática de Köppen-Geiger),[8] com diminuição de chuvas no inverno e temperatura média anual em torno dos 19,2 °C, tendo invernos brandos e verões com temperaturas moderadamente altas, aumentadas pelo efeito da poluição e da altíssima concentração de edifícios. O mês mais quente do ano é fevereiro (22,4 °C) e o mais frio é julho (15,8 °C).[50] A precipitação média é de 1 441 milímetros (mm) anuais, concentrados principalmente no verão, sendo janeiro o mês de maior precipitação (237 mm).[51] O tempo de insolação é de cerca de 2 000 horas/ano,[52] e a umidade do ar é relativamente elevada, com médias mensais entre 75% e 80%, sendo a média anual de 78%.[53] As estações do ano são relativamente bem definidas: o inverno é ameno e subseco, e o verão, moderadamente quente e chuvoso. Outono e primavera são estações de transição. Geadas ocorrem esporadicamente em regiões mais afastadas do centro, e em invernos rigorosos, em boa parte do município.[54]
Apesar da maritimidade que evita maiores variações de temperatura, a altitude de São Paulo faz com que nos meses mais quentes sejam poucas as noites e madrugadasquentes na cidade, sendo que as temperaturas mínimas raramente são superiores a 23 °C num período de 24 horas.[55]
Maiores acumulados de precipitação em 24 horas registrados em São Paulo (Mirante de Santana) por meses (INMET, 1961-presente)[56] | |||||
---|---|---|---|---|---|
Mês | Acumulado | Data | Mês | Acumulado | Data |
Janeiro | 106,4 mm | 16/01/1991 | Julho | 70,8 mm | 02/07/1976 |
Fevereiro | 109,5 mm | 28/02/2011 | Agosto | 45,9 mm | 28/08/2000 |
Março | 106,2 mm | 11/03/1994 | Setembro | 78,1 mm | 09/09/2009 |
Abril | 77,9 mm | 25/04/1991 | Outubro | 72,7 mm | 07/10/1991 |
Maio | 140,4 mm | 25/05/2005 | Novembro | 91,1 mm | 25/11/2002 |
Junho | 74 mm | 15/06/1987 | Dezembro | 151,8 mm | 21/12/1988 |
No inverno, porém, o ingresso de fortes massas de ar polar acompanhadas de excessivanebulosidade às vezes fazem com que as temperaturas permaneçam muito baixas, mesmo durante a tarde. Tardes com temperaturas máximas que variam entre 14 °C e 16 °C são comuns até mesmo durante o outono e o início da primavera. Durante o inverno, já houve vários registros de tardes em que a temperatura sequer ultrapassou a marca dos 10 °C, como em 24 de julho de 2013, quando a máxima foi de apenas 8,5 °C.[55]
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), desde 1961 a menor temperatura registrada em São Paulo, no Mirante de Santana, foi de 0,8 °C em 10 de julho de 1994,[55] mas o recorde mínimo foi de -2,1 °C, registrado em 2 de agosto de 1955.[57] Já a maior temperatura atingiu os 37,8 °C em 17 de outubro de 2014, ultrapassando a marca anterior de 37 °C observada em 20 de janeiro de 1999.[58] [59] O maior acumulado de precipitação observado em 24 horas foi de 151,8 mm em 21 de dezembro de 1988,[56] sendo o recorde mensal de 607,9 mm em março de 2006.[60] O menor índice de umidade relativa do ar foi registrado na tarde de 14 de agosto de 2009, de 10%.[61]
[Esconder] Dados climatológicos para São Paulo (Mirante de Santana) | |||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
Temperatura máxima absoluta (°C) | 37 | 36,4 | 34,3 | 33,4 | 31,7 | 28,8 | 30,2 | 33 | 35,5 | 37,8 | 35,3 | 34,8 | 37,8 |
Temperatura máxima média (°C) | 27,3 | 28 | 27,2 | 25,1 | 23 | 21,8 | 21,8 | 23,3 | 23,9 | 24,8 | 25,9 | 26,3 | 24,9 |
Temperatura média (°C) | 22,1 | 22,4 | 21,8 | 19,7 | 17,4 | 16,3 | 15,8 | 17,1 | 17,9 | 19 | 20,2 | 21,1 | 19,2 |
Temperatura mínima média (°C) | 18,7 | 18,8 | 18,2 | 16,3 | 13,8 | 12,4 | 11,7 | 12,8 | 13,9 | 15,3 | 16,6 | 17,7 | 15,5 |
Temperatura mínima absoluta (°C) | 11,9 | 12,4 | 12 | 6,8 | 3,7 | 1,2 | 0,8 | 3,4 | 3,5 | 7 | 7 | 10,3 | 0,8 |
Precipitação (mm) | 237,4 | 221,5 | 160,5 | 72,6 | 71,4 | 50,1 | 43,9 | 39,6 | 70,7 | 126,9 | 145,8 | 200,7 | 1 441 |
Dias com precipitação (≥ 1 mm) | 15 | 14 | 11 | 7 | 6 | 4 | 4 | 4 | 7 | 10 | 11 | 14 | 107 |
Umidade relativa (%) | 80 | 79 | 80 | 80 | 79 | 78 | 77 | 74 | 77 | 79 | 78 | 80 | 78,4 |
Horas de sol | 170,6 | 162,2 | 167,1 | 165,8 | 182,3 | 172,6 | 187,1 | 175,3 | 152,6 | 153,9 | 163 | 150,8 | 2 003,3 |
Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (normal climatológica de 1961-1990;[50] [62] [63] [51] [64] [52] [53] recordes de temperatura: 1961-presente).[55] [58] [65] |
Problemas ambientais
A poluição do ar no município é intensa,[66] devido principalmente à enorme quantidade de automóveis que circulam diariamente em suas ruas, avenidas e rodovias. AOrganização Mundial da Saúde (OMS) estabelece um limite de 20 microgramas de material particulado por metro cúbico de ar como uma média anual segura. Em uma avaliação realizada pela OMS entre mais mil cidades ao redor do mundo em 2011, a cidade de São Paulo foi classificada na 268ª posição entre as mais poluídas, com uma taxa média de 38 microgramas por metro cúbico, índice bastante superior ao limite imposto pela organização, mas inferior ao de outras cidades brasileiras, como o Rio de Janeiro (64 microgramas por metro cúbico).[67] Um estudo de 2013 apontou que a poluição atmosférica na cidade causa mais mortes do que os acidentes de trânsito.[68]
Além da poluição atmosférica, o município tem sérios problemas devido à poluição hídrica, concentrada principalmente em seus dois principais rios, o rio Tietê e o rio Pinheiros, que estão altamente degradados e são alguns dos rios mais poluídos do país.[69] Atualmente o rio Tietê passa por um programa de despoluição que dura alguns anos.
O problema do abastecimento equilibrado de água para a cidade - e para a metrópole, de uma forma geral - também se configura como questão preocupante: São Paulo possui poucas fontes de água em seu próprio perímetro, tendo de buscá-la em bacias hidrográficas distantes. O problema da poluição da água também é agravado pela ocupação irregular das áreas de mananciais, ocasionada pela expansão urbana, impulsionada pela dificuldade de acesso à terra e à moradia em áreas centrais por parte da população de baixa renda[70] e associada à especulação imobiliária e precariedade nos novos loteamentos. Com isto, também ocorre uma sobrevalorização do transporte individual sobre o transporte coletivo - levando à atual taxa de mais de um veículo para cada dois habitantes e agravando o problema da poluição ambiental.[71]
Parques e biodiversidade
Ver artigo principal: Parques da cidade de São Paulo
São Paulo possui quarenta parques municipais e estaduais,[73] como o Parque Estadual Turístico da Cantareira, parte da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde de São Paulo e que abriga uma das maiores florestas urbanas do planeta com 7 900 hectares de extensão,[74] o Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, o Parque Ibirapuera, o Parque Ecológico do Tietê, o Parque Estadual do Jaraguá, tombado como Patrimônio da Humanidade pelaUnesco em 1994, a Área de Proteção Ambiental Capivari-Monos, o Parque Estadual da Serra do Mar, o Parque Anhanguera, o Parque Villa-Lobos, o Parque do Povo, entre outros.
A cidade possui apenas entre cinco e seis metros quadrados de área verde por habitante, abaixo dos 12 m² por habitante recomendado pelaOrganização Mundial da Saúde (OMS).[75] Cerca de 21% da área do município é coberta por áreas verdes (incluindo reservas ecológicas).[76]
No município é possível observar pássaros florestais que geralmente aparecem na primavera, devido ao cinturão de mata nativa que ainda cerca a região metropolitana. Espécies como o sabiá-laranjeira, sanhaço, bem-te-vi e colibri são as mais comuns. Apesar da intensa poluição, os principais rios da cidade, o Tietê e o Pinheiros, abrigam várias espécies de animais como capivaras, gaviões, quero-quero, garças africanase ratões do banhado. Outras espécies encontradas no município são o veado-catingueiro, bugio, tucano-de-bico-verde e pavão-do-mato.[77]
Demografia
Crescimento populacional | |||
---|---|---|---|
Censo | Pop. | %± | |
1872 | 31 385 | ||
1890 | 64 934 | 106,9% | |
1900 | 239 620 | 269,0% | |
1920 | 579 033 | 141,6% | |
1940 | 1 326 261 | 129,0% | |
1950 | 2 198 096 | 65,7% | |
1960 | 2 781 446 | 26,5% | |
1970 | 5 924 615 | 113,0% | |
1980 | 8 493 226 | 43,4% | |
1991 | 9 646 185 | 13,6% | |
2000 | 10 434 252 | 8,2% | |
2010 | 11 244 369 | 7,8% | |
Est. 2015 | 11 967 825 | [6] | 14,7% |
Censos demográficos do IBGE[78] |
Ver também: Lista dos distritos de São Paulo por população
São Paulo foi a capital brasileira que mais cresceu em todo o século XX, atingindo a marca de um milhão de habitantes na década de 1930 e se configurando como o município mais populoso do Brasil desde 1960, quando ultrapassou o Rio de Janeiro em população.[79] [80] No censo demográfico de 2010, a população do município era de Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 11 253 503 habitantes, apresentando uma densidade populacional de 7 387,69 hab./km².[81] Conforme o mesmo censo, 5 924 871 eram do sexo feminino (52,65%) e 5 328 632 do sexo masculino (47,35%). Ainda segundo o mesmo censo, 11 152 344 habitantes viviam na zona urbana (99,1%) e 101 159 na zona rural (0,9%).[82] Naquele ano, o distrito mais populoso de São Paulo era Grajaú, com 360 787 habitantes, e Marsilac, no extremo sul do município, o menos populoso, com uma população de 8 258 pessoas.[83] Para 2014, a estimativa populacional é de 11 895 893 habitantes.[6]
O município possui um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) muito alto (0,805), o décimo quarto maior do estado e o 28º do Brasil.[9] Porém, a distribuição do desenvolvimento humano na cidade não é homogênea. Os distritos mais centrais em geral apresentam IDH superior a 0,9, gradualmente diminuindo à medida que se afasta do centro, até chegar a valores de cerca de 0,7 nos limites do município.[85] Isto se deve a questões históricas, uma vez que a área central, sobretudo a localizada entre os rios Pinheiros, Tietê e Tamanduateí, foi o local onde mais se concentraram os investimentos e o planejamento urbano por parte do poder público,[86] bem como onde se instalou, historicamente, quase a totalidade da elite econômica da cidade. As populações de mais baixa renda, por não terem como arcar com o custo de vida dessas áreas, acabam assim ocupando as áreas nas bordas do município, mais desprovidas de infraestrutura.[85]
Um ranking mundial de qualidade de vida, elaborado pela consultoria internacional em recursos humanos Mercer, aponta a capital paulista na 117ª posição entre 221 cidades e a terceira posição entre as quatro cidades brasileiras do ranking, atrás somente de Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre, e à frente de Brasília. O status ecológico em um ranking paralelo aponta a cidade na 148ª posição.[87] [88]
O índice de Gini do município, que mede a desigualdade social, é de 0,62.[89] Os distritos de Vila Andrade, Vila Sônia e Tremembé possuem a maior disparidade econômica. Todos os índices são publicados no Atlas do Trabalho e Desenvolvimento de São Paulo, uma ferramenta eletrônica que abriga mais de duzentos indicadores socioeconômicos da capital.[84]
Imigrantes e migrantes
Ver também: Lista dos bairros paulistanos por imigração
Ver também: Imigração árabe no Brasil, Imigração japonesa no Brasil, Imigração italiana em São Paulo, Imigração portuguesa no Brasil e Migração nordestina
São Paulo é a cidade mais multicultural do Brasil e uma das mais diversas do mundo. Desde 1870, aproximadamente 2,3 milhões de imigrantes chegaram ao estado, vindos de todas as partes do mundo. Atualmente, é a cidade com as maiores populações de origens étnicas italiana, portuguesa, japonesa, espanhola,libanesa e árabe fora de seus países respectivos,[90] e com o maior contigente de nordestinos fora do Nordeste.[91] No censo de 2010, da população total, 6 823 004 eram brancos (60,63%), 3 447 290 pardos (30,63%), 717 215 pretos (6,37%), 250 146 amarelos (2,22%) e 12 959 indígenas (0,12%), além de 2 891 sem declaração (0,03%).[92]
A comunidade italiana é uma das mais fortes, marcando presença em toda a cidade. Dos dez milhões de habitantes de São Paulo, 60% (seis milhões de pessoas) possuem alguma ascendência italiana. São Paulo tem mais descendentes de italianos que qualquer outra cidade italiana (a maior cidade da Itália éRoma, com 2,5 milhões de habitantes). Ainda hoje, os italianos agrupam-se em bairros como o Bixiga, Brás e Mooca para promover comemorações e festas.[93]No início do século XX, o italiano e seus dialetos eram tão falados quanto o português na cidade, o que influenciou na formação do dialeto paulistano da atualidade.[94] São Paulo é a segunda maior cidade consumidora de pizza do mundo. São seis mil pizzarias produzindo cerca de um milhão de pizzas por dia.[95][96]
A comunidade portuguesa também é bastante numerosa, e estima-se que três milhões de paulistanos possuem alguma origem em Portugal.[97] A colônia judaica representa mais de 60 mil pessoas em São Paulo e concentra-se principalmente em Higienópolis (presença maior) e no Bom Retiro (presença menor, atualmente). A partir do século XIX, e especialmente durante a primeira metade do século XX, São Paulo recebeu também imigrantes alemães (no atual bairro de Santo Amaro), espanhóis e lituanos (no bairro Vila Zelina). Podemos destacar também a importante comunidade armênia, com suas diversas instituições instaladas nas proximidades dos bairros Bom Retiro, próximo a Estação Armênia do Metrô, Imirim e Brás. Os armênios fizeram do comércio e da fabricação de calçados suas principais atividades.[98]
Com a decadência da imigração europeia e asiática após a década de 1930, passou a predominar a vinda de migrantes, em sua maioria oriundos da região Nordeste do Brasil.[99]
A cidade já contava com população afrodescendente no século XIX, mas foi a partir da segunda metade do século XX que a população de origem africana cresceu rapidamente, através da chegada de pessoas de outros estados brasileiros, principalmente da zona litorânea da Bahia.[100] De acordo com o IBGE, em 2005, pelo menos cerca de 30% da população paulistana tinham alguma ascendência africana; isto é, declaravam-se como "pretos" e "pardos".[101]
Uma das colônias mais marcantes da cidade é a de origem árabe. Os libaneses e sírios chegaram em grande número entre os anos de 1900 a 1930. Hoje seus descendentes estão totalmente integrados à população brasileira, embora aspectos culturais de origem árabe marcam até hoje a cultura da capital paulista. Restaurantes de comida árabe abundam por toda a cidade, vendendo pratos que já entraram definitivamente na culinária brasileira: quibe, esfiha, charutinho de repolho etc.[102] A rua 25 de Março foi criada pelos árabes, que eram em sua maioria comerciantes.[103]
A cidade de São Paulo possui o maior número de pessoas que se declaram de origem asiática (amarelos) do Brasil. Cerca de 456 mil pessoas são de origem oriental,[104] dos quais 326 mil são japoneses. A comunidade japonesa da cidade é a maior fora do Japão. Imigrantes vindos do Japão começaram a chegar em 1908, e imigraram em grande número até a década de 1950. A maior concentração de orientais da cidade está no distrito da Liberdade. Este distrito de São Paulo possui inúmeros restaurantes japoneses, lojas com peças típicas do Japão, e nele veem-se letreiros escritos em japonês e ouve-se muito o idioma. A colônia coreana da cidade também é notável. São mais de 60 mil pessoas de origem sul-coreana, particularmente concentrados no Bom Retiro, Aclimação e Liberdade. No bairro da Aclimação é possível encontrar diversos restaurantes coreanos, além de locadoras de vídeo e mercearias coreanas. Os chineses são bastante numerosos nos distritos da zona central da cidade, como o Brás e a Liberdade.[98]
Religiões
Tal qual a variedade cultural verificável em São Paulo, são diversas as manifestações religiosas presentes na cidade. Embora tenha se desenvolvido sobre uma matriz social eminentemente católica, tanto devido à colonização quanto à imigração — e ainda hoje a maioria dos paulistanos declara-se católica —, é possível encontrar atualmente na cidade dezenas de denominações protestantes diferentes, assim como a prática do islamismo, espiritismo, entre outras. O budismo e as religiões orientais também têm relevância entre as crenças mais praticadas pelos paulistanos. Estima-se que existem mais de cem mil seguidores budistas, seichonoitas e hinduístas.[105] Também são consideráveis as comunidadesjudaica, mórmon, e das religiões afro-brasileiras.[106]
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010 a população de São Paulo era de 6 549 775 católicos apostólicos romanos (58,2%), 2 487 810 protestantes (22,11%), 531 822 espíritas (4,73%), 101 493 testemunhas de Jeová (0,9%), 75 075 budistas 50 794 umbandistas (0,45%), 43 610 judeus (0,39%), 28 673católicos apostólicos brasileiros (0,25%), 25 853 religiosos orientais (0,23%), 18 058 candomblecistas (0,16%), 17 321 mórmons (0,15%), 14 894 católicos ortodoxos (0,13%), 9 119espiritualistas (0,08%), 8 277 islâmicos (0,07%), 7 139 esotéricos (0,06%), 1 829 praticavam tradições indígenas (0,02%) e 1 008 eram hinduístas (0,01%). Outros 1 056 008 não tinham religião (9,38%), 149 628 seguiam outras religiosidades cristãs (1,33%), 55 978 tinham religião indeterminada ou múltiplo pertencimento (0,5%), 14 127 não souberam (0,13%) e 1 896 declararam seguir outras religiosidades (0,02%).[106]
A Igreja Católica divide o território do município de São Paulo em quatro circunscrições eclesiásticas: a Arquidiocese de São Paulo, a Diocese de Santo Amaro, a Diocese de São Miguel Paulista e a Diocese de Campo Limpo, sendo estas três últimas sufragâneas da primeira. O arquivo da arquidiocese, denominado Arquivo Metropolitano Dom Duarte Leopoldo e Silva, localizado no bairro do Ipiranga, guarda um dos mais importantes patrimônios documentais do Brasil.[107] A sé arquiepiscopal é a Catedral Metropolitana de São Paulo (conhecida como Catedral da Sé), localizada na Praça da Sé, considerada um dos cinco maiores templos góticos do mundo.[108] A Igreja Católica reconhece como padroeiros da cidade São Paulo de Tarso[109] e Nossa Senhora da Penha de França.[110]
A cidade possui os mais diversos credos protestantes ou reformados, como a Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra, a Igreja Cristã Maranata, Igreja Luterana, a Igreja Presbiteriana, a Igreja Metodista, a Igreja Episcopal Anglicana, as igrejas batistas, a Igreja Assembleia de Deus, a Igreja Adventista do Sétimo Dia, a Igreja Mundial do Poder de Deus, a Igreja Universal do Reino de Deus, a Congregação Cristã no Brasil, entre outras, além de cristãos de várias outras denominações.[106]
Segurança pública e criminalidade
De acordo com o Estudo Global de Homicídios 2011, divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU), no período entre 2004 e 2009 a taxa de homicídios caiu de 20,8 para 10,8 assassinatos por 100 mil habitantes. A ONU apontou São Paulo como exemplo de como grandes cidades podem diminuir a criminalidade.[111] Índices decriminalidade, como o homicídio, têm diminuído continuamente por 8 anos.[112] O número de assassinatos em 2007 foi 63% mais baixo do que em 1999.[113] O 9º DP doCarandiru é considerado uma das cinco melhores delegacias do mundo e a melhor da América Latina.[114]
Em 2008, a cidade de São Paulo ocupava a 493ª posição na lista das cidades mais violentas do Brasil. Entre as capitais, era a quarta menos violenta, registrando, em 2006, índices de homicídios superiores apenas aos de Boa Vista, Palmas e Natal.[115] [116]
Em uma pesquisa sobre o Índice de Homicídios na Adolescência (IHA), divulgada em 2009, São Paulo ficou no 151º lugar entre 267 cidades com mais de cem mil habitantes.[117] Em novembro de 2009, o Ministério da Justiça e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgaram uma pesquisa que apontou a São Paulo como a capital brasileira mais segura para jovens.[118] Entre os anos de 2000 e 2010, a cidade de São Paulo reduziu em 78% a sua taxa de homicídios.[119] De acordo com dados do "Mapa da Violência 2011", publicado pelo Instituto Sangari e pelo Ministério da Justiça, a cidade de São Paulo tem a menor taxa de homicídios por 100 mil habitantes entre todas ascapitais do Brasil.[120]
Governo
Ver artigo principal: Política e administração pública do município de São Paulo
Ver artigo principal: Lista de prefeitos da cidade de São Paulo
Por ser a capital do estado de São Paulo, a cidade é sede do Palácio dos Bandeirantes (Governo Estadual) e da Assembleia Legislativa.[121]
O Poder Executivo do município de São Paulo é representado pelo prefeito e seu gabinete de secretários, seguindo o modelo proposto pela Constituição Federal. A lei orgânica do município e o atual Plano Diretor da cidade, porém, determinam que a administração pública deva garantir à população ferramentas efetivas de manifestação dademocracia participativa, o que faz com que a cidade seja dividida em subprefeituras, cada uma delas liderada por um subprefeito nomeado pelo prefeito.[122]
O Poder Legislativo é representado pela câmara municipal, composta por 55 vereadores eleitos para cargos de quatro anos (em observância ao disposto no artigo 29 da Constituição, que disciplina um número mínimo de 42 e máximo de 55 para municípios com mais de cinco milhões de habitantes).[123] Cabe à casa elaborar e votar leis fundamentais à administração e ao Executivo, especialmente o orçamento municipal (conhecido como Lei de Diretrizes Orçamentárias).[124]
Em complementação ao processo legislativo e ao trabalho das secretarias, existem também uma série de conselhos municipais, cada um deles versando sobre temas diferentes, compostos obrigatoriamente por representantes dos vários setores da sociedade civil organizada. A atuação e representatividade efetivas de tais conselhos, porém, são por vezes questionadas. Os seguintes conselhos municipais estão atualmente em atividade: Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (CMDCA); da Informática (CMI); dos Deficientes Físicos (CMDP); da Educação (CME); da Habitação (CMH); do Meio Ambiente (CADES); da Saúde (CMS); do Turismo (COMTUR); dos Direitos Humanos (CMDH); da Cultura (CMC); da Assistência Social (COMAS) e das Drogas e Álcool (COMUDA).
Pertence também à prefeitura (ou é esta sócia majoritária em seus capitais sociais) uma série de empresas responsáveis por aspectos diversos dos serviços públicos e da economia de São Paulo:
- São Paulo Turismo S/A (SPTuris): empresa responsável pela organização de grandes eventos e pela promoção turística da cidade.[125]
- Companhia de Engenharia de Tráfego (CET): subordinada à Secretaria Municipal de Transportes, é responsável pela fiscalização do trânsito, aplicação de multas (em cooperação com o DETRAN) e manutenção do sistema viário da cidade.[126]
- Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (COHAB): subordinada à Secretaria de Habitação, é responsável pela implementação de políticas públicas dehabitação, especialmente a construção de conjuntos habitacionais.[127]
- Empresa Municipal de Urbanização de São Paulo (EMURB): subordinada à Secretaria de Planejamento, é responsável por obras urbanísticas e pela manutenção dos espaços públicos e mobiliário urbanos.[128]
- Companhia de Processamento de Dados de São Paulo (PRODAM): responsável pela infraestrutura eletrônica e informática da prefeitura.[129]
- São Paulo Transportes Sociedade Anônima (SPTrans): responsável pelo funcionamento dos sistemas de transposte público geridos pela prefeitura, como as linhas de
Nenhum comentário:
Postar um comentário