quinta-feira, 27 de outubro de 2016

PERIODIZAÇÃO DA HISTORIA

Periodização da história é um método cronológico usado para contar e separar o tempo histórico da humanidade. A periodização é o estudo da História Geral da Humanidade que costuma dividir a história humana, por convenção e exclusivamente para fins didáticos, em cinco períodos, épocas ou idades - ao que se denomina periodização clássica da história - como a Pré-história, a Idade AntigaIdade Média, a Idade Moderna e a Idade Contemporânea.[1][2] As ocorrências significativas para a História Geral, tomando como referência a Europa, e que delimitaram essa divisão são a invenção da escrita (4000 a.C.); a queda do Império Romano (476); a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos e o fim da Guerra dos Cem Anos na Europa (1453); e a Revolução Francesa (1789).[3]

Periodização[editar | editar código-fonte]

História universal
e pré-história
↑ antes do Homem (Plioceno)
Idade da Pedra
Paleolítico inferior
Paleolítico Médio
Paleolítico Superior
Neolítico
Idade do Bronze
Idade do Ferro
Idade Antiga
Idade Média
Idade Moderna
Idade Contemporânea
Ver também: Modernidade
↓ Futuro

Pré-História[editar | editar código-fonte]

A chamada Pré-história inicia-se com o surgimento do Homem na Terra e dura até cerca de 4000 a.C., com o surgimento da escrita no Crescente Fértil, mais precisamente na Mesopotâmia. Caracteriza-se, grosso modo, pelo nomadismo e atividades de caça e de re-coleção. Surge a agricultura e a pecuária, os quais levaram os homens pré-históricos ao sedentarismo e a criação das primeiras cidades.
Foram feitas grandes descobertas sem as quais hoje seria muito difícil viver:
  • No Período Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada: tivemos a descoberta do fogo;
  • No Período Neolítico ou Idade da Pedra Polida, ocorreu a revolução agrícola: domesticaram-se animais, e começou-se a praticar a domesticação de espécies vegetais;
  • Na Idade dos Metais: fundição dos metais e utilização deste no fabrico de instrumentos, o último período da Pré-Historia demarca o conjunto de transformações que dão início ao aparecimento das primeiras civilizações da Antiguidade, Egito e Mesopotâmia.
  • Após o homem pré-histórico descobrir a existência de outros povos (civilizações), eles começam a disputar entre si, para determinar quem era o mais forte, onde o grupo perdedor serviria como escravo. Nasce, então, o primeiro método de escravidão.

Idade Antiga[editar | editar código-fonte]

Antiguidade compreende-se de cerca de 4000 a.C. até 476 d.C., quando ocorre a queda do Império Romano do Ocidente. É estudada com estreita relação ao Próximo Oriente, onde surgiram as primeiras civilizações, sobretudo no chamado Crescente Fértil, que atraiu, pelas possibilidades agrícolas, os primeiros habitantes do EgitoPalestinaMesopotâmiaIrã e Fenícia. Abrange, também, as chamadas civilizações clássicas: Grécia e Roma.

Idade Média[editar | editar código-fonte]

Idade Média é entre o ano de 476 d.C. até 1453, quando ocorre a conquista de Constantinopla pelos turcos otomanos e consequentemente a queda do Império Romano do Oriente. É estudada com relação às três culturas em confronto em torno da bacia do mar Mediterrâneo. Caracterizou-se pelo modo de produção feudal em algumas regiões da Europa.

Idade Moderna[editar | editar código-fonte]

A chamada Idade Moderna é considerada de 1453 até 1789, quando da eclosão da Revolução Francesa. Compreende o período da invenção da Imprensa, os descobrimentos marítimos e o Renascimento. Caracteriza-se pelo nascimento do modo de produção capitalista.

Idade Contemporânea[editar | editar código-fonte]

A chamada Idade Contemporânea compreende-se de 1789 até aos dias atuais. Envolve conceitos tão diferentes quanto o grande avanço da técnica, os conflitos armados de grandes proporções e a Nova Ordem Mundial.

Críticas à periodização clássica[editar | editar código-fonte]

Os críticos dessa fórmula de periodização, baseada em eventos ou fatos históricos, apontam diversos inconvenientes em seus "recortes", entre os quais:
  • o advento da escrita ocorreu em diferentes períodos em diferentes culturas, tornando imprecisa uma comparação puramente cronológica, por exemplo, entre as culturas do Crescente Fértil com as diferentes culturas pré-Colombianas;
  • as mudanças ocorridas entre períodos registraram-se gradualmente, e em velocidades variáveis conforme as culturas/regiões, como por exemplo, o fim de um modo de produção como o feudalismo.
  • Mesmo nesta periodização há críticas sobre quais seriam os marcos para o fim e começo dos períodos; assim, alguns autores assinalam o fim da Antiguidade em 395, como Joaquim Silva e J. B. Damasco Penna, informando que "há historiadores que preferem considerar o fim da Antiguidade em 476..."; estes autores colocam o fim da Idade Média em 1453, ano da queda de Constantinopla, enquanto "nem por todos é aceita; alguns colocam o fim da Idade Média em 1492, data do descobrimento da América". Já para a Era Contemporânea, trazem que "também há críticas de historiadores, vários dos quais entendem que a História Contemporânea começa realmente em 1914, início da Primeira Guerra Mundial..."[4]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Ir para cima O Tempo na História. Zahar, 1993. pp. 97. ISBN 8571102090
  2. Ir para cima de Vargas Gil, Carmem Zeli. A docência em História: reflexões e propostas para ações. Edelbra Editora Ltda. pp. 48. ISBN 8536011149
  3. Ir para cima B. Buchaul, Ricardo. Gênese da Maçonaria no Brasil: a história antes do Grande Oriente do Brasil. Clube de Autores, 2011. pp. 41.
  4. Ir para cima SILVA, Joaquim, PENNA, J. B. Damasco, História Geral, Cia. Editora Nacional, São Paulo, 1972

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • POMIAN. K. “Periodização”, Enciclopédia Einaudi, vol. 30, Lisboa, Imprensa Nacional –. Casa da Moeda, 1993, p.164-213.

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