Capacitismo é a discriminação e o preconceito social contra pessoas com qualquer tipo de deficiência.[1][2] Em sociedades capacitistas, a ausência de qualquer deficiência é visto como o normal, e pessoas com alguma deficiência são entendidas como exceções; a deficiência é vista como algo a ser superado ou corrigido, se possível por intervenção médica; um exemplo de postura capacitista é dirigir-se ao acompanhante de uma pessoa com deficiência física em vez de dirigir-se diretamente à própria pessoa.
O termo é tradução da forma nascida em países de língua inglesa, ableism. Usa-se para descrever a discriminação, preconceitos e opressão contra pessoas com deficiência física ou mental, advindos da noção de que pessoas com deficiência são inferiores às pessoas sem deficiência. Inclui, desta forma, tanto a opressão ativa e deliberada (insultos, considerações negativas, arquitetura inacessível) quanto a opressão passiva (como reservar às pessoas com deficiência tratamento de pena, caridade, inferioridade).
O capacitismo pode ser relacionado às pessoas com deficiência assim como o racismo pode ser relacionado a pessoas com cor de pele diferente, ou como o machismo para as mulheres. Se baseia numa determinada concepção padrão do corpo, um padrão corporal, que o coloca um determinado corpo como perfeito, típico da espécie humana.[3]
Referências
- ↑ Ana Maria Baila Albergaria Pereira. Universidade de Coimbra, 2008
- ↑ Reconociendo los derechos de las niñas y mujeres con descapacidad – Un valor añadido para la sociedad futura Conferência Europeia, novembro de 2007. Página 209.
- ↑ Campbell, Fiona Kumari. “‘Refreshingly Disabled': Interrogations into the Corporeality of 'Disablised' Bodies.” Australian Feminist Law Journal 12 March (1999): 57-80.
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