sábado, 4 de fevereiro de 2017

DEUS

Deus é, desde suas origens, a divindade central nas religiões abraâmicas, preponderantes na cultura ocidental e na lusófona, da qual derivam-se, entre outras, três das mais influentes religiões da atualidade, explicitamente o cristianismo, o judaísmo e o islã. Deus é notoriamente definido em modernidade segundo as perspectivas de tais religiões monoteístas, sobretudo no ocidente.
Contudo, nas religiões não abraâmicas, com destaque nas religiões orientais, a ideia de existência; as definições e formas de compreensão dos deuses - deus em uma perspectiva monoteísta quando presente - por vezes assumem formas significativamente distintas; encontrando-se tais distinções também em praticamente todas sociedades e grupos pré-abraâmicos já existentes bem como em grupos contemporâneos contudo daquele isolados; variando desde as primitivas formas de crença pré-clássicas provenientes das tribos da Antiguidade ou das formas oriundas de culturas ameríndias pré-colombianas até os dogmas de várias religiões modernas menos expressivas contudo igualmente difundidas.
Segundo as perspectivas abraâmicas, as doravante enfocadas[1], Deus é, muitas vezes, expressado como o Criador e Senhor do Universo. Teólogos têm relacionado uma variedade de atributos utilizados para estabelecer as várias concepções de Deus. Os mais comuns entre essas incluem onisciênciaonipotênciaonipresençabenevolência ou bondade perfeita, simplicidade divinazelosobrenaturalidadetranscendentalidadeeternidade e existência necessária.
Deus também tem sido compreendido como sendo incorpóreo, um ser intangível com personalidade divina e justa; a fonte de toda a obrigação moral; em suma, o "maior existente".[2]
Tais atributos foram todos, anteriormente, defendidos em diferentes graus pelos filósofos teológicos judeuscristãos e muçulmanos, incluindo-se, entre eles, Rambam,[3]Agostinho de Hipona[3] e Al-Ghazali,[4] respectivamente. Muitos filósofos medievais notáveis desenvolveram argumentos para a existência de Deus,[4] intencionando, entre outros, elucidar as "aparentes" contradições decorrentes de muitos destes atributos quando justapostos.

Etimologia e uso

Ver artigo principal: Deus (palavra)
Tanto a forma capitalizada do termo Deus quanto sua forma minúscula - que simboliza divindades, deidades em geral - têm origem no termo latino deus, significando divindade ou deidade. O português é a única língua românica neolatina que manteve o termo em sua forma nominativa original, com o final do substantivo em "us", diferindo-se assim do espanhol diosfrancês dieuitaliano dio, e do romeno, que distingue o criador monoteísta, Dumnezeu, de zeu, um ser idolatrado.
Os termos latinos Deus e divus, assim como o grego διϝος = "divino", descendem do Proto-Indo-Europeu *deiwos = "brilhante/celeste", termo esse encerrando a mesma raiz que Dyēus, a divindade principal do panteão indo-europeu, igualmente cognato do grego Ζευς (Zeus).
Na era clássica, o vocábulo em latim era uma referência generalizante a qualquer figura endeusada e adorada pelos pagãos. Em um mundo dominado pelas religiões abraâmicas, com destaque ao cristianismo, o termo é usado hodiernamente com sentido mais restrito - designando uma e a única deidade - em frases e slogans religiosos tais como: Deus sit vobiscum, variação de Dominus sit vobiscum, "o Senhor esteja convosco"; no título do hino litúrgico católico Te Deum, proveniente de Te Deum Laudamus, "A Vós, ó Deus, louvamos". Mesmo na expressão que advém da tragédia grega Deus ex machina, de Públio VirgílioDabit deus his quoque finem, que pode ser traduzida como "Deus trará um fim à isto", e no grito de guerra utilizado no Império Romano Tardio e no Império Bizantinonobiscum deus, "Deus está conosco", assim como o grito das cruzadas Deus vult, que, em português, traduz-se por "assim quer Deus", ou "esta é a vontade de Deus", verifica-se tal sentido restrito.
Em latim, existiam as expressões interjectivas "O Deus meus" e "Mi Deus", delas derivando as expressões portuguesas "(Oh) meu Deus!", "(Ah) meu Deus!" e "Deus meu!".
Dei é uma das formas flexionadas ou declinadas de "Deus" no latim. É usada em expressões utilizadas pelo Vaticano, como as organizações católicas apostólicas romanas Opus Dei (Obra de Deus, sendo obra oriunda de opera), Agnus Dei (Cordeiro de Deus) e Dei Gratia (Pela Graça de Deus). Geralmente trata-se do caso genitivo ("de Deus"), mas é também a forma plural primária adicionada à variante di. Existe o outro plural, dii, e a forma feminina deae ("deusas").
A palavra Deus, através da forma declinada Dei, é a raiz de deísmopanteísmopanenteísmo, e politeísmo, e ironicamente referem-se todas a teorias na qual qualquer figura divina é ausente na intervenção da vida humana. Essa circunstância curiosa originou-se do uso de "deísmo" nos séculos XVII e XVIII como forma contrastante do prevalecente "teísmo". Teísmo é a crença em um Deus providente e interferente.
Seguidores dessas teorias, e ocasionalmente seguidores do panteísmo, podem vir a usar, em variadas línguas, especialmente no inglês, o termo "Deus" ou a expressão "o Deus" (the God), para deixar claro de que a entidade discutida não trata-se de um Deus teísta. Arthur C. Clarke usou-o em seu romance futurista, 3001: The Final Odyssey. Nele, o termo "Deus" substituiu "God" no longínquo século XXXI, pois "God" veio a ser associado com fanatismo religioso. A visão religiosa que prevalece em seu mundo fictício é o deísmo.
São Jerônimo traduziu a palavra hebraica Elohim (אֱלוֹהִים, אלהים) para o latim como Deus.
A palavra pode assumir conotações negativas em algumas conotações. Na filosofia cartesiana, a expressão Deus deceptor é usada para discutir a possibilidade de um "Deus malévolo" que procura iludir-nos. Esse personagem tem relação com um argumento cético que questiona até onde um demônio ou espírito mau teria êxito na tentativa de impedir ou subverter o nosso conhecimento. Outra é deus otiosus ("Deus ocioso"), um conceito teológico para descrever a crença num Deus criador que se distancia do mundo e não se envolve em seu funcionamento diário. Um conceito similar é deus absconditus ("Deus absconso ou escondido") de São Tomás de Aquino. Ambas referem-se a uma divindade cuja existência não é prontamente reconhecida nem através de contemplação nem via exame ocular de ações divinas in loco. O conceito de deus otiosus frequentemente sugere um Deus que extenuou-se da ingerência que tinha neste mundo e que foi substituído por deuses mais jovens e ativos que efetivamente se envolvem, enquanto deus absconditus sugere um Deus que conscientemente abandonou este mundo para ocultar-se alhures.
A forma mais antiga de escrita da palavra germânica Deus vem do Codex Argenteus cristão do século VI. A própria palavra inglesa é derivada da Proto-Germânica "ǥuđan". A maioria dos linguistas concordam que a forma reconstruída da Proto-Indo-Europeia (ǵhu-tó-m) foi baseada na raiz (ǵhau(ə)-), que significa também "chamar" ou "invocar".[5]
A forma capitalizada Deus foi primeiramente usada na tradução gótica Wulfila do Novo Testamento, para representar o grego "Theos". Na língua inglesa, a capitalização continua a representar uma distinção entre o "Deus" monoteísta e os "deuses" do politeísmo[6]. Apesar das diferenças significativas entre religiões como o cristianismoislamismohinduísmo, a fé bahá'í e o judaísmo, o termo "Deus" permanece como uma tradução inglesa comum a todas. O nome pode significar deidades monoteísticas relacionadas ou similares, como no monoteísmo primitivo de Aquenáton e Zoroastrismo.

Nome

Ver artigo principal: Nomes de Deus
A palavra latina Deus, em inglês God, bem como suas traduções em outras línguas, a exemplo Θεός em grego, Бог em eslavoIshvara em sânscrito, ou Alá em árabe, são, normalmente, usadas para toda e qualquer concepção. O mesmo acontece no hebraico El, mas, no judaísmo, Deus também é utilizado como nome próprio, o Tetragrama YHVH, que acredita-se referir-se à origem henoteística da religião. Na Bíblia, quando a palavra "Senhor" está em letras maiúsculas, isto significa que a palavra representa o tetragrama específico.[7]
Deus também pode ser reverenciado por nomes próprios que enfatizem a natureza pessoal desse em correntes monoteísticas do hinduísmo, alguns remontando a referências primitivas como Krishna-Vasudeva na Bhagavata, posteriormente Vixnu e Hari,[8], ou mesmo mais recentemente, caso do termo Shakti.
É difícil desenhar uma linha entre os nomes próprios e epítetos de Deus, como os nomes e títulos de Jesus no Novo Testamento; os nomes de Deus no Qur'anAlcorão ou Corão; e as várias listas com milhares de nomes de Deus, a citar-se a lista de títulos e nomes de Krishna, no Vixnuísmo.
Nas religiões monoteístas atuais, a citarem-se o cristianismojudaísmozoroastrismoislamismosikhismo e a fé bahá'í, o termo "Deus" refere-se à ideia de um ser supremo, infinito, perfeito, criador do universo, que seria a causa primária e o fim de todas as coisas. Os povos da Mesopotâmia o chamavam pelo Nome, escrito em hebraico como יהוה (o Tetragrama YHVH), que quer dizer "Yahweh", que muitos pronunciam em português como "Jeová" . Mas, com o tempo, deixaram de pronunciar o seu nome diretamente, apenas se referindo a ele por meio de associações e abreviações, ou através de adjetivos como "O Senhor", "O Salvador", "O Todo-Poderoso", "O Deus Altíssimo", "O Criador" ou "O Supremo", "O Deus de Israel", ou títulos similares.
Um bom exemplo desse tipo de associação entre Deus e suas características ou ações, bem como da expressão do relacionamento dos homens com deus, ainda fazem-se explícitas em alguns nomes e expressões hebraicas, como Rafael, "curado - (Raf) - por Deus - (El)"; e árabes, por exemplo em "Abdallah", "servo - (abd) - de Deus - (Allah)".
Muitas traduções das Bíblias cristãs grafam a palavra, opcionalmente, com a inicial em maiúscula, ou em versalete (DEUS), substituindo a transcrição referente ao tetragrama, YHVH, conjuntamente com o uso de SENHOR em versalete, para referenciar que se tratava do impronunciável nome de Deus, que, na cultura judaica, era substituído pela pronúncia Adonay.
As principais características deste Deus-Supremo seriam:
  • a Onipotência: poder absoluto sobre todas as coisas;
  • a Onipresença: poder de estar presente em todo lugar; e:
  • a Onisciência: poder de saber tudo.
  • a Onibenevolência: poder da bondade infinita.
Essas características foram reveladas aos homens através de textos contidos nos livros sagrados, quais sejam:
Esses livros relatam histórias e fatos envolvendo personagens supostamente escolhidos para testemunhar e transmitir a vontade divina na Terra ao povo de seu tempo, tais como:

A existência de Deus

Ver artigo principal: Existência de Deus
Há milênios, a questão da existência de Deus foi levantada dentro do pensamento do homem. As principais correntes filosóficas que investigam e procuram dar respostas para a questão são:
  • Deísmo – Doutrina que considera a razão como a única via capaz de nos assegurar da existência de Deus, rejeitando, para tal fim, o ensinamento ou a prática de qualquer religião organizada. O deísmo é uma postura filosófica-religiosa que admite a existência de um Deus criador, mas rejeita a ideia de revelação divina.
Percentagem de pessoas que, em 2005, na Europa, afirmaram acreditar em Deus. Os países da Europa Oriental de maioria ortodoxa (como Grécia e Roménia) ou muçulmana (Turquia) apresentam percentagens mais elevadas.
  • Teísmo – O teísmo é um conceito que surgiu no século XVII.[9] Contrapõe-se ao ateísmo, deísmo e panteísmo. O teísmo sustenta a existência de um Deus (oposto ao ateísmo), ser absoluto transcendental (contra o panteísmo), pessoal, vivo, que atua no mundo através de sua providência, mantendo-o (contra o deísmo). No teísmo a existência de um Deus pode ser provada pela razão e por evidências empíricas, prescindindo da revelação; mas não a negando, contudo. Seu ramo principal é o teísmo Cristão, que fundamenta sua crença em Deus e na Sua revelação sobrenatural através da Bíblia.
  • Teísmo agnóstico - Existe ainda o teísmo agnóstico, que é a filosofia que engloba tanto o teísmo quanto o agnosticismo. Um teísta agnóstico é alguém que admite não poder ter conhecimento algum acerca de Deus, mas decide acreditar em Deus mesmo assim. A partir do teísmo se desenvolve a teologia, que é encarada principalmente, mas não exclusivamente, do ponto de vista da . Embora tenha suas raízes no teísmo, pode ser aplicada e desenvolvida no âmbito de todas as religiões. Não deve ser confundida com o estudo e codificação dos rituais e legislação de cada credo.
  • Agnosticismo – Dentro da visão agnóstica, não é possível provar racional e cientificamente a existência de Deus, como também é igualmente impossível provar a sua inexistência. O agnóstico pode ser teísta ou ateísta, dependendo da posição pessoal de acreditar (sem certeza) na existência ou não de divindades.
  • Ateísmo – O ateísmo engloba tanto a negação da existência de divindades quanto a simples ausência da crença em sua existência.
Em resumo, podem-se distinguir três linhas centrais de pensamento:
Entre os teístas, além das revelações oriundas de livros considerados sagrados, como a Bíblia, muitos argumentam que pode-se conhecer Deus e suas qualidades observando a natureza e suas criações. Argumentam que existem evidências científicas suficientes que inequivocamente implicam uma fonte de energia ilimitada, e que esta seria o criador da substância do universo. Alegam que, observando a ordem, o poder e a complexidade da criação, tanto macroscópica quanto microscópica, podem inequivocamente concluir pela existência de Deus. Como exemplo, uma das correntes cristãs que defendem tal posição é a dos protestantes norte-americanos engajados no movimento do Desenho InteligenteWilliam Dembski é um dos defensores dessa linha de pensamento.
Para vários ateístas e agnósticos, a situação é diferente. Para a maioria desses, a definição de Deus, conforme proposta pelos teístas, se faz por sentença não testável frente ao mundo natural, que segue seu curso seguindo regras inexoráveis; e, nesses termos, Deus é sustentado apenas por , não havendo razão física natural que permita decisão racional ou a favor ou contra Sua existência. Citam, não raramente, a fim de corroborar seu posicionamento, a postura similar adotada pela ciência moderna; a de que deus(es) transcende(m) aos "tubos de ensaio"; e que, por tal não se pode entrar empiricamente nos "méritos daquEle(s)". Adotam, em essência, o posicionamento definido pela ciência, sendo Marcelo Gleiser um dos defensores dessa linha de pensamento.
Há, ainda, os que vão além, e afirmam que a situação inicial se inverte. Para alguns ateístas a análise fria do universo e do que nele e na Terra ocorre mostra-nos, claramente, que não há um Deus ou mesmo outra deidade onipotente qualquer atrelados. Segundo essa corrente de pensamento, o universo, se fosse projetado e concebido por um ser onipotente, onisciente, justo e paternal - como geralmente definido pelos teístas -, teria, certamente, características muito distintas das cientificamente observadas. Richard Dawkins é um dos mais famosos defensores dessa linha de pensamento.

Concepções de Deus

Ver artigo principal: Concepções de Deus
Detalhe da capela Sistinaː fresco Criação do sol e da lua, por Michelangelo (completado em 1512).
As concepções de Deus variam amplamente. Filósofos e teólogos têm estudado inúmeras concepções de Deus desde o início das civilizações, focando-se sobretudo nas concepções socializadas ou institucionalizadas, já que concepções de Deus formuladas por pessoas individuais usualmente variam tanto que não há claro consenso possível sobre a natureza de Deus.
  • As concepções abraâmicas de Deus incluem a visão cristã da Trindade, a definição cabalística de Deus do misticismo judaico, e os conceitos islâmicos de Deus.
  • As religiões indianas diferem no seu ponto de vista do divino: pontos de vista de Deus no hinduísmo variam de região para região, seita, e de casta, que vão desde as monoteístas até as politeístas; sendo o ponto de vista sobre Deus no budismo praticamente não teísta.
  • Nos tempos modernos, mais alguns conceitos abstratos foram desenvolvidos, tais como teologia do processo e teísmo aberto[10]. O filósofo francês contemporâneo Michel Henry tem proposto entretanto uma definição fenomenológica de Deus como a essência fenomenológica da vida.
  • Doutrina espírita – Considera Deus a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas, eterno, imutável, imaterial, único, onipotente e soberanamente justo e bom. Reconhecem a inexorabilidade das leis naturais, contudo todas as leis da natureza são leis divinas, pois Deus é seu autor.
  • Martinismo – Nesta doutrina, podemos encontrar no livro Corpus Hermeticum a seguinte citação: "vejo o Todo, vejo-me na mente… No céu eu estou, na terra, nas águas, no ar; estou nos animais, nas plantas. Estou no útero, antes do útero, após o útero - estou em todos os lugares."
  • Teosofia, baseada numa interpretação não-ortodoxa das doutrinas místicas orientais e ocidentais, afirma que o Universo é, em sua essência, espiritual, e o homem é um ser espiritual em progresso evolutivo cujo ápice é conhecer e integrar a Realidade Fundamental, que é Deus.
  • Algumas pessoas especulam que Deus ou os deuses são seres extraterrestres. Muitas dessas teorias sustentam que seres inteligentes provenientes de outros planetas visitaram a Terra no passado e influenciaram no desenvolvimento das religiões. Alguns livros, como o livro "Eram os Deuses Astronautas?" de Erich von Däniken, propõem que tanto os profetas como também os messias foram enviados ao nosso mundo com o objetivo exclusivo de ensinar conceitos morais e encorajar o desenvolvimento da civilização.
  • Especula-se também que toda a religiosidade do homem criará no futuro uma entidade chamada Deus, a qual emergirá de uma inteligência artificial. Arthur Charles Clarke, um escritor de ficção científica, disse em uma entrevista que: "Pode ser que nosso destino nesse planeta não seja adorar a Deus, mas sim criá-Lo".
  • Vários pensadores de renome e muitos não tão conhecidos especulam que as religiões e mitos são derivados do medo. Medo da morte, medo das doenças, medo das calamidades, medo dos predadores, medo de um "inferno eterno", ou mesmo medo do desconhecido. Com o passar do tempo, essas religiões foram subjugadas sob a tutela das autoridades dominantes, as quais se transformaram em governantes divinos ou enviados pelos deuses. Nessa linha de raciocínio, a religião é vista simplesmente como um meio para se dominar a massa que se vale das fraquezas humanas intrínsecas. Napoleão Bonaparte disse: "o povo não precisa de Deus, mas precisa de religião"; afirmando em essência que a massa necessita de uma doutrina que lhe discipline e lhe estabeleça um rumo, sendo que Deus é um detalhe meramente secundário, o meio para um fim.

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