Deus é, desde suas origens, a divindade central nas religiões abraâmicas, preponderantes na cultura ocidental e na lusófona, da qual derivam-se, entre outras, três das mais influentes religiões da atualidade, explicitamente o cristianismo, o judaísmo e o islã. Deus é notoriamente definido em modernidade segundo as perspectivas de tais religiões monoteístas, sobretudo no ocidente.
Contudo, nas religiões não abraâmicas, com destaque nas religiões orientais, a ideia de existência; as definições e formas de compreensão dos deuses - deus em uma perspectiva monoteísta quando presente - por vezes assumem formas significativamente distintas; encontrando-se tais distinções também em praticamente todas sociedades e grupos pré-abraâmicos já existentes bem como em grupos contemporâneos contudo daquele isolados; variando desde as primitivas formas de crença pré-clássicas provenientes das tribos da Antiguidade ou das formas oriundas de culturas ameríndias pré-colombianas até os dogmas de várias religiões modernas menos expressivas contudo igualmente difundidas.
Segundo as perspectivas abraâmicas, as doravante enfocadas[1], Deus é, muitas vezes, expressado como o Criador e Senhor do Universo. Teólogos têm relacionado uma variedade de atributos utilizados para estabelecer as várias concepções de Deus. Os mais comuns entre essas incluem onisciência, onipotência, onipresença, benevolência ou bondade perfeita, simplicidade divina, zelo, sobrenaturalidade, transcendentalidade, eternidade e existência necessária.
Deus também tem sido compreendido como sendo incorpóreo, um ser intangível com personalidade divina e justa; a fonte de toda a obrigação moral; em suma, o "maior existente".[2]
Tais atributos foram todos, anteriormente, defendidos em diferentes graus pelos filósofos teológicos judeus, cristãos e muçulmanos, incluindo-se, entre eles, Rambam,[3]Agostinho de Hipona[3] e Al-Ghazali,[4] respectivamente. Muitos filósofos medievais notáveis desenvolveram argumentos para a existência de Deus,[4] intencionando, entre outros, elucidar as "aparentes" contradições decorrentes de muitos destes atributos quando justapostos.
Índice
[esconder]Etimologia e uso
Ver artigo principal: Deus (palavra)
Tanto a forma capitalizada do termo Deus quanto sua forma minúscula - que simboliza divindades, deidades em geral - têm origem no termo latino deus, significando divindade ou deidade. O português é a única língua românica neolatina que manteve o termo em sua forma nominativa original, com o final do substantivo em "us", diferindo-se assim do espanhol dios, francês dieu, italiano dio, e do romeno, que distingue o criador monoteísta, Dumnezeu, de zeu, um ser idolatrado.
Os termos latinos Deus e divus, assim como o grego διϝος = "divino", descendem do Proto-Indo-Europeu *deiwos = "brilhante/celeste", termo esse encerrando a mesma raiz que Dyēus, a divindade principal do panteão indo-europeu, igualmente cognato do grego Ζευς (Zeus).
Na era clássica, o vocábulo em latim era uma referência generalizante a qualquer figura endeusada e adorada pelos pagãos. Em um mundo dominado pelas religiões abraâmicas, com destaque ao cristianismo, o termo é usado hodiernamente com sentido mais restrito - designando uma e a única deidade - em frases e slogans religiosos tais como: Deus sit vobiscum, variação de Dominus sit vobiscum, "o Senhor esteja convosco"; no título do hino litúrgico católico Te Deum, proveniente de Te Deum Laudamus, "A Vós, ó Deus, louvamos". Mesmo na expressão que advém da tragédia grega Deus ex machina, de Públio Virgílio, Dabit deus his quoque finem, que pode ser traduzida como "Deus trará um fim à isto", e no grito de guerra utilizado no Império Romano Tardio e no Império Bizantino, nobiscum deus, "Deus está conosco", assim como o grito das cruzadas Deus vult, que, em português, traduz-se por "assim quer Deus", ou "esta é a vontade de Deus", verifica-se tal sentido restrito.
Em latim, existiam as expressões interjectivas "O Deus meus" e "Mi Deus", delas derivando as expressões portuguesas "(Oh) meu Deus!", "(Ah) meu Deus!" e "Deus meu!".
Dei é uma das formas flexionadas ou declinadas de "Deus" no latim. É usada em expressões utilizadas pelo Vaticano, como as organizações católicas apostólicas romanas Opus Dei (Obra de Deus, sendo obra oriunda de opera), Agnus Dei (Cordeiro de Deus) e Dei Gratia (Pela Graça de Deus). Geralmente trata-se do caso genitivo ("de Deus"), mas é também a forma plural primária adicionada à variante di. Existe o outro plural, dii, e a forma feminina deae ("deusas").
A palavra Deus, através da forma declinada Dei, é a raiz de deísmo, panteísmo, panenteísmo, e politeísmo, e ironicamente referem-se todas a teorias na qual qualquer figura divina é ausente na intervenção da vida humana. Essa circunstância curiosa originou-se do uso de "deísmo" nos séculos XVII e XVIII como forma contrastante do prevalecente "teísmo". Teísmo é a crença em um Deus providente e interferente.
Seguidores dessas teorias, e ocasionalmente seguidores do panteísmo, podem vir a usar, em variadas línguas, especialmente no inglês, o termo "Deus" ou a expressão "o Deus" (the God), para deixar claro de que a entidade discutida não trata-se de um Deus teísta. Arthur C. Clarke usou-o em seu romance futurista, 3001: The Final Odyssey. Nele, o termo "Deus" substituiu "God" no longínquo século XXXI, pois "God" veio a ser associado com fanatismo religioso. A visão religiosa que prevalece em seu mundo fictício é o deísmo.
São Jerônimo traduziu a palavra hebraica Elohim (אֱלוֹהִים, אלהים) para o latim como Deus.
A palavra pode assumir conotações negativas em algumas conotações. Na filosofia cartesiana, a expressão Deus deceptor é usada para discutir a possibilidade de um "Deus malévolo" que procura iludir-nos. Esse personagem tem relação com um argumento cético que questiona até onde um demônio ou espírito mau teria êxito na tentativa de impedir ou subverter o nosso conhecimento. Outra é deus otiosus ("Deus ocioso"), um conceito teológico para descrever a crença num Deus criador que se distancia do mundo e não se envolve em seu funcionamento diário. Um conceito similar é deus absconditus ("Deus absconso ou escondido") de São Tomás de Aquino. Ambas referem-se a uma divindade cuja existência não é prontamente reconhecida nem através de contemplação nem via exame ocular de ações divinas in loco. O conceito de deus otiosus frequentemente sugere um Deus que extenuou-se da ingerência que tinha neste mundo e que foi substituído por deuses mais jovens e ativos que efetivamente se envolvem, enquanto deus absconditus sugere um Deus que conscientemente abandonou este mundo para ocultar-se alhures.
A forma mais antiga de escrita da palavra germânica Deus vem do Codex Argenteus cristão do século VI. A própria palavra inglesa é derivada da Proto-Germânica "ǥuđan". A maioria dos linguistas concordam que a forma reconstruída da Proto-Indo-Europeia (ǵhu-tó-m) foi baseada na raiz (ǵhau(ə)-), que significa também "chamar" ou "invocar".[5]
A forma capitalizada Deus foi primeiramente usada na tradução gótica Wulfila do Novo Testamento, para representar o grego "Theos". Na língua inglesa, a capitalização continua a representar uma distinção entre o "Deus" monoteísta e os "deuses" do politeísmo[6]. Apesar das diferenças significativas entre religiões como o cristianismo, islamismo, hinduísmo, a fé bahá'í e o judaísmo, o termo "Deus" permanece como uma tradução inglesa comum a todas. O nome pode significar deidades monoteísticas relacionadas ou similares, como no monoteísmo primitivo de Aquenáton e Zoroastrismo.
Nome
Ver artigo principal: Nomes de Deus
A palavra latina Deus, em inglês God, bem como suas traduções em outras línguas, a exemplo Θεός em grego, Бог em eslavo, Ishvara em sânscrito, ou Alá em árabe, são, normalmente, usadas para toda e qualquer concepção. O mesmo acontece no hebraico El, mas, no judaísmo, Deus também é utilizado como nome próprio, o Tetragrama YHVH, que acredita-se referir-se à origem henoteística da religião. Na Bíblia, quando a palavra "Senhor" está em letras maiúsculas, isto significa que a palavra representa o tetragrama específico.[7]
Deus também pode ser reverenciado por nomes próprios que enfatizem a natureza pessoal desse em correntes monoteísticas do hinduísmo, alguns remontando a referências primitivas como Krishna-Vasudeva na Bhagavata, posteriormente Vixnu e Hari,[8], ou mesmo mais recentemente, caso do termo Shakti.
É difícil desenhar uma linha entre os nomes próprios e epítetos de Deus, como os nomes e títulos de Jesus no Novo Testamento; os nomes de Deus no Qur'an, Alcorão ou Corão; e as várias listas com milhares de nomes de Deus, a citar-se a lista de títulos e nomes de Krishna, no Vixnuísmo.
Nas religiões monoteístas atuais, a citarem-se o cristianismo, judaísmo, zoroastrismo, islamismo, sikhismo e a fé bahá'í, o termo "Deus" refere-se à ideia de um ser supremo, infinito, perfeito, criador do universo, que seria a causa primária e o fim de todas as coisas. Os povos da Mesopotâmia o chamavam pelo Nome, escrito em hebraico como יהוה (o Tetragrama YHVH), que quer dizer "Yahweh", que muitos pronunciam em português como "Jeová" . Mas, com o tempo, deixaram de pronunciar o seu nome diretamente, apenas se referindo a ele por meio de associações e abreviações, ou através de adjetivos como "O Senhor", "O Salvador", "O Todo-Poderoso", "O Deus Altíssimo", "O Criador" ou "O Supremo", "O Deus de Israel", ou títulos similares.
Um bom exemplo desse tipo de associação entre Deus e suas características ou ações, bem como da expressão do relacionamento dos homens com deus, ainda fazem-se explícitas em alguns nomes e expressões hebraicas, como Rafael, "curado - (Raf) - por Deus - (El)"; e árabes, por exemplo em "Abdallah", "servo - (abd) - de Deus - (Allah)".
Muitas traduções das Bíblias cristãs grafam a palavra, opcionalmente, com a inicial em maiúscula, ou em versalete (DEUS), substituindo a transcrição referente ao tetragrama, YHVH, conjuntamente com o uso de SENHOR em versalete, para referenciar que se tratava do impronunciável nome de Deus, que, na cultura judaica, era substituído pela pronúncia Adonay.
As principais características deste Deus-Supremo seriam:
- a Onipotência: poder absoluto sobre todas as coisas;
- a Onipresença: poder de estar presente em todo lugar; e:
- a Onisciência: poder de saber tudo.
- a Onibenevolência: poder da bondade infinita.
Essas características foram reveladas aos homens através de textos contidos nos livros sagrados, quais sejam:
- o Bagavadguitá, dos hinduístas;
- o Tipitaka, dos budistas;
- o Tanakh, dos judeus;
- o Avesta, dos zoroastrianos;
- a Bíblia, dos cristãos;
- o Livro de Mórmon, dos santos dos últimos dias;
- o Alcorão, dos islâmicos;
- o Guru Granth Sahib dos sikhs;
- o Kitáb-i-Aqdas, dos bahá'ís;
- o Evangelho do Monstro do Espaguete Voador dos ensinamentos do Pastafarianismo.
Esses livros relatam histórias e fatos envolvendo personagens supostamente escolhidos para testemunhar e transmitir a vontade divina na Terra ao povo de seu tempo, tais como:
- Abraão e Moisés, na fé judaica, cristã e islâmica;
- Zoroastro, na fé zoroastriana;
- Krishna, na fé hindu;
- Buda, na fé budista;
- Jesus Cristo, na fé cristã e islâmica;
- Maomé, na fé islâmica;
- Guru Nanak, no sikhismo,
- Báb e Bahá'u'lláh, na fé Bahá'í
A existência de Deus
Ver artigo principal: Existência de Deus
Há milênios, a questão da existência de Deus foi levantada dentro do pensamento do homem. As principais correntes filosóficas que investigam e procuram dar respostas para a questão são:
- Deísmo – Doutrina que considera a razão como a única via capaz de nos assegurar da existência de Deus, rejeitando, para tal fim, o ensinamento ou a prática de qualquer religião organizada. O deísmo é uma postura filosófica-religiosa que admite a existência de um Deus criador, mas rejeita a ideia de revelação divina.
- Teísmo – O teísmo é um conceito que surgiu no século XVII.[9] Contrapõe-se ao ateísmo, deísmo e panteísmo. O teísmo sustenta a existência de um Deus (oposto ao ateísmo), ser absoluto transcendental (contra o panteísmo), pessoal, vivo, que atua no mundo através de sua providência, mantendo-o (contra o deísmo). No teísmo a existência de um Deus pode ser provada pela razão e por evidências empíricas, prescindindo da revelação; mas não a negando, contudo. Seu ramo principal é o teísmo Cristão, que fundamenta sua crença em Deus e na Sua revelação sobrenatural através da Bíblia.
- Teísmo agnóstico - Existe ainda o teísmo agnóstico, que é a filosofia que engloba tanto o teísmo quanto o agnosticismo. Um teísta agnóstico é alguém que admite não poder ter conhecimento algum acerca de Deus, mas decide acreditar em Deus mesmo assim. A partir do teísmo se desenvolve a teologia, que é encarada principalmente, mas não exclusivamente, do ponto de vista da fé. Embora tenha suas raízes no teísmo, pode ser aplicada e desenvolvida no âmbito de todas as religiões. Não deve ser confundida com o estudo e codificação dos rituais e legislação de cada credo.
- Agnosticismo – Dentro da visão agnóstica, não é possível provar racional e cientificamente a existência de Deus, como também é igualmente impossível provar a sua inexistência. O agnóstico pode ser teísta ou ateísta, dependendo da posição pessoal de acreditar (sem certeza) na existência ou não de divindades.
- Ateísmo – O ateísmo engloba tanto a negação da existência de divindades quanto a simples ausência da crença em sua existência.
Em resumo, podem-se distinguir três linhas centrais de pensamento:
Entre os teístas, além das revelações oriundas de livros considerados sagrados, como a Bíblia, muitos argumentam que pode-se conhecer Deus e suas qualidades observando a natureza e suas criações. Argumentam que existem evidências científicas suficientes que inequivocamente implicam uma fonte de energia ilimitada, e que esta seria o criador da substância do universo. Alegam que, observando a ordem, o poder e a complexidade da criação, tanto macroscópica quanto microscópica, podem inequivocamente concluir pela existência de Deus. Como exemplo, uma das correntes cristãs que defendem tal posição é a dos protestantes norte-americanos engajados no movimento do Desenho Inteligente. William Dembski é um dos defensores dessa linha de pensamento.
Para vários ateístas e agnósticos, a situação é diferente. Para a maioria desses, a definição de Deus, conforme proposta pelos teístas, se faz por sentença não testável frente ao mundo natural, que segue seu curso seguindo regras inexoráveis; e, nesses termos, Deus é sustentado apenas por fé, não havendo razão física natural que permita decisão racional ou a favor ou contra Sua existência. Citam, não raramente, a fim de corroborar seu posicionamento, a postura similar adotada pela ciência moderna; a de que deus(es) transcende(m) aos "tubos de ensaio"; e que, por tal não se pode entrar empiricamente nos "méritos daquEle(s)". Adotam, em essência, o posicionamento definido pela ciência, sendo Marcelo Gleiser um dos defensores dessa linha de pensamento.
Há, ainda, os que vão além, e afirmam que a situação inicial se inverte. Para alguns ateístas a análise fria do universo e do que nele e na Terra ocorre mostra-nos, claramente, que não há um Deus ou mesmo outra deidade onipotente qualquer atrelados. Segundo essa corrente de pensamento, o universo, se fosse projetado e concebido por um ser onipotente, onisciente, justo e paternal - como geralmente definido pelos teístas -, teria, certamente, características muito distintas das cientificamente observadas. Richard Dawkins é um dos mais famosos defensores dessa linha de pensamento.
Concepções de Deus
Ver artigo principal: Concepções de Deus
As concepções de Deus variam amplamente. Filósofos e teólogos têm estudado inúmeras concepções de Deus desde o início das civilizações, focando-se sobretudo nas concepções socializadas ou institucionalizadas, já que concepções de Deus formuladas por pessoas individuais usualmente variam tanto que não há claro consenso possível sobre a natureza de Deus.
- As concepções abraâmicas de Deus incluem a visão cristã da Trindade, a definição cabalística de Deus do misticismo judaico, e os conceitos islâmicos de Deus.
- As religiões indianas diferem no seu ponto de vista do divino: pontos de vista de Deus no hinduísmo variam de região para região, seita, e de casta, que vão desde as monoteístas até as politeístas; sendo o ponto de vista sobre Deus no budismo praticamente não teísta.
- Nos tempos modernos, mais alguns conceitos abstratos foram desenvolvidos, tais como teologia do processo e teísmo aberto[10]. O filósofo francês contemporâneo Michel Henry tem proposto entretanto uma definição fenomenológica de Deus como a essência fenomenológica da vida.
- Doutrina espírita – Considera Deus a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas, eterno, imutável, imaterial, único, onipotente e soberanamente justo e bom. Reconhecem a inexorabilidade das leis naturais, contudo todas as leis da natureza são leis divinas, pois Deus é seu autor.
- Martinismo – Nesta doutrina, podemos encontrar no livro Corpus Hermeticum a seguinte citação: "vejo o Todo, vejo-me na mente… No céu eu estou, na terra, nas águas, no ar; estou nos animais, nas plantas. Estou no útero, antes do útero, após o útero - estou em todos os lugares."
- Teosofia, baseada numa interpretação não-ortodoxa das doutrinas místicas orientais e ocidentais, afirma que o Universo é, em sua essência, espiritual, e o homem é um ser espiritual em progresso evolutivo cujo ápice é conhecer e integrar a Realidade Fundamental, que é Deus.
- Algumas pessoas especulam que Deus ou os deuses são seres extraterrestres. Muitas dessas teorias sustentam que seres inteligentes provenientes de outros planetas visitaram a Terra no passado e influenciaram no desenvolvimento das religiões. Alguns livros, como o livro "Eram os Deuses Astronautas?" de Erich von Däniken, propõem que tanto os profetas como também os messias foram enviados ao nosso mundo com o objetivo exclusivo de ensinar conceitos morais e encorajar o desenvolvimento da civilização.
- Especula-se também que toda a religiosidade do homem criará no futuro uma entidade chamada Deus, a qual emergirá de uma inteligência artificial. Arthur Charles Clarke, um escritor de ficção científica, disse em uma entrevista que: "Pode ser que nosso destino nesse planeta não seja adorar a Deus, mas sim criá-Lo".
- Vários pensadores de renome e muitos não tão conhecidos especulam que as religiões e mitos são derivados do medo. Medo da morte, medo das doenças, medo das calamidades, medo dos predadores, medo de um "inferno eterno", ou mesmo medo do desconhecido. Com o passar do tempo, essas religiões foram subjugadas sob a tutela das autoridades dominantes, as quais se transformaram em governantes divinos ou enviados pelos deuses. Nessa linha de raciocínio, a religião é vista simplesmente como um meio para se dominar a massa que se vale das fraquezas humanas intrínsecas. Napoleão Bonaparte disse: "o povo não precisa de Deus, mas precisa de religião"; afirmando em essência que a massa necessita de uma doutrina que lhe discipline e lhe estabeleça um rumo, sendo que Deus é um detalhe meramente secundário, o meio para um fim.
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