domingo, 12 de fevereiro de 2017

LÍNGUA PORTUGUESA

língua portuguesa, também designada português, é uma língua românica flexiva originada no galego-português falado no Reino da Galiza e no norte de Portugal. Com a criação do Reino de Portugal em 1139 e a expansão para o sul como parte da Reconquista deu-se a difusão da língua pelas terras conquistadas e mais tarde, com as descobertas portuguesas, para o BrasilÁfrica e outras partes do mundo.[3] O português foi usado, naquela época, não somente nas cidades conquistadas pelos portugueses, mas também por muitos governantes locais nos seus contatos com outros estrangeiros poderosos. Especialmente nessa altura a língua portuguesa também influenciou várias línguas.[4]
É uma das línguas oficiais da União Europeia, do Mercosul, da União de Nações Sul-Americanas, da Organização dos Estados Americanos, da União Africana e dos Países Lusófonos. Com aproximadamente 280 milhões de falantes, o português é a 5ª língua mais falada no mundo, a 3ª mais falada no hemisfério ocidental e a mais falada no hemisfério sul da Terra.[5]
Durante a Era dos Descobrimentos, marinheiros portugueses levaram o seu idioma para lugares distantes. A exploração foi seguida por tentativas de colonizar novas terras para o Império Português e, como resultado, o português dispersou-se pelo mundo. Brasil e Portugal são os dois únicos países cuja língua primária é o português. É língua oficial em antigas colônias portuguesas, nomeadamente, MoçambiqueAngolaCabo VerdeGuiné Equatorial,[6][7][8] Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, todas na África.[9] Além disso, por razões históricas, falantes do português são encontrados também em Macau, no Timor-Leste e em Goa.[10]
O português é conhecido como "a língua de Camões" (em homenagem a uma das mais conhecidas figuras literárias de Portugal, Luís Vaz de Camões, autor de Os Lusíadas) e "a última flor do Lácio" (expressão usada no soneto Língua Portuguesa, do escritor brasileiro Olavo Bilac[11]). Miguel de Cervantes, o célebre autor espanhol, considerava o idioma "doce e agradável".[12] Em março de 2006, o Museu da Língua Portuguesa, um museu interativo sobre o idioma, foi fundado em São PauloBrasil, a cidade com o maior número de falantes do português em todo o mundo.[13]

História[editar | editar código-fonte]

Mapa cronológico mostrando o desenvolvimento das línguas do sudoeste da Europa entre as quais o português.
Poesia medieval
portuguesa
Das que vejo
nom desejo
outra senhor se vós nom,
e desejo
tam sobejo,
mataria um leon,
senhor do meu coraçom:
fim roseta,
bela sobre toda fror,
fim roseta,
nom me meta
em tal coita voss'amor!
João de Lobeira
(c. 1270–1330)
O português teve origem no que é hoje a Galiza e o norte de Portugal, derivada do latim vulgar que foi introduzido no oeste da península Ibérica há cerca de dois mil anos. Tem um substrato céltico-lusitano,[14] resultante da língua nativa dos povos ibéricos pré-romanos que habitavam a parte ocidental da península (GalaicosLusitanosCélticos e Cónios). Surgiu no noroeste da península Ibérica e desenvolveu-se na sua faixa ocidental, incluindo parte da antiga Lusitânia e da Bética romana. O romance galaico-português nasce do latim falado, trazido pelos soldados romanos, colonos e magistrados. O contacto com o latim vulgar fez com que, após um período de bilinguismo, as línguas locais desaparecessem, levando ao aparecimento de novos dialectos. Assume-se que a língua iniciou o seu processo de diferenciação das outras línguas ibéricas através do contacto das diferentes línguas nativas locais com o latim vulgar, o que levou ao possível desenvolvimento de diversos traços individuais ainda no período romano.[15][16][17] A língua iniciou a segunda fase do seu processo de diferenciação das outras línguas românicas depois da queda do Império Romano, durante a época das invasões bárbaras no século V quando surgiram as primeiras alterações fonéticas documentadas que se reflectiram no léxico. Começou a ser usada em documentos escritos pelo século IX, e no século XV tornara-se numa língua amadurecida, com uma literatura bastante rica.
Chegando à Península Ibérica em 218 a.C., os romanos trouxeram com eles o latim vulgar, de que todas as línguas românicas (também conhecidas como "línguas novilatinas" ou "neolatinas") descendem. Só no fim do século I a.C. os povos que viviam a sul da Lusitânia pré-romana, os cónios e os celtas, começam o seu processo de romanização. As línguas paleo-ibéricas, como a Língua lusitana ou a sul-lusitana são substituídas pelo latim.[18] A língua difundiu-se com a chegada dos soldados, colonos e mercadores, vindos das várias províncias e colónias romanas, que construíram cidades romanas normalmente perto de cidades nativas.
A partir de 409 d.C.,[19] enquanto o Império Romano entrava em colapso, a península Ibérica era invadida por povos de origem germânica e iraniana ou eslava[20] (suevosvândalosbúriosalanosvisigodos), conhecidos pelos romanos como bárbaros que receberam terras como federados. Os bárbaros (principalmente os suevos e os visigodos) absorveram em grande escala a cultura e a língua da península; contudo, desde que as escolas e a administração romana fecharam, a Europa entrou na Idade Média e as comunidades ficaram isoladas, o latim popular continuou a evoluir de forma diferenciada levando à formação de um proto-ibero-romance "lusitano" (ou proto-galego-português). Desde 711, com a invasão islâmica da península, que também introduziu um pequeno contingente de saqalibas, o árabe tornou-se a língua de administração das áreas conquistadas. Contudo, a população continuou a usar as suas falas românicas, o moçárabe nas áreas sob o domínio mouro, de tal forma que, quando os mouros foram expulsos, a influência que exerceram na língua foi relativamente pequena. O seu efeito principal foi no léxico, com a introdução de cerca de mil palavras através do moçárabe-lusitano.
Em 1297, com a conclusão da reconquista, o rei D. Dinis I prossegue políticas em matéria de legislação e centralização do poder, adoptando o português como língua oficial em Portugal. O idioma se espalhou pelo mundo nos séculos XV e XVI quando Portugal estabeleceu um império colonial e comercial (1415-1999) que se estendeu do Brasil, na América, a Goa, na Ásia (ÍndiaMacau na China e Timor-Leste). Foi utilizada como língua franca exclusiva na ilha do Sri Lanka por quase 350 anos. Durante esse tempo, muitas línguas crioulas baseadas no português também apareceram em todo o mundo, especialmente na África, na Ásia e no Caribe.
Em março de 1994 foi fundado o Bosque de Portugal, na cidade sul-brasileira de Curitiba; o parque abriga o Memorial da Língua Portuguesa, que homenageia os imigrantes portugueses e os países que adotam a língua portuguesa; originalmente eram sete as nações que estavam representadas em pilares, mas com a independência de Timor-Leste, este também foi homenageado com um pilar construído em 2007.[21] Em março de 2006, fundou-se em São Paulo o Museu da Língua Portuguesa.
O Dia da Língua Portuguesa e da Cultura é comemorado em 5 de Maio, sendo promovido pela CPLP e celebrado em todo o espaço lusófono.[22]

Distribuição geográfica[editar | editar código-fonte]

Ver artigos principais: Geografia da língua portuguesa e Lusofonia
Países onde o português é o idioma oficial.
O português é a língua da maioria da população de Portugal,[23] Brasil,[24] São Tomé e Príncipe (98,4%)[25] e Angola (71,15).[26] Apesar de apenas 10,7% da população de Moçambique ser de falantes nativos do português, o idioma é falado por cerca de 50,4% dos moçambicanos, de acordo com o censo de 2007.[27] A língua também é falada por 27,1% da população da Guiné-Bissau,[28] e por cerca de 25% da população de Timor-Leste.[29] Não existem dados disponíveis relativos a Cabo Verde, mas quase toda a população é bilíngue, sendo os cabo-verdianos monolíngues falantes do crioulo cabo-verdiano. Em Macau, apenas 0,7% da população usa o português como língua nativa e cerca de 4% dos timorenses falam esse idioma.[30][31]
Há também significativas comunidades de imigrantes falantes do português em muitos países como África do Sul (2%),[32] Andorra (15,4%),[33]Austrália,[34] Bermudas,[35][36] Canadá (0,87% ou 274,670 pessoas segundo o censo de 2006,[37] mas entre 400.000 e 500.000 de acordo com Nancy Gomes),[38] CuraçaoFrança,[39] Guernsey (2%),[40][41] Japão,[42] Jersey (4,6%),[43] Luxemburgo (15,7%),[44] Namíbia (5%),[45][46] Paraguai (10,7% ou 636.000 pessoas),[47] Suíça (3,4%),[48] Venezuela (1 a 2% ou 254.000 a 480.000 pessoas),[49] Uruguai (15%)[50] e nos Estados Unidos (0,24% da população ou 687.126 falantes de acordo com o American Community Survey de 2007),[51] principalmente em Nova Jersey,[52] Nova York[53] e Rhode Island.[54]
Em algumas partes do que era a Índia Portuguesa, como Goa[55] e Damão e Diu,[56] o português ainda é falado, embora esteja em vias de desaparecimento.

Idioma oficial[editar | editar código-fonte]

  Países-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)
  Países observadores ou associados
  Países oficialmente interessados na CPLP
Guiné Equatorial fez um pedido formal de adesão plena à CPLP em junho de 2010, o que somente é concedido a países que têm o português como idioma oficial.[57][58][59] Em 2011, o português foi incluído como sua terceira língua oficial (ao lado do espanhol e do francês)[60] e, em julho de 2014, o país foi aceito como membro da CPLP.[61]
Poderá acrescentar-se a esse número a imensa diáspora de cidadãos de nações lusófonas espalhada pelo mundo, estimando-se que ascenda aos 10 milhões (4,5 milhões de portugueses, 3 milhões de brasileiros, meio milhão de cabo-verdianos, etc.) mas sobre a qual é difícil obter números reais oficiais, incluindo-se nisso a obtenção de dados porcentuais dessa diáspora que fala efetivamente a língua de Camões, uma vez que uma porção significativa será de cidadãos de países lusófonos nascidos fora de território lusófono descendentes de imigrantes, os quais não necessariamente falam o português. É necessário ter-se igualmente em conta que boa parte das diásporas nacionais já se encontra contabilizada nas populações dos países lusófonos, como por exemplo o grande número de cidadãos emigrantes dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOPs) e brasileiros em Portugal, ou o grande número de cidadãos emigrantes portugueses no Brasil e nos PALOPs.[68]
A língua portuguesa está no cotidiano de 274 milhões de pessoas, que têm contato direto ou indireto legal, jurídico e socialmente com a língua portuguesa, podendo tal contato consistir do idioma no dia-a-dia, passando pela educação, pelo contato com a administração local ou internacional, pelo comércio e/ou serviços, ou até mesmo consistir do simples vislumbre de sinalética, informação municipal e publicidade em português.[carece de fontes]
Cabe notar ainda o importante aumento e a consolidação da população das várias jurisdições para números arredondados facilmente identificáveis: Portugal passa dos 10,8 milhões; o Brasil passa dos 206 milhões, Moçambique dos 25,9 milhões, Angola dos 25,8 milhões, Guiné-Bissau 1,7 milhão, Timor-Leste 1,3, Guiné Equatorial com mais de 759 mil, Macau com mais de 597 mil, Cabo Verde com mais de 553 mil e São Tomé e Príncipe passa dos 197 mil. Números recentes e reais que, individualmente e em conjunto, fortalecem as suas nações, as identidades lusófonas e a língua portuguesa no panorama internacional.
Segundo dados estatísticos oficiais e fiáveis dos respectivos governos e seus institutos nacionais de estatística, a população de cada uma das dez jurisdições é a seguinte (por ordem decrescente):



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  Brasil (81%)
  Portugal (4%)
  Angola (4%)
  Moçambique (3%)
  Outro (8%)
PaísPopulação (est. 2016)[69]IDH (2014)[70]
Brasil Brasil205 823 6650,755 (elevado)
Moçambique Moçambique25 930 1500,416 (baixo)
Angola Angola25 800 0000,532 (baixo)
Portugal Portugal10 833 8160,830 (muito elevado)
Guiné-Bissau Guiné-Bissau1 759 1590,420 (baixo)
Timor-Leste Timor-Leste1 261 0720,595 (médio)
Guiné Equatorial Guiné Equatorial759 4510,587 (médio)
Macau Macau597 4250,892 (muito elevado)
Cabo Verde Cabo Verde553 4320,646 (médio)
São Tomé e Príncipe São Tomé e Príncipe197 5410,555 (médio)
Total273 515 711S/D

Língua estrangeira e o futuro[editar | editar código-fonte]

Placa bilíngue em MacauChina.
O ensino obrigatório do português nos currículos escolares é observado no Uruguai[71] e na Argentina.[72] Outros países onde o português é ensinado em escolas, ou onde seu ensino está sendo introduzido agora, incluem Venezuela,[73] Zâmbia,[74] República do Congo,[75] Senegal,[75] Namíbia,[75] Suazilândia,[75] Costa do Marfim[75] e África do Sul.[75]
No estado de Goa na Índia, atualmente o português é aprendido, no ensino oficial e particular. A Universidade de Goa tem um mestrado em Estudos Portugueses desde 1988.
Segundo estimativas da UNESCO, o português é um dos idiomas que mais crescem entre as línguas europeias após o inglês e o espanhol. O português é o idioma que tem o maior potencial de crescimento como língua internacional na África Austral e na América do Sul.[76] Espera-se que os países africanos falantes da língua portuguesa tenham uma população combinada de 83 milhões de pessoas até 2050. No total, os países de língua portuguesa terão por volta de 400 milhões de pessoas no mesmo ano.[76]
Desde 1991, quando o Brasil assinou no mercado econômico do Mercosul com outros países sul-americanos, como ArgentinaUruguai e Paraguai, tem havido um aumento no interesse pelo estudo do português nas nações da América do Sul. O peso demográfico do Brasil no continente continuará a reforçar a presença do idioma na região.[77][78]
Embora no início do século XXI, depois de Macau ter sido cedida à China, o uso de português estivesse em declínio na Ásia, está novamente se tornando uma língua relativamente popular por lá, principalmente por causa do aumento dos laços diplomáticos e financeiros chineses com os países de língua portuguesa.[79]

Visibilidade política[editar | editar código-fonte]

IV Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa em Brasília.
Existe um número crescente de pessoas que falam português, nos média e na Internet, que estão apresentando tal situação à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e outras organizações para a realização de um debate na comunidade lusófona, com o objetivo de apresentar uma petição para tornar o português uma das línguas oficiais da Organização das Nações Unidas (ONU).
Em outubro de 2005, durante a convenção internacional do Elos Clube Internacional da Comunidade Lusíada, realizada em Tavira (Portugal), uma petição cujo texto pode ser encontrado na Internet com o título "Petição para tornar o idioma português oficial na ONU" foi redigida e aprovada por unanimidade.[80] Rômulo Alexandre Soares, presidente da Câmara Brasil - Portugal, destaca que o posicionamento do Brasil no cenário internacional como uma das potências emergentes do século XXI, pelo tamanho de sua população, e a presença da sua variante do português em todo o mundo, fornece uma justificação legítima para a petição enviada à ONU, e assim tornar o português uma das línguas oficiais da organização.[81] Esta é actualmente uma das causas do Movimento Internacional Lusófono.[82]
Em África, o português é língua oficial em Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Moçambique e Angola.[83] Finalmente, na Ásia, encontra-se Timor-Leste uma nação lusófona.[9]

Dialetos[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Dialetos da língua portuguesa
Assim como os outros idiomas, o português sofreu uma evolução histórica, sendo influenciado por vários idiomas e dialetos, até chegar ao estágio conhecido atualmente. Deve-se considerar, porém, que o português de hoje compreende vários dialetos e subdialetos, falares e subfalares, muitas vezes bastante distintos, além de dois padrões reconhecidos internacionalmente (o português brasileiro e o português europeu). No momento atual, o português é a única língua do mundo ocidental falada por mais de cem milhões de pessoas com duas ortografias oficiais (é notado que a língua inglesa tem diferenças de ortografia pontuais mas não ortografias oficiais divergentes). Esta situação deve ser resolvida pelo Acordo Ortográfico de 1990.[84]
Foi, entretanto, concluído pela Professora Maria Regina Rocha, que através das regras do Acordo Ortográfico de 1990, foram unificados 569 vocábulos, 2.691 palavras que apresentavam diferenças entre as ortografias portuguesa/africana/asiática e brasileira assim se mantiveram após a reforma ortográfica, 1.235 passaram a ter uma grafia diferente e, assim, 3.926 vocábulos ficam com diferenças gráficas entre ambos os lados do Atlântico.[85]
A língua portuguesa tem grande variedade de dialectos, muitos deles com uma acentuada diferença lexical em relação ao português padrão seja no Brasil ou em Portugal.[86][87][88] Tais diferenças, entretanto, não prejudicam muito a inteligibilidade entre os locutores de diferentes dialectos.[89]
Os primeiros estudos sobre os dialectos do português europeu começaram a ser registados por Leite de Vasconcelos no começo do século XX.[90][91] Mesmo assim, todos os aspectos e sons de todos os dialectos de Portugal podem ser encontrados nalgum dialecto no Brasil. O português africano, em especial o português são-tomense, tem muitas semelhanças com o português do Brasil. Ao mesmo tempo, os dialetos do sul de Portugal (chamados "meridionais") apresentam muitas semelhanças com o falar brasileiro, especialmente, o uso intensivo do gerúndio (e. g. falando, escrevendo, etc.). Na Europa, os dialectos transmontano e alto-minhoto apresentam muitas semelhanças com o galego.[92] Um dialecto já quase desaparecido é o português oliventino ou português alentejano oliventino, falado em Olivença e em Táliga.[93]
Após a independência das antigas colônias africanas, o português padrão de Portugal tem sido o escolhido pelos países africanos de língua portuguesa. Logo, o português tem apenas dois dialetos de aprendizagem, o europeu e o brasileiro. Note-se que na língua portuguesa europeia há uma variedade prestigiada que deu origem à norma-padrão: a variedade de Lisboa.[94] No Brasil, a maior quantidade de falantes se encontra na região sudeste do país, essa região foi alvo de intensas migrações internas, graças ao seu poder econômico. O Distrito Federal apresenta um destaque devido ao seu dialeto próprio, pelas várias ordas de migração interna. Os dialectos europeus e americanos do português apresentam problemas de inteligibilidade mútua (dentro dos dois países), devido, sobretudo, a diferenças culturais, fonéticas, lexicais. Nenhum pode, no entanto, ser considerado como intrinsecamente melhor ou perfeito.[95]
Algumas comunidades cristãs falantes de português na ÍndiaSri LankaMalásia e Indonésia preservaram a sua língua mesmo depois de terem ficado isoladas de Portugal. A língua foi muito alterada nessas comunidades e, em muitas, nasceram crioulos de base portuguesa, alguns dos quais ainda persistem, após séculos de isolamento.[96] Também é percebível uma variedade de palavras originadas do português no tétum. Palavras de origem portuguesa entraram no léxico de várias outras línguas, como o japonês, o suaíli, o indonésio e o malaio.[97]

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