domingo, 19 de março de 2017

JUIZ DE FORA

Juiz de Fora é um município brasileiro no interior do estado de Minas Gerais. Pertencente à mesorregião da Zona da Mata e microrregião de mesmo nome, localiza-se a sudeste da capital do estado, distando desta cerca de 283 km. Sua população foi contada, no ano de 2010, em 516 247 habitantes, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, sendo então o quarto mais populoso de Minas Gerais e o 36º do Brasil. Em julho de 2016 sua população foi estimada em 559 636 habitantes.[6] Ocupa uma área de 1 429,875 km², sendo que apenas 317,740 km² estão em perímetro urbano.[9]
A sede tem uma temperatura média anual de 19,25°C e na vegetação do município predomina a mata atlântica. Em relação à frota automobilística, em 2014 foram contabilizados 232 374 veículos.[10] O seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,778,[11] considerando como elevado em relação ao estado.[12]A cidade faz parte do eixo industrial das cidades próximas à BR 040 e das próximas à BR 116.[13]
A cidade de Juiz de Fora foi emancipada de Barbacena na década de 1850. A versão mais conhecida de sua etimologia é que o nome seja uma referência a um juiz de foramagistrado nomeado pela Coroa Portuguesa para atuar onde não havia juiz de direito, que hospedou-se por pouco tempo em uma fazenda da região, passando esta a ser conhecida como a Sesmaria do Juiz de Fora.[14] Hoje é formada pela cidade de Juiz de Fora além dos distritos de Rosário de Minas, Torreões e Sarandira, subdivididos ainda em 111 bairros.[15] Passou a ser conhecida como "Manchester Mineira" à época em que seu pioneirismo na industrialização a fez o município mais importante do estado. Com a grande crise econômica de 1929, a economia dos municípios mineiros ligados à cafeicultura sofreu grande abalo e Juiz de Fora só conheceu novo período de desenvolvimento a partir da década de 1960. Sua área de influência estende-se por toda a Zona da Mata, uma pequena parte do Sul de Minas e também do Centro Fluminense.[16]
O município conta ainda com uma importante tradição cultural, que vai desde o seu artesanato até o teatro, a música e o esporte. Seu principal e mais tradicional clube de futebol é o Tupi Football Club, fundado em maio de 1912.[17] Juiz de Fora também é destaque no turismo, com seus diversos atrativos culturais, naturais e arquitetônicos. Alguns dos principais são o Museu Mariano Procópio, o Cine-Theatro Central e o Parque da Lajinha.[18] Um dos principais eventos é o Carnaval de Juiz de Fora, que teve suas origens na época de emancipação do município. No final da década de 1930, até a década de 1960, o auge do Carnaval mudou de foco e a festa nos clubes pairou sobre Juiz de Fora.[19]

História[editar | editar código-fonte]

Origens[editar | editar código-fonte]

Vista panorâmica da cidade em 1893. Ao fundo, a Companhia Têxtil Bernardo Mascarenhas e à direita, em primeiro plano, a antiga cadeia, atual Escola Normal
Avenida Rio Branco, em Juiz de Fora, 1928
As origens de Juiz de Fora remontam a época do Ciclo do Ouro, portanto confundem-se com a história de Minas Gerais. Devido à dificuldade de acesso à região do atual município, o lugar permaneceu praticamente intocado até o século XIX. A Zona da Mata, então habitada apenas pelos índios puris e coroados, foi desbravada com a abertura do Caminho Novo, estrada construída em 1707 para o transporte do ouro da região de Vila Rica (Ouro Preto) até o porto do Rio de Janeiro. Diversos povoados surgiram às margens do Caminho Novo estimulados pelo movimento das tropas que ali transitavam, entre eles, o arraial de Santo Antônio do Paraibuna povoado por volta de 1713.[14]
A vila de Santo Antônio do Paraibuna surgiu no início do século XIX devido à ocupação por famílias de fazendeiros e colonos vindas da região aurífera (Ouro Preto e Mariana), e posteriormente da região das Vertentes (Barbacena e São João del-Rei).[20] O município de Santo Antônio do Paraibuna desmembrou-se de Barbacena em 31 de maio de 1850, e elevado a Cidade do Paraibuna em 1856.[21][22] Em 1865 a Cidade do Paraibuna passa a se chamar Juiz de Fora.[21] O curioso nome de Juiz de Fora gera muitas dúvidas quanto à sua origem. O juiz de fora era um magistrado nomeado pela Coroa Portuguesa para atuar onde não havia juiz de direito. A versão mais aceita pela historiografia admite que um desses magistrados hospedou-se por pouco tempo em uma fazenda da região, passando esta a ser conhecida como a Sesmaria do Juiz de Fora. Mais tarde, próximo a ela, surgiria o povoado. A identidade exata e a atuação dessa personagem na história local ainda são polêmicas.[14]
Uma personalidade de grande importância no município foi o engenheiro alemão Heinrich Wilhelm Ferdinand Halfeld (Henrique Guilherme Fernando Halfeld), que empresta seu nome a uma das principais ruas do comércio local e ao parque situado no centro da cidade, no cruzamento da mesma rua Halfeld e a Avenida Barão do Rio Branco, entre o prédio da FUNALFA (Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage) , a Câmara dos Vereadores e o Fórum da Comarca. Halfeld, após realizar uma série de obras a serviço do Estado Imperial Brasileiro, acaba por fixar residência na cidade, envolve-se na vida política, constrói a Estrada do Paraibuna e promove diversas atividades no município, sendo considerado um de seus fundadores.[14]

Cafeicultura, imigração e comércio escravista[editar | editar código-fonte]

Na década de 1840, começa a crescer a plantação de café, devido ao aumento do consumo de café na Europa e Estados Unidos e ao esgotamento dos solos do Vale do Paraíba contrastante com as terras disponíveis na Zona da Mata.[20] A partir de 1889, a cidade ganhou iluminação pública elétrica, telefone e linhas de bonde, contando ainda com telégrafo e imprensa.[23]
Escravos colhendo café
De 1850 a 1870, Juiz de Fora vivenciou expansão da economia cafeeira, juntamente com a tendência regional, tornando-se o principal produtor de café da Zona da Mata mineira em torno de 1855, posto que abandonou somente nas primeiras décadas do século XX.[21][24] Assim, ao logo do século XIX, a cidade que era ponto de parada de tropeiros transformou-se em grande centro cafeeiro.[25] A mão-de-obra destas lavouras foi composta predominantemente por escravos crioulos, fazendo a população apresentar alta concentração de cativos durante a segunda metade do século XIX, como, por exemplo, 62,25% da população composta por escravos em 1853.[21][24] Assim, a cidade tornou-se também um importante centro escravista, destacando-se na Zona da Mata e possuindo um contingente escravo que equilibrou-se com o da província do Espírito Santo nos anos 50, 60 e 70 do século XIX.[21][25][26] Após esta expansão, houve coexistência de fazendas cafeeiras de grande porte escravocratas, predominantes, com outras de pequeno e médio portes, o que criava uma hierarquia econômica e social intensa.[21][27] O progresso do capital cafeeiro tornou a cidade em uma cidade de barões do Império, tendo sido visitada 12 vezes pelo imperador. Em 1850 a Câmara Municipal é fundada.[20] Ao mesmo tempo, a cidade passou por diversos problemas no período, como alastramento de epidemias, baixo número de casas populares e alto de cortiços, aumento do custo de vida, entre outros.[21]
Muitas famílias de outras regiões de Minas e do país chegam à cidade a partir de meados do século XIX, ampliando as redes de negócio, o fluxo comercial e o comércio escravista.[20] Também chegam os imigrantes alemães, italianos, portugueses, espanhóis, sírios-libaneses e algumas famílias inglesas.[20] As primeiras famílias alemãs começam a se mudar para a cidade em 1856, e desde o início ocupam diversas profissões.[20]
O fim do tráfico de escravos na década de 1850 gerou valorização da mão-de-obra escrava, elevando os preços e dificultando seriamente a sobrevivência de uma economia baseada unicamente em relações de produção escravistas.[20][28] Com a crescente necessidade de mão-de-obra para as lavouras cafeeiras, adotou-se o tráfico intra e interprovincial como medida provisória, e em seguida uma política imigrantista, no Brasil.[20][28] Estas condições é que levaram à inserção das famílias imigrantes alemãs na área urbana da cidade.[20]
Juiz de Fora, na segunda metade do século XIX, foi um importante entreposto comercial para a mercadoria escrava, tanto pelo estado desenvolvido de suas lavouras cafeeiras quanto por sua posição geográfica privilegiada na Zona da Mata e seus vínculos com o Rio de Janeiro.[28]
Mesmo muito tempo depois do fim do tráfico internacional de escravos o comércio de escravos de Juiz de Fora tinha forte vinculação com o Rio de Janeiro.[28]

Companhia União e Indústria[editar | editar código-fonte]

Na década de 1850 é fundada por Mariano Procópio Ferreira Lage a Companhia União e Indústria, que iniciou a construção da Estrada União e Indústria, com o intuito de reduzir o tempo de viagem entre a Corte a província de Minas Gerais, acelerando o escoamento da produção cafeeira.[20] Em 1858, a cidade recebeu a primeira leva de imigrantes europeus: 1162 colonos alemães foram contratados para trabalhar na Companhia, entre arquitetos, engenheiros, artífices, agricultores e outros.[20][21] A maioria destes morava na colônia D. Pedro II.[20] A cidade continuou recebendo imigrantes nos anos seguintes, aumentando consideravelmente a população livre.[21] A construção desta rodovia tornou a cidade o maior entreposto comercial da Zona da Mata.[21]
Entretanto, o sucesso da Estrada União Indústria foi comprometido pela concorrência com duas estradas de ferro construídas na mesma época com a mesma finalidade de escoamento da produção cafeeira: a Estrada de Ferro D. Pedro II e a Estrada de Ferro Leopoldina.[20]

Urbanização e comércio urbano[editar | editar código-fonte]

O povoado iniciou o desenvolvimento de atividades urbanas na década de 1840, quando surgem investimentos no setor de construção e planos de cafeicultores para a construção da Igreja Matriz e da Santa Casa de Misericórida.[21] Porém, é dez anos após a construção da Estrada União e Indústria que foi criado um plano de demarcação e nivelamento da cidade, calçamento das ruas centrais e construção do matadouro municipal, intensificando o comércio com a instalação de diversas vendas e armazéns.[20] Em 1870 instalam-se um telégrafo, um fórum da justiça, um banco e outros serviços.[20] No mesmo ano também é instalada a primeira tipografia da cidade, pertencente ao jornal O Pharol.[29] Ou seja, a cidade passou a ser o principal centro urbano e comercial da Zona da Mata, com interesse tanto da aristocracia cafeeira quanto dos comerciantes.[20]
Ao longo da década de 1860 e 1870 surgiram diversos estabelecimentos comerciais e fabris pertencentes aos imigrantes.[20] A ascensão econômica de alguns destes ocorreu no momento de inversão do capital agrário nos setores industriais, financeiros e comerciais da cidade.[20] A reprodução da economia local na década de 1880 inegavelmente teve participação dos imigrantes e fazendeiros.[20]
Em 1880 foi organizado um sistema de transporte urbano na cidade, com o contrato para a instalação da linha ferro-carril para fluxo interno de cargas e viajantes.[20] A partir de 1890 os comerciantes, industriais e cafeicultores investem em eletrificação, transporte, comunicação e no sistema bancário, buscando desenvolver a infra-estrutura adequada ao crescimento industrial.[30]

Industrialização[editar | editar código-fonte]

Um incipiente setor urbano-industrial começa a se desenvolver na cidade a partir de 1880.[20] A indústria desenvolve-se melhor no período, fazendo a cidade tornar-se o principal centro industrial do estado, deixando-o de ser apenas no fim da década de 1930.[20][21] O processo que levou-a a este posto gerou várias companhias anônimas que ampliaram seu tipo de operação para além do industrial, estendendo-se para outros setores da economia.[21] Este tipo de empresa de ações já vinha sendo utilizado na cidade desde o meio do século XIX, tendo como exemplo a Companhia União e Indústria.[21] A partir de 1890 instalam-se fábricas de maior porte e a população operária aumenta significativamente.[30]
Prédio do Banco do Brasil, Rua Halfeld
Edifício José J. Salgado
Forma-se um segmento financeiro-bancário dentro da economia regional, sendo este de fundamental importância para a industrialização da cidade.[20] Em 1887 é fundado o Banco Territorial e Mercantil de Minas por Bernardo Mascarenhas em conjunto com Francisco Batista de Oliveira e Marcelino de Brito Ferreira de Andrade, que dá autonomia ao capital agrário em relação ao capital do Rio de Janeiro, permitindo que este invista na reprodução ampliada da economia local.[20] Entretanto, este vai à falência em 1892 pelo impacto do encilhamento.[20] Em 1889 foi criado o Banco de Crédito Real de Minas Gerais, a instituição bancária mais importante da região, que até o início da década de 1920 atuou como o único banco da Zona da Mata e possibilitou que o ramo financeiro fosse o elo principal do sistema financeiro regional.[20] Surgiu como um empreendimento financiado majoritariamente pelo capital agrário local, com a liderança de fazendeiros importantes da região.[20] O Credireal, além de financiar o setor agrário, estimulou a abertura de novas firmas na área urbana.[20] O apoio deste banco ao setor ferroviário o tornou responsável direto pelo afastamento do comissário de café fluminense dos assuntos agroexportadores locais, que reduzia o lucro dos cafeicultores ao atuar como entreposto entre os produtores locais e as firmas exportadoras do Rio de Janeiro.[20] Em 1891 assume funções de "banco misto", reunindo na mesma instituição operações de longo e curto prazo.[20]
O Estado assume o controle acionário do Credireal em 1911, e em 1919 realiza sua encampação de fato, tornando-o uma instituição oficial.[20] Assim, em Minas o Estado representou o papel do capital comercial, apropriando, centralizando e diversificando o capital cafeeiro, além de amparar diversas atividades agrícolas, por meio dos Bancos de Crédito Real e Agrícola de Minas Gerais.[20]
Tendo novos estímulos, capitais e investimentos, a circulação comercial na cidade cresceu em conjunto com o mercado consumidor e de trabalho, ganhando novos serviços urbanos como agências bancárias, telefones e energia elétrica.[20] Neste ambiente favorável, sua industrialização avançou com o aparecimento de diversas unidades fabris e com o crescimento global de sua economia.[20] A chegada dos italianos ajudou a ampliar o mercado de trabalho e o aparecimento de novos empreendimentos.[20] A presença alemã se envolveu neste contexto e assumiu novas funções.[20] Um empreendimento de imigrantes alemães e descendentes era o Curtume Krambeck.[20] Surgiram desordenadamente diversas manufaturas, que transformaram-se em fábricas mecanizadas, mas coexistiam com outras manuais e domésticas, como estava ocorrendo no país.[20]
No início do século XX os principais setores da indústria eram o têxtil e o de alimentos, com maior quantia de operários, investimentos e força motriz.[20] As indústrias têxteis já não eram artesanais e manufatureiras, enquanto as de alimentos eram, em sua maioria, de pequeno porte.[20] Entretanto, nas décadas seguintes uma crise estrutural emperra o crescimento industrial de Juiz de Fora.[20]
Também com o crescimento de Juiz de Fora e cidades próximas, foi criada a Microrregião de Juiz de Fora, reunindo além do município, outras 33 cidades, como Santos DumontSão João NepomucenoLima DuarteBicas e Matias Barbosa. Em 2006 sua população foi estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em cerca de 760 767 habitantes em uma área total de 8 923,426 km². Seu Índice de desenvolvimento humano (IDH) era de 0,805 e o PIB per capita de R$ 6 693,58 em 2003. Localiza-se na Mesorregião da Zona da Mata.[31]

Reindustrialização[editar | editar código-fonte]

Crescimento industrial da cidade[32]
PeríodoTaxa
1985~962,5%
1996~9912,9%
A economia de Juiz de Fora estava decadente até que a construção na cidade da primeira unidade da Mercedes-Benz fora da Alemanha, a Mercedes-Benz Juiz de Fora, com um grande[13]investimento de US$ 850 milhões, iniciou um processo de transformação econômica do município.[32] Sendo uma das mais importantes do mercado automotivo mundial, a empresa acarreta uma melhoria da qualidade dos produtos e serviços de seus fornecedores, que acabam gerando uma melhoria em cadeia na cidade.[32] Os benefícios para a cidade com a instalação da Mercedes-Benz são enormes, pois isto atrai novas indústrias, aumenta o recolhimento do ICMS, gera empregos e amplia a renda.[32] Também, outros investimentos começaram a ser atraídos para a cidade.[32] Por exemplo, foi construída a Usina Termelétrica de Juiz de Fora[32] como diretriz de política pública do PMDI 2005.[13]
A cidade não estava preparada para receber uma empresa deste porte, e por isto este novo processo de industrialização na cidade exigiu dos cursos profissionalizantes uma revisão completa de seus planos, para adequar a mão-de-obra às indústrias alemãs que chegaram.[32]

Geografia[editar | editar código-fonte]

A área do município é de 1 429,875 km², representando 0,245% do território mineiro, 0,1554% da área da região Sudeste do Brasil e 0,0169% de todo o território brasileiro.[33] Desse total 317,74 km² estão em perímetro urbano.[9] É ainda o município mais extenso da Zona da Mata.[9]
Juiz de Fora está localizada na Mesorregião da Zona da Mata e Microrregião de Juiz de Fora. O município limita-se ao norte com Santos Dumont e Ewbank da Câmara; a nordeste, com Piau e Coronel Pacheco; a leste, com Chácara e BicasPequeri; a Sudeste, com Santana do Deserto; ao sul com Matias Barbosa e Belmiro Braga; a sudoeste, com Santa Bárbara do Monte Verde; a oeste, com Lima Duarte e Pedro Teixeira e a noroeste com Bias Fortes. A cidade está a aproximadamente 310 quilômetros de Belo Horizonte, a capital mineira.[34]
O relevo de Juiz de Fora é bem acidentado, correspondendo geomorfologicamente à Unidade Serrana da Zona da Mata, pertencente à Região Mantiqueira Setentrional. A altitude máxima é de 998 m. nas proximidades da serra dos Cocais e a mínima fica em 470 m no Rio Santo Antônio. A sede está em uma altitude de 677,2 m.[34] Cerca de 2% do território juiz-forano é plano, 15% das terras são típicos de serras e os 83% restantes o terreno são mares de morro.[34]

Hidrografia[editar | editar código-fonte]

O município de Juiz de Fora está localizado na bacia do Médio Paraibuna, pertencente à bacia do rio Paraíba do Sul, e seu perímetro urbano é drenado por 156 sub-bacias de diversas dimensões.[35] Os principais rios que banham o município são o Paraibuna, seus afluentes rio Cágado e rio do Peixe, e os rios Monte Verde e Grão-Mogol, afluentes do rio do Peixe.[36][37][38] O Rio Paraibuna recebe o lançamento in natura de esgotos domésticos e de efluentes industriais produzidos na cidade.[39]
A bacia do Médio Paraibuna possui tributários com perfis longitudinais relativamente acentuados, que desembocam no rio principal com gradiente um pouco baixo. O rio Paraibuna possui declividade média bastante diferenciada ao longo de seu curso, sendo que no trecho urbano de Juiz de Fora é bastante moderada, da ordem de 1,0m/km. A última retificação de aproximadamente 30 km, na região do Distrito Industrial I, foi dimensionada de modo a compatibilizar a função regularizadora da barragem Chapéu D’Uvas, recentemente concluída. A barragem foi construída com o objetivo de amortizar enchentes e ampliar o potencial de abastecimento de água para a cidade.[35]

Clima[editar | editar código-fonte]

Maiores acumulados de precipitação em 24 horas registrados
em Juiz de Fora por meses (INMET, 1961-presente)[40]
MêsAcumuladoDataMêsAcumuladoData
Janeiro133,6 mm14/01/1966Julho33,2 mm04/07/1964
Fevereiro138,7 mm12/02/1995Agosto32,6 mm14/08/1976
Março147,4 mm12/03/2001Setembro70,3 mm07/09/1992
Abril63,4 mm06/04/1983Outubro77,2 mm25/10/1996
Maio71,8 mm31/05/1983Novembro105 mm01/11/2006
Junho66,2 mm04/06/1983Dezembro144,6 mm07/12/1998
clima de Juiz de Fora é caracterizado tropical de altitude (tipo Cwa segundo Köppen),[41] com chuvas concentradas no verão e temperatura média compensada anual em torno dos 19 °C, sendo fevereiro e julho o mais frio.[42] Outono e primavera são estações de transição. O índice pluviométrico é de aproximadamente 1 600 milímetros/ano (mm), sendo agosto o mês mais seco e janeiro o mais chuvoso.[43] A umidade do ar é relativamente elevada, com médias entre 75% e 85%,[44] e o tempo aproximado de insolação é de aproximadamente 1 800 horas/ano.[45] As precipitações ocorrem principalmente sob a forma de chuva e, em algumas ocasiões, de granizo, sendo que algumas das ocorrências mais recentes foram em 17 de dezembro de 2009,[46] 13 de janeiro de 2010[47] e em 1º de outubro de 2010.[48]
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), desde 1961 a menor temperatura registrada em Juiz de Fora foi de 3,1 °C em 9 de junho de 1985,[49] e a maior atingiu 36,6 °C em 19 de outubro de 2014.[50] O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 147,4 mm em 12 de março de 2001. Outros grandes acumulados foram 144,6 mm em 7 de dezembro de 1998, 138,7 mm em 12 de fevereiro de 1995, 133,6 mm em 14 de janeiro de 1966, 129,3 mm em 25 de janeiro de 1985, 125,7 mm em 11 de março de 1981, 120,1 mm em 6 de março de 1978, 114,1 mm em 15 de janeiro de 1982, 108,2 mm em 3 de dezembro de 1968, 105,8 mm em 22 de dezembro de 1983 e 105 mm em 1º de novembro de 2006.[40] Em um mês o maior volume observado foi de 715,4 mm em janeiro de 1985.[51]
[Esconder]Dados climatológicos para Juiz de Fora
MêsJanFevMarAbrMaiJunJulAgoSetOutNovDezAno
Temperatura máxima absoluta (°C)3636,233,631,730,730,43134,335,836,635,235,436,6
Temperatura máxima média (°C)27,52826,827,723,222,122,123,523,924,725,526,325,1
Temperatura média compensada (°C)21,922,421,419,517,616,516,117,21819,420,321,119,3
Temperatura mínima média (°C)18,218,517,715,913,712,411,812,713,815,716,717,515,4
Temperatura mínima absoluta (°C)1211,610,67,94,43,13,34,8597,710,33,1
Precipitação (mm)286,7181,3186,492,548,631,723,222,175,8155,2216,4277,11 597
Dias com precipitação (≥ 1 mm)161211753337121417110
Umidade relativa compensada (%)83,481,183,984,383,379,477,973,675,881,281,385,380,9
Horas de sol141,7161,2153,8162,3169,4165,5187,5181,9119,4115,4135130,61 823,7
Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (médias climatológicas de 1961 a 1990;[42][52][53][43][54][45][44] recordes de temperatura: 1961-presente).[49][50]

Ecologia e meio ambiente[editar | editar código-fonte]

vegetação nativa do município pertence ao domínio florestal Atlântico (Mata Atlântica), onde destacam-se diversas espécies da fauna e flora. Em Juiz de Fora existem unidades de conservação ambiental. As principais são a Reserva Biológica Municipal do Poço D'Anta (com 277 hectares, entre os bairros São Benedito, Bom Retiro e Linhares); Reserva Biológica Municipal Santa Cândida (133 hectares, bairros Monte Castelo, São Pedro e Carlos Chagas); Parque da Lajinha (45,5 hectares, bairros Aeroporto e Teixeiras); Área de Proteção Ambiental do Krambeck (291 hectares, bairros Eldorado e Remontas) e Área de Preservação Permanente Bosque do Bairu (0,5 hectares, bairro Bairu).[55]
De acordo com a lei 9605 de 1998, mananciais, encostas e áreas de matas nativas são protegidas pela prefeitura. Outras áreas de preservação, como o Parque do Museu Mariano Procópio, possuem legislações próprias, por serem de menor porte.[55] Outra importante unidade de conservação é o Sítio Malícia, que pertencente à maior floresta de mata atlântica urbana do país, com mais de 3,7 milhões de metros quadrados.[56]
Poluição atmosférica
Desde o começo da década de 1990 vários pontos do município, em especial a área central, vêm sofrendo com a fumaça e a poluição proveniente da grande quantidade de veículos que circulam na região e das indústrias. Desde 1993 estudos que estão sendo realizados comprovam que o nível de monóxido de carbono é elevado. Somente na Avenida Rio Branco, a principal da cidade, em 1998 já circulavam 40 mil veículos diariamente, sendo que a frota municipal naquele ano era de 115 mil veículos.[55]
Trecho da parte alta da Rua Halfeld, com o Calçadão e vista para o Morro do Imperador, um pedaço do Paço Municipal e um do Parque Halfeld.
Calçadão da Rua Halfeld em direção à parte baixa da via.

Demografia[editar | editar código-fonte]

Total populacional da cidade
AnoHabitantes
2010[57]
  
517872
2006[57]
  
509125
2000[57]
  
456796
1991[57]
  
385996
1980[57]
  
307534
1970[57]
  
238510
1872[21]
  
18775
1853[21]
  
6466
Império do BrasilRepública Federativa do Brasil
No ano de 2014, a população do município foi contada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 550 710 habitantes, mantendo o título de quarto mais populoso do estado e apresentando uma densidade populacional de 360,42 habitantes por km².[58] Segundo este mesmo censo, 47,30% da população eram homens (244 932 habitantes), 52,70% (272 940 habitantes) mulheres, 98,86% (511 973 habitantes) vivia na zona urbana e 1,14% (5 879 habitantes) na zona rural.[58][57][59][60] De acordo com o IBGE, Juiz de Fora possuía 354 929 eleitores em 2004.[61]
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de Juiz de Fora é considerado elevado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Seu valor é de 0,828, sendo o nono maior de todo estado de Minas Gerais (em 853), o quadragésimo nono de toda a Região Sudeste do Brasil (em 1666 municípios) e o 145° de todo o Brasil (entre 5 507 municípios). Considerando apenas a educação o valor do índice é de 0,920, enquanto o do Brasil é 0,849. O índice da longevidade é de 0,784 (o brasileiro é 0,638) e o de renda é de 0,781 (o do Brasil é 0,723).[62] A cidade possui a maioria dos indicadores elevados e todos acima da média nacional segundo o PNUD. A renda per capita é de 13 715,11 reais, a taxa de alfabetização adulta é 95,30% e a expectativa de vida é de 72,03 anos. O coeficiente de Gini, que mede a desigualdade social é de 0,41, sendo que 1,00 é o pior número e 0,00 é o melhor.[63] A incidência da pobreza, medida pelo IBGE, é de 12,86%, o limite inferior da incidência de pobreza é de 5,82%, o superior é de 19,91% e a incidência da pobreza subjetiva é de 9,45%.[63]
No ano de 2000, a população juiz-forana era composta por 273 787 brancos (64,91%); 92 179 pardos (21,86%); 51 808 pretos (12,28%); 1 198 indígenas (0,28%); 695 amarelos (0,16%); além dos 2 103 sem declaração (0,50%).[64]
A partir do final do século XIX, árabes instalaram-se na cidade, principalmente os sírios e libaneses, em busca de melhores condições de vida.[65] De início foram mascates, e conforme conseguiam mais recursos tornavam-se comerciantes, principalmente de tecidos.[65] Chamam atenção atualmente as lojas de tecidos, os restaurantes típicos e as várias malharias de proprietários árabes.[65] Até hoje, muitas lojas de tecido da Rua Marechal Deodoro pertencem a sírios e libaneses.[65]Na década de 1970 mais árabes chegaram em busca de melhores condições de vida, atraídos pela boa adaptação econômica de seus predecessores.[65]

Religião[editar | editar código-fonte]

Religiões em Juiz de Fora (Censo de 2000)[66]
ReligiãoPorcentagem
Catolicismo
  
73,58%
Protestantismo
  
15,04%
Sem religião
  
5,03%
Espiritismo
  
4,31%
Outros
  
2,04%
Juiz de Fora é uma cidade de tradição cristã, mas com grande diversidade de crenças, assim como no resto do país.[65] As crenças convivem bem.[65] O campo religioso da cidade é composto majoritariamente pelo catolicismo, seguido do protestantismo.[65] Há também um forte movimento espírita-kardecista, tal como diversas religiões afro-brasileiras.[65] Recentemente, houve o surgimento do new age, de grupos orientais e dos muçulmanos.[65] Mais afastados da cidade, há também grupos como o do Santo Daime e do Vale do Amanhecer.[65] Esta grande diversidade é atribuída à proximidade da cidade em relação a grandes centros urbanos, o que fortalece a circulação de ideias, costumes e crenças.[65]

História[editar | editar código-fonte]

Durante a segunda metade do século XIX, a cidade apresentou grande diversificação das religiões presentes, devido principalmente às imigrações alemães e italianas, que trouxeram o protestantismo, o metodismo e o espiritismo.[21] Como integrantes desta religião estavam sendo sepultados em locais não considerados sagrados, a Companhia União e Indústria cedeu uma área para que um cemitério fosse instalado.[21] Este cemitério foi consagrado em 1860 com o nome de Cemitério de Nossa Senhora da Glória e doado aos cultos católicos e evangélicos.[21] Os habitantes da Colônia de Cima, atual bairro São Pedro, também desejaram um cemitério próprio, devido à distância do Cemitério Municipal de Juiz de Fora e às constantes proibições por parte do padre Tiago Mendes Ribeiro.[21] Entretanto, a Companhia negou o pedido, e o Cemitério de São Pedro e sua capela foram inaugurados somente em janeiro de 1886, graças à doação de um terreno por um colono.[21]
No final do século XIX e início do XX chegaram na cidade os árabes cristãos católicos.[65] Os sírios praticavam o Rito Bizantino e fundaram em 1958 a Paróquia Melquita Católica de São Jorge, que ficou pronta em 1965, e também a Sociedade Beneficente Melquita de São Jorge, em 1957.[65] Já os libaneses, em sua maioria praticavam o Rito Maronita.[65] Na década de 1970 chegaram os árabes islâmicos.[65]

Islamismo[editar | editar código-fonte]

Para as mulheres o véu é obrigatório. Pelo Alcorão todas as mulheres têm que se tapar. Não é um costume ou uma tradição. A mulher dentro do Islão é colocada com muito respeito. Quanto mais ela se tapar, maior o seu valor, mais modesta.
— Ŝayh moçambicano da Mesquita de Juiz de Fora sobre o uso religioso do hijab.[65]
Atualmente há em torno de 60 fiéis muçulmanos na cidade, dos quais 15, em média, comparecem nas orações de sexta-feira da Mesquita de Juiz de Fora.[65]Dos 60 fiéis, 25 são do sexo feminino, e destas, somente oito usam o véu em todo o lugar.[65] Os véus começaram a ser utilizados na cidade em 2002.[65] Apesar do šayh considerar que o véu é símbolo de modéstia e recato, esta vestimenta vem sendo utilizada na cidade para embelezamento, principalmente pelas adolescentes.[65]
A Mesquita de Juiz de Fora se diferencia da maioria das mesquitas por não ser um local com poder exercido apenas por homens: uma mulher participava ativamente das atividades, pagando as despesas mais vultosas, inclusive todas as que garantem que haja um šayh presidindo o local.[65] Também, esta libanesa é quem doou as lojas onde a Mesquita funciona.[65] A maioria doa árabes da SBMJF têm situação financeira melhor que a dos convertidos.[65]
O Islã em Juiz de Fora, como no resto do Brasil, deixou de lado sua identificação étnica para assumir uma identidade mais estrita à religião, buscando se apresentar como mais uma opção para os habitantes, no mercado religioso.[65]
Em 2005, foi realizada uma manifestação no Parque Halfeld e uma passeata para a libertação de João Vasconcellos, um engenheiro juizforano sequestrado no Iraque por um grupo Mujahidin.[65] A passeata foi liderada por uma libanesa da SBMJF.[65]

Política[editar | editar código-fonte]

Paço Municipal, na esquina da Rua Halfeld com a Av. Rio Branco, em 1928.
Atual sede da prefeitura, no centro da cidade, em 2011. À esquerda, do outro lado da linha férrea, localiza-se a Praça Doutor João Penido.
A partir de 1850, a elite agrária da cidade estabeleceu seu centro de poder no centro da cidade, agrupando em torno da Praça Central as Repartições Públicas e a Igreja.[21] Entretanto, a cadeia, mesmo fazendo parte do centro, não estava neste núcleo.[21]
poder executivo do município de Juiz de Fora é representado pelo prefeito e seu gabinete de secretários, seguindo o modelo proposto pela Constituição Federal.[67] O primeiro representante do poder executivo e prefeito do município foi Pedro Marques de Almeida (1888-1934). Em vinte e nove mandatos, onze prefeitos passaram pela prefeitura de Juiz de Fora.[68] Atualmente quem está no cargo é Bruno de Freitas Siqueira, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), eleito no segundo turno das eleições municipais no Brasil em 2012, com 57,16% dos votos válidos (163 174 votos).[2]
poder legislativo é constituído pela câmara, composta por dezenove vereadores eleitos para mandatos de quatro anos e está composta da seguinte forma:[69] três cadeiras do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB); duas cadeiras do Partido Social Cristão (PSC); duas cadeiras do Partido dos Trabalhadores (PT); duas cadeiras do Partido Democrático Trabalhista (PDT); duas cadeiras do Partido Trabalhista Cristão (PTC); uma cadeira do Partido da Mobilização Nacional (PMN); uma do Partido Popular Socialista (PPS); uma do Democratas (DEM); uma do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB); uma do Partido Verde (PV); uma do Partido da República (PR); uma do Partido Progressista; e uma do Partido Socialista Brasileiro (PSB). Cabe à casa elaborar e votar leis fundamentais à administração e ao Executivo, especialmente o orçamento participativo (Lei de Diretrizes Orçamentárias). O município de Juiz de Fora se rege por leis orgânicas.[67] A cidade é ainda a sede de uma comarca.[70] De acordo com o TRE-MG (Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais), o município possuía em 2006 354 929 eleitores.[61]
Câmara Municipal em 1907.
Palácio Barbosa Lima, sede da Câmara Municipal, em 2011.

Câmara Municipal[editar | editar código-fonte]

A Câmara Municipal, na época após a fundação da cidade, era composta majoritariamente por donos de fazendas, profissionais liberais e comerciantes.[21] Havia muitas ocorrências de parentesco e compadrio entre vereadores, o que causava permanência constante das famílias mais influentes da região no poder.[21] De 1860 a 1880, quase todas as sessões da Câmara Municipal tiveram por objetivo decisões relativas a obras de urbanização, fazendo a maior parte do dinheiro gasto pela cidade neste período ser usado nestas obras.[21]
Sete anos após a emancipação do município, em 1857, foi aprovada na Câmara Municipal a primeira edição do Código de Posturas Municipaes, com o objetivo de ordenar o desenvolvimento da cidade.[21] O Código estabeleceu normas de organização social, urbanização e embelezamento do município.[21]

Subdivisões[editar | editar código-fonte]

Juiz de Fora está oficialmente subdividida em quatro distritos, sendo eles Juiz de Fora, Rosário de MinasTorreões e Sarandira.[71][72] Os limites das áreas urbanas nos distritos, os chamados núcleos urbanos, também definidos pela Lei 6 910 de 1986, poderão ser revistos em função da necessidade de atendimento ao crescimento de sua população.[15]
A cidade foi originalmente subdividida ainda em 81 regiões urbanas. Porém, de acordo com o plano diretor municipal, foram adotados 111 bairros, cuja divisão é a unidade territorial que o habitante da cidade tem mais facilidade de reconhecer. Outra subdivisão oficial criada pela prefeitura é as Regiões de Planejamento. O município está dividido em doze regiões. São elas: Barreira, Benfica, Cascatinha, Centro, Grama, Igrejinha, Linhares, Lourdes, Santa Cândida, Santa Luzia, São Pedro e Represa.[4] No interior de cada Região de Planejamento existem áreas de distintas conformações topográficas e configurações quanto ao tipo e densidade de ocupação, facilidades de infraestrutura, traçado dos lotes e características arquitetônicas das construções. Por esta razão, cada região de planejamento foi considerada como sendo composta de um número variável de unidades de planejamento, definidas por uma condição de homogeneidade relativa das tipologias referidas.[15]
Ao longo dos anos após a criação, o município foi ganhado novos distritos. Em 1911 a cidade possuía quinze: Juiz de Fora (sede), Água Limpa, Paula Lima, Rosário, São Francisco de Paula, Porto das Flores, São José do Rio Preto, Vargem Grande, Matias Barbosa, São Pedro de Alcântara (atual município de Simão Pereira),[28] Chácara, Sarandi, Santana do Deserto, Benfica e Mariano Procópio. Porém, com o passar dos anos, alguns deles tornaram-se municípios. Em última alteração distrital, feita pela lei estadual nº 6769 de 13 de maio de 1976, o distrito de Paula Lima foi extinto passando seu território a pertencer ao quarto subdistrito do distrito-sede de Juiz de Fora. Em divisão territorial datada de 1º de janeiro de 1979, o município era constituído de quatro distritos: Juiz de Fora, Rosário de Minas, Sarandira e Torreões. Assim permanecendo atualmente.[73]

Economia[editar | editar código-fonte]

Produto Interno Bruto
AnoMil Reais
2008[74]
  
7.140.251
2007[75]
  
6.504.492
2006[76]
  
5.602.941
2005[77]
  
5.256.357
2004[78]
  
4.235.535
2003[79]
  
3.674.197
Nos dados do IBGE de 2005 o município possuía R$ 7 140 251,434 mil [80] no seu Produto Interno Bruto. Desse total 883 208 mil são de impostos sobre produtos líquidos de subsídios.[80] O PIB per capita é de R$ 13 715,11.[80] Dos 5 565 municípios brasileiros, Juiz de Fora ocupa a 19ª colocação no ranking das mais promissoras cidades para se construir uma carreira profissional, segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, publicada na revista Você S.A..[81]
Setor primário
A agricultura não possui tanta relevância em Juiz de Fora. De todo o PIB da cidade 40 493 mil reais é o valor adicionado bruto da agropecuária.[80] Segundo o IBGE em 2008 o município possuía um rebanho de 46 499 bovinos, 46 400 suínos, 470 equinos, 140 mulas, 80 caprinos, 70 búfalos, 25 asnos, 20 ovelhas e 808 000 aves, dentre estas 2 000 galinhas, 800 000 galos, frangos e pintinhos e 6 000 codornas.[82] Em 2008 a cidade produziu 164 mil litros de leite de 156 vacas. Foram produzidos 28 mil dúzias de ovos de galinha e 14 850 quilos de mel-de-abelha.[82] Na lavoura temporária são produzidos principalmente a cana-de-açúcar (7 750 toneladas), o milho (2 800 toneladas) e o feijão (195 toneladas).[83]
Setor secundário
indústria atualmente é o segundo setor mais relevante para a economia juiz-forana. 1 619 725 reais do PIB municipal são do valor adicionado bruto da indústria (setor secundário). A cidade conta com um Distrito Industrial em operação sob administração da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (CODEMIG). As principais atividades industriais do município são a fabricação de alimentos e bebidas, produtos têxteis, artigos de vestuário, produtos de metal, metalurgia, mobiliário, montagem de veículos e outros.[84]
Setor terciário
3 961 065 milhões reais do PIB municipal são de prestações de serviços (terciário).[80] A economia da cidade é voltada basicamente para o setor de serviços.[65] De acordo com o IBGE a cidade possuía no ano de 2008 20 658 estabelecimentos comerciais e 36 602 trabalhadores, sendo 19 724 pessoal ocupado total e 145 581 ocupado assalariado. Salários juntamente com outras remunerações somavam 1 668 024 reais e o salário médio mensal de todo município era de 2,7 salários mínimos.[85] Um dos principais centros comerciais de Juiz de Fora e também um dos mais movimentados da região é o Independência Shopping, inaugurado em 22 de abril de 2008. Além de grandes lojas o shopping possui pequenas e médias empresas com sede no próprio município ou na região. Assim como no resto do país o maior período de vendas é o Natal.[86]

Estrutura urbana[editar | editar código-fonte]

No ano de 2000, a cidade possuía 132 465 domicílios, entre apartamentoscasas, e cômodos. Desse total, 93 824 eram imóveis próprios, sendo 86 719 próprios já quitados (65,47%), 7 105 próprios em aquisição (5,36%), 29 357 eram alugados (22,16%), 8 639 imóveis foram cedidos sendo que 1 649 haviam sido cedidos por empregador (1,24%), 6 990 foram cedidos de outra maneira (5,28%) e 645 eram de outra forma (0,49%).[87]
O município conta com água tratada, energia elétricaesgotolimpeza urbanatelefonia fixa e telefonia celular. Em 2000, 95,30% dos domicílios eram atendidos pela rede geral de abastecimento de água,[88]97,05% das moradias possuíam coleta de lixo[89] e 93,69% das residências possuíam escoadouro sanitário.[90] Seu Índice de Gini é de 0,41.[91]

Saúde[editar | editar código-fonte]

Vista parcial do estacionamento do HGeJF.
Na cidade existem doze hospitais gerais, sendo três públicos, três filantrópicos e seis privados.[carece de fontes] Um destes públicos é um hospital militar, o Hospital Geral de Juiz de Fora (HGeJF), vinculado ao Ministério da Defesa.[92] O Hospital de Pronto Socorro (HPS)[93] é, do município, referência em acidentes ofídicos[94] e casos de urgência e emergência pelo Sistema Único de Saúde e também o único que administra soro antiescorpiônico.[95] Há também o Hospital Regional João Penido,[96] que recebeu este nome em homenagem a um médico muito importante politicamente na cidade, no século XIX.[21][26] Há na cidade o hospital Monte Sinai. Localizado no bairro Dom Bosco, foi inaugurado em 1994.[97] Sua Unidade de terapia intensiva (UTI) adulta conta com trinta leitos e a neonatal e infantil possui 25 leitos.[98]
Entrada do Hospital Monte Sinai.
Como em vários outros centros urbanos brasileiros, apesar do processo de reorientação das formas de assistência médica estar em andamento, os usuários mantém preferência, ao buscar espontaneamente por atendimento, por prontos-socorros e hospitais, mesmo que isto os faça se deslocarem de bairros distantes até o centro e enfrentarem o tumulto e demanda excessiva que sempre parece existir em unidades do tipo; como apontado pelo Plano Municipal de Saúde de 1997 e 2002.[99] Esperava-se que, a partir de 1995, a implantação do Programa Saúde da Família e a expansão da rede básica redistribuiriam a demanda, ajudando a esvaziar pronto-socorros e hospitais, mas isto não ocorreu e a demanda apenas aumentou.[99]
Há doze regiões sanitárias no município.[99]
Juiz de Fora conta ainda com 1 426 técnicos de enfermagem, 1 206 auxiliares de enfermagem, 938 clínicos gerais, 592 enfermeiros, 551 pediatras e 2 931 distribuídos em outras categorias, totalizando 7 644 profissionais de saúde.[carece de fontes] No ano de 2008 foram registrados 6 158 de nascidos vivos, sendo que 10,3% nasceram prematuros, 58,7% foram de partos cesáreos e 15,1% foram de mães entre 10 e 19 anos (0,5% entre 10 e 14 anos).[carece de fontes] A Taxa Bruta de Natalidade é de 11,8.[100]
Houve epidemias de varíola nos períodos de 1873 a 1874 e 1886 a 1887.[21] Os atestados de óbito do período de 1864 a 1890 mostram a varíola como causa mortis em 6,15% dos documentos, sendo a maior parte destas mortes advindas da primeira epidemia.[21]

Educação[editar | editar código-fonte]

Ensino superior
2005[103]2004[104]
Escolas1113
Matrículas3139628237
Docentes1759
Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES/JF), dois de seus cinco campus na cidade
Localiza-se na cidade a Universidade Federal de Juiz de Fora, fundada em 1960. A cidade também é atendida por outras instituições de ensino superiores tais como o Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES/JF), Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora (Suprema), faculdade católica fundada em 1972, Universidade Estácio de Sá, Instituto Vianna Júnior, Faculdade DoctumFaculdade Machado SobrinhoUniversidade Presidente Antônio Carlos, Faculdade do Sudeste Mineiro (FACSUM), Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO), entre outras.[105]
Em 2000 cerca de 367 844 habitantes (95,6% da população) eram alfabetizados.[106] Em 2012, a cidade era a terceira com menor índice de analfabetismo (acima de 15 anos) do estado.[107] O nível da educação (IDHM Educação) do município era, em uma escala de 0 a 1, de 0,420 em 1991 (muito baixo), 0,594 em 2000 (baixo) e finalmente, de 0,711 em 2010 (alto).[108]

História[editar | editar código-fonte]

A primeira instituição de ensino da cidade foi o colégio do Cônego Roussin, fundado em 1860.[30] Entretanto, houve uma escola criada antes do estabelecimento do município, a escola do Prof. Sampaio, dirigida pelo Prof. José Anacleto Sampaio, pessoa importante na sociedade e que foi vereador municipal.[30] Em 1869 é instituída a Escola Agrícola, que recebia filhos dos imigrantes alemães para educação popular através de ensino profissionalizante.[30] Houve pouca procura, e portanto a experiência foi de curta duração.[30] Houve influência da concepção comum em culturas anglo-saxãs de ensino voltado para o preparo do ofício, entretanto, o que predominou foi a ideologia ibérica de valorização do ensino propedêutico, preparando para profissões com importante papel da retórica, o que faz com que as camadas dirigentes ou em ascensão demonstrem preferência especial pelas faculdades de Direito.[30]
A instrucção quer pública quer particular, está sendo fartamente distribuída por uma série de esplêndidos estabelecimentos. Desde remotos tempos que Juiz de Fora possue bons institutos de ensino e se esmera na da mocidade.
— Álbum do Município de Juiz de Fora, Albino Esteves, 1915.[30]
Nos anos seguintes, várias instituições de ensino básico e médio, em sua maioria particulares, são criadas na cidade, exceto alguns poucos grupos escolares públicos.[30]Estas instituições tiveram alto prestígio e tinham muito cuidado com a instrução, de acordo com relatos da época.[30] Até 1890 a cidade reproduz o perfil de educação corrente do Império, onde predominava o ensino particular expandido pela ação do clero em seminários e escolas confessionais e sua tradição católica conservadora, mas havia confronto com a intenção de um Estado laico que afastasse da religião a educação e a cultura e com os intelectuais da ilustração brasileira, de ideário liberal ou cientificista.[30] Duas escolas fundadas no período se destacam, representando a ação das elites locais em relação à nova ordem competitiva, atribuindo um novo perfil à educação primária, secundária e superior: o Granbery, fundado em 1890, e a Academia de Comércio, fundada em 1894.[30] Aos pobres, era possível escolher entre alguns poucos mestres-escolas que acolhiam os alunos em casa para trabalho meritório e missionário.[30]
Colégio Americano Granbery é fundado por missionários estadunidenses do sul da Igreja Metodista Episcopal em 1890, sendo um importante marco para a introdução do metodismo na região da mata mineira tanto como concepção educacional, como concepção de mundo, como prática religiosa.[23] O colégio recebeu o nome em homenagem a John Cowper Granbery, bispo que estava à frente das incursões de representantes da Igreja Metodista estadunidense em território brasileiro nos últimos anos do Império do Brasil.[23]
República e reforma educacional[editar | editar código-fonte]
Effectua-se hoje as 11horas a solenidade da instalação do !o Grupo Escolar desta cidade. A esse acto poderão comparecer todos quantos se interessem pelos assumptos que dizem respeito à instrucção, pois não há convites especiais, conforme nos informa o respectivo director nosso colega José Rangel.
— Jornal do Comércio em 4 de fevereiro de 1907.[30]
Instituto Estadual de Educação de Juiz de Fora, como passou a se chamar, desde 1965, a Escola Normal Oficial de Juiz de Fora fundada em 1928.[1]Em 1990 o prédio foi tombado como patrimônio histórico da cidade.[1]
Nos primeiros anos da República, no governo de Afonso Pena, ocorreu a Reforma Educacional do Estado de Minas, objetivando a melhoria da qualidade de ensino elementar e a formação dos professores.[30] Um decreto em 1893 cria uma nova estrutura para a escola normal, com o intuito de melhorar a formação dos professores através de cursos intensivos.[30] Assim, em 1894, foi criada a Escola Normal de Juiz de Fora, que funcionava no prédio que anteriormente havia sido o mercado da cidade, e que posteriormente foi transferido para o Palacete Santa Mafalda.[30] A situação da educação na cidade era um caos.[30] O despreparo profissional, o desestímulo originado nos baixos salários e a precariedade das condições físicas impediam a efetividade das soluções.[30]
Em 1907, época em que se organizava o Estado federativo e republicano brasileiro, foram implementados na cidade os Grupos Escolares, constituindo um novo espaço escolar de Juiz de Fora, conforme proposto pela Reforma Educacional para Minas Gerais em 1906.[30] Os Grupos Escolares estaduais eram locais de educação para os filhos da classe pobre, e vieram complementar o projeto educacional da cidade, que não garantia educação aos que não fossem filhos da elite industrial.[30] Assim, o município foi pioneiro na instalação de um ensino sistematizado, normatizando os conteúdos disciplinares e os métodos pedagógicos com o objetivo de acabar com as escolas isoladas e obter mais controle sobre a educação infantil.[30]
Juiz de Fora contrastava com as demais cidades mineiras coloniais, que apresentavam igrejas e marcas da extração de ouro, com suas indústrias, seu capitalismo e seus estudantes.[30] Foi bem-vinda para a cidade a proposta de uma sociedade baseada em trabalho livre e capacitação, do projeto modernizador de, principalmente, João Pinheiro.[30] Esta proposta acarretava a substituição do conceito de trabalho servil pelo de mão de obra qualificada, tendo como principal característica a educação.[30] Assim, o governo da cidade interpretou as escolas como sendo mais do quê um local de racionalização do conhecimento, sendo também um instrumento de mudanças.[30]
Instituto Metodista Granbery em 2012.
Em 4 de fevereiro de 1907 foi instalado o Primeiro Grupo Escolar da cidade e do estado, com 407 alunos e José Rangel como diretor.[30] Em 23 de março do mesmo ano, no mesmo prédio, foi inaugurado o Segundo Grupo Escolar, com 396 alunos e o diretor José Rangel, o porteiro e o servente do Primeiro como administradores, e funcionando no período noturno.[30] Em 1915 os grupos foram renomeados para Grupo José Rangel e Grupo Delfim Moreira, respectivamente.[30]Estes situavam-se no Palacete Santa Mafalda, edifício oferecido a D. Pedro II mas recusado, que abrigara anteriormente a Escola Normal onde José Rangel havia lecionado, e que ficou conhecido então como Grupos Centrais devido à sua localização, de frente para a Catedral Metropolitana de Juiz de Fora, em um trecho nobre da cidade do século XX.[30]Somente o Grupo Delfim Moreira está no prédio atualmente.[30]
O Grupo Escolar surgiu com o propósito de tornar os alunos bons trabalhadores e bons cidadãos, e por isto o discurso liberal era ofuscado pelos mecanismos disciplinadores, para que se formassem cidadãos submissos à classe dominante.[30]
Em 1928, é criada a Escola Normal Oficial de Juiz de Fora, que existe até hoje, com o objetivo de formar professores para o ensino primário, sendo a única opção oficialmente reconhecida para tal.[1] A cidade havia abrigado outra Escola Normal anteriormente, no período de 1894 até aproximadamente 1907.[1] A escola, destinada somente para moças, teve suas matrículas encerradas em 4 de abril de 1928, tendo então 220 alunas entre os cursos de Adaptação, Preparatório e Aplicação.[1] A escola passou a admitir alunos homens somente em 1948.[1]

Transportes[editar | editar código-fonte]

Ônibus da Viação Norte adaptado para cadeirantes no bairro Fábrica. Observe no vidro o adesivo que alerta sobre a inversão de fluxo.
Faixa sobre obras do programa Nova Juiz de Fora - Avenida Presidente Itamar Franco
Aeroporto Regional
Por não possuir rios em abundância, o município não possui muita tradição no transporte hidroviário. Juiz de Fora é cortada em seu centro pela ferrovia MRS Logística, antiga SR-3 da Rede Ferroviária Federal (RFFSA). Desde 1997 não há transporte ferroviário de passageiros.[110]

Automóveis[editar | editar código-fonte]

Acidentes de trânsito[111]
AnoTotal
2011
  
7.802
2010
  
7.237
2009
  
6.817
Acidentes de trânsito envolvendo bicicletas[111]
AnoTotal
2011
  
165
2010
  
194
2009
  
196
O município possui fácil acesso à BR-040 para Brasília e Rio de JaneiroBR-267 para Porto MurtinhoMG-353 para Rio Pomba e Piraúba; e MG-133 para Rio Pomba e Coronel Pacheco. Além disso, tem acesso às rodovias de importância estadual e até nacional através de rodovias vicinais pavimentadas e com pista dupla.[34]
A frota municipal no ano de 2009 era de 152 509 veículos, sendo 115 828 automóveis, 4 671 caminhões, 936 caminhões trator, 8 407 caminhonete, 548 micro-ônibus, 20 584 motocicletas, 2 206 motonetas, 1 329 ônibus e dez tratores de roda.[112] Em agosto de 2010 eram 188211 veículos, e em 2001 eram 103459.[113] As avenidas duplicadas e pavimentadas e diversos semáforos facilitam o trânsito da cidade, mas o crescimento no número de veículos nos últimos dez anos está gerando um tráfego cada vez mais lento de carros, principalmente na Sede do município. Além disso, tem se tornado difícil encontrar vagas para estacionar no centro comercial da cidade, o que vem gerando alguns prejuízos ao comércio.[114]
O transporte público em Juiz de Fora é administrado pela Astransp (Associação Profissional das Empresas de Transporte de Passageiros de Juiz de Fora), fundada em 1970. Sete empresas de transporte coletivo compõem a Astransp, transportando aproximadamente oito milhões de passageiros por mês. A associação emprega aproximadamente três mil trabalhadores entre motoristas, cobradores, mecânicos, pessoal de escritório e encarregado.[115]
No município também está localizado o Terminal Rodoviário Miguel Mansur, que conta com vinte e uma empresas de ônibus interurbanos e interestaduais.[116]

Aeroportos[editar | editar código-fonte]

A cidade é servida por dois aeroportos:
Aeroporto Francisco Álvares de Assis (IATAJDFICAOSBJF). Conhecido também por Aeroporto da Serrinha, foi inaugurado em 1958. Possui capacidade para 37 000 passageiros e desde 2007 é administrado pela Sinart.[117] Está a 7 km do centro da cidade; Atualmente, não possui nenhuma operação de voos comerciais.
Aeroporto Regional da Zona da Mata (IATAIZAICAOSBZM). O Aeroporto Presidente Itamar Franco é o segundo maior do estado de Minas Gerais com uma pista de 2.530 metros e uma capacidade para 750 000 passageiros, atende principalmente à cidade de Juiz de Fora[118], estando situado a 40 km do centro. Iniciou suas operações de voos comerciais de passageiros em agosto de 2011 e hoje conta com voos diretos para Campinas (Aeroporto Internacional de Viracopos), São Paulo (Aeroporto de Congonhas e Guarulhos) e Belo Horizonte (Confins) . Foi construído com o objetivo de atender as microrregiões exportadoras da Zona da Mata, como Juiz de Fora, Ubá, Rio Pomba, Muriaé, Barbacena, São João del-Rei e Viçosa, além de servir como terminal comercial de passageiros em substituição ao Aeroporto Francisco de Assis (Serrinha), em Juiz de Fora.

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