Uma função é sobrejectiva (ou sobrejetiva ou sobrejetora) quando o conjunto imagem coincide com o contradomínio da função.
Pela definição:
- Uma função é sobrejectiva se o conjunto imagem de f coincide com B (contradomínio de f).
Ou seja, f é sobrejectiva se somente se
- f(A)=B
ou por outras palavras
- para todo o b pertencente ao conjunto B existe um a pertencente ao conjunto A : b = f (a).
Pode-se enunciar formalmente o conceito em Lógica de primeira ordem:
É importante notar que, neste tipo de função, para conjuntos finitos, o contradomínio nunca tem mais elementos que o domínio.
Os termos injectiva, sobrejectiva e bijectiva se popularizaram devido ao seu uso por Nicolas Bourbaki.[1]
Exemplos[editar | editar código-fonte]
- A função , com domínio e contradomínio iguais ao conjunto dos números reais. Todos os números reais são imagem de algum número real. Portanto a função é sobrejectiva.[2] Como exemplo de uma função não sobrejectiva, pode-se considerar , também com domínio e contradomínio iguais ao conjunto dos números reais. Neste caso particular, o contradomínio não coincide com o conjunto de chegada, pois os números negativos não fazem parte do conjunto imagem. De facto, não existe um real tal que .
- As projeções π1 : A X B→A e π2 : A X B → B, de um produto cartesiano A X B nos fatores A e B, respectivamente. A primeira projeção,π1, é definida por π1(a,b)=a, enquanto a segunda projeção, π2, é definida por π2(a,b)=b.[3]
Referências
- ↑ Corry, Leo, Writing the Ultimate Mathematical Textbook: Nicolas Bourbaki’s Éléments de mathématique (PDF) (artigo) (em en), IL: Tel Aviv University.
- ↑ David A. SANTOS, Linear Algebra Notes, p. 16
- ↑ LAGES, Elon Lima (2004), Curso de análise, 1 11ª ed. , p. 15.
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