Na linguagem vulgar, chama-se lagarta ao primeiro estágio larval dos insetos da ordem dos Lepidoptera. Têm o aspecto de vermes, por vezes segmentados e com os rudimentos dos três pares de patas característicos dos adultos. O estado seguinte chama-se pupa e geralmente forma-se dentro de um casulo.
Geralmente, as lagartas alimentam-se vorazmente e podem atingir tamanhos de mais de 10 cm, embora o inseto adulto raramente chegue a essas dimensões. Algumas alimentam-se de folhas de plantas e podem constituir uma praga nas culturas e jardins. Outras desenvolvem-se dentro de frutos em maturação – a fêmea coloca os ovosdentro do ovário da flor e a larva alimenta-se do pericarpo ou mesmo da semente. Noutros casos, os ovos podem ser colocados por baixo da pele dum animal vivo e as lagartas parasitam-no. As lagartas das moscas alimentam-se de animais mortos ou de dejetos – são detritívoras.
No entanto, nem todas as lagartas são prejudiciais – quer ao homem, quer aos ecossistemas. O bicho-da-seda, por exemplo, é a larva que, ao passar a pupa, constrói o seu casulo com seda. Muitas lagartas fazem parte da alimentação de vários povos. um exemplo é a mandorová, que é considerada uma iguaria em países como Botsuana, África do Sul e Zimbábue.[2]
À medida que cresce, a lagarta muda de pele algumas vezes. O período entre duas mudas é chamado ínstar. A lagarta deixa de se alimentar no último ínstar, esvazia o estômago, fixa-se e sofre a última muda, da qual surge a pupa ou crisálida
Por se moverem de forma semelhante, chamam-se lagartas às cintas metálicas (ou "esteiras") que unem as rodas dos veículos que requerem alta capacidade de tração, como por exemplo os tratores utilizados na construção de estradas e terraplenagem, certos veículos militares como os tanques, etc. Outra origem deste termo lagarta estaria relacionada à Caterpillar, empresa americana especializada em maquinário pesado utilizado na construção civil e mineração (Em inglês, Caterpillar significa lagarta).
Livro[editar | editar código-fonte]
- Bodi (E.), 1985 – The Caterpillars of European Butterflies, Sciences Nat, Venette, 48 pp. [1]
fonte: site Fox News e das agências AP, AFP e BBC.[2]
A lagarta é uma larva de borboleta ou de mariposa e pertence à ordem dos lepidópteros. A maioria das lagartas tem corpo cilíndrico composto por vários segmentos, com três pares de pernas articuladas no tórax e vários pares de apêndices curtos e carnudos, ou falsas patas, no abdômen. A cabeça tem seis olhos pequenos (estemas) de cada lado que detectam a luz, mas não formam imagens. As lagartas têm antenas curtas segmentadas e mandíbulas fortes. Entre as muitas lagartas da ordem dos lepidópteros estão a mede-palmos, o bicho-da-seda e a lagarta-dos-cereais.
Dotadas de apetite voraz, as lagartas comem folhas de vários tipos de planta, embora certas espécies se alimentem de insetos ou de outros pequenos animais. As espécies que comem folhas podem causar grandes danos a árvores, assim como a plantações, plantas ornamentais e arbustos. A lagarta mede-palmos, por exemplo, pode consumir diariamente o triplo de seu peso em folhas. Além do dano que causam ao devorar as folhas de couve e cultivos associados, as lagartas produzem uma matéria fecal, ou excremento, que pode manchar as folhas e inviabilizar a venda das safras agrícolas. Entre as lagartas que comem insetos estão as borboletas ceifeiras, cuja presa são os pulgões. Uma pequena lagarta recém-descoberta no Havaí alimenta-se de lesmas.
Graças a estruturas respiratórias subaquáticas especializadas, certas lagartas podem viver em habitats aquáticos. Exemplo disso são as larvas aquáticas de algumas mariposas que têm um estágio de lagarta anfíbia. Algumas lagartas tecem casulos de seda que funcionam como abrigos protetores, e é com esse fio que se faz o tecido chamado seda; por isso, existem criações de bicho-da-seda feitas em grandes galpões para conseguir uma grande quantidade de casulos. Quando no ambiente natural, com frequência esses casulos têm folhas, seixos e outros materiais entremeados em seu interior, o que faz as lagartas serem confundidas com a vegetação à sua volta.
Larvas parecidas com lagartas também ocorrem em outros grupos de insetos, como a mosca-escorpião e a tentredém ou abelha-brava.
As lagartas que causam uma sensação de queimadura quando as tocamos são chamadas comumente de taturanas. No Brasil, algumas espécies como a taturana-gatinho e chapéu-armado podem causar lesões na pele. A Lonomia obliqua, popularmente chamada taturana-assessina, é uma espécie predominantemente daregião Sul que libera um veneno através de suas cerdas e que pode provocar hemorragias e até insuficiência renal.Na natureza, uma das coisas que os animais aprendem rapidinho é que se alguma coisa “aparece” muito – é muito colorida e chamativa -, provavelmente é tóxica ou de sabor desagradável, ou os dois.
Estas lagartas são todas coloridas, e por uma boa razão: é o aviso que elas gentilmente lhe dão de que são tóxicas.
1 – Taturana gatinho ou taturana cachorrinho
Esta é a mais cabeluda das lagartas, pertence ao gênero Podalia e parece perfeita para bicho de estimação. Mas tocar nela vai lhe garantir uma surpresa tremenda.
Espinhos venenosos ocultos no meio dos pelos se rompem, alojando-se na sua pele e liberando veneno no seu sistema. O que se segue não é agradável: muita dor latejante imediatamente ou nos próximos cinco minutos.
Se os espinhos tocarem seu braço, a dor aparece na região da axila. Pontos eritematosos (com cor de sangue) surgem no local em que o espinho penetrou.
E ainda tem os outros sintomas: dor de cabeça, náusea, vômitos, intenso desconforto abdominal, linfadenopatia, linfadenite, e em alguns casos choque ou estresse respiratório. A dor desaparece em uma hora e os pontos somem em um dia, mas se a dose de veneno for maior, os sintomas podem durar 5 dias.
Em outras palavras, não vale a pena chegar perto desta que é uma das lagartas mais tóxicas da América do Norte.
2 – Lagarta costas-de-sela
Com seu colorido, é fácil de ver e de evitar essa lagarta da família Limacodidae; mas, se você tiver o azar de tocar nela, seus espinhos carnosos secretarão veneno. A dor que você vai sentir é parecida com a de uma picada de abelha, mas ainda terá inchaço, náusea e erupções que vão durar dias.
Provavelmente, é a segunda lagarta mais venenosa nas América do Norte e Central. As lagartas dessa família são popularmente conhecidas como “lagartas-lesma”.
3 – Lagarta rosa ferroante
Um nome fantástico para uma lagarta de aspecto fantástica, a rosa ferroante é encontrada em florestas do leste dos EUA, não tem mais que 2,5 cm de comprimento e é bem colorida. Também pertence à família Limacodidae.
Mas o que mais chama a atenção são as protuberâncias espinhosas amarelas e vermelhas nas suas laterais. Se você tocar nesses espinhos, a ponta quebra e você vai ter irritação na pele no mesmo nível da lagarta costas-de-sela.
Ela é tóxica, mas considerada importante ao seu ecossistema. A lagarta que se transforma em uma mariposa verde e marrom é considerada uma espécie cuja conservação causa preocupação.
4 – Lagarta Euclea delphinii
Outra da família Limacodidae. Esta lagarta não causa tanta preocupação de segurança, pelo menos não para os seres humanos, apesar de causar erupções se você tocá-la. O inchaço é causado pelas protuberâncias espinhosas, com espinhos chamados de ‘caltrop’ (“estrepe” ou “miguelito”).
Estas lagartas de cerca de 2 cm são encontrados em carvalhos e salgueiros, bem como em cerejeiras, faias e bordos, e outras árvores decíduas.
5 – Lagarta da mariposa Cinnabar
Algumas lagartas adquirem toxicidade através das plantas que ingerem. Este é o caso da lagarta Cinnabar, que se alimenta de plantas tóxicas, geralmente a tasna ou tasneira.
Só que a lagarta em si não também é inocente: seus pelos causam erupções e, se você for sensível, dermatite urticária, asma atópica, coagulopatia de consumo, falência renal, e hemorragia cerebral.
Em resumo, é bom manter distância da tasneira e da lagarta que come ela.
6 – Lagarta Processionária do pinheiro
Esta lagarta leva o nome de “processionária do pinheiro” por que se alimenta de pinheiros e, quando saem de sua tenda de seda para se alimentar, formam “procissões”, uma colada na outra.
Elas são cobertas de pelos que, se forem tocados, causam séria irritação da pele.
7 – Lagarta Ochrogaster lunifer
Da mesma forma que a processionária do pinheiro, essas lagartas vivem em um saco de seda, saindo à noite para se alimentar em procissão. Entretanto, são um pouco mais perigosas à saúde que as primeiras.
O veneno que sai destas agulhas é um anti-coagulante potente, o que significa que tudo que tocar esta lagarta corre o risco de sangrar profusamente (em alguns casos até a morte) de qualquer cortezinho (até mesmo sangramento interno).
8 – Lagarta da Mariposa Io
Encontrada do Canadá à Flórida, a lagarta da mariposa io pode ser encontrada em todo o Estados Unidos, o que é uma coisa boa se você quiser conferir de perto esses animais verdes com espinhos em forma de pom-pom. Mas lembre-se, não os toque. Os pequenos espinhos, por menor que sejam, tem um veneno que pode causar uma coceira dolorida, ou até mesmo dermatite.
Essa lagarta da família Saturniidae, subfamília Hemileucinae, gênero Automeris também pode ser encontrada no Brasil.
9 – Lagarta-aranha
Se você achou que a lagarta cachorrinho era esquisita, dá uma olhada nesseanimal peludo. Parece um bicho de pelúcia que deu errado, mas é a lagarta-aranha. Também chamada de lesma macaco, é fácil de encontrar em pomares.
E onde está o perigo? A lagarta tem, nos dizeres de L. L. Hyche, da Universidade Auburn, “nove pares de processos laterais carnosos que tem setas urticantes escondidas”. Em outras palavras, toque ela e você vai ficar com coceira e erupções.
10 – Lagarta Lophocampa caryae
Essa lagarta da família Arctiidae parece estar vestida com um casaco peludo para o inverno. A maior parte dos pelos que cobre esta espécie é relativamente inofensiva, mas os quatro longos pelos pretos, dois na frente e dois atrás, devem ser mantidos à distância.
Tocar estes pelos pode causar erupções ou problemas médicos mais sérios se você conseguir fazer com que eles toquem seus olhos. E como se os pelos tóxicos não fossem ruins o suficiente, aparentemente elas também mordem.
Como curiosidade, esta é mais uma espécie que adquire a toxicidade a partir de seu alimento preferido: alguns tipos de nozes. Elas também se alimentam de outras árvores, como o carvalho e a faia, o olmo e freixo.
11 – Taturana assassina
Todos aqueles espinhos não são de brincadeira, são um aviso. Conhecidas simplesmente como taturana ou manduruvá, basta encostar nela que seu veneno anti-coagulante causa dores de cabeça, febre e vômito. Se a pessoa não for tratada, pode sofrer de hemorragia interna massiva, falência renal e hemólise.
O veneno é tão potente que tem sido estudado extensivamente por pesquisadores médicos para criar um produto farmacêutico equivalente que evite os coágulos (causadores de tromboses) e outros problemas de saúde.
12 – Lagarta da mariposa do cedro branco
Esta é uma lagarta a ser evitada. Parecendo um pequeno cactus que se move, ela é um problema regular na Austrália.
Os pelos da lagarta podem causar reações alérgicas de coceiras em algumas pessoas, mas não é só isto; a lagarta costuma viver em grandes comunidades que atacam em bando uma única árvore de cada vez, comendo até a última folha antes de passar para outra árvore.
Se a árvore estiver no quintal da casa de alguém, quando chega a hora de trocar de árvore, a lagarta, que também faz procissão, pode entrar nas casas, aumentando as chances de acidentes.
13 – Lagarta da mariposa Buck
Pela quantidade de espinhos que ela tem, não dá vontade de encostar nessa lagarta. E é bom mesmo não fazer isso mesmo, pois cada espinho está ligado a uma glândula de veneno, e tocar a lagarta não só vai fazer você sentir coceira ou sensação de queimação, como pode também causar náuseas.
Fique atento a estas lagartas nos troncos de carvalhos e salgueiros, da primavera até o meio do verão, nos Estados Unidos.
14 – Lanomia
A lagarta lanomia, comum no sul do Brasil, é uma das mais perigosas do mundo. Ela causa diversas mortes a cada ano. O contato leva a severas dores pelo corpo.
15 – Taturana gatinho ou taturana cachorrinho
Estas lagartas não vão te matar, mas devoram insetos, um menu totalmente diferente para um tipo de larva que geralmente é vegetariana.
Ela não faz parte das lagartas perigosas para nós, mas não podíamos deixar de compartilhá-la, afinal de contas, é uma lagarta carnívora! Ela pertence à família Geometridae, e são bastante comuns no Brasil, conhecidas pelo nome popular de Mede-palmos, devido ao seu modo de locomoção.
Por fim, lembre-se: se você ver uma lagarta que tem espinhos ou pelo, é melhor evitar de encostar no bichinho até identificá-lo. Se você acidentalmente encostar em uma lagarta, tente coletá-la sem encostar nela uma segunda vez, e procure um posto de saúde.[Curiosidades animalísticas, Tree Hugger]
Na fase de larva, os holometábolos (animais que têm metamorfose completa) apresentam formas variadas.
Os grandes grupos de insetos holometábolos são: coleópteros (besouros), hinenópteros (formigas), lepidópteros (borboletas e mariposas), dípteros (moscas e mosquitos).
|
Há as larvas melolontóides, que têm pernas pouco desenvolvidas e a cabeça separada do corpo.
Eruciformes, são larvas compridas, que apresentam três pares de pernas saindo do tórax e outros pares saindo do abdome, que servem mais para segurar uma presa do que para andar.
As desse tipo são também chamadas de lagartas ou taturanas, eé delas que nascem as borboletas e mariposas.
Há também as do tipo vermiforme, que não tem pernas.
Em alguns casos, a cabeça é separada do corpo, como nas larvas de moscas e mosquitos, outras vezes formam um todo, como é o caso das abelhas e vespas.
A partir do momento em que o ovo origina a larva, ela já é muito voraz.
Muda de pele algumas vezes, cresce rapidamente de tamanho até que se encasula, transformando-se em ninfa. Imóvel dentro da pupa (casulo), a ninfa sofre um processo que recebe o nome de histólise: quase toda a estrutura da larva é destruída e novos órgãos são formados, diferentes dos anteriores.
A fase de formação desses novos elementos chama-se histogênese, e no fim o casulo se rompe e surge um indivíduo completamente diferente do que saiu do ovo: oinseto adulto.
|
Lagartas de pinheiro
Lagartas de pinheiro passam em procissão nas florestas do sul da Europa, todas as noites. Durante o dia ficam dentro de tendas de seda, e à noite elas saem à procura de comida.
Saem do ninho em fila, mais ou menos cem por vez, e percorrem os galhos, com a cabeça de uma na cauda da outra.
Seguem o rastro do aroma deixado pela primeiro e liberam um fio de seda para guiá-las de volta para casa (como se faz para sair com crianças do jardim-de-infância..rs).
O seu instinto de seguir é tão grande que, caso a larva-líder se confunda e acabe juntando-se à última da fila, a procissão prossegue em círculos por horas a fio, até todas ficarem exaustas.
|
Lagartas que armam tendas no alto das árvores
A mariposa da lagarta-de-tenda-do-leste bota uma grande quantidade de ovos nos fios em torno dos galhos de árvores como a cerejeira, a macieira, e ameixeira..
Nascem jno mesmo galho umas 100 lagartas e tecem uma enorme quantidade de fios de seda, formando uma tenda coletiva que as protege das aves e das formigas quando elas estão se alimentando das folhas.
No começo, as jovens lagartas brancas e amarelas passam todo o tempo sob a tenda, pois ainda há bastantes cascas de ovos, brotos e folhas próximas para elas se alimentarem.
Mas, conforme vão crescendo, e a comida acabando, elas têm de sair para comer. |
Ao comerem as folhas, também comem um pouco de cianureto (veneno forte) que a árvore produz em pequenas quantidades para sua própria defesa.
Em vez de eliminar o cianureto, seu organismo desenvolveu uma glândula que armazena o veneno, que elas vomitam quando algum predador aparecem.
O veneno tem gosto ruim, e os predadores logo aprendem a deixar as lagartas em paz. Com essa arma como proteção, as lagartas às vezes desfolham uma árvore inteira.
No verão, as lagartas de tenda tecem casulos dentro dos quais irão se transformar em mariposas .
As mariposas põem ovos que passarão o inverno nos galhos. Na primavera, nasce uma nova geração de lagartas de tenda. |
Lagartas que desenham nas folhas
Essas trilhas brancas e finas na folha da foto ao lado são sinais do trabalho de lagartas escavadoras.
Algumas lagartas de mariposas e larvas de vários besouros, carunchos e mosquitos são tão pequenas que conseguem escavar túneis dentro de folhas de todos os tipos sem romper sua superfície.
As lagartas escavadoras são achatadas e praticamente sem pernas, cabendo perfeitamente na espessura de uma folha.
Essas lagartas alimentam-se das células novas internas das folhas, e são os túneis que elas criam enquanto se alimentam que aparecem como risquinhos brancos.
Para comerem o interiormacio da folha, os animais folífagos (que comem folhas )maiores são obrigados a comer a parte dura do lado de fora da folha.
Mas as lagartas escavadoras que são pequenininhas, não precisam, pois comem a folha por dentro. Quando completamente desenvolvidas, algumas espécies dessas lagartas saem das folhas para passar ao estado de crisálida em algum outro lugar. Outras escavadoras passam ao estado de crisálida dentro da folha para saírem já adultas. |
Encouraçada
A maior parte das lagartas tem o corpo mole e, quando se arrastam vagarosamente pelas folhas que comem, ficam vulneráveis àformigas.
A lagarta da mariposa da Austrália é uma exceção. Ela é não apenas impenetrável às formigas, como predadora de suas larvas.
O escudo que cobre as costas da lagarta transforma-a num verdadeiro tanque de guerra. Esse escudo as protege de ataques, permitindo que ela chegue com tranquilidade na sua área de alimentação, que é o ninho de formigas-tecelãs.
Quando a lagarta chega a um ponto cheio de larvas de formiga, ela levanta a beira do escudo, pega um bocado de larvas e baixa de novo o escudo sobre a folha.
Protegida por sua armadura, ela come as larvas com calma. |
Saltando para escapar
A larva da mosca de fruta do Mediterrâneo (essa da foto ao lado) se livra de seus atacantes saltando para o ar.
Como é uma criatura de corpo mole, essa manobra acrobática gasta muita energia.
Ao primeiro toque de uma vespa ou formiga, a larva se enrola, agarrando a ponta do rabo com pequenos ganchos da boca. Então retesa a pequena camada de músculos abaixo da pele, forçando a pele das costas a esticar-se.
Quando ela solta a tensão, é lançada para o ar, rodopiando, podendo aterrissar a cerca de 13cm de distância em um quarto de segundo.
Quando bate no chão, ela demora um momento para retomar o equilíbrio, depois repete a ação umas trinta vezes.
|
A lagarta ao lado é a Automeris SP - depois ela vira uma mariposa bem bonitona conhecida como Olho-de-boi.
Pertence à família Saturniidae.
Seu veneno pode causar dores de cabeça, mal estar geral, náuseas, vômitos, e hemorragia.
Pode ter até 8 cm de comprimento.
Essa lagarta foi fotografada em Londrina (Paraná), por Neuzeli da Silva.
|
O casulo, como o do bicho-da-seda é construído por lagartas de várias espécies. É um emaranhado de fios finíssimos, que elas segregam por meio de glândulas especiais.
|
A foto ao lado e as abaixo foram feitas no Parque Dois Irmãos - Rio de janeiro.
|
As lagartas possuem cores variadas, com mandíbulas e cabeça geralmente destacadas, três pares de patas verdadeiras na região frontal do corpo e variado número de patas falsas na região terminal.
fotos 1 a 12
Elas apresentam diversos mecanismos de defesa: Cores apocemáticas (chamativas, como aviso de perigo); Cores miméticas (confundem-se com outras espécies); Cores homocrômicas (faculdade que têm certos animais de adquirir a cor do meio em que vivem),e, em algumas espécies; Pelos urticantes e um osmatério que é geralmente formado por um par de processos carnosos e retráteis, localizados na frente do corpo, que eliminam odores tóxicos. Sua alimentação consiste, primeiramente, no cório (a casca do ovo) e depois, de acordo com a necessidade de cada espécie, de diferentes partes dos vegetais como: caules, galhos, folhas, flores, gavinhas (órgão de fixação das plantas trepadeiras, com o qual elas se prendem a outras ou a estacas).
Crisálidas
As crisálidas também apresentam variação na forma e coloração. Elas estão fixadas geralmente em plantas, que podem ser a própria planta-alimento da lagarta, ou não. Há, também, casos de instalação em outros suportes, inclusive no solo, fato este mais comumente observado nas mariposas. Ainda cabe destacar que algumas crisálidas encontram-se envoltas por casulos elaborados pela lagarta, a partir de secreções de seu corpo ou de material encontrado no meio e, nestes casos, são chamadas popularmente de casulos, como os encontrados no bicho-da-seda e no bicho-do-cesto.
Borboletas e mariposasOs Lepidopteras (borboletas e mariposas) são insetos holometabólicos, tendo a vida dividida em quatro estágios distintos: ovo, larva, pupa e imago (adulto). Seus estágios de larva e pupa são chamados, respectivamente, de lagarta e crisálida. Os ovos são de diversas formas e colorações, sendo postos nas plantas-alimento de modo variado. Há posturas isoladas ou gregárias.
BORBOLETA-DA-COUVE Ascia monuste
fotos 13 e 14
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera Família: Pieridae Espécie: Ascia monuste (Godart, 1818)
Biologia: A borboleta da couve é muito comum em todo o Brasil, alcançando até 6 cm. de envergadura, pode ser observada mesmo nas ruas e jardins das cidades grandes. Essa espécie é considerada praga em algumas plantas cultivadas, principalmente da família Brassicaceae como couve, couve-flor e brócolis, onde as lagartas desfolham a planta. Tem como inimigos naturais pássaros, percevejos predadores e vespas predadoras. Na fase adulta, alimenta-se principalmente de néctar das flores.
BORBOLETA PHOEBIS Phoebis sennae
foto 15 Classe: Insecta Ordem: Lepidoptera Família: Pieridae Espécie:Phoebis sennae (Linnaeus, 1758)
Biologia: Esta espécie é migratória.
Os adultos alimentam-se de néctar e são polinizadores de várias espécies de plantas do cerrado como, por exemplo, o pequi (Caryocar brasiliensis). São encontradas em cerrado sensu stricto, locais arbustivos, plantações e jardins.
Etimologia: Phoebis do grego "phiobos" puro ou radiante "sennae" ao nome de uma das plantas hospedeiras de suas larvas, a Senna sp.
ESTALADEIRA Hamadris februa
fotos 16 e 17 Classe: Insecta Ordem: Lepidoptera Família: Nimphalidae Espécie: Hamadris februa (Hübner, 1823) Outros nomes: Assenta-pau
Biologia: As borboletas “assenta-pau” possuem o hábito de pousarem sobre o tronco de árvores de cabeça para baixo e com as asas abertas, o que facilita no escape, no caso de uma possível investida de um predador.
São também chamadas de “estaladeiras”, devido ao ruído que produzem quando voam, igual ao estalar dos dedos. Os adultos se alimentam de frutos e seiva fermentados. Sua coloração críptica, muito parecida com o tronco onde pousa, faz com que essas borboletas passem facilmente despercebidas. São encontradas em ambientes de cerrados e florestas, e também em ambientes perturbados como quintais e fragmentos florestais, indicando baixa especificidade de habitat.
OLHO-DE-CORUJA Caligo teucer
fotos 18, 19 e 20
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera Família: Nimphalidae Espécie: Caligo teucer (Linnaeus, 1758) Biologia: Seu nome popular é devido ao desenho de suas asas que lembra os olhos de uma coruja. Os adultos se alimentam de frutos em fermentação, os imaturos, de folhas e são considerados pragas de bananeiras.
BORBOLETA-FOLHA Siderone marthesia nemesia
fotos 21 e 22
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera Família: Nimphalidae Espécie: Siderone marthesia nemesia (Illiger, 1802) Biologia: Espécie bem diferente que ocorre no cerrado, nas bordas das matas de galeria e em área de sucessão (processo evolutivo lento, no qual espécies de plantas substituem outras). Os adultos comem frutas fermentadas, excrementos, exsudados de plantas e animais em decomposição. Quando está pousada, com as asas fechadas, mostra o lado ventral das asas com a aparência de folha velha, uma defesa diferente do mimetismo, conhecida com camuflagem ou coloração críptica. Machos e fêmeas desta espécie utilizam topos de morros como locais de encontro, onde realizam rituais de acasalamento.
Glossário: exudados
sucessão processo evolutivo lento, no qual espécies de plantas substituem outras.
SEDA-AZUL Morpho sp.
Fotos 23 e 24.
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera Família: Nimphalidae Espécie: Morpho sp. (Fabricius, 1807)
Outros nomes: Cocovado, Azulão.
Biologia: As belas borboletas azuis do gênero Morpho ocorrem, frequentemente, em formações florestais no Brasil Central e são exaltadas devido à sua beleza e seu voo soberano. A cor azul de suas asas não se deve à presença de qualquer pigmento, mas à refração da luz nas escamas das asas arranjadas na forma de camadas parcialmente superpostas.
ANARTIA Anartia amathea
foto 25
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera Família: Nimphalidae Espécie: Anartia amathea (Linnaes, 1758)
Biologia: Esta borboleta chama a atenção pelo intenso vermelho de suas asas. Está presente nos cerrados próximos a corpos de água, mas pode ocorrer em jardins e em plantações. Os adultos se alimentam de néctar de diversas plantas e suas larvas comem plantas como a hortelã, a melissa e a erva-cidreira. Voam baixo entre a vegetação e são mais ativas durante o dia, não gostam de ambientes sombreados. Tem como inimigos naturais as aranhas e aves insetívoras.
HELICONIUS Heliconius sara
foto 28
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera Família: Nimphalidae Espécie:Heliconius sara (Fabricius, 1793)
Biologia: Esta é uma borboleta bastante comum no Brasil, encontrada em diversos tipos de habitat, possui as asas azuis na face dorsal (vista quando as asas se encontram abertas) e negras com manchas brancas e vermelhas na face ventral (asas fechadas). Voa durante todo o dia nos locais sombrios e ensolarados, à procura de néctar de diversas flores de que se alimenta. Seu voo é lento e baixo, mas quando perseguida, torna-se rápido e irregular. Os machos desta borboleta são conhecidos por defenderem seus territórios em margens de floresta, expulsando machos intrusos em interações agonísticas ritualizadas. Suas lagartas são consideradas pragas de diversas espécies de maracujá. Tem como inimigos naturais pássaros, anfíbios, formigas, dentre outros.
BORBOLETA 80 Callicore sorana
foto 29
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera Família: Nimphalidae Espécie: Callicore sorana (Godart, 1824)
Biologia: Uma das borboletas mais típicas do bioma cerrado, conhecida como borboleta “80” devido à semelhança com o número, na face ventral das asas. Podem ser encontradas em áreas de cerrado sensu stricto, matas secas e matas ciliares. Os adultos se alimentam de frutas fermentadas, excrementos, exsudados de plantas e animais em decomposição.
RIODINIDAE
foto 30
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera Família: Riodinidae (Grote, 1895)
Biologia: A família Riodinidae compreende borboletas de pequeno a médio porte. Todas possuem cores brilhantes e suas lagartas podem ser encontradas em folhas, flores e botões de plantas do cerrado como o pequizeiro (Caryocar brasiliensis) e bate-caixa (Palicourea sp.).
PINGOS-DE-PRATA Agraulis vanillae
foto 31
Classe: Insecta Ordem: Lepidoptera Família: Heliconidae Espécie: Agraulis vanillae (Linnaeus, 1758)
Biologia: Agraulis vanillae apresenta, na face dorsal das asas, cor laranja com manchas pretas e, na face ventral, laranja e marrom com manchas pretas e prateadas. Esta borboleta alcança até 7,5 cm. de envergadura. Trata-se de espécie comum, que visita plantas cultivadas em jardins. Voa rápido e baixo, rente à vegetação próxima do solo. Põe ovos isoladamente em folhas ou ramos jovens, que servirão de alimento para suas lagartas, as quais são consideradas pragas de folhas de maracujá.
VANESSA Vanessa braziliensis
foto 32
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera Família: Nimphalidae Espécie: Vanessa braziliensis (Moore 1883)
Biologia: Esta espécie tem ampla distribuição na América do Sul. Habita áreas de vegetação arbustiva aberta, como pastos e jardins. É ágil, com voos curtos, e se comporta como migratória ou residente. Suas larvas são geralmente encontradas em plantas de Asteraceae e Malvaceae.
O VOO DAS BORBOLETAS
foto 33
O voo das borboletas é um comportamento intimamente relacionado à sua sobrevivência e se distinguem em dois tipos:
1- O voo migratório, que é rápido, em linha reta, e se caracteriza por ser relativamente contínuo, numa mesma direção e, geralmente, cobrindo grandes distâncias, no qual algumas espécies se deslocam nas rotas migratórias; 2- O voo lento, em voltas e círculos, com o propósito de encontrar alimentos, reprodução, locais para depósito dos ovos e futura hibernação das pupas.
Etimologia: Lepidoptera "lepdos" escamas "pteron" asas (asas com escamas).
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário