Esquartejamento é o ato que consiste em cortar um corpo em diversas partes. Ao longo da história, esse foi um método de execução ou punição aplicado por diversos meios, em especial ao regicídio, sendo também utilizado por assassinos.
Portugal[editar | editar código-fonte]
Usada em Portugal desde a Idade Média, essa forma de execução popularizou-se na Inquisição e foi aplicada sempre que houve motivo, do ponto de vista da coroa.1
Mascarenhas Barreto, na sua História da polícia em Portugal, refere a instauração pelo marquês de Pombal da tortura de esquartejamento, exemplificada na sentença: «(..) ali, vivo, lhe sejam cortadas as mãos e que, depois, seja tirado e desmembrado por 4 cavalos, sendo o seu corpo feito em pedaços».2
Em Portugal em Junho de 2009 foi registrado um crime no qual uma mãe foi assassinada e esquartejada pelo próprio filho.3
Brasil[editar | editar código-fonte]
Em 1792 teve lugar em Minas Gerais a execução de Tiradentes, um dos conjurados de 1789 na luta pela Independência do Brasil. O suplício teve lugar no campo de São Domingos, da cidade do Rio de Janeiro, sendo primeiro enforcado e depois esquartejado, conforme a certidão da época:
“Francisco Luiz Álvares da Rocha, desembargador dos agravos da relação desta cidade e escrivão da comissão expedida contra os réus da conjuração formada em Minas Gerais: Certifico que o réu Joaquim José da Silva Xavier foi levado ao lugar da forca levantada no campo de São Domingos e nela padeceu morte natural, e lhe foi cortada a cabeça e o corpo dividido em quatro partes; e, do como assim passou na verdade, lavrei a presente certidão, e dou a minha fé. Rio de Janeiro, 21 de abril de 1792.(Assinado - Francisco Luiz Álvares da Rocha)4
A execução inspirou os quadros Tiradentes Esquartejado, de Pedro Américo, e O esquartejamento de Tiradentes, de Cândido Portinari.5
A 9 de dezembro de 1835 o escravo Elesbão foi condenado ao enforcamento em Campinas, seguido de esquartejamento, consistindo na decapitação e no decepamento das mãos do escravo. A cabeça seria remetida à vila de Jundiaí, onde ficaria exposta em poste em lugar público, enquanto as mãos ficariam na vila de Campinas também em poste em local público.6 No ofício que relata os custos do processo, é referido "um facão com grossura e tamanho suficientes para decepar cabeça e mãos".7
Virgulino Ferreira da Silva e seu grupo, tiveram suas cabeças arrancadas e os corpos esquartejado quando finalmente foram presos pela tropa do Tenente João Bezerra e do Sargento Aniceto Rodrigues da Silva, abriram fogo com metralhadoras portáteis, os cangaceiros não puderam empreender qualquer tentativa viável de defesa.
Na ditadura militar, diversos casos de desaparecimento de políticos foram apontados como esquartejados para facilitar o desaparecimento do cadáver.
No mundo[editar | editar código-fonte]
Henrique VIII de Inglaterra, no Palácio de Westminster durante a conspiração da pólvora esquartejou católicos romanos, que colocaram explosivos debaixo do palácio e pretendiam detoná-los durante o Estado de Parlamento Aberto, foram descoberto e os conspiradores foram mais tarde julgados, por Alta Traição, no Westminster Hall, tendo sido condenados a além de esquartejamento, a decapitação e afogamento.
Francisco de Valois, delfim da França, delfim da França e duque da Bretanha após uma partida de tênis, pediu um copo d'água, o que lhe foi trazido por seu secretário, o Conde Montecuccoli. Depois de bebê-lo, Francisco adoeceu e morreu dias depois. (Montecuccoli, que fora trazido à corte por Catarina de Médici, foi acusado de ter sido pago por Carlos V, e quando seus aposentos foram vasculhados, um livro sobre tipos diferentes de veneno, foi encontrado). Sob tortura, Montecuccoli confessou o envenenamento do Delfim. Ele foi condenado ao esquartejamento, a punição tradicional para regicídio.
Na Tanzânia, uma criança albina foi esquartejada por praticantes de rituais macabros, tendo sido partes do seu corpo vendidas para esses rituais, por acreditarem que albinos eram de alguma forma, especiais para o ato. Números indicam que, desde 2006, pelo menos 75 albinos foram esquartejados naquele país, entre eles um bebê de sete meses. 8
Ná Inglaterra William Wallace foi enforcado até ficar quase inconsciente, e então, amarrado a uma mesa, estripado, e suas entranhas, queimadas, ainda presas a ele. Provavelmente foi também castrado e, então finalmente, foi libertado do seu sofrimento inimaginável, pela decapitação. Seu corpo foi esquartejado, e os pedaços, enviados para Newcastle upon Tyne, Berwick, Perth e Stirling. Sua cabeça foi colocada em um pique na Ponte de Londres, de modo que todos a vissem, como advertência para outros possíveis "traidores".
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ Suplício judiciário: A vingança de Portugal
- ↑ Pág. 75 da referida obra, publicada em 1979.
- ↑ Esquartejou e congelou corpo da mãe
- ↑ Paranhos Junior, José Maria da Silva [Barão do Rio Branco] (1938), Efemérides Brasileiras (2ª ed.), São Paulo: Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, p. 294
- ↑ 21 de Abril...Tiradentes www.ihgrgs.org.br. Visitado em 2010-07-08.
- ↑ Amaral Lapa 1996, p. 68
- ↑ Amaral Lapa 1996, p. 73
- ↑ Trio que esquartejou albino condenado à forca na Tanzânia
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- Amaral Lapa, José Roberto do (1996), A cidade: os cantos e os antros : Campinas, 1850-1900, EdUSP, pp. 361 páginas, ISBN 9788531403378
Me sinto um lixo’, diz assassino confesso que esquartejou a própria tia
Guilherme Lozano Oliveira, que já é condenado por outro crime, ficou frente a frente com repórter do Fantástico: ‘bebi e vim a fazer o que eu fiz’.
O homem que confessou ter esquartejado a própria tia, em São Paulo, fica frente a frente com o repórter Valmir Salaro. Ele diz que agiu por desespero, e que está arrependido. Você vai ver que esse homem, capaz de cometer tamanha barbaridade, já tinha se envolvido com violência e até mesmo com nazismo. Um metro e noventa de altura, 115 quilos e muitas tatuagens. Uma delas é a de um fuzil, feita na adolescência.
Fantástico: Você sempre foi um homem violento?
Guilherme Lozano Oliveira, desempregado: Não. Eu não sou uma pessoa violenta.
Guilherme Lozano Oliveira, desempregado: Não. Eu não sou uma pessoa violenta.
Guilherme Lozano Oliveira, 22 anos, matou e esquartejou a tia, que tinha o dobro da idade dele. Depois, guardou partes do corpo na geladeira do apartamento onde moravam, na Vila Medeiros, em São Paulo.
Fantástico: Quando você decidiu fazer o esquartejamento?
Guilherme Lozano Oliveira: Depois que eu já estava bem alcoolizado.
Fantástico: Você bebeu o quê?
Guilherme Lozano Oliveira: Uísque.
Guilherme Lozano Oliveira: Depois que eu já estava bem alcoolizado.
Fantástico: Você bebeu o quê?
Guilherme Lozano Oliveira: Uísque.
Na adolescência, explodiu a rebeldia. E veio o apelido, "treze", que é usado para se referir a pessoas sem equilíbrio emocional. "Eu comecei a andar com os punks, depois com skinhead. Porque eu fui tentar me encontrar na rua, coisa que eu não conseguia fazer em casa", diz Guilherme.
Os skinheads, ou carecas, com quem Guilherme andava defendiam o nazismo e o racismo. O Fantástico teve acesso aos boletins de ocorrência em que ele é citado. Aos 16 anos, ele foi acusado de pichar, em um trem, uma suástica, o símbolo do nazismo. Em fevereiro de 2011, quando tinha 18, se envolveu em uma briga com punks e quase foi linchado. Dois meses depois, ele e um amigo foram detidos com três barras de ferro e uma faca.
Guilherme Lozano Oliveira: Eu era nacionalista. Sempre gostei desse lado militarismo, nacionalismo.
Fantástico: Você se considerava um seguidor do nazismo?
Guilherme Lozano Oliveira: Não. Nazismo não.
Fantástico: Você tinha raiva de negros, homossexuais?
Guilherme Lozano Oliveira: Não, jamais.
Fantástico: Você se considerava um seguidor do nazismo?
Guilherme Lozano Oliveira: Não. Nazismo não.
Fantástico: Você tinha raiva de negros, homossexuais?
Guilherme Lozano Oliveira: Não, jamais.
Setembro de 2011. Punks e skinheads brigam na porta de uma casa de shows, em São Paulo. Johni Raoni Galanciak é morto a facadas. Nessa época, Guilherme ficou oito meses preso, acusado de ser o assassino. Saiu da cadeia porque a Justiça decidiu que ele podia aguardar o julgamento em liberdade.
“Pedimos pra que fosse revogada a liberdade dele. Sabíamos que ele era uma pessoa que não tinha condições de convívio em sociedade”, diz Mildred Rocha, promotora de Justiça.
A Justiça não entendeu assim e ele ficou solto até ser julgado, em novembro do ano passado. Guilherme acabou condenado a 15 anos, mas não foi para a prisão. A Justiça determinou: ele pode recorrer em liberdade.
Guilherme Lozano Oliveira: Não fui eu que matei o punk.
Fantástico: Você tem como provar que você é inocente?
Guilherme Lozano Oliveira: Tenho.
Fantástico: Como?
Guilherme Lozano Oliveira: Eu prefiro não dizer aqui.
Fantástico: E quem cometeu esse crime?
Guilherme Lozano Oliveira: Foram algumas pessoas que eu prefiro não citar nomes.
Fantástico: Você tem como provar que você é inocente?
Guilherme Lozano Oliveira: Tenho.
Fantástico: Como?
Guilherme Lozano Oliveira: Eu prefiro não dizer aqui.
Fantástico: E quem cometeu esse crime?
Guilherme Lozano Oliveira: Foram algumas pessoas que eu prefiro não citar nomes.
Depois da morte de Johni, Guilherme diz que arrumou trabalho como segurança e que parou de andar com skinheads. “Eu ia acabar sendo assassinado ou ia voltar para a cadeia”, diz Guilherme Lozano Oliveira.
Mas, no carro de Guilherme, há um adesivo com uma cruz. Segundo a polícia, a cruz é um símbolo usado por grupos neonazistas para representar a suástica. Isso seria um disfarce já que fazer apologia ao nazismo é crime. A polícia afirma que ele faz parte até hoje de um grupo skinhead. Lutador de boxe e jiu-jitsu, Guilherme tinha poucos amigos.
Longe dos pais e dos cinco irmãos, foi acolhido pela tia Kelly Cristina Oliveira, uma ex-professora de 44 anos. Formada em artes cênicas, ela vivia com a pensão do pai falecido, o avô de Guilherme. “Saíamos, almoçava fora, teatro, cinema, sempre foi uma relação amigável”, conta Guilherme Lozano Oliveira.
A relação de Guilherme com a tia não era tão tranquila como ele afirma na entrevista. Os dois moravam em um prédio, na Zona Norte de São Paulo, há seis meses. Os vizinhos contam que eles brigavam muito. Até que um dia, cerca de dois meses atrás....
“Ela sofria de bipolaridade. Tinha uma mudança de humor muito repentina. A gente começou uma discussão. Ela veio com a intenção de uma agressão e para tentar conte-la, eu dei um golpe de jiu-jitsu nela, chamado ‘mata leão’, para tentar acalmá-la, na intenção de desmaiá-la mas...”, conta Guilherme Lozano Oliveira.
A tia Kelly estava morta.
Guilherme Lozano Oliveira: Foi um acidente porque eu fui contê-la, aconteceu.
Fantástico: E quanto ao esquartejamento?
Guilherme Lozano Oliveira: Eu entrei em desespero. Como eu já tinha um processo passado, já tinha uma condenação, pensei muito na minha filha. Eu fiquei com medo de voltar pra cadeia.
Guilherme tem uma filha de dois anos, mas não está com a mãe da criança. Ele namora outra mulher.
Fantástico: E quanto ao esquartejamento?
Guilherme Lozano Oliveira: Eu entrei em desespero. Como eu já tinha um processo passado, já tinha uma condenação, pensei muito na minha filha. Eu fiquei com medo de voltar pra cadeia.
Guilherme tem uma filha de dois anos, mas não está com a mãe da criança. Ele namora outra mulher.
O corpo na geladeira só foi descoberto porque o pai de Guilherme, irmão da vítima, desconfiou do desaparecimento dela e entrou no apartamento. Era quarta-feira (5). “Manter um corpo na geladeira dentro de casa é sinal de requinte de crueldade e frieza”, diz o delegado Milton Gomes de Oliveira.
Guilherme fugiu de carro e foi preso depois de bater em um poste. A polícia diz que até agora ninguém confirmou a versão de que a tia dele tinha doença mental. “Era uma pessoa de temperamento difícil, mas não denotava nenhuma coisa fora do comum”, diz o delegado Milton Gomes de Oliveira.
A polícia investiga qual seria o verdadeiro motivo do crime. O assassino confesso da tia deve passar pelo menos os próximos 15 anos na prisão.
Guilherme Lozano Oliveira: Eu quero pagar pelo que eu fiz e sair uma outra pessoa.
Fantástico: Como é que você se sente hoje?
Guilherme Lozano Oliveira: Me sinto hoje, sinceramente, depois de tudo isso, me sinto um lixo.São Paulo - Fichado na polícia como skinhead e neonazista, o lutador de jiu-jítsu Guilherme Lozano Oliveira, de 22 anos, matou a tia Kely Cristina de Oliveira com um golpe chamado mata-leão - o braço em torno ao pescoço imobiliza e sufoca a vítima. Depois, esquartejou a mulher de 44 anos, retirou as prateleiras da geladeira e lá escondeu o corpo. Tudo isso há dois meses. Só na quarta-feira, 5, seu pai desconfiou do sumiço da irmã e chamou a polícia. Guilherme ainda tentou fugir, mas acabou preso.
Fantástico: Como é que você se sente hoje?
Guilherme Lozano Oliveira: Me sinto hoje, sinceramente, depois de tudo isso, me sinto um lixo.São Paulo - Fichado na polícia como skinhead e neonazista, o lutador de jiu-jítsu Guilherme Lozano Oliveira, de 22 anos, matou a tia Kely Cristina de Oliveira com um golpe chamado mata-leão - o braço em torno ao pescoço imobiliza e sufoca a vítima. Depois, esquartejou a mulher de 44 anos, retirou as prateleiras da geladeira e lá escondeu o corpo. Tudo isso há dois meses. Só na quarta-feira, 5, seu pai desconfiou do sumiço da irmã e chamou a polícia. Guilherme ainda tentou fugir, mas acabou preso.
Aos policiais militares que o detiveram, o acusado confessou o crime. "Estou arrependido", disse. A Justiça decretou sua prisão por homicídio, por ocultação de cadáver e por desobediência, em razão da fuga.
Não foi a primeira vez que o lutador foi parar na cadeia. Ele passou oito meses atrás das grades em 2011, depois de participar de uma emboscada de skinheads contra punks e de matar a facadas um dos rivais: Johni Raoni Galanciak. O crime aconteceu na frente do Carioca Club, em Pinheiros, zona oeste . Acabou solto pela Justiça. Condenado a 15 anos, apelou da sentença e aguardava o julgamento do recurso em liberdade.
Na quarta-feira, 5, o pai do rapaz, o aposentado Marco Antonio de Oliveira, de 48 anos, foi ao apartamento em que o filho vivia com a tia. Queria notícias da irmã. Como o jovem não soube explicar o sumiço de Kely, o pai decidiu chamar a polícia. Atendendo à denúncia, os homens da 3ª Companhia do 5º Batalhão da Polícia Militar foram ao apartamento do acusado. Ao notar a aproximação dos PMs, o lutador entrou em seu Escort preto, que tem nas portas uma cruz de ferro - símbolo militar alemão - e acelerou. Ele dirigiu o carro em alta velocidade até bater em um poste da esquina das Avenidas Julio Buono e Major Dantas Cortes, na Vila Gustavo, na zona norte. Eram 22 horas.
Nervoso
Preso, foi levado primeiramente para o 73º Distrito Policial e, depois, para o 39º DP. Ao delegado Milton Gomes de Oliveira, assistente do 39º DP, Lozano disse que a tia era "bipolar" e "tinha ataques nervosos". Em um desses episódios, ocorrido havia dois meses, ele afirmou que tentou controlá-la, aplicando um golpe em seu pescoço, que a matou.
O acusado disse ao delegado que usou "força desproporcional" - além de lutador, o rapaz tem 1,90 metro de altura. O lutador contou que, após perceber que a mulher havia morrido, pensou em ligar para a polícia, mas ficou assustado. Disse que saiu de casa, ingeriu bebida alcoólica, até que teve a ideia, no mesmo dia, de ocultar o corpo. Ele afirmou ter usado um facão que tinha em casa para separar a cabeça e os membros do tronco da tia. O objeto, contou, foi descartado mais tarde em uma estrada.
Em seguida, removeu as prateleiras da geladeira para guardar todas as partes. A ideia era levá-las, peça por peça, a um sítio da família em Itapevi, na região metropolitana. Só os braços foram levados e, segundo ele, enterrados em um sítio que pertenceu à família dele.
Peritos foram ao apartamento na Vila Gustavo e acharam os restos da mulher em sacos plásticos na geladeira. O tronco estava em uma mala. Foi solicitada perícia no local e no Escort. À tarde, os investigadores foram a Itapevi tentar achar os braços no sítio, sem sucesso.
De acordo com o delegado assistente Fábio Martin, que acompanhou a busca, os braços não foram encontrados na mata apontada pelo criminoso, mas a suspeita é de que tenham sido levados por algum animal. "Acreditamos que lá era o local, uma mata fechada. Ele está colaborando com as investigações." O delegado Martin contou que o rapaz confessou ter levado só os braços porque era mais fácil de carregar.
Desemprego
De acordo com a polícia, Guilherme estava desempregado, não tinha renda e morava de favor com a tia. Além disso, afirmou ter deixado de ser skinhead. Ainda segundo a polícia, o jovem admitiu que integrava um grupo neonazista em 2011. Também afirmou ter sido punk. O lutador tem tatuagens alusivas aos dois grupos, bem como a imagem de um fuzil AK-47 desenhada na testa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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