segunda-feira, 28 de setembro de 2015

BARRO

Técnicas e propriedades do barro

  1. 3. Barro - É uma matéria argilosa, moldável quando se junta água, que se extrai directamente dos solos e é composto à base de silicatos de alumínio. Barreiras - São os locais de onde se extrai o barro. Barros gordos - Têm grande plasticidade e retraem muito na secagem. Barros magros - Têm fraca plasticidade e retraem pouco na secagem.
  2. 4. <ul><li>Barbotina ou Lambuge - É a cola do barro (mistura-se barro e água em quantidades iguais, mexe-se muito bem até ficar tipo iogurte). </li></ul>
  3. 5. <ul><li>Secagem - Consiste na eliminação da maior parte da água existente nas peças, por meio da evaporação. </li></ul>
  4. 6. <ul><li>Cozedura - É a eliminação total da água, dando maior resistência, impermeabilidade e sonoridade às peças. </li></ul>
  5. 7. <ul><li>1ª. Cozedura - É a cozedura que vai até 900º e chama-se Chacota. </li></ul><ul><li>2ª. Cozedura - É a cozedura que vai além dos 1000º e chama-se Vidragem - torna as peças totalmente impermeáveis. </li></ul>
  6. 8. <ul><li>Mufla - Forno eléctrico para cozer barro. </li></ul>
  7. 9. <ul><li>Instrumentos para trabalhar o barro. </li></ul>
  8. 10. <ul><li>COR – De acordo com a sua composição, a argila apresenta-se com cores variáveis (branco, alaranjado ou cinzento). A argila mais pura, bastante mais clara designa-se por caulino. </li></ul>
  9. 11. <ul><li>PLASTICIDADE – É a propriedade que a argila tem de se tornar moldável após a absorção de água. Mesmo depois de seca e antes de ser cozida, pode ser novamente trabalhada se lhe adicionarmos água. </li></ul>
  10. 12. <ul><li>RESISTÊNCIA – É a propriedade que a peça tem de manter a forma dada após secagem e de se tornar mais resistente após a cozedura. </li></ul>
  11. 13. <ul><li>SONORIDADE – Propriedade que a argila tem de emitir sons, através de pequenos batimentos, após a cozedura. </li></ul>
  12. 14. <ul><li>IMPERMEABILIDADE – Depois de cozida e vidrada a peça deixa de absorver líquidos. </li></ul>
  13. 15. <ul><li>MODELAÇÃO – Modelar a argila consiste em dar-lhe forma, criando figuras e objectos resultantes da nossa imaginação ou da nossa observação da realidade. </li></ul>
  14. 16. <ul><li>OLARIA – A olaria consiste no fabrico de louça artesanal em barro. A feitura de peças de olaria pode ser feita manualmente: </li></ul>
  15. 17. <ul><li>As técnicas de transformação que se utilizam na modelação  a partir de sólidos geométricos são a &quot; repuxagem &quot; e a &quot;ligação de peças&quot;. Fazer um animal ou outra figura, a partir destas técnicas, é das mais antigas de trabalhar este material . </li></ul><ul><li>Técnicas de Modelação </li></ul>- Repuxagem
  16. 18. <ul><li>As técnicas de transformação que se utilizam na modelação  a partir de sólidos geométricos são a &quot;repuxagem&quot; e a &quot; ligação de peças &quot;. Fazer um animal ou outra figura, a partir destas técnicas, é das mais antigas de trabalhar este material . </li></ul><ul><li>Técnicas de Modelação </li></ul>- Ligação de Peças
  17. 19. <ul><li>Técnicas de Olaria </li></ul>- Bola O Barro é amassado e não deve estar, nem muito húmido nem muito seco. Não deve aderir aos dedo, nem deve abrir rachas quando comprimido. Faz uma bola de barro rolando-o na mão. Fura a bola com o dedo. Vai adelgaçando a bola progressivamente Corta o bordo com uma faca e alisa-o. Passa uma esponja pelo recipiente até ficar liso. Deixa secar antes de cozer e depois leva-o ao forno até uma temperatura de 850º. Podes depois pinta-lo ao teu gosto.
  18. 20. <ul><li>Técnicas de Olaria </li></ul>- Rolo Com um pedaço de barro faz rolinhos de espessura idêntica. Forma a base como se fosse um caracol Prepara as duas faces alisando-as Vai colocando os rolinhos em cima uns dos outros, reduzindo o diâmetro. Vai chegando barbotina. Faz uma pequena bola e abre-a por dentro. Coloca a cabeça e marca o rosto. Abre a base antes de cozer. Alisa-o se quiseres e depois deixa-o a secar. Vai depois à mufla para cozer. Pinta-o ou enverniza-o a teu gosto.
  19. 21. <ul><li>Técnicas de Olaria </li></ul>- Placa ou Lastra Começa por fazer uma lastra com o auxílio de duas réguas de igual espessura, e um rolo. Com uma régua acerta os bordos da lastra. Com o auxílio do esquadro corta a lastra segundo ângulos de 90º. Repete a operação para as restantes lastras. Pica as bolhas com a ponta de uma faca. Executa quatro lastras para as paredes, uma para o chão e duas para o telhado Humedece os bordos da placa da base, após o acerto dos lados. Começa a colocar as paredes laterais. Coloca a parede seguinte, humedece o canto com barbotina e ajusta com a faca. Coloca pequenos rolos, para reforço, junto das paredes.
  20. 22. <ul><li>Técnicas de Olaria </li></ul>- Roda de Oleiro Amassa bem o barro para ficar com homogeneidade. Depois com muito cuidado, vais centrar o barro na roda. Deixa que a roda rode com as mãos de lado para centrar a peça. Vais iniciar a peça com uma abertura ao centro. Com os dedos vais pressionando no centro, fazendo a abertura. As mãos devem estar húmidas. Vais puxando levemente, formando um cilindro. A roda não te esqueças tem que estar a rodar. Depois dás a forma desejada à peça, alargando ou estreitando, encurtando ou alongando. A seguir tens a fase de acabamento Alisas com uma esponja toda a peça. Por fim, com um garrote retiras a peça da roda. Antes de ir à Mufla para fazer a cozedura, tens que primeiro secar muito bem as peças.
  21. 23. <ul><li>Técnicas de Decoração </li></ul>Estampagem Pressionando diversos objectos, podes imprimir no barro húmido os seus relevos. Podes criar padrões e texturas diversas. Gravação Deve ser feita com um teque pontiagudo ou qualquer objecto com essa característica. Cria um desenho directamente sobre a superfície, ainda húmida. Incrustação Podes criar desenhos pressionando pequenas pedras de encontro à superfície, ainda húmida, das peças. Modelação Consiste na colagem (com barbotina) de elementos que foram modelados separadamente. Não te esqueças de fazer pequenas incisões nas superfícies a colar, para facilitar a aderência. Engobe Mistura o engobe com óxidos metálicos (substâncias de origem animal), que vão dar cor à argila. Aplica-os com um pincel. As peças devem estar secas na altura da aplicação. Polimento Para obteres uma superfície mais lisa e regular, podes polir com um seixo ou godo. A peça deve estar seca na altura do polimento. Evita gestos bruscos para que não se parta. Vidrado Depois de cozidas as peças, se quiseres melhorar o seu acabamento e aumentar a sua impermeabilização, deves fazer a vidragem. O vidrado é um pó de vidro que se mistura com água. O Vidrado pode ser aplicado por: Mergulho; Vertimento; Pincelamento. Também podes pintar com tintas próprias.
  22. 24. <ul><li>Técnicas de Moldagem </li></ul>Executamos uma placa de argila e, sobre ela, passamos o desenho. Depois do desenho vincado na argila, desbastamos a superfície em redor, até obtermos a altura desejada para o motivo. Completamos o molde, construindo umas paredes laterais em barro. Depois de preparada a calda de gesso, procedemos ao seu vazamento para o molde. O gesso passado algum tempo endurece. Retiramos as paredes e temos o molde (negativo) para a reprodução da peça. Deve ser bem limpo e pincelado com detergente liquido. Comprimes um pedaço de barro na cavidade do molde. Retiramos os excessos de barro. Pressionamos levemente na superfície do objecto com duas bolas de barro, de forma a facilitar a sua extracção. Podemos fazer muitos objectos iguais.
  23. 25. Teques Garrote Panos de flanela Rolo PlacasHistoricamente, em geologia e ciência do solo, o termo argila corresponde aos minerais que apresentam tamanho inferior a 2 µm em uma rocha. Essa definição granulométrica é uma herança dos estudospetrográficos efetuados pela microscopia óptica no fim do século XIX, quando os cristais que apresentavam tamanho inferior a 2 µm não podiam ser distinguidos, sendo classificados pela denominação genérica "argila".[1] Hoje, a denominação argila difere em função dos campos de estudo. Assim, em geotecnia, na qual o que interessa é sobretudo o comportamento mecânico dos solos, designa-se argila os materiais de granulometria inferior a 4 µm. Em mineralogia, argila não se refere simplesmente a partículas definidas por um determinado tamanho, mas a certos minerais. O termo é, nesse caso, usado para descrever osfilossilicatos, e mais particularmente, aos argilominerais.

    Mineralogia[editar | editar código-fonte]

    Argila mineral
    Argila do período quaternário (400.000 anos), Estônia.
    CategoriaFilossilicatos
    CorBranco, vermelho, café.
    Fórmula químicaAl2O3 · 2SiO2 · H2O
    Propriedades ópticas
    TransparênciaOpaco
    Formada pela alteração de rochas, como as que contêm feldspato, a argila pode ser encontrada próxima de rios, muitas vezes formando barrancos nas margens. Apresenta-se em diversas cores (branca, amarelada ou avermelhada) e constitui uma família de minerais filossilicáticos hidratados aluminosos de baixa cristalinidade e diminutas dimensões (partículas menores do que 1/256 mm ou 4 µm de diâmetro), como a caolinitaesmectitamontmorillonitaillitas, etc. Geralmente, apresenta-se estável nas condições termodinâmicas e geoquímicas da superfície terrestre ou de crosta rasa.
    No solo, a fração de argila, componente comum das lamas ou barros, como são conhecidos popularmente, é constituída de minerais desse grupo das argilas aos quais se agregam hidróxidos coloidais floculados e diversos outros componentes cristalinos ou amorfos.

    Origem e transformação[editar | editar código-fonte]

    A argila origina-se da desagregação de rochas feldspáticas, por ataque químico (por exemplo, pela água ou pelo ácido carbônico) ou físico (erosãovulcanismo), que produz a fragmentação em partículas muito pequenas.
    Normalmente as jazidas são formadas pelo processo de depósito aluvial, ou seja, as partículas menores (e, portanto, mais leves), partículas inferiores a 2 micra (0.002mm), são levadas pela corrente de água e depositadas no lugar onde a força hidrodinâmica já não é suficiente para mantê-las em suspensão. Esses locais são os chamados depósitos argilíticos.
    As argilas assim geradas são chamadas de secundárias, já que a argila primária permanece no local onde se originou, sendo este o caso da formação das jazidas decaulino.
    Num processo inverso, de litificação, a argila pode se transformar em rocha sedimentar se um depósito de argila for desidratado e submetido a compactação (normalmente pela pressão de camadas superiores), dando origem a rochas clásticas mais finas (lutitos ou pelitos) cujos exemplos podemos citar: os folhelhos, que se apresentam bem estratificados, e os argilitos, que possuem pouca ou nenhuma estratificação.
    Minerais do grupo das argilominerais:

    Granulometria[editar | editar código-fonte]

    Dentro da classificação granulométrica das partículas do solo, a argila ocupa o seguinte lugar:
    ClassificaçãoDiâmetro dos Grãos
    Argila< 0,002 mm
    Silte0,06 - 0,002 mm
    Areia2,0 - 0,06 mm
    Seixo> 2,0 mm
    Entretanto, a classificação USCS que é utilizada habitualmente em engenharia usa os limites de tamanhos máximos de 4,75 mm para a areia e de 0,075 mm para a argila e silte.

    Dispersão de argilas[editar | editar código-fonte]

    As argilas fazem parte da constituição mineralógica de partículas físicas dos solos, junto com as partículas de silte e areia. No solo essas partículas estão intimamente misturadas. Para podermos quantificar o teor de argila, silte e areia de um solo, devemos proceder a separação dessas partículas. A separação da argila que constitui os solos dá-se pelo processo de dispersão, mais conhecido por dispersão de argilas.

    Emprego[editar | editar código-fonte]

    Trabalhando argila, vulgarmente chamada barro, naRoda de Oleiro.
    As argilas possuem inúmeros usos, inclusive medicinais. Por sua plasticidade enquanto úmida e extrema dureza depois de cozida a mais de 800ºC, as argilas são largamente empregadas na cerâmica para produzir vários artefatos, que vão desde tijolos até semicondutores utilizados em computadores.

    Ver também[editar | editar código-fonte]

    Commons possui uma categoriacontendo imagens e outros ficheiros sobre Argila

    Referências

    1. Ir para cima Bruce Velde; Alain Meunier. The Origin of Clay Minerals in Soils and Weathered Rocks (em en). [S.l.]: Springer, 2008. ISBN 3540756337

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