sexta-feira, 2 de outubro de 2015

QUIMERA

Quimera pode ter diversos significados, depende como é empregada. Quimera pode ser um peixe, umafigura mítica, um fenômeno genético, entre outras coisas.
Quimera é um peixe cartilaginoso que vive em águas profundas em todos os mares, é um peixe pouco comum e são relacionados com os tubarões e as raias. Existem cerca de 30 espécies no mundo, todas marinhas, sendo que a maioria vive nas profundezas.
Quimera também um substantivo feminino que indica uma esperança ou sonho que não é possível alcançar, uma utopia. Por esse motivo, alguns sinônimos para quimera são: devaneio; fantasia; ficção; imaginação.
Veja também o significado de utopia.

Quimera na mitologia grega

Quimera também é uma figura mítica caracterizada por uma aparência híbrida de dois ou mais animais e com capacidade de lançar fogo pelas narinas, é  uma fera ou besta característica da mitologia grega. A quimera pode ter cabeça e corpo de leão, com outras duas cabeças, uma de cabra e outra de serpente; cabeça e corpo de leão, com outras duas cabeças, uma de cabra e outra de dragão; duas cabeças ou até mesmo uma cabeça de leão, corpo de cabra e cauda de serpente.

Quimera na genética

Quimera também pode ser o nome de um animal que tem duas ou mais populações de células geneticamente distintas que teve origem em diferentes zigotos; é rara em seres humanos: registaram-se apenas 40. No caso do ser humano, é também conhecido como uma quimera tetragamética. Este é o caso de uma pessoa com dois tipos de célula, que são diferentes a nível genético. Isto acontece quando um ser humano tem origem em dois indivíduos, gêmeos não idênticos, que uniram de forma perfeita ainda no útero da mãe, quando estavam na fase embrionária.Quimera é uma figura mística caracterizada por uma aparência híbrida de dois ou mais animais e a capacidade de lançar fogo pelas narinas, sendo portanto, uma feraou besta mitológica.

Origem e evolução[editar | editar código-fonte]

Oriunda da Anatólia e cujo tipo surgiu na Grécia durante o século VII a.C., sempre exerceu atração sobre o imaginário popular. De acordo com a versão mais difundida da lenda, a quimera era um monstruoso produto da união entre Equidna - metade mulher, metade serpente - e o gigantesco Tifão.
Outras lendas a fazem filha da hidra de Lerna e do leão da Nemeia, que foram mortos por Hércules. Criada pelo rei da Cária, mais tarde assolaria este reino e o de Líciabafejando fogo incessantemente, até que o herói Belerofonte, montado no cavalo alado Pégaso, conseguiu matá-la.
Com o passar do tempo, chamou-se genericamente quimera a todo monstro fantástico empregado na decoração arquitetônica.
Em Alquimia, é um ser artificial (assim como o homúnculo), criado a partir da fusão de um ser humano e animalcarece de fontes.
Figurativamente ou em linguagem popular mais ampla, o termo quimera alude a qualquer composição fantástica, absurda ou monstruosa, constituída de elementos disparatados ou incongruentes, significando também utopia. A palavra quimera, por derivação de sentido, significa também o produto da imaginação, um sonho ou fantasia (por exemplo: A Quimera de Ouro).

Aparência[editar | editar código-fonte]

Sua aparência é descrita de forma diversa nas várias narrativas mitológicas ou nas artes plásticas. Por exemplo:
  • Cabeça e corpo de leão, com duas cabeças anexas, uma de cabra e outra de dragão;
  • Lança fogo pelas narinas e tem uma cauda de serpente e outra de leão.
  • Teria duas asas, semelhantes às de um dragão, ligadas ao seu corpo de leão. Apesar de aparentemente não voar, algumas lendas ou mitologias mencionam o fato de poder voar.

Atualidade[editar | editar código-fonte]

Após a Idade Média, com a expansão da ideia do dragão, a quimera perdeu espaço. Visivelmente claro na Igreja Católica de hoje, com São Jorge matando um Dragão substituindo Belerofonte e a quimera.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • BORGES, Jorge LuisO livro dos seres imaginários. São Paulo: Editora Globo, 2002. ISBN 85-250-0305-0Quimera é descrita como um monstro assustador, fruto da união entre Equidna - metade mulher, metade serpente - e o gigantesco Tífon. Também diziam que era filha da Hidra de Lerna e do Leão de Neméia. A figura mítica da Quimera sempre exerceu atração sobre a imaginação popular, a mais comum na arte cristã medieval que fez dela um símbolo do mal.
    Habitualmente descrita com cabeça de leão, dorso de cabra e cauda de serpente, foi criada pelo rei de Cária para destruir o reino vizinho da Lícia. Com o fogo que vomitava incessantemente, o rei Iobates procurava um herói que vencesse a Quimera, em troca daria sua filha em casamento ao herói.
    No reino chegou Belorofonte, mas o Rei Iobates recebeu um pedido do genro para matar seu hóspede Belorofonte. Contudo, devido à lei da hospitalidade, não o poderia matar. Assim incumbiu Belorofonte de cumprir algumas tarefas, pensando livrar-se dele. No entanto, Belorofonte montado em seu cavalo alado Pégasus, matou a Quimera num só golpe. Reconhecendo a bravura de Belorofonte, o rei Iobates não teve outra alternativa, senão conceder a mão de sua filha em casamento. 

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    Genericamente é denominada Quimera a todo monstro fantástico empregado na decoração arquitetônica. Na linguagem popular, o termo quimera alude a qualquer composição fantástica, absurda ou monstruosa, constituída de disparates e elementos incongruentes que não tem apoio na realidade. Significa um sonho impossível de acontecer e designa o que é fantástico, o que vive na imaginação, algo tão absurdo que chega a ser utópico. 

    O mito de Quimera, cuja ancestralidade remete a personagens animalescos, nos faz lembrar de que, apesar de ser 
    necessário sonhar e imaginar coisas melhores, algumas vezes somos consumidos por desejos que não passam de químeras e que podem consumir tempo e investimento infrutíferos, além de que podem se tornar maléficos ao longo do tempo.

    Todo ser humano tem um sonho, uma ideia que visa transformar a si mesmo ou o mundo. No entanto, a imaginação precisa reconhecer os limites. Tudo é possível, desde que haja elementos suficientes apoiados na realidade para que se realize. Não sendo assim, será nada mais do que Químera...

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