domingo, 8 de novembro de 2015

LIQUIDO AMINÓTICO

Líquido amniótico (ou fluido amniótico) é o fluido que envolve o embrião, preenchendo a bolsa amniótica, que desta forma o protege de choques mecânicos e térmicos. A bolsa amniótica normalmente forma-se na segunda semana de gravidez, assim que esta se forma enche-se de líquido amniótico que inicialmente é apenas água proveniente da mãe. Pouco fluido amniótico (oligoidrâmnio) ou muito (poli-hidrâmnio ou hidrâmnio) pode ser uma causa ou um indicador de problemas para a mãe e o bebê. Pacientes com oligoidrâmnio, dependendo do grau do problema, podem ser tratadas com descanso, hidratação oral eintravenosaantibióticosesteroides, e amnioinfusão.
Quando se fala no "rebentar as águas" (ou "estouro da bolsa"), pouco antes do parto, significa que a bolsa amniótica se rompeu e o líquido foi expulso, marcando o início do parto.
É a partir deste líquido que é feita a amniocentese, técnica de diagnóstico pré-natal, já que em suspensão no mesmo se encontram células fetais, a partir das quais será possível verificar anomálias cromossómicas ou genéticas.

O que é oligoidrâmnio?

Essa palavra complicada significa que você está com menos líquido amniótico que o ideal dentro do útero. Quando acontece o contrário, o excesso de líquido amniótico é chamado de hidrâmnios ou polidrâmnio. A redução no líquido amniótico não é tão rara: cerca de 8 por cento das grávidas têm oligoidrâmnio em algum ponto da gestação, normalmente no terceiro trimestre. 

Por que o líquido amniótico é importante?

O líquido amniótico envolve o bebê durante todo o seu desenvolvimento, dentro do saco amniótico, também conhecido como bolsa das águas. Ele serve para: 
  • Amortecer choques e movimentos bruscos.

  • Impedir que o cordão umbilical seja comprimido, o que prejudicaria o fornecimento de oxigênio para o bebê.

  • Manter uma temperatura constante dentro do útero.

  • Proteger o bebê contra infecções.

  • Permitir que o bebê se movimente, desenvolvendo os músculos e os ossos.

  • Ajudar na formação do sistema digestivo e respiratório, já que o bebê "inspira" e "expira" o líquido, e o engole, eliminando-o na forma de urina.

Qual é a quantidade ideal de líquido?

O volume de líquido amniótico vai aumentando com o decorrer da gravidez, e costuma chegar à sua quantidade máxima por volta de 34 a 36 semanas de gravidez. Nessa altura, você tem entre 800 ml e 1 litro de líquido dentro do útero. Depois disso, o volume vai diminuindo aos poucos, até o bebê nascer. 

Como dá para saber quanto líquido tem dentro da barriga?

Para medir a quantidade de líquido, é preciso fazer um ultra-som. Seu médico vai solicitar um se desconfiar de que a quantidade de líquido está abaixo da ideal. Veja alguns sinais de que isso pode estar ocorrendo: 
  • quando a mulher está perdendo líquido amniótico pela vagina

  • quando o bebê está menor que o normal para a idade gestacional

  • quando o médico consegue apalpar fácil o bebê pelo lado de fora da barriga

  • quando a mulher não está sentindo o bebê mexer com frequência

  • quando a mulher já teve outro filho que nasceu pequeno para a idade gestacional

  • quando a mulher tem pressão alta

  • quando a mulher está com diabete

  • quando a mulher sofre de lúpus

Com a ultra-sonografia, dá para medir os bolsões de líquido em vários pontos do útero (o espaço entre o bebê e a parede uterina), e o especialista faz um cálculo que resulta no índice de líquido amniótico (ILA). No terceiro trimestre, o ILA deve estar entre 5 cm e 25 cm. Um índice abaixo de 7 cm é considerado sinal de alerta, e com menos de 5 cm pode fazer com que os médicos prefiram adiantar o parto. 

O bebê corre riscos por eu estar com pouco líquido?

As consequências para o bebê dependem da causa da redução no líquido, e se a quantidade está mesmo muito pequena. Na maioria dos casos, o oligoidrâmnio é diagnosticado no terceiro trimestre e não exige nenhuma providência, só um acompanhamento um pouco mais atento da gravidez. 

A maior preocupação quando há redução no volume de líquido antes do terceiro trimestre é que o crescimento dos pulmões do bebê seja prejudicado. Por isso, é provável que você seja submetida a ultra-sonografias com mais frequência para acompanhar o desenvolvimento do seu filho. A possibilidade de parto prematuro é outra preocupação. 

Pode ser, porém, que os médicos decidam que o bebê vai se desenvolver melhor fora do útero do que dentro, e resolvam antecipar o parto. É comum que, em casos de falta de líquido amniótico, o bebê esteja sentado, pois o líquido é que facilitaria a movimentação dentro do útero e o posicionamento de cabeça para baixo. 

Por que o líquido diminui?

Nem sempre a causa do oligoidrâmnio é conhecida. A diminuição do volume das águas é mais observada nos meses de clima quente, por isso os especialistas acreditam que ela tenha relação com a desidratação materna. Dessa maneira, seu médico vai recomendar que você tome muito líquido. Repouso e banhos de imersão também costumam ser recomendados pelos obstetras. 

Existem outras causas específicas para a redução no líquido, e cada uma tem seu próprio tratamento. Conheça as causas mais comuns: 

Ruptura parcial da bolsa 
Quando há uma pequena abertura na bolsa, o líquido pode escapar. Pode acontecer em qualquer ponto da gravidez, mas é muito mais frequente perto do final da gestação. Às vezes a abertura se fecha sozinha e o líquido pára de vazar (por exemplo, quando a perda de líquido acontece depois de uma amniocentese

O maior perigo dessa ruptura parcial da bolsa, além do oligoidrâmnio, é a entrada de bactérias, que podem provocar uma infecção. Assim, seu médico estará mais atento para qualquer sinal de infecção. 

Problemas na placenta 
Pode ser que a placenta não esteja produzindo sangue e nutrientes em quantidade adequada para o desenvolvimento do bebê. Quando os bebês são pequenos, produzem menor quantidade de urina, por isso os níveis de líquido amniótico ficam baixos. 

Anomalias no bebê 
Quando o líquido fica abaixo do normal ainda no primeiro ou no segundo trimestre, pode ser que haja alguma malformação interferindo na produção de urina pelo bebê. O médico deve pedir um ultra-som detalhado para verificar o desenvolvimento dos rins do bebê e do trato urinário, além do coração. 

Síndrome da transfusão feto-fetal 
Quando a mulher está grávida de gêmeos idênticos e cada um tem sua própria bolsa, há entre 10 e 15 por cento de possibilidade de eles terem a síndrome da transfusão feto-fetal -- um bebê recebe mais sangue e nutrientes da placenta que o outro. Nesses casos, o gêmeo "doador" acaba ficando com menos líquido amniótico, enquanto o "receptor" fica com líquido em excesso. 

Se você estiver grávida de gêmeos, terá que fazer ultra-sonografias com frequência para acompanhar os níveis de líquido amniótico e o desenvolvimento de cada bebê. 

Medicamentos 
Determinados remédios podem causar oligoidrâmnio. A medicação contra hipertensão à base de inibidores da enzima conversora da angiotensina (inibidores da ACE), por exemplo, afeta o funcionamento dos rins do bebê e deve ser evitada. Alguns remédios usados para combater a ameaça de parto prematuro também podem afetar os rins do bebê, assim como o ibuprofeno. Nunca use nenhum remédio na gravidez sem falar com o médico. 

http://brasil.babycenter.com/a2900043/pouco-l%25C3%25ADquido-amni%25C3%25B3tico-oligoidr%25C3%25A2mnio#ixzz3qxA3IZBd
Quando se acha que se pode estar perdendo líquido amniótico no primeiro ou segundo trimestre é aconselhado ir imediatadamente ao pronto-socorro ou ao obstetra pois, caso o líquido esteja saindo, pode prejudicar o desenvolvimento e crescimento do bebê.
No entanto, na maioria dos casos, a perda de líquido amniótico é apenas confundida com a perda involuntária de urina que acontece devido ao peso do útero sobre a bexiga. Assim, uma boa forma para saber se se está perdendo líquido amniótico ou urina é colocar um absorvente íntimo na calcinha e observar as características do líquido. Normalmente, a urina é amarelada e apresenta cheiro, enquanto o líquido amniótico é transparente e sem cheiro.
Já quando a perda de líquido acontece após as 36 semanas, normalmente, é sinal de rompimento das membranas e, por isso, deve-se ir para o hospital pois pode estar chegando o momento do parto.

Sintomas da perda de líquido aminótico

Os principais sintomas e sinais de perda de líquido amniótico incluem:
  • Líquido transparente na roupa íntima;
  • Líquido que sai continuamente, mesmo que em pouca quantidade;
  • Diminuição dos movimentos do bebê no útero.
As grávidas com fatores de risco, como hipertensão arterial, diabetes ou lúpus têm maior probabilidade de apresentarem perda de líquido amniótico, devendo fazer consultas mais regulares no consultório do obstetra.

Tratamento para perda de líquido amniótico

O tratamento para perda de líquido aminótico varia de acordo com a idade gestacional, sendo que, quando acontece mais para o final da gestação, e o bebê se encontra bem desenvolvido, o tratamento mais utilizado consiste em antecipar o parto.
Já nos 2 primeiros trimestres de gravidez o tratamento geralmente é feito com avaliações constantes no obstetra para avaliar a quantidade de líquido ao longo da gestação, sendo que quando está ;muito baixo pode ser recomendado aumentar a ingestão de água e manter o repouso.
Veja como tratar o líquido reduzido em: O que fazer em caso de líquido amniótico reduzido.

O que pode causar perda de líquido amniótico

As causas de perda de líquido amniótico nem sempre são conhecidas. No entanto, a grávida pode perder líquido amniótico devido a quadros infecciosos genitais, sendo, por isso, recomendado consultar o obstetra sempre que surgem sintomas como queimação ao urinar, dor genital ou vermelhidão, por exemplo.
Outras causas que podem provocar perda de líquido amniótico ou levar à redução da sua quantidade incluem:
  • Ruptura parcial da bolsa - o líquido amniótico começa vazando por haver um pequeno furo na bolsa. É mais frequente no final da gravidez e normalmente a abertura fecha sozinha;
  • Anomalias do bebê - no início do segundo trimestre, o bebê começa engolindo o líquido amniótico eliminando-o pela urina. Quando há perda de líquido amniótico, os rins do bebê podem não se desenvolver corretamente;
  • Problemas na placenta - a placenta pode não estar produzindo sangue e nutrientes suficientes para o bebê e ele não produz tanta urina, havendo menos líquido amniótico;
  • Medicamentos para a hipertensão arterial, contra o parto prematuro e o ibuprofeno afetam os rins do bebê, diminuindo a quantidade de líquido amniótico;
  • Síndrome de transfusão feto-fetal - em caso de gêmeos idênticos, um pode receber mais sangue e nutrientes que o outro, fazendo com que um tenha menos líquido amniótico que o outro.
Além disso, alguns medicamentos, como o Ibuprofeno ou os remédios para a pressão alta, também podem diminuir a produção de líquido amniótico e, por isso, a grávida deve informar o obstetra antes de tomar qualquer medicamento.

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