O pica-pau, também chamado ipecu, carapina e pinica-pau[1] , é uma ave da ordem Piciformes, da família Picidae, de tamanho pequeno a médio, com penas coloridas e, na maioria dos machos, com uma crista vermelha. Suas patas possuem dois dedos voltados para frente e dois dedos voltados para trás, o que lhe auxilia a se agarrar nos troncos de árvores. São muito numerosos no Brasil[1] . Vivem em bosques onde fazem seus ninhos abrindo uma cavidade nos troncos das árvores. Alimentam-se principalmente de larvas de insetos, (embora algumas especies como o pica-pau de barriga amarela comam seiva) que estão dentro dos troncos de árvores, alargando a cavidade onde se encontram as larvas com seu poderoso bico e introduzindo sua língua longa e umedecida pelas glândulas salivares. Os ninhos são escavados em troncos de árvores o mais alto possível para proteção contra predadores. Os ovos, de 4 a 5, são chocados pela fêmea e também pelo macho durante 20 dias.
Etimologia[editar | editar código-fonte]
"Pica-pau" e "pinica-pau" são referências a seu hábito de perfurar a madeira das árvores com seu bico para capturar larvas e insetos e para construir ninhos[2] . "Ipecu" vem do tupi ïpe'ku[3] . "Carapina" vem do tupi kara'pina[4] .
Géneros[editar | editar código-fonte]
- Jynx
- Picumnus
- Sasia
- Nesoctites
- Hemicircus
- Melanerpes
- Sphyrapicus
- Xiphidiopicus
- Campethera
- Geocolaptes
- Dendropicos
- Dendrocopos
- Picoides
- Veniliornis
- Piculus
- Colaptes
- Celeus
- Dryocopus
- Campephilus
- Chrysophlegma
- Picus
- Dinopium
- Chrysocolaptes
- Gecinulus
- Sapheopipo
- Blythipicus
- Reinwardtipicus
- Micropternus
- Meiglyptes
- Mulleripicus
Referências
- ↑ ab FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 325
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 325
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.966
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.349
O pica-pau é uma ave de pequeno porte, da família Picidae, da qual existem por volta de 179 espécies espalhadas pelo mundo.
Distribuídas por todo o Brasil, existem 42 espécies de várias cores, tamanhos e que emitem diferentes sons. Esses sons são na verdade gritos, pois o pica-pau não canta.
A principal característica do pica-pau é seu bico muito duro, comprido, reto e pontiagudo, um verdadeiro martelo, que torna possível sua alimentação. Alimenta-se principalmente de larvas que vivem e destroem o interior das árvores e de insetos que encontra na casca dos troncos, ou seja, o pica-pau tem papel fundamental no controle dos insetos e larvas que poderiam infestar outras árvores. Algumas espécies alimentam-se também de frutas, formigas e larvas de abelhas, cupins e vespas, que obtém destruindo seus ninhos.
Biólogos e ornitólogos acreditam que o pica-pau sabe onde martelar, onde estão larvas ou insetos através de sua grande capacidade auditiva, ou seja, ele é capaz de ouvir, segundo esses profissionais, o barulho de suas vítimas em potencial.
Para capturar sua presa no interior das árvores, o pica-pau “martela” o tronco com o bico, abrindo pequenos buracos e os explorando com sua longa língua cilíndrica, pegajosa, de ponta afilada e flexível. Sua língua pode chegar a ser cinco vezes maior que seu bico. Chegam a dar 100 batidas por minuto. Por isso, o músculo do pescoço dos pica-paus é muito forte. Para protegê-los de toda essa vibração, seu crânio tem uma espessura maior que das demais aves. Para se manter na posição vertical, o pica-pau tem os pés muito fortes.
Essa ave é solitária, sendo que só são sociáveis na época da reprodução, quando o macho atrai a fêmea dando fortes pancadas nos troncos. O casal formado constrói o ninho, de preferência em árvores altas (para se proteger de predadores) e mortas (por ser mais fácil fazer o buraco para o ninho). Muito inteligente, o pica-pau cava o buraco para o ninho de baixo para cima, formando um corredor ascendente, para proteger o ninho de chuvas e ventos.
Cada ninhada tem em média 3 pequenos ovos brancos. Macho e fêmea chocam os ovos intercaladamente, sendo que o macho ajuda a fêmea com a alimentação dos filhotes, após o nascimento dos mesmos.
Os filhotes são cegos e pelados ao nascerem, e, antes mesmo de enxergaram, já brincam de bater o bico. Geralmente abandonam o ninho após cinco semanas.
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