sexta-feira, 30 de setembro de 2016

MALEFÍCIOS GORDURA TRANS

A gordura trans está presente nos alimentos industrializados, ela é um assunto muito comentado, no entanto, várias pessoas não sabem ao certo seu significado e as implicações do seu consumo. A gordura trans é um tipo de gordura (ácido graxo) que diferencia-se em sua ligação química de outros ácidos graxos insaturados. Ela possui ácidos graxos na composição trans, por um tipo de processo de hidrogenação, que acontece naturalmente, compostos a partir da fermentação de bactérias em animais ruminantes, ou artificialmente, pela indústria alimentícia. Confira a seguir os malefícios da gordura trans.

O que é gordura trans? 

São gorduras insaturadas que sofrem um processo de hidrogenação das gorduras vegetais (quando os líquidos em temperatura ambiente passam para a forma sólida ou semissólida).
As trans estão presentes nas batatas fritas, nos bolos, nos biscoitos cream cracker e nas bolachas recheadas, no chocolate, nos salgadinhos, no sorvete, na pipoca de micro-ondas, na margarina e em vários outros alimentos industrializados. O elemento é  responsável por dar mais consistência a esses produtos, melhorando sua textura, deixando-os mais crocantes, e conservando-os por mais tempo.

Características e informações sobre a gordura trans

Uma classe particular deste tipo de gordura está presente, em pequena quantidade, nas carnes e em vários outros produtos de origem animal, ingeridos freqüentemente por grande parte das pessoas. Quimicamente as moléculas da gordura trans surgem de forma semelhante as das gorduras não trans; no entanto, ambas contêm características diferentes. Nas moléculas de gordura trans, os átomos de hidrogênio são pareados e se ligam duplamente aos átomos de carbono, característica inclusive comum as gorduras não saturadas, no entanto, o ponto de fusão da trans é bem mais alto.
malefícios da gordura trans

Malefícios da gordura trans

A gordura trans não é principal para o organismo, e não promove nenhum tipo de benefício à saúde. Portanto, não há indicação de consumo ou valor máximo tolerado. Ao contrário, esse tipo de gordura tem como essencial efeito metabólico modificações que são prejudicial à saúde. São elas:
Diminui o colesterol bom e elava o ruim: A gordura trans eleva o LDL-c, colesterol ruim, devido à supressão das atividades de seu receptor no fígado. Isto faz com que o LDL-c continue circulando no organismo, acumulando no plasma e aumentando o risco de doença arterial coronariana pelo depósito docolesterol na parede do vaso sanguíneo. Estudos científicos citam que depois dos 20 anos de idade, o receptor de LDL-c já reduz sua eficiência, assim como em mulheres no período pós-menopausa. Ocolesterol HDL, conhecido como o bom colesterol porque ajuda na remoção das moléculas de colesterol dos vasos sanguíneos, o que evita seu acúmulo progressivo e consequente processo de aterogênese (formação de placa de ateroma), é reduzido com o consumo da gordura trans.
Maior risco de AVC e infarto: As chances da pessoa sofrer um acidente vascular cerebral elevam com maior consumo de gorduras trans. Isto acontece devido ao acúmulo de colesterol nos vasos sanguíneos, que culmina com todo um processo inflamatório, a aterogênese, que forma a placa de ateroma. Presença da placa de ateroma eleva o risco de infarto e AVC, pois pode se deslocar nos vasos sanguíneos, reduzindo ou bloqueando o fluxo sanguíneo para essenciais órgãos do corpo, como o coração, resultando o infarto, ou cérebro, provocando o AVC.
Prejudicial para gestantes e lactantes: Alguns estudos científicos revela que a gordura trans é transportada através da placenta, sendo transferida da mãe para o feto. E o efeito é dose-resposta, ou seja, quanto maior o consumo de alimentos ricos em gorduras trans na gestação, maior o risco de transferir a gordura trans ao bebê. A literatura científica inclusive revela que a gordura trans pode afetar o desenvolvimento intrauterino do bebê, por inibição da biossíntese dos ácidos graxos poli-insaturados araquidônico e docosahexaenóico, essenciais no processo de desenvolvimento fetal. Mães que amamentam também tem esse risco elevado, visto que há alguns estudos que relatam a transferência da gordura trans pelo leite materno. Portanto, é bastante importante um acompanhamento nutricional e uma alimentação totalmente balanceada e saudável ao longo da gestação e período de amamentação.

Onde está a gordura trans?

O grande desafio do consumidor é saber dessa quantidade. A Anvisa determinou que se o alimento conter até 0,2% de gordura, pode afirmar no rótulo que se trata de um produto livre de gordura trans, o que não é verdade. Os alimentos que mais contém essa gordura maléfica são pipocas de micro-ondas, bolachas, chocolates, sorvetes, salgadinhos e alimentos que em sua composição apresentam margarinaPortanto, o mais adequado é adotar uma alimentação o mais natural possível, rica em frutas e vegetais.

Quantidade recomendada

 Não há indicação de consumo diário de gordura trans. Portanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) orienta que o consumo máximo desse tipo de gordura deve ser menor do que 2 gramas por dia. Segundo a OMS, um consumo de 5 gramas de gordura trans por dia eleva em 23% o risco de doenças coronarianas.
Seu corpo pode dar sinais de que você está abusando das gorduras trans. Seus marcadores bioquímicos cardiovasculares podem estar alterados, como o perfil lipídico. Portanto, é essencial um acompanhamento regular e realização de exames periódicos. E claro, evitar ao máximo do consumo de alimentos que contam com a gordura trans.

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