A responsável pelo setor cultural de Belo Horizonte é a Fundação Municipal de Cultura (FMC), criada pela Lei n.º 9011, de 1 de janeiro de 2005, que tem como objetivo planejar e executar a política cultural do município por meio da elaboração de programas, projetos e atividades que visem ao desenvolvimento cultural. Está vinculada ao Gabinete do Prefeito, integra a Administração Pública Indireta do Município e possui autonomia administrativa e financeira, assegurada, especialmente, por dotações orçamentárias, patrimônio próprio, aplicação de suas receitas e assinatura de contratos e convênios com outras instituições. Atualmente, a FMC é composta por 29 unidades culturais, sendo 17 centros culturais, cinco instituições de acervo, memória e referência cultural, cinco bibliotecas e dois teatros municipais.[216]
Cinema
A partir da chegada da primeira companhia cinematográfica a Belo Horizonte, em 1905, a Companhia Barrucci, o contato do público com o cinematógrafo tornou-se mais constante. Pouco tempo mais tarde, o cinematógrafo deixou de ser exibido nos espaços privados, domésticos, para ser exibido no teatro, naquelas circunstâncias, no teatro Soucasseaux, o maior teatro belo-horizontino da época. E, com a instalação do primeiro cinematógrafo permanente da capital, em 1906, a sede do Teatro Paris tornou-se um espaço efetivo de exibição de cinema. Mais tarde, em 1912, o Teatro Paris assumiria o nome de Cine Odeon, importante referência para a vida cinematográfica da cidade, sobre do qual o poeta Carlos Drummond de Andrade lamenta o fechamento no poema O Fim das Coisas, de 1928. A partir da década de 1920, cidade e cinema passaram a desenvolver uma relação mais complexa, com mais influências na vida cultural local.[217] Apenas na década de 1970 é que ocorreu o início do processo de sucateamento de salas que passam a exibir filmes de qualidade duvidosa em nome do exercício de custos mais baixos. Ao longo das décadas de 1980 e 1990, a decadência das grandes salas de cinema em Belo Horizonte atinge patamar semelhante ao de outras capitais do Brasil. Várias grandes salas foram todas fechadas e, se não demolidas, deram lugar a outros prédios e construções. A grande parcela das salas de cinema passa a situar-se nos shopping centers.[218]
Atualmente Belo Horizonte ainda conta com diversas salas de cinema em várias partes da cidade, especialmente no interior de grandes shoppings.[219] Dos antigos cinemas de rua, poucos ainda operam com a mesma função.[220] Os poucos filmes produzidos na cidade são, muitas vezes, curtas-metragens produzidos, por vezes, por produtoras e gravadoras da própria cidade. São comuns filmes que expressam cenas do dia-a-dia, o chamado cinema popular.[221]
Música
Muitos artistas reconhecidos no país e no exterior surgiram em Belo Horizonte. O Clube da Esquina é um movimento musical originado em meados da década de 1960 e desde então seus membros influenciam a cultura da cidade e do estado,[222] tendo artistas importantes no cenário regional ou nacional, como Tavinho Moura, Wagner Tiso, Milton Nascimento, Lô Borges, Beto Guedes, Flávio Venturini, Toninho Horta, Márcio Borges, Fernando Brant e o 14 Bis. Outros artistas importantes surgidos no cenário da cidade são Paulinho Pedra Azul, Vander Lee, Skank, Pato Fu (selecionada pela revista Time como uma das 10 melhores bandas do mundo[223]), Sepultura, Jota Quest, Tianastácia, a dupla César Menotti e Fabiano e os corais Ars Nova e Madrigal Renascentista.[224] Há também os que apostam em criatividade, como o grupo Uakti. Eles criam seus próprios instrumentos musicais usando materiais como PVC, madeira, metais e vidro. Seu nome é baseado num mito dos índios Tukano e reflete o sentimento indígena presente em seus trabalhos.[225]
A cidade ainda sedia anualmente grandes festivais populares que levam milhares de pessoas ao Mineirão como o Axé Brasil, de música baiana, e o Pop Rock Brasil, de música pop. Belo Horizonte também tem se consagrado como um dos grandes polos da música eletrônica mundial, realizando diversos festivais do gênero com bandas e DJs de renome internacional atraindo turistas de todas as partes do país. Destaque para o Festival Creamfields Brasil sediado na cidade e realizado em 12 países além do Brasil.[226] Ainda na música eletrônica destaca-se o funk, que está presente em Belo Horizonte desde a década de 1970, mas só começou a popularizar-se na década de 90. Hoje está presente no circuito cultural formal, em grandes danceterias, nas rádios, ou ainda em bailes promovidos nas comunidades mais carentes, especialmente nas quadras de escolas.[227] Já na música erudita, desde a década de 1940 há grupos de pessoas que cantavam e promoviam eventos orquestrais. Atualmente, o erudito vem sendo divulgado em parques e teatros com repertórios cada vez mais prestigiados pela população. Na cidade destaca-se as apresentações da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG), criada em 1976. Esta foi, até 21 de fevereiro de 2008 (quando da criação da nova Orquestra Filarmônica de Minas Gerais), a orquestra oficial do estado de Minas Gerais.[228]
Literatura e teatro
Desde as suas primeiras décadas, a cidade já demonstrava sua vocação cultural na área da literatura. Jovens idealistas e poetas, na década de 1920, incorporavam-se à Rua da Bahia, a principal via da cidade na época. Foi na década de 1920 que surgiu em Belo Horizonte a geração de escritores de raro brilho que iria se destacar no cenário nacional, dentre eles Carlos Drummond de Andrade, Ciro dos Anjos, Pedro Nava, Alberto Campos, Emílio Moura, João Alphonsus, Milton Campos, Belmiro Braga e Abgar Renault, que se encontravam no Bar do Ponto, na Confeitaria Estrela ou no Trianon para produzir os textos que revolucionaram a literatura brasileira. Em 1925, Carlos Drummond de Andrade e seus companheiros lançaram A Revista que, apesar da vida breve, foi importante veículo de afirmação do modernismo em Minas.[229] Ao longo dos anos sucederam-se muitos outros intelectuais e poetas como Fernando Sabino, Hélio Pellegrino, Otto Lara Resende, Ziraldo e Paulo Mendes Campos.[224] Hoje, na área literária, destaca-se também a realização anual do Concurso Nacional de Literatura Prêmio Cidade de Belo Horizonte, que foi instituído pelo Decreto nº 204 de 1947, e é promovido pelo Município de Belo Horizonte e coordenado pela Fundação Municipal de Cultura, tendo como finalidade distinguir obras inéditas, em Língua Portuguesa, de autores brasileiros natos ou naturalizados em três categorias (Ensaio, Poesia e Autor Estreante e Dramaturgia).[230]
No teatro, os grandes expoentes são o Grupo Galpão[231] e o Giramundo Teatro de Bonecos, que é um importante grupo especializado em teatro de bonecos. Eles mantêm um museu de bonecos que criaram desde a sua fundação em 1970, tendo lançado seu primeiro álbum completo em 1981 e 11 trabalhos desde então.[232] Há muitos grupos artísticos brasileiros notáveis que têm sua origem em Belo Horizonte, como o Grupo Primeiro Ato e o Grupo Corpo, que é talvez o mais famoso grupo de dança contemporânea do país; foi criado na cidade em 1975, excursionando e sendo aclamado por plateias em todo o mundo.[233][234] Grandes atores da televisão e do teatro são oriundos de Belo Horizonte, como Débora Falabella, Ísis Valverde e Gustavo Winter.[235]
Já se tornou uma tradição na cidade a realização de encontros, mostras e festivais artísticos. Anualmente, são realizados o Festival Internacional de Teatro, Palco e Rua (FIT-BH), o Festival Internacional de Teatro de Bonecos, o Festival Internacional de Dança (FID), o Festival Internacional de Corais (FIC), o Festival de Arte Negra (FAN), o Festival Internacional de Curtas e a Mostra de Cinema Mundial - Indie Brasil. Bienalmente, são realizados o Encontro Mundial de Artes Cênicas (ECUM), o Encontro Internacional de Literaturas em Língua Portuguesa, o Festival Mundial de Circo do Brasil (FMCB) e o Festival Internacional de Quadrinhos (FIQ).[236][237] Além desses, a Campanha de Popularização do Teatro e da Dança acontece nos meses de janeiro e março, quando dezenas de peças teatrais são oferecidas a preços populares à população, levando um grande número de pessoas aos teatros da capital mineira.[238]
Tradições e folclore
Na área folclórica de Belo Horizonte destaca-se a realização de exposições e eventos abertos ao público.[239] Vários grupos, como o Grupo Aruanda, conhecido internacionalmente como Voluntários da Cultura, fazem trabalhos árduos de pesquisa, preservação e divulgação do folclore nacional. São mais de 100 danças pesquisadas em todas as regiões do país e mais de 3 000 espetáculos realizados no Brasil e no exterior pelo Aruanda, o que qualifica o grupo como referência nacional em manifestações populares. Em várias dessas apresentações pelo Brasil e pelo mundo, são divulgadas as belezas da capital mineira.[240]
Durante períodos festivos também há diversas atividades e eventos realizados, como as apresentações do Carnaval de Belo Horizonte, quando são realizadas diversas oficinas, concursos de fantasias, desfiles e outras atividades.[241] Também há apresentações especiais nos teatros da cidade dedicadas às crianças no mês de outubro. São realizadas exibições de vídeos, oficinas, exposições, circo e teatro que compõem a programação especial dedicada exclusivamente a elas, em comemoração ao dia 12 de outubro.[242] Há, em novembro, o Festival de Arte Negra (FAN), promovido pela Prefeitura de Belo Horizonte por meio da Fundação Municipal de Cultura. O projeto integra um conjunto de ações no plano das políticas públicas com o fim de discutir, combater e superar os problemas que historicamente excluem a população negra de Belo Horizonte e de todo o país da pauta básica de direitos conferidos pela condição de cidadania, reunindo ainda artistas, grupos e estudiosos brasileiros e de outros países da diáspora negra.[243] Outra comemoração de destaque é a do aniversário de Belo Horizonte, que, mesmo sendo em 12 de dezembro, conta com eventos durante vários dias.[244]
Artes visuais
Ver também: Lista de museus de Belo Horizonte
A Escola Guignard, dirigida pelo artista Alberto da Veiga Guignard, formou artistas importantes no circuito mineiro, nacional e internacional das artes plásticas. Destacam-se Amílcar de Castro, Farnese de Andrade, Leda Gontijo, Franz Weissmann, Mary Vieira, Maria Helena Andrés, Mário Silésio, Yara Tupynambá e Inimá de Paula. Hoje a cidade possui grande quantidade de museus e galerias de arte, que exibem uma parte da história da arte moderna brasileira. Destacam-se o Museu de Arte da Pampulha, que é integrante do Conjunto Arquitetônico da Pampulha e enfoca tendências artísticas variadas em mostras, pesquisa e conceituação, sendo seu acervo composto por obras da arte contemporânea brasileira;[245] o Museu Histórico Abílio Barreto, cuju acervo é um conjunto de itens que constitui um texto múltiplo e revelador dos vários sentidos e trajetórias da cidade, expondo documentos textuais, iconográficos, bidimensionais e tridimensionais referentes às origens, formação e desenvolvimento de Belo Horizonte;[246] e o Museu de Artes e Ofícios, que é o primeiro empreendimento museológico brasileiro dedicado integralmente ao tema do trabalho, das artes e ofícios no país.[247]
No Museu de Arte da Pampulha ainda destaca-se a realização do Salão Nacional de Arte de Belo Horizonte, que é um evento voltado para artistas emergentes ou em início de carreira. A intenção do projeto é criar maior engajamento do Museu com a produção emergente, propiciando, por sua vez, o contato do artista jovem com um amplo leque de leituras sobre sua obra. O processo de seleção, de âmbito nacional, resulta na escolha de dez artistas entre os inscritos para receber uma bolsa mensal durante um ano.[248]
Belo Horizonte conta com uma instituição onde é lecionado o curso de artes visuais. A Escola de Belas-Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (EBA-MG), instituição da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), foi criada em 5 de abril de 1957, inicialmente sob a forma de curso de arte na Escola de Arquitetura. Foi transformada em escola e aprovada pelo Decreto-Lei nº. 62.317 de 28 de fevereiro de 1968, quando passou a constituir uma unidade do sistema básico da UFMG.[249]
Arquitetura e patrimônio histórico
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Património Mundial da UNESCO | ||||
Igreja de São Francisco de Assis, Lagoa da Pampulha e Mineirão (ao fundo) | ||||
País | Brasil | |||
Tipo | Cultural | |||
Critérios | (i)(ii)(iv) | |||
Referência | 1493 | |||
Região** | Brasil | |||
Histórico de inscrição | ||||
Inscrição | 2016 (40ª sessão) | |||
* Nome como inscrito na lista do Património Mundial. ** Região, segundo a classificação pela UNESCO. |
Belo Horizonte foi uma das primeiras cidades planejadas do Brasil.[33][250] A cidade começou a se desenhar a partir do século XX com um projeto mais modernizado para a nova capital de Minas. O objetivo inicial era fazer um modelo contemporâneo e eclético que, ao mesmo tempo, tivesse toques dos estilos neoclássicos, neorromânicos e neogóticos. O período de instalação e consolidação da Cidade de Belo Horizonte ocorreu entre 1894 e 1930. Enquanto a então capital da república, Rio de Janeiro, era colocada abaixo para a reestruturação de seu centro urbano, Belo Horizonte já nascia transpirando contemporaneidade e ecletismo.[250]
Aos elementos da arquitetura greco-romana foram incorporados modismos que caracterizaram a década de 20, como o primado geométrico do Art déco. A influência da Belle Époque, ocorrida na França naquela época, também pode ser percebida nos inúmeros espaços públicos e praças. Arquitetos franceses, mestres de obras e operários italianos representam boa parte da mão de obra que construiu a cidade.[250]
O crescimento vertical de Belo Horizonte começou na década de 1930, quando surgiram as primeiras firmas de concreto. A partir de 1935, em virtude das profundas mudanças vividas pelo Brasil, inclusive na política industrial, a cidade passou por um processo acelerado de desenvolvimento urbano. Nesta época, as construções que sempre acompanhavam a Avenida do Contorno se tornaram mais dispersas do plano original.[250] Naquele período, o arquiteto italiano Raffaello Berti teve fundamental influência na arquitetura de BH. Mesmo não podendo assinar seus projetos, por causa da legislação que negava a autoria a profissionais estrangeiros, atribuem-se a ele obras arquitetônicas como o edifício da Prefeitura, a sede do Minas Tênis Clube e a Santa Casa de Misericórdia.[250]
No início da década de 1940, o então Prefeito Juscelino Kubitschek trouxe a Belo Horizonte o urbanista francês Agache com objetivo de urbanizar a região da Pampulha, com sua lagoa artificial. A confecção do conjunto arquitetônico contou com a participação do arquiteto Oscar Niemeyer, do paisagista Burle Marx, do pintor Cândido Portinari e dos escultores Alfredo Ceschiatti, August Zamoyski e José Pedrosa. Hoje a Pampulha é considerada um marco da arquitetura moderna. Niemeyer e Belo Horizonte conseguiram projeção internacional a partir da construção do Conjunto Arquitetônico da Pampulha.[250]
Atualmente, algumas das várias construções que melhor representam a arquitetura urbana de Belo Horizonte são: o Savassi, que engloba a Praça da Liberdade, um grande shopping (o Pátio Savassi), parte da Avenida do Contorno e o início da Avenida Nossa Senhora do Carmo.[251][252]
Também há o Edifício Acaiaca, construído em Art Deco; a Catedral da Boa Viagem, feita em estilo neogótico, abriga vitrais de grande beleza e seu altar-mor é todo trabalhado em mármore de carrara; o Viaduto de Santa Teresa, que foi uma das primeiras construções do Brasil a utilizar concreto armado; e a Torre Alta Vila, que é a mais alta do Brasil com acesso ao público, possuindo 101 metros de altura e 432 metros acima do centro de BH, e foi construída com aço produzido pela ArcelorMittal Timóteo.[253]
Esportes
Belo Horizonte é sede de dois clubes de futebol reconhecidos nacionalmente: o Clube Atlético Mineiro e o Cruzeiro Esporte Clube. Há também o América Futebol Clube, que ultimamente vem conquistando significativo destaque.[254] O futebol feminino também vem se destacando.[255]
A cidade conta ainda com dois grandes estádios: o Estádio Governador Magalhães Pinto (o Mineirão), que é o maior estádio de futebol de Minas Gerais e quinto maior do Brasil, contando com capacidade para 62.170 espectadores;[256] e o Independência, do América, com capacidade para aproximadamente 23 mil pessoas.[256] Além dos estádios, Belo Horizonte possui três grandes ginásios: o Jornalista Felipe Drummond (o Mineirinho), com capacidade para cerca de 25 mil pessoas; a Arena Juscelino Kubitschek, arena multiúso do Minas Tênis Clube, com capacidade para 4 000 pessoas; e o Chevrolet/Marista Hall, do Colégio Marista, uma arena multiúso com capacidade em torno de 3 700 pessoas, que atualmente é utilizado para shows e eventos culturais e artísticos.[256]
A cidade ainda é sede de vários eventos desportivos de outras modalidades, como a Volta Internacional da Pampulha, prova pedestre disputada de 17,8 km de percurso, em comemoração ao aniversário de capital.[257] Ainda no atletismo, é realizada também desde 2008 a Meia Maratona Linha Verde, com percurso de 21 km entre a rodovia MG-010 e a Praça Rui Barbosa.[258]
No turfe, o Hipódromo Serra Verde foi o principal hipódromo que existiu em Belo Horizonte, funcionando regularmente de 1964 a 2006 no bairro Serra Verde.[259] O Minas Tênis Clube é uma agremiação com sede na capital mineira fundada em 15 de novembro de 1935 e que possui destaque nacional e internacional em diversas modalidades de esportes olímpicos, sendo responsável por vários clubes de diferentes esportes, como a equipe de voleibol masculino e feminino do Minas Tênis, além da equipe do basquetebol, do futebol de salão (futsal), do judô, da ginástica artística, da natação e do tênis.[260]
Belo Horizonte foi uma das 12 cidades brasileiras que sediaram jogos da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014,[261] e será uma das subsedes dos Jogos Olímpicos de Verão de 2016.[262]
Vida noturna e culinária
Belo Horizonte é nacionalmente conhecida como a "capital nacional dos botecos". Existem na cidade cerca de 14.000 estabelecimentos, mais bares per capita do que qualquer outra grande cidade do Brasil. A culinária mineira é uma atração concomitante que acompanha bem as bebidas. Todos os anos, no mês de abril, é realizado o festival Comida di buteco, competição anual de bares que serve de pretexto para visitar diversos bares e botecos de BH todas as noite durante um mês em busca dos melhores petiscos ou tira-gostos, como dizem os mineiros. Quarenta dos melhores bares disputam em categorias como higiene, temperatura da cerveja, serviço e principalmente, o melhor tira-gosto. Os vencedores são decididos não só pelos jurados, mas também por votação popular.[263]
A chamada zona boêmia da cidade se atualmente concentra principalmente no centro da capital, mas outros bairros se destacam pelo lazer noturno, como Savassi, Funcionários, São Pedro, Santa Tereza, São Bento, Santo Antônio, Lourdes e Serra. Há diversos restaurantes e bares temáticos que invadem as esquinas dos lugares mais badalados. Há casas noturnas, bares, cafés, casas de espetáculo e danceterias que atendem aos mais diversos públicos, dos mais conservadores aos mais vanguardistas. Pode-se encontrar desde um ambiente erudito e sofisticado até uma noite agitada, ou então algo rústico e popular.[264]
Feriados
Em Belo Horizonte, há quatro feriados municipais, definidos pela Lei nº 1.327, de 8 de fevereiro de 1967, oito feriados nacionais e três pontos facultativos. Os feriados municipais são: a Sexta-Feira Santa, que ocorre sempre em março ou abril; o Corpus Christi, que sempre é realizado na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade; e o dia da Imaculada Conceição, comemorado em 8 de dezembro.[265] De acordo com a lei federal nº 9.093 de 12 de setembro de 1995, os municípios podem ter no máximo quatro feriados municipais de cunho religioso, já incluída a Sexta-Feira Santa.[266][267]
Ver também
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Ligações externas
- Prefeitura
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- Outros
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